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- Capítulo 93
Posted by : CanasOminous
Feb 7, 2014
As arquibancadas do Contest Hall estavam todas vazias, alguns faxineiros certificavam-se de que as poltronas estivessem impecáveis e nada faltasse para os convidados que ali viriam na manhã seguinte. Ainda não havia chegado a hora crucial do Grande Festival, mas estava bem perto.
Lukas permanecia sentado, reflexivo. Depois de toda a correria da Liga Pokémon com seu irmão, ele agora estaria enfrentando mais um desafio: O Grande Festival. Dessa vez era o seu sonho em jogo, e não adiantava dizer que estava inseguro ou acanhado para subir lá em cima e dar o seu melhor. Tinha certeza do que faria, e não falharia.
É por isso que estava sentado, no salão principal onde iria apresentar-se na manhã seguinte. Já havia conseguido garantir sua vaga nas finais, e agora, nada mais tinha a fazer além de esperar, e esperar, e esperar. O tempo passava tão devagar que parecia torturá-lo. Lukas chegava a pensar até que os faxineiros não conseguiriam dar conta de arrumar tudo e terminariam adiando o torneio, como já acontecera algumas coisas. Seu irmão já era o vencedor da Liga Pokémon. Quando chegaria a sua vez?
Foi então que alguém sentou-se logo atrás dele nas arquibancadas vazias. O sujeito esticou os pés folgadamente para cima no encosto do jovem e relaxou com os braços para trás. Lukas imaginou que fosse sua irmão, mas surpreendeu-se com a inesperada visita.
— Vivian? — ele indagou, surpreso.
— Sentiu minha falta, docinho? Eu sei que sentiu — ela ajeitou-se em sua poltrona, abraçando-o por trás e quase o sufocando com o cachecol. — Ahh, quem diria que estaríamos aqui, nós dois, só esperando as finais do Grande Festival!
Lukas revelou um enorme sorriso ao ouvir aquilo.
— Quer dizer que você venceu? Você passou e garantiu sua vaga nas finais?
— Sim, sim, sim!! — Vivian pulava de alegria, e os dois comemoravam como se fossem melhores amigos dos tempos de colégio. Os faxineiros chegavam a olhá-los assustados pelo barulho.
— Woah, quem diria... Nós dois estamos nas finais... Até então eu a via como minha melhor amiga, mas agora... Agora seremos oficialmente rivais.
— Nem me diga, derrotar a Marley ontem foi uma loucura. Ô, garota imprevisível! — Vivian chacoalhava as mãos, gesticulando cada ato que tomou ao relembrar de sua batalha. — Ahá, mas eu dei conta da gótica esquisitona, eu sempre dou. Se meu querido Stanley chegou às finais da Liga, eu bem que tinha que honrar a família e garantir meu posto da mesma maneira!
Os dois relaxaram e soltaram suspiros longos e prazerosos.
— A Marley vai vir nos assistir? — indagou Lukas.
— Eu não poderia deixar de convidar. Ela disse que vai, mas... Sei lá, ninguém gosta de perder. Espero que ela apareça — continuou Vivian. — Você também gostava muito dela, né?
— Bastante. É esquisita a sensação de ir aos poucos deixando alguns amigos para trás... É que nem nos tempos de escola. A gente termina um ano, e embora prometamos que voltaremos a nos encontrar com certas pessoas, algumas vezes nunca mais ouvimos falar delas.
— Conhecemos tanta gente diferente nessa vida... — comentou Vivian, pensativa. — Será que depende de nós, ou de um fator maior permitir que elas continuem a fazer parte da nossa vida?
A apresentação amanhã seria feita no salão que recebera reformas somente para aquela ocasião. Naquele ano, o Grande Festival teria um teto natural sob a luz da lua, com direito à fogos de artifício e muita festa. Diziam que lá estariam grandes nomes do passado, os melhores dos Coordenadores de todas as regiões. Lukas ouvira que até mesmo seus pais estariam lá para assistir pessoalmente uma de suas apresentações pela primeira vez.
Vivian soltou um suspiro ainda mais alto, como se quisesse ser ouvida. Ela segurou na mão do garoto e virou-se para ele.
— Eu me apaixonei por você quando o conheci, sabia? — Vivian perguntou, dando uma risada calorosa.
— Seria difícil não notar — Lukas respondeu com um sorriso sincero e olhos expressivos de quem adorava a maneira como só a amiga sabia tratá-lo.
— Ahh, acho que sou assim! Sempre dando mais amor aos outros do que devia, me surpreendi ao descobrir que no fim dessa história não terminei sozinha — comentou a ruiva dando risada de seus próprios pensamentos. — Tenho o Stanley, e o Stanley tem a mim. Agora, antes de pularmos a página e partirmos para a nossa disputa nas finais, tenho que te dizer uma coisa...
— Espero estar preparado para isso — Lukas brincou.
Vivian remexeu-se de um lado para o outro, chegando mais perto do jovem.
— Ei, podemos fazer uma coisa estranha?
— Isso já está bem estranho.
E para sua surpresa, Vivian deu-lhe um selinho suave nos lábios, do tipo acanhado até mesmo para uma garota sempre exagerada e hiperativa como ela; um gesto de amor que vinha guardando há muito tempo. Vivian havia lutado por aquilo, queria conquistar o coração daquele jovem garoto que a ensinou a ser uma pessoa melhor a cada encontro, uma mulher mais madura, segura, uma guerreira.
Lukas ficou estático, mas não esperneou ou ficou equivocado. Ele tinha Paula, e Vivian tinha Stanley. Todavia, ambos sabiam a importância daquilo.
— Sou uma mulher que luta por objetivos, você bem sabe — explicou a ruiva. — Em primeiro lugar, eu ficaria me revirando no caixão se eu não fizesse isso até o fim da história. acredite! E segundo, DESCULPA. Espero que não fique bravo.
— Não, não. Imagina — respondeu Lukas com um sorriso. — Fico muito contente que seja você a minha última adversária, até porque eu não me imaginaria lutando contra outra pessoa. E no fim das contas... Parece que os dois lados tiveram um final feliz.
— Uma história onde ninguém sai perdendo, quem diria! — Vivian voltou a chacolar seus braços alegremente. — E ainda mais: A amizade entre um homem e uma mulher que não tenha terminado em romance! Nós provamos que isso é possível, a menos que... Lukas você é gay?
— O q-que?
— Tô brincando, é o mesmo que você perguntar se eu gosto de meninas, e... Enfim. De amigo para amigo, daqueles que tomam banho junto e comentam das gordurinhas extras que parecem um pudim no companheiro. Lukinhas, eu sou a mulher mais feliz do mundo por ter você como amiguxo, o melhor de todos! Obrigada por compreender meus sentimentos.
Os dois jovens foram saindo saltitantes do salão para se prepararem. Na manhã seguinte estariam se enfrentando, e aquele festival prometia ser o mais dinâmico e divertido possível. Nada de disputas, nada de rivalidades que acabavam terminando em brigas ou um sorriso falso desprezível por parte dos coordenadores que se odiavam. Ali haveria um imenso sorriso em ambos os rostos, e nada poderia desfazê-los.
Antes de saírem pela porta principal, Paula os aguardava apoiada em uma parede. Lukas sabia bem que sua companheira tinha poderes sobrenaturais, podia ler pensamentos, viajar no tempo e ver tudo que ele fazia escondido dela, mas a deusa limitou-se em revelar um sorriso de canto e falar:
— Estou de olho em você, ruiva.
— Ihh, olha só quem apareceu! Ei, ei! Paula, sentiu alguma coisa crescer na sua cabeça? Hmm, acho que são chifres.
Paula franziu o cenho e cerrou os punhos.
— Escuta aqui, garota. Eu ia levar isso na boa, mas depois dessa infame interpretação minha paciência chegou ao limite.
— P-Paula, quer parar com isso? — Lukas já tentava impedir um holocausto que adiasse o seu sonho, de novo. — Por que não podemos sair daqui como bons amigos? Passamos em um restaurante japonês e todo mundo termina feliz, hm?
— Uhuul, comer de palitinho ownando sempre! — disse Vivian.
Até mesmo Paula parecia gostar da ideia.
— Ohhhh, eu adoro um bom rodízio de comida japonesa! — A Guardiã do Espaço levou as mãos até o seu rosto, sorrindo só de pensar no gosto da comida. — Sushi e sashimi de Magikarp. Hmm, é tão bom! Só é uma pena que tenhamos que levar essa macaca da floresta conosco, e por sinal, por que não chamamos a Marley também? Já que é pra dar uma festa com todas suas namoradinhas, por que não avacalha de vez?
— Já dizia o ditado, né? Tá no inferno abraça o capeta — respondeu Vivian com uma risada, colocando o braço em volta do ombro de Lukas. — Espera aí... Quer dizer que você também ficou com a Marley?
— Não é bem assim... Foi um acidente.
— Todo mundo chamava o Luke de pegador, mas no fim da história você pegou três vezes mais mulher que seu irmão! Oxi, tu não perde tempo mesmo hein, meu fofinho? Vou chamar o Lucky e o Stan também, o negócio vai virar tipo um campo minado!
— Você paga, não é, meu querido? — indagou Paula.
Lukas já folheava a sua carteira para ver se sobraria algo ali dentro.
— Ai, lá se vai a minha mesada...
• • •
Nas últimas semanas, Sinnoh havia parado para prestar atenção na Liga Pokémon, e agora era a vez dos coordenadores brilharem. Destacando-se e recebendo todo o carinho dos fãs, Lukas fora capaz de expandir ainda mais o nome de sua categoria fazendo com que o Grande Festival naquele ano estivesse ainda mais lotado. As outras região vinham diminuindo o interesse nas apresentações, mas em Sinnoh aquilo ainda era um estilo de vida, uma profissão, todos movidos por aquela única paixão.
Luke se remexia em seu aposento. Nem ele imaginaria que um dia estaria assistindo uma competição de seu irmão de maneira tão empolgada. Odiara Contests a vida inteira, mas depois do baile que Lukas dera na Liga, Luke começou a imaginar se não haveria dentro dele algum indício de que poderia brilhar nas apresentações também.
— Luke Wallers, não inventa. De coordenador você não tem nada — brincou Dawn.
— Ahh, qual é... Mas meus Pokémons são tão bonitinhos! Imagina meu Kingdra atirando nos inimigos, o Metagross arrancando pedaços e o Garchomp cortando a cortina do camarim? Seria show de bola, né?
— Luke. Não.
— Poxa, isso é bullying desde o dia que eu queria entrar no Amity Square e os caras não deixaram, só porque a Titânia era feia! Quando eu virar campeão a primeira coisa que vou fazer é permitir que todos os Pokémons entrem naquela droga de parquinho, só de raiva.
— Estaremos sentados esperando — respondeu Cynthia com uma risada, batendo palmas logo o lado.
A ex-campeã Cynthia estava presente na companhia de Dawn, como sempre. A mulher ria com as ideias precoces de Luke sobre a batalha contra a Elite que aconteceria dentro de alguns meses, e por mais que seus pensamentos estivessem voltados para a Liga, naquele momento ela só queria se divertir.
A plateia estava muito cheia e movimentada. O céu estava lindo, as estrelas brilhavam com uma coloração celeste e a lua parecia ter sido polida somente para aquela ocasião. Nada de nuvens, nada do indício de chuvas ou tempestades, sendo que naquela noite meteorologistas vinham dizendo até que seria possível contemplar uma chuva de meteoros ao anoitecer. Dava até para acreditar que alguma divindade queria muito prestigiar aquela ocasião.
— Obrigado, Paula — Lukas agradeceu bem baixinho, preparando-se para entrar.
Luke esperava ansiosamente seu irmão, mas chegou ao esconder-se quando viu que Fantina olhava para os lados à procura de algo, ou alguém. Por obra do destino, o olhar dos dois se encontraram antes que o garoto se escondesse atrás das arquibancadas.
— Mano, que magia negra essa mulher usa?! Parece que ela sente meu cheiro toda vez que eu estou perto!
Dawn escondeu uma risadinha. Pouco depois Stanley chegou com as pipocas e alguns refrigerantes, afinal, ele também não poderia perder a apresentação da namorada. Marley não estava com eles, mas Luke ouvira que ela apareceria com alguns de seus velhos amigos dos Stats Trainers, sendo provável que até mesmo Riley e Cheryl estivessem lá.
Os dois finalistas da Liga precisavam ficar longe dos holofotes, porque o tempo todo a mídia mirava neles e a câmera apontava em sua direção ao dizer:
— Vejam só, é Luke Wallers! O atual vencedor da Liga Pokémon! — gritaram algumas pessoas ao ver a imagem do rapaz em um dos telões.
— Além de fugir de Fantina, você tem de se preocupar com essa gente? — brincou Stanley, satisfeito por não ter de ficar fugindo ou se escondendo, afinal, ninguém lembraria do segundo colocado.
Luke gostava da fama, mas estava um pouco farto dela.
— Qual é, hoje é o dia do meu irmão, é um momento DELE! E eu estou descansando! Vão embora, seu bando urubus mecânicos! Xô, xô, some! Vão arrumar outra coisa pra fazer! Não posso nem mais coçar o nariz sem ter alguém enchendo o saco?
— Sorte que eles não podem te ouvir... — comentou Dawn.
— Sorria e acenem, amigos — respondeu Cynthia. — Sorria e acenem.
De volta à arena, Lukas deu o primeiro passo em direção da disputa final.
O salão estava lindo e brilhando, certamente fizera a diferença ficar de olho nos faxineiros, parecia que eles tinham trabalhado duas vezes mais mesmo que essa não fosse sua real intenção. Do outro lado, Vivian parecia uma mistura singela de uma garota meiga e selvagem ao mesmo tempo, um contraste que parecia difícil de definir.
— Vivian Chevalier. De vestido longo. Não se vê isso todos os dias — murmurou Lukas para si mesmo.
No ombro direito de Lukas ele trazia seu Pachirisu, pois queria que o esquilo visse e contemplasse a glória de sua última apresentação, até então. Ao lado de Vivian estava Primia, sua Scizor. Aquela seria uma das maiores disputas do ano, e Lukas sentiu que o “treino” da Liga seria mais benéfico do que imaginara.
— Eu diria que você não seria capaz de derrotar minha Scizor querida, se eu não tivesse visto suas batalhas na Liga. Fala sério, Lukinhas! Você melhorou muito — Vivian falou com uma risada.
— Ora, vamos lá. Como coordenadores, sabemos melhor do que ninguém que nossa força não está apenas nas batalhas, e... Ahh, não vamos ficar fazendo um discurso ensaiado de sempre, estou aqui é para me divertir!
— Uhuul, assim que se fala, garotão!
Fantina seria mais uma vez sua apresentadora, fazendo ali o encerramento de uma longa carreira que vinha há muito tempo sendo cultivada.
— Senhoras e senhores, é com grande pesar que informo-lhes que... — ela fungou e reteve as lágrimas, pois não poderia manchar a maquiagem — ...que esta será a minha última participação como jurada de todos vocês, lindos e adoráveis coordenadores!
— Tia Fantina, você vai morrer?!! — gritou Vivian.
— Claro que não! Sou muito nova para isso. Vou apenas me aposentar, pois já estou tão velha e ultrapassada para essa função...
— Até que enfim, já tá fazendo hora extra — Luke murmurou com uma risada.
A plateia parecia bem comovida. Ninguém gostava de pensar que aquele ano seria o último de uma das coordenadores mais famosas (e conservadas) que Sinnoh já vira. Um ídolo, uma beldade, uma simpatia de pessoa. Nenhum deles jamais esqueceria o que Fantina representou para a sociedade dos coordenadores
— Ohh, mas senhorita Fantina, você ainda é tão nova! Tão bela! Tão fantástica, magnífica, esplendorosa, suprema, incrível, formosa, espetacular, estagnante! Pensávamos que poderia participar das apresentações por mais mil anos
— Jura? Oh, mon cher... Aimez vous! — disse a jurada, já recuperada. — Bem, então vamos adiar a aposentadoria, pois sou muito nova e perfeita para deixar de fazer o que amo! Hoh, hoh, hoh.. Queridos, vocês são uma inspiração para mim!
— Ela só estava precisando ouvir alguns elogios mesmo — cochichou Lukas com uma risada discreta para Vivian.
Fantina aprontou-se, ergueu a barra do vestido e foi andando até onde os finalistas estavam. O povo aplaudiu novamente, e ela fez as devidas formalidades.
— Quero ver vocês arrasando, entendu? — disse Fantina para os dois. — Deem o seu melhor, encerrem este espetáculo com chave de ouro. Brilhem mais intensamente do que todas as estrelas juntas, sejam vocês os próximos a cintilar lá no céu! C'est showtime!
— Eita, tá querendo dizer que quando a gente morrer a gente vai virar uma estrela?! — indagou Vivian.
Fantina e Lukas levaram a mão até o rosto.
— Ne gâchez pas le moment. Não estraguem o momento. Apresentem-se e deem o seu melhor, meus filhotes queridos! Amo vocês de todo o coração.
Aquelas seriam as apresentações máximas. Inovadora e criativa como era, Fantina gostava de abrir exceções e elevar seus coordenadores ao extremo. Lukas surpreendeu-se ao descobrir que teria de usar praticamente todos os seus Pokémons em todas as categorias. Dança, Moda e Batalha. Vinha lutando por aquilo com seus companheiros havia muito tempo, e cada Pokémon ali presente tinha seu motivo para sonhar.
— Akebia, sabia que você é a única competidora que participou de todas as minhas cinco apresentações? Você é a minha estrela, você brilhou e ofuscou os demais. É uma atriz, uma dançarina, a mais linda modelo, você foi tudo! Eu não poderia pedir por nada melhor.
A Roserade mais uma vez fizera presença, e para fechar sua lista, ela, com toda certeza, fizera a apresentação inicial do Grande Festival.
Lukas sorriu. Como era possível que, assim como os humanos, seus Pokémons tivessem tanta força de vontade? Eles tinham seus próprios sonhos, e vê-los lutar por eles era como uma benção.
— Ei, Panetto, como anda essa força? Seu poder de regeneração e a força combinada com a chuva certamente trouxe umas belas combinações! Você me preocupou muito quando era mais jovem, amigão... Correu atrás da Shellos errada e danou-se! Mas fico feliz que tenha voltado. No fim das contas, aqui sempre será nossa família, não é?
O Gastrodon deu seu máximo na apresentação, tendo sido usado também na batalha para derrubar alguns dos Pokémons insetos de Vivian. Sua Milotic, o Togekiss, o Pachirisu e Espeon foram os escolhidos para aquela disputa, onde cada um deles continuou fazendo o que faziam de melhor.
— Milena, cuidado com as câmeras! Você sabe como elas exageram, sua beleza é muito contagiante.
— Eva, gosto da sua ousadia nas competições, da maneira como mistura a luta com toda a graciosidade e feminilidade de uma garota bem intensa!
— Karl, voe o mais alto que puder! Fascine a todos como uma estrela cadente, seja distinguido dos demais, prove o contrário do esperado e nunca deixe de acreditar naqueles que o apoiaram!
Lukas tinha algo especial guardado para cada momento, para cada integrante. Mas, quando chegou ao último, deve que agachar em frente ao Pachirisu e acariciar sua cabeça.
Aqueles que assistiam poderiam dizer que o jovem afagava seu Pokémon favorito, mas alguns poucos podiam enxergar além, e viam ali dos meninos que cresceram juntos e estiveram ao lado um do outro conforme foram amadurecendo. Lukas e seu Pachirisu eram mais do que treinador e Pokémon, eram melhores amigos.
— Watt, meu querido Watt... Seja em batalhas ou em apresentações, eu continuarei te amando. Você é o meu inicial, o mandante de minha equipe, aquele que sempre esteve ao meu lado e continuará estando mesmo nas piores horas, pois eu acredito, e confio em você — disse Lukas, erguendo-se e olhando para todos os seus companheiros. — Meus queridos... Tenho de dizer apenas que vocês são os melhores!
E assim, os dois coordenadores deram o seu melhor nas apresentações individuais.
Fantina os examinava, a perna inquieta e a ponta do indicador batendo na mesa num movimento rítmico. Logo todas as câmeras se voltaram para a plateia, onde Luke carregava um cartaz.
— Vejam só, aquele é o atual vencedor da Liga Pokémon! — repetiu um locutor empolgado. — E ele está com um enorme cartaz, torcendo para o irmão!
— Tem que ter muita coragem para pagar esse mico — respondeu o outro com uma risada.
Mas Luke nem ligava.
No fim das contas, depois de tudo que Lukas fizera por ele, não poderia limitar-se a sentar em seu aposento e bater palmas como um ser civilizado. Não, não. Aquele não era seu estilo. O cartaz era tão grande que de uma ponta à outra do salão era possível ver um pontinho colorido destacante no meio da multidão.
Dawn quase se escondia de vergonha, o jovem levara cornetas e todo o tipo de coisas que fizessem barulho e soltassem confete. Alguns dos mais conservadores pensavam que aquele Grande Festival seria um fracasso, mas sentiam-se bem em ver todos felizes, alegres, mantendo ali a essência de ser um coordenador.
— Está na hora de darmos uma bela notícia! C’est showtime! — disse Fantina, alegremente. — Este ano tivemos um diferencial, onde cada apresentação presenciada por esses dois jovens tinham uma marca só deles, um registro que os tornaram únicos, e por conta disso foram selecionados para aqui estarem. Então, como um último desafio, peço para que escolham um companheiro nessa última batalha.
Dawn imediatamente chamou atenção de Luke com um cutucão.
— Seu irmão terá de escolher um participante para ajudá-lo!
— Companheiro? — Luke levantou-se de seu aposento com a mão no peito. — Ai, meu Arceus... Mas eu sou horrível em apresentações, seria impossível eu ir lá e não destruir tudo! Droga, droga, eu só estava brincando quando eu disse que queria ser coordenador! Será que meu Garchomp vai gostar de usar um lacinho na cabeça? Talvez a Froslass fique bonita de vestidinho curto...
Levado pelo que presenciara na Liga Pokémon, toda a Sinnoh esperava presenciar os Irmãos Wallers tanto no ramo de batalhas quanto apresentações. Seria um verdadeiro espetáculo para a multidão e para mídia! Treinadores e coordenadores, trabalhando juntos.
Muitos estavam ansiosos por verem aquilo, mas Lukas foi claro e sucinto ao fazer sua escolha que surpreendeu a todos.
— Bem... Eu gostaria que Melyssa Wallers fosse a minha companheira!
Luke quase despencou de sua cadeira.
— Obrigado, Arceus... É muita gentileza sua.
— Vamos lá, Lucky... No fundo você queria mesmo participar! — disse Stanley com uma risada, dando um empurrão no amigo. — Acho até que vou preparar uma postagem bacana no meu blog sobre essa notícia.
Cynthia demonstrou certa inquietação.
— Quem é Melyssa?
— Como assim QUEM é Melyssa? É a MÃE deles! — gritou Dawn.
Neste instante, todos os telespectadores estavam com uma cara de espanto, olhando de um lado para o outro e perguntando-se: Como aquilo seria possível? Provavelmente nem Fantina esperava a noticia, todos aguardavam o óbvio, que seu irmão Luke fosse chamado, mas ao ouvir o nome de uma lenda... Não conteve a surpresa.
Melyssa foi descendo as escadas como uma rainha com a mão no corrimão, ela recebia mais flashes do que qualquer outro naquela temporada. Com seus quase cinquenta anos de idade, ainda parecia uma garotinha indo apresentar-se pela primeira vez. Walter batia palmas para ela, e embora quisesse que sua presença passasse um pouco despercebida, não conseguiu esconder-se tão bem dessa vez.
— Melyssa, é você mesmo, mon dieu?
— Fantina, minha querida amiga. Rival de tempos antigos, e também a mais ousada por dar em cima de meu marido e até mesmo meu filho, bem debaixo dos meus olhos — Melyssa deu uma risada. — Você não muda mesmo, não é?
— Oh, o que posso fazer se eles eram tão parecidos quando crianças? — sorriu a líder de ginásio. — Iuuhul, Waltinho! Se estiver me ouvindo, quero dizer que nunca vou esquecer aquele dia na lanchonete, okay?
Walter já nem estava mais na plateia, escondido em algum lugar, igual ao filho. Melyssa coçava a cabeça com o dedo do meio disfarçadamente.
— Enfim, é um enorme prazer voltar para o Contest Hall, mas juro que nem eu esperava que seria como participante! Esses filhos, sempre nos surpreendendo...
— Você é a minha homenageada, mãe. Eu não poderia escolher outra pessoa — Lukas falou com determinação, esticando a mão para sua mãe.
Luke bateu em seu próprio peito, lá longe.
— Essa doeu aqui, pivete. Lá no fundo...
Dando continuidade à apresentação, Fantina perguntou:
— Très bien, e a senhorita Vivian, quem gostaria de escolher?
— Olha, cheguei a considerar a minha arqui-inimiga, Marley... Pensei na Dawnzinha que é um amor de pessoa, nas minhas primas que vieram lá de Azalea só pra assistir minha competição, e até mesmo no coitado do Luke que foi jogado para escanteio, mas... eu não poderia pensar em outra pessoa que não fosse o... Stanley!
Luke quase cuspiu seu refrigerante.
— O quê?!! Pode isso, produção?
Stanley estava com os olhos arregalados.
— V-Vivi... Você não tem medo de morrer?
— Vem ni mim, meu fofuchinho de cabelo desbotado! Você, que me aguentou desde o Capítulo 6 dessa jornada, agindo feito uma louca desengonçada, que me segurou, apoiou, me fez rir, e esteve ao meu lado quando eu mais precisei — disse Vivian de braços abertos. — Sim, eu ainda te acho um esquisitão, um geek desatarefado que fica o dia inteiro no computador e que se esconde atrás de um pseudônimo tosco na net, mas, Stan... Eu aprendi a te amar do mesmo jeitinho! Você é a prova de que os opostos podem sim aprender a conviverem em harmonia.
Luke deu alguns tapinhas no ombro do amigo e falou:
— É, meu caro... Eu posso ter sido o vencedor da Liga Pokémon, mas aí está um mérito que eu não vou ter em minhas conquistas: Ficou com uma garota de dar inveja — brincou o amigo. — E ainda por cima, participou das finais da Liga e do Grande Festival. Eu bato palmas de pé para você.
Stanley acenou com a cabeça e aceitou o convite.
Com ambos os lados selecionados, os participantes teriam pouco mais de 5 minutos para bolarem toda a estratégia improvisada que seria feita na apresentação, uma mistura de velocidade, concentração e sintonia. A presença de Melyssa causava euforia, e o fato de Stanley ter sido um dos finalistas despertava certa curiosidade nos juízes que se perguntavam:
— Mas este não é o garoto com Pokémon fortes, robustos e rigorosos? Como será que eles seriam capazes de realizar uma bela apresentação?
Melyssa e Lukas tinham tudo sob controle. A mulher podia ter ficado alguns anos fora do ramo, mas parecia nunca perder o brilho nos olhos.
— Bem, hoje você é a estrela, querido — disse sua mãe. — Quero que você faça as escolhas e diga-me o que fazer, e eu darei o meu melhor.
— Poxa, mãe! Não rola nem uma dica ou sugestão de como posso fazer para me sair melhor? — brincou Lukas.
— Você já é um Top Coordenador, você chegou até aqui sozinho, então mostre-me tudo que aprendeu, e seja o meu maior orgulho — respondeu Melyssa segurando nas mãos da criança. — Guie-me.
Vivian usara seus cinco minutos para apertar e amassar Stanley, mas eles também pareciam ter tudo sob controle. Quando ambos os desafiantes foram para seus cantos, Fantina deu início à etapa final do festival:
— Cada treinador terá direito de escolher dois Pokémons, que totalizarão quatro. As batalhas serão feitas em dupla, sem regras nem limitações. Está liberado o uso do cenário, então sigam em frente e, como sempre, surpreendam-me.
Lukas liberou Milena, enquanto Melyssa trouxe para seu lado um gigantesco Mamoswine, muito familiar dos juízes, pois aquele era Njord, um dos mais adorados e aclamados Pokémons daquela temporada. Vivian trouxe uma Pinsir e Stanley começou com seu Bronzong.
— Desculpa pela escolha, Vivi, mas eu realmente não estava preparado para ser coordenador por um dia! Não tenho nenhum Pokémon que seja adequado ao cargo, que seja bonito, belo, e tenha vocação na área — disse Stanley.
— E você acha que eu preciso disso? Escolhi você justamente porque eu queria algo diferente, e não o óbvio que qualquer coordenadorzinho faria. Olhe só para a cara da minha Pinsir de quem quer ser bonita! Eleanor, o que acha de mostrarmos para eles que a beleza não está somente no corpo? — indagou Vivian para sua Pinsir, disposta a dar o primeiro passo.
— Entendi, vamos ver o que posso fazer — respondeu Stan com um sorriso. — Bronzong, ataque com Gyro Ball!
— Pinsir, avance e use o Superpower!
Eleanor segurou firme no Bronzong e arremessou-o à distância como se fosse uma bola maciça de ferro em direção de seus inimigos. O Mamoswine de Melyssa entrou na frente de Milena e protegeu-a do golpe com seus próprios punhos, retribuindo com socos e investidas.
— Milena, ataque com o Surf!
— Njord, congele a água usando o Ice Shard! — ordenou Melyssa.
Com seus poderes mágicos, a Milotic criou uma enorme onda que foi completamente congelada no ar antes que atingisse seus inimigos. O imenso Mamoswine criou um bloco a partir dela que foi utilizado para forjar um martelo de gelo ali mesmo. Ele golpeou a Pinsir, de modo que ambos se enfrentassem de igual para igual naquela disputa com músculos e punhos de ferro.
Milena disparou o Hydro Pump contra o Bronzong que conseguia conter-se com facilidade, nada parecia derrubar aquele oponente. Apesar das combinações estarem um tanto quanto fracas até então, os juízes esperavam que houvesse uma melhor pontuação por ambas as partes no próximo round.
Vivian e Stanley se saiam muito bem, tinham uma perfeita sincronia tanto na defensiva quanto na ofensiva. O Bronzong criava paredes de energia enquanto a Pinsir atacava com força total.
Paula assistia a disputa de longe, planejando algo. Ela esticou os dedos, e tocou o céu.
— Vamos colocar uma pontinha do acaso na apresentação de hoje.
Conforme “previsto” pelos meteorologistas, no céu uma linda chuva de meteoros começou a se formar. Eles mais pareciam estrelas cadentes que corriam depressa como pequenas pedrinhas no espaço e todos pararam para vê-las, todos encantados com o espetáculo.
— Impressionante! — disse Melyssa. — Um fenômeno raríssimo, é quase como se no mesmo instante da apresentação presenciássemos um eclipse.
De repente, uma das estrelinhas foi se aproximando até que uma pedra incandescente caiu do céu na altura dos pés do Mamoswine. Um meteoro de verdade teria sido o suficiente para criar uma cratera ali no meio e destruir toda a cidade, mas aquela esfera incandescente mais parecia ser obra de Paula que prepara uma atração diferente.
— O que é isso? — indagou Lukas.
O Mamoswine de Melyssa tentou pegar a pedrinha, mas ela estava muito quente. Acabou jogando-a para o alto, e ao atingir certa altura, a pedra explodiu e liberou faíscas e confete para todos os lados. Era uma espécie de fogos de artifício celestial, elaborados por seu amigo Heatran justamente para aquela ocasião. Mais pedrinhas foram caindo do céu, e Lukas percebeu que poderia usar aquilo para seu benefício.
— Milena, pegue algumas dessas estrelas! Jogue-as para o alto!
A Milotic pegou uma, e ao jogar percebeu que cada uma delas tinha um efeito diferente. A sua era adornada com gotas d’água que simulavam uma torrente marinha como se fossem efeitos em terceira dimensão para todos que assistiam.
Dawn esticou o braço para tocar, mas não passava de poeira e luz.
— Que incrível, como foi que a Paula fez isso? — indagou a menina.
Até Luke estava maravilhado com aquilo
— Dawn, Dawn! Você bem que podia ter uns poderes mágicos também, não acha?
— Eu vou te mostrar o poder mágico quando você for dormir hoje — ela brincou.
— Olha lá vocês dois, hein... Fan-Fan-Mãos-de-Fada não aprova isso — caçoou Cynthia, fazendo Luke cuspir seu refrigerante.
— Q-Quem te contou isso?! Vocês mulheres não perdoam nada mesmo, hein...
Faltando poucos minutos para o fim daquela rodada, Milena criou mais uma corrente marinha que foi congelada por Njord. O Mamoswine começou a esculpir algo ali, dando início ao seu projeto mais famoso: A escultura de uma linda Rapidash. Apesar de ambos os lados terem começado a disputa como uma briga, no fim das contas tanto a Pinsir quanto o Bronzong ajudaram na construção da estátua em um tempo recorde. Nenhum dos dois ali presentes esperavam ganhar ou saírem vitoriosos, queriam dar o seu máximo e deixar nas mãos dos juízes a decisão, pois só o fato de terem chegado às finais representava uma vitória.
— Tempo esgotado! — disse Fantina.
A estátua estava pronta, e estava mais bela do que nunca com suas formas esculpidas em gelo e o brilho intenso das estrelas cadentes de Paula. Eleanor era habilidosa com as mãos, enquanto o Bronzong usara seus poderes para poli-la e deixá-la impecável. A própria Melyssa ficou contente com o resultado, e os juízes aplaudiram os dois lados.
— Está na hora da segunda rodada — confirmou Lukas.
Os Pokémons foram retornados, e dessa vez a batalha seria feita mais séria. O jovem escolheu seu Pachirisu, enquanto Melyssa trouxe uma linda Altaria, conhecida como Renée Whitecloud. Vivian e Stanley trouxeram Primia e Drinian, a Scizor e o Torterra que lideravam a guilda Red Fortress.
Aquela Altaria vira o pequeno Pachirisu crescer. Watt era como um ente querido de sua família, do mesmo modo que mãe e filho lutavam lado a lado. Lukas ainda olhava para trás e lembrara-se do dia em que seus pais trouxeram duas pokébolas com Pokémons inusitados sob sua posse. Ele já imaginava que aquele dia mudaria sua vida, mas não de maneira tão incrível e prazerosa.
A apresentação chegava ao fim.
— Você está pronto? — indagou Vivian, preocupando-se com Stanley da mesma maneira que sua Scizor se preocupava com o Torterra manco de uma pata.
— Acho que dá pra aguentar, por você eu faria qualquer coisa — ele respondeu.
— Ahh, meu fofinho lindo! Quando foi que aprendeu a ficar romântico? Ou o tempo todo você já era perfeito e eu só demorei para perceber, como sempre? Por que vocês, garotos, são tão difíceis de entender?
— Eu que o diga — Stanley falou com uma risada.
Lukas conhecia bem a força que Primia tinha como o Pokémon mais poderoso de Vivian, e assistira a batalha de Stanley para ter certeza de que Drinian era uma potência a ser reconhecida.
— Adoro quando eles transformam uma apresentação em um campo de guerra! — disse Fantina com uma risada.
— Querido, eles estão em posição defensiva — explicou Melyssa. — Temos de nos concentrar no ataque, ou na simples exibição de nossos próprios movimentos, mas devemos evitar ficar muito próximos daqueles dois. Devemos usar nossa velocidade à favor.
— Certo — confirmou Lukas. — Watt, comece com o Thuderbolt contra o Scizor!
— Altaria, Dragon Pulse!
Por mais que seus Pokémons dessem o máximo, Lukas começou a perceber que Watt não conseguia dar conta do recado. Por que aquilo acontecia? Ele treinara por tanto tempo, mas no fim das contas não importava o que ele fizesse, por que o esquilo nunca conseguia ser tão bom quanto esperava? Ele sabia que Vivian era vigorosa, e Stanley tivera a força para chegar um nível acima dele próprio na Liga.
— Scizor, Bullet Punch! — aquele golpe inutilizava qualquer vantagem na velocidade que eles tivessem.
— Torterra, Earthquake — enquanto os golpes terrestres eram super efetivos contra o Pachirisu.
Não tinha como vencer.
— Lukas, Lukas, está me ouvindo? — chamou Melyssa, despertando o garoto de seu transe. — Filho, seu Pokémon precisa de você! Ele não desistirá enquanto você estiver disposto a guiá-lo. Continue!
— Mas nós estamos em desvantagem, mãe! Se o Torterra do Stanley derrubou até mesmo os Pokémons do Luke, quem diria o meu pequeno Pachirisu!
— Lukas, você não perdeu a confiança nele até hoje, quem dirá em última instância! Todas as pessoas que você venceu até hoje não foi com a força física, foi com o coração, ouviu? O coração!
Lukas sentiu seu corpo estremecer.
— Mãe, e se no fim das contas eu perder?
Melyssa permaneceu séria, mas falou:
— Aí perdeu, mas pelo menos você saberá que terá perdido sem medo, e que terá dado tudo que tinha a oferecer, sem arrependimentos. Sem medo.
Lukas cerrou o punho e arriscou um último golpe.
Estava ao lado de uma Top Coordenadora, e ele sabia que Melyssa só tomaria as rédeas se visse a disposição no filho, pois era ele quem esperava provar ao mundo tudo o que tinha a oferecer. Vivian suava, nem ela imaginaria que no fim das contas levaria vantagem e chegaria tão perto da vitória, mas todos ali lutavam por sonhos, e nenhum lado cederia.
— Watt, vamos lá, amigão. Por nossos sonhos!
— Por nossos sonhos.
E de repente, tudo ficou escuro.
Lukas sentia que já vira aquele lugar. Estava flutuando. Parecia algum canto esquecido do universo para onde Paula costumava levá-lo, sem rumo, somente para passarem um tempinho juntos. A mulher estava ali, sentada com sua armadura completa e os cabelos a flutuarem como se fossem fios de seda na imensidão negra, e ainda assim, tão completa na presença dela.
A deusa encarava Lukas de maneira singela, bem profundamente em direção de seus olhos, e poderia ficar ali quantos anos fossem necessários, enquanto durassem.
— Sabe, acho que vou sentir mais saudade de você do que de qualquer um — disse Paula.
— O que quer dizer com isso? — ele perguntou, tentando flutuar para mais perto de onde a mulher estava sentada.
Paula deu um salto e seus pés tocaram um espelho no chão, criando imagens ao redor de seus olhos.
— Como você bem sabe, de tempos em tempos eu me apaixono por você. Já amei um guerreiro, um soldado, um governador, um empresário, um morador de rua, incontáveis reencarnações; sempre que você retorna para mim, eu aprendo a amá-lo como se nos apaixonássemos pela primeira vez — explicou Paula, tocando o nariz do rapaz com o indicador, fazendo-o piscar. — Ah, mas de você eu sentirei falta... Muita falta, por sinal.
Lukas flutuou em direção dela e a abraçou com carinho.
— Eu também irei... — o jovem murmurou, já habituado com aquelas situações de sua companheira que sempre despertavam tantas dúvidas nele. — Você pode prever o futuro, Paula, pode dizer o que me aguarda?
— Prefiro não saber, pois conhecer o futuro sempre traz os seus riscos — Paula explicou. — Os humanos me ensinaram a ter paciência e ser surpreendida às vezes. Acredita que mesmo com meus poderes, às vezes gosto de esquecer que tenho eles.
— Isso te torna... mais humana — o rapaz sorriu.
Paula o abraçou com mais força contra seu peito, como se nunca quisesse largá-lo.
— De todos os pequenos Lukas que aprendi a amar em torno desses anos, você foi um dos primeiros que conquistou os seus sonhos.
O jovem refletiu sobre aquilo, e então falou:
— O Grande Festival... — disse o garoto. — Eu ganhei?
— Você terá que voltar para saber, — ela sorriu — mas, e depois? O que fará agora que tudo terminou? Você alcançou sua aspiração platina, realizou o sonho de sua vida que muitas pessoas demoraram décadas para realizar, e algumas vezes nem mesmo em 100 anos foram capazes. O que vem agora, Lukas?
O garoto respirou fundo ao falar:
— Nem em toda sua existência neste universo você encontrou a resposta?
— Talvez eu tenha encontrado — Paula sibilou um sorriso. — Mas vou querer que você descubra sozinho.
Lukas olhou para as estrelas abaixo de seus pés e suspirou.
— Quando você passa muito tempo atrás de um sonho, você passa a... ser o sonho.
Ao abrir os olhos mais uma vez, Lukas só pôde ouvir as pessoas comemorarem a vitória, a sua vitória.
Olhou ao redor e viu grandes nomes, todos o aplaudiam. Vivian o rodeava contente, chorando de alegria pelo amigo, pois sabia que no fim das contas ela continuaria tendo um sonho a seguir, uma meta em sua vida.
Ele viu pessoas se levantarem. Muitos batiam palmas, mas aqueles em especial mostravam que ali haviam aprendido algo, não somente pelo show que receberam, mas na vida.
Lukas Wallers, você me ensinou a nunca desistir, — pensou um — mesmo quando posso parecer fraco e insignificante aos olhos dos grandes, você me ensinou que posso lutar por meus objetivos, e mesmo se eu errar, conseguirei levantar e tentar de novo.
Lukas, aprendi que não devo me limitar a pensar como os demais, mas a seguir minhas próprias vocações. O mundo praticamente nos obriga a pensar da mesma maneira, mas eu serei dono de meus pensamentos.
Lukas, você me ensinou a olhar o outro lado do espelho, a compreender que lutamos por um mundo melhor e cada pequeno ato, por mais insignificante que seja, pode fazer a diferença aos milhões.
Lukas, você me ensinou a surpreender a todos, e a mim mesmo.
E se havia algo que Lukas poderia orgulhar-se, é que todas as suas lições tinham sido absorvidas. Não por todos, mas seu ensino passaria de mão em mão, e a mensagem continuaria.
O que viria a seguir? Se os deuses e a mitologia tinham uma resposta, então preferiam não contar. Somente com o passar dos anos Lukas entenderia, quando a idade chegasse e pudesse olhar para trás ao pensar: Ah, quando eu era criança eu tinha tanto tempo e disposição! Será que eu soube aproveitar?
Lukas demoraria a compreender o significado daquilo, e provavelmente só voltaria a lembrar-se quando olhasse o troféu velho e empoeirado em cima da estante, como um mérito só dele.
Se chegasse perto o bastante, era possível ouvi-lo sussurrar seu legado:
— Parabéns, meu garoto, por ter tido uma vida extraordinária.
Todos nós somos guiados por algo, sejam os sonhos, vontades ou desejos. Eles dão um significado para nossa existência, não importa no que você acredite. Se viver sem sonhos, terminará percebendo que não viveu, e apenas existiu.
Somente com a idade, somente quando Lukas estiver sentado em sua poltrona vendo os filhos e netos brincarem, a morte aproximar-se fatidicamente e o tempo esgotar-se depressa, fariam os sonhos algum sentido? Sua existência, o significado dela, tudo que lutou, no fim das contas teria valido a pena?
Sim, teria. E ele faria tudo mais uma vez, como sempre fizera.
E nós estaremos lá, esperando.
Temos aqui mais um ótimo capítulo!
ReplyDeleteMelyssa está muita diva de "Menina-da-Lenda-de-Korra-na-qual-esqueci-o-nome-e-dobra-relâmpagos" kkkkkkkk. E eu esperava vê-la. A apresentação dela é simplesmente fantástica.
O capítulo acabou ficando melhor, mas eu vejo isso como um ponto positivo. Assim, a escrita pode acompanhar a leveza e formar várias cenas boas.
O ponto alto sem dúvidas é a Paula. Admito que era mais Lukas x Vivian mas me converti neste capítulo. Sério. Ficou muito interessante e logo o momento da despedida entre os dois se aproxima e depois desse adeus vou poder vê-la só na Aventuras em Ransei novamente. Ela vai fazer falta, principalmente pro Lukas. Mas, é a vida. "Os deuses se apaixonam, entretanto, a obrigação é mais relevante que a paixão" (O Ladrão de Raios, eu acho.). E, falando em deuses, seria muito interessante que essa mitologia se desenvolvesse mais, no futuro. Os lendários são peculiares, entretanto, interessantes.
Pois é. Luke conquista os seus sonhos. Lukas também. É interessante como os dois fizeram isso por mérito próprio. Mas uma sugestão - Faça deles um só. "Irmandade" é um dos vários capítulos mais aclamados da Saga porque poem em jogo a relação entre os dois. Se conseguir fazer isso na Elite dos Quatro com os dois precisando se unir para realizar seus sonhos seria um selo de platina suntuoso. É claro, não precisando forçar o Daddy Isshues. Reflita ;).
"Carde Diem", certo? Do latim "Colha Cada Dia". A perfeita definição do capítulo, afinal, foi colhendo cada dia e espremendo o máximo de emoções desses dias que Lukas alcançou seu sonho, uma coisa que pode ser difícil para que não carrega aquilo se chamado "hope", isto é, esperança. Já que no final de tudo, você percebe que o Destino trabalha conforme seus passos, e se por acaso ele se muda, é para que consiga se focar no objetivo.
See ya.
Menor*
ReplyDeleteDiga ae, Gus. Estava na hora da mãe dos protagonistas também ter uma aparição bacana na temporada, não é justo deixar a fama só para o Walter kk Cheguei até a considerar fazer o Luke e o Lukas trabalharem juntos nessa, justamente para levar em conta essa questão de que você comentou sobre juntar os sonhos e realçar a relação dos irmãos, mas achei melhor deixar o Luke de escanteio nesse episódio, ele já teve atenção demais só para ele nos últimos episódios kk
ReplyDeleteE eu acho engraçado quando vocês falam de tamanho de capítulos, o que exatamente faz vocês sentirem que é curto? Eu, particularmente, vejo isso como algo muito bom! O capítulo está imenso cara, são 6.800 palavras, ou o equivalente a 20 páginas no Word. De pequeno ele não tem nada kkk Mas isso quer dizer ao mesmo tempo que a escrita fluiu de tal maneira que o tamanho foi irrelevante e você nem percebeu. Foda é quando a pessoa vai lendo e começa a pular parágrafos, fica de saco cheio e só quer saber de terminar. Tive receio dos meus capítulos estarem assim tão grandes, mas pelo visto este não é um dos problemas! (:
Cara, e foi uma sugestão interessante essa do Capítulo 24 e o Irmandade. Sem sombra de dúvidas também é um dos meus preferidos, e tudo que você citou faz todo o sentido. O episódio soube trabalhar bem com todos os temas, e ainda me lembro dele como se fosse hoje. Na batalha que se sucederá na Elite dos 4 vai depender muito de vocês e da interpretação que tiverem. Eu já fui muito bonzinho em colocar o Lukas para participar da Liga Pokémon, mas ele ganhar uma vaga para enfrentar a Elite ou coisa parecida já seria demais. Embora o Lukas não esteja presente, todos os Pokémons dele estarão lá para representá-lo, entende? Ver o Watt em ação é como se fosse o próprio Lukas, assim como o Aerus pode ser visto como o Luke. Pokémon e Treinador são como um, e isso é o melhor que eu poderei trazer. Os Pokémons serão uma peça vital na Elite, isso se não forem os verdadeiros protagonistas! A batalha agora é com eles.
Fico feliz que tenha curtido o capítulo e captado a mensagem, espero me preparar da melhor maneira possível pra finalmente entrarmos na batalha contra a Elite e o Campeão, e aqui, meus caros leitores, chegaremos oficialmente na melhor parte da Saga Platina kkk Abração ae, Gus!
Eu só poderia comentar esse capítulo foda depois de eu acabar o papercraft da majora's mask. E, como tirei meu tempo hoje para fazer e brincar, passo comentar. Kkkk
ReplyDeleteDeixar claro toda minha "ausência", claro. Primeiramente, deixar claro que o especial do vista da marina do tempo foi simplesmente foda. Nossinhora, foi coisa de outro mundo.
Voltando ao papercraft, eu já tava doido para fazer, mas, no apartamento que tô morando que é perto da faculdade, não tenho impressora, aí tive de fazer hoje. E amei, claro. Não tenho talento algum para trabalhos manuais, meia papercraft ficam meio que feios, mas adoro fazê-los. Kkkk.
E o capítulo? Que capítulo! Que foda! Que mágico! E o beijos mais shippado de AeS? Kkkkk
Primeiramente, sempre botei muitíssima fé no watt. Além de ser um esquilinho elétrico muitíssimo fofo, a criança fica extremamente foda. Disparando incríveis raios para todos os lápis, destruindo geral.
E melyssinha deu as caras! O armaggedon mostrou sua verdadeira forma. Njord mostrou que até os brutos podem ser delicados! Sou seu fã, seu mamoswine fodástico!
Aí depois chega mademoiselle Renée, que simplesmente é linda e destruidora. Quem é Drinian e Primia (I love you, guys!) perante uma dupla de mãe e filho? Extremamente foda!
Paula, vc realmente precisa ir? Não se vá, coração! Vc nos ensinou que pps deuses merecem momentos humanos. Agora só nos resta esperar por Ransei, que será foda.
E lukas! Parabéns, colega! Nó, muitíssimos parabéns por ter alcançado seus sonhos. Congratulations!
E agora? O que nos espera? Espero só ver coisas fodásticas, certeza.
Canas, é fato que vc não gosta de contests, mas vc escreveu de uma forma tão foda e tão fluida, que até pareceu que vc gostava das apresentações repletas de purpurina. Kkkkkk! Mas parabéns. Vc, como escritor, só melhorou desce os primórdios em que eu comecei a ler. Kkkk. O trem tá num nível de foda indiscutível. Parabéns.
E parabéns, claro, por ter formado! (antes de pensar que sou stalkear, as fotos simplesmente apareceram no meu feed Kkkk). Tudo de bon agora para frente e sempre!
Enfim, agora que inventei de comar a meus papercraft, claro que terei de fazer mais alguns. Kkkk
Mas já falei DEMAIS hoje. Mais que o normal, que já é muito. Kkkk
Adios,
Moacyr
Ps: hoje deu muito problema na hora de comentar. Cruz credo.
Cara acho q eu vo ter uma crise existencial quando essa fic acaba,foi uma das mais emocionantes (e melhores) q eu ja li, todo dia eu entro(mesmo sabendo q so tem capitulo sexta-feira) pra ver se tem coisa nova. Continue sempre surpreendendo ok?
ReplyDeletevlw flw
Ps:eu coloco como anônimo porque eu fiz um blog quando era criança e se eu coloca conta do Google apare o nome do blog kkkkk
Canas sem querer ofender mais os cara escreve uma palavra e vc responde com um texto da Bíblia kkklkkk(sem ofensas so reparei isso não levem a mal)
ReplyDeleteOlá, companheiros. Acabo de retornar de viagem, e pronto para colocar as coisas em dia também. Agora vou poder responder todo mundo com mais calma kk Poxa Moa, eu não sabia que você também tinha começado o projeto de montar papercrafts! Começou bem com a Majora's Mask hein, acho que é uma das que vão ficar mais bonitas na coleção, dá até pra pendurar na parede kk Obrigado pelos elogios galera, teremos de ir aos poucos nos despedindo da história e dos personagens, mas quem sabe não temos a sorte de voltar a vê-los em outras regiões da Aliança? Acho que a Paula pode dar as caras em Ransei mesmo, e se bater a inspiração nós tentamos trazer um especial das Primas de Azalea com Sinnoh e Kalos juntos kk
ReplyDeleteNo fim das contas esses Contests me ensinaram algo realmente importante: Nem sempre a gente vai fazer o que quer, mas de um jeito ou de outro, vai ter que ser bem feito. Acho que agora vou começar a gostar mais deles. Talvez um pouco, mas só um pouquinho kk E valeu pelas parabenizações da formatura cara, de estudante agora sou desempregado! kkkkkkkkkkkk Zuera, zuera. Quero ver se começo uma pós-graduação ou arranjo outro curso bom para se fazer, até por que nós nunca devemos parar de estudar, correto? Ainda tenho muito chão pela frente, muita coisa boa para vir. Ainda tenho algumas coisas bem legais guardadas, pode deixar que nas próximas semanas espero trazer alguns episódios bem divertidos.
Bem, e dando atenção ao comentário de meu companheiro Anônimo, eu realmente escrevo uma Bíblia e a galera já faz piada disso há tempos kk Mas a questão é que minhas respostas vêm no nível que meus leitores merecem. Eu acho que seria injusto se eu só saísse dizendo: Obrigado! Obrigado! Obrigado! Ou apenas responder as dúvidas e críticas que ficassem. Estou sempre desenvolvendo um diálogo como forma de demonstrar o que eu sinto ao ler os comentários dos leitores, da mesma maneira que eles comentam tentando demonstrar o que sentiram ao ler o que eu produzo. O tamanho é completamente irrelevante cara, os comentários estão aí para serem lidos por quem quiser e não importa quanto tempo passe. Não é como uma conversa de facebook ou MSN que são privadas, aqui os próprios comentários formam uma história! (:
Mas admito que quando vou responder a galera no facebook eles até se espantam kk É um costume do blog de escrever bastante, mas estou tentando sempre filtrar. De qualquer maneira, obrigado pelos comentários, galera! Nessa sexta teremos um capítulo muito especial, então continuem de olho. Abraços!
Se eu te disser que o PC simplesmente desligou do nada enquanto eu estava lendo, tu acredita? Pois é. E não quis ligar desde então. Como vi que ele continua de piti, li pelo celular e deixei pra comentar pelo notebook (que quase nunca pega blogs, então só dá pra postar o coment mesmo e sair)
ReplyDeleteAfinal, claro que eu não perderia a chance de acompanhar o Grande Festival do meu adorado Lukinhas! <3 É, parece que foi ontem que ele estava recebendo aquele diferente inicial, e de repente está aí, esperando o último desafio. E, claro, a Vivi está ali também! Acho que, assim como Stan tinha que ser a luta final pro Luke, ela tinha que ser a última adversária do Lukas. E achei justo também o selinho, ela esperou tanto por isso... E que fique assim, Lukaula (?) e StanVi eternos <3 <3
A apresentação. Uou, a apresentação. Paula como sempre dando seus toques, né (alguma divindade fodástica tá afim de ser minha amiga? seria super lecal uma chuva de meteoros de vez em quando -q) E claro que teria um "surpreenda-me" no meio! Confesso que não me surpreendi com Lukas escolhendo a mãe, mas a Vivian escolhendo o Stan.... Oh, céus xD (mas a declaração dela, ain <3 <3 eles são a coisa mais fofa mesmo :3 )
E o final.... Ah, o final. Talvez um dia eu consiga não chorar nos caps das apresentações, mas decididamente não foi dessa vez :') Cara, que lindo. Sinceramente, eu não consigo não ser tocada por toda essa conversa sobre sonhos e tudo mais. Mas, pera, por que raios a Paula falou como se estivesse se despedindo? Que que houve?? D: FAZ ISSO COM MEU SHIPPER HEART NÃO Ç_Ç
Mas, sério, que coisa linda. Esse Grande Festival estará no meu coração por muito, muito tempo.... E para encerrar, gostaria de dizer que: EU CONSEGUI, EU FINALMENTE ME ATUALIZEI EM AeS! ~FOGOS DE ARTÍFICIO INFINITOS~
Diga ae, Anne! Realmente, trabalhar com a resolução para mobiles era um de meus interesses uma vez que esse template da Aliança Aventuras é horrível para se visualizar em celulares e mobile. Já que sou meio quadrado não sei mexer direito nesses aparelhos novos e acabo deixando-os de lado, mas seria extremamente importante que eu desse mais atenção para essa área visto que o interesse do público e a acessibilidade vem crescendo. Eu sou muito dos antigos, só consigo fazer minhas coisas pelo notebook, e ainda demorei pra aceitar abandonar meu computador gigantesco kkkkkk
ReplyDeleteCaraca, e vou te dizer, você conseguiu se colocar em dia com a fanfiction! 93 Capítulos, hein? Ficaram para trás alguns da Saga Diamante, mas o importante é que você conseguiu enfrentar essa demanda de um projeto longo, longo MESMO. Tenho medo de contar quantas palavras e páginas dariam todo o Aventuras em Sinnoh, mas outra vez um amigo me disse que já tinha passado os três livros do Senhor dos Anéis kk É coisa pra caramba hein, fico muito feliz que você tenha chegado até aqui e ainda feito questão de sempre deixar um comentário para marcar presença! (: Mesmo que eu não tenha arranjado tempo para responder cada um, venho aqui agradecer toda essa sua força de vontade para ajudar o blog a continuar andando. As coisas andavam bem paradas, mas foi maravilhoso poder contar com sua presença.
Não se preocupe com a Paula, não vai acontecer nada com ela e com o Lukas kk Mas entenda este episódio como a despedida deles, afinal, nossa divindade vai se distanciando do roteiro assim como tantos outros personagens que ficaram para trás... Agora, acho que só poderemos vê-los em alguns especiais, supports ou quem sabe em Ransei quando começar kk Continue de olho para ver agora os episódios finais, e talvez os melhores que poderei trazer. Sei que você tem muitas especulações sobre o que virá a acontecer na luta contra a Elite, mas pode ficar tranquila... Vai acontecer mesmo kkkkkkkkkkk Sim, eu sou um cara mal e se estivermos pensando na mesma coisa, ainda faço alguém sair chorando do blog ao término de cada batalha. *risada maléfica* Falta muito pouco, Anne, vamos continuar tocando nossos projetos e dando nosso melhor!
É man, você pode não gostar dos Contests, mas conseguiu encará-los por 100 capítulos kkkkkk Parabéns por isso. Apesar da Liga ser um evento emocionante, não deixo de pensar em como o Grande Festival também deve ser fantástico. Todo cheio de pompa, cheio de celebridades, roupas chiques, e brilho kkkk
ReplyDeleteCara, o beijo do Lukas com a Vivian foi uma boa ideia de sua parte. Não dava pra terminar a fanfic sem, afinal, há quanto tempo esperamos por isso? kkkkkkkk E dá pra perceber que foi algo bem no estilo da Vivian. Sem malícia, sem grandes complicações. Só um gesto que mostrava o quanto o Lukas significou pra ela. Mas imagino que uma certa Guardiã do Espaço não vai perdoar essa kkkkkk Podem se passar 10, 50, 100 ou 200 capítulos, mas nossa ruivinha não vai mudar. "Tá no inferno abraça o capeta" Huiaeuhaeu
Um dos motivos pelos quais a gente mais esperava o Grande Festival: FANTINA! " Tia Fantina, você vai morrer?!!" Eu ri demais, cara. Nisso que dá juntar essa mulherada de Sinnoh. kkkkkkkkk
Man, e que belo capítulo. As descrições na medida certa para causar a sensação da beleza de cada movimento típico de Contest. Os diálogos com uma mistura de diversão e nostalgia, mostrando que de fato estamos concluindo uma das sagas do Aventuras em Sinnoh, que é a dos Contests. O sonho do Lukas. Não houve melhor forma de terminar o capítulo que um momento entre o Lukas e a Paula, mostrando que não é pelo fato de ela ser uma deusa que eles são um dos casais mais fantásticos, e sim porque são ELES! E, afinal de contas, o Lukas conseguiu o que queria, irá transmitir em seu legado as mensagens que tanto sonhou. E você também, cara, nos ensinou muito com cada Contest, com cada experiência. Pudemos aproveitar cada momento, cada capítulo, que nos trouxe até aqui :)
Mais uma vez eu venho ler um capítulo seu de Contest, esperando por apresentações incríveis, e no fim das contas não vejo apresentação alguma. E ainda assim vejo grandes capítulos, com grandes lições. Eu me lembro ainda daqueles dias, anos atrás, onde você resmungava o fato desse tipo de capítulo ser um dos seus pontos fracos, mas você conseguiu superá-lo de maneira tão impressionante que eu não sei dizer se uma pessoa normal seria capaz. É, meu caro, estou dizendo sim que você é um ser anormal. Mas lembre-se de que essa palavra significa que você não é normal. Não é necessariamente algo ruim. :)
ReplyDeleteVocê ao mesmo tempo consegue destacar a importância dos Contests para a região de Sinnoh, e ao mesmo tempo não deixar escrito uma linha descrevendo as apresentações artísticas dos coordenadores. Ainda procuro entender de onde você tira inspiração pra isso.
Esse final do Lukas com a Paula soou como uma despedida. O que podemos esperar desse momento? Eu não gostaria de vê-la ir embora da história assim, mesmo sabendo que daqui até o final as atenções estarão novamente voltadas ao Luke. Falando nisso, mal posso esperar para começar logo os tão aguardados capítulos da Elite. Estou dividido entre a vontade de ir com tudo logo e a vontade de aproveitar ao máximo cada capítulo daqui pra frente, sabendo que depois de tudo, finalmente terá acabado. Tenho até medo de avançar, mas é bola pra frente.
Bom, acho que por aqui é o que tenho a dizer. Se eu começar a falar sobre minhas expectativas para a Elite, não sei onde vou parar. Acho melhor ler pra depois falar algo a respeito, kkk.
Nos falamos em breve cara!