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- Capítulo 94 (Parte 1)
Posted by : CanasOminous
Mar 28, 2014
Ilustrações feitas por Nyx.
O corredor vazio conservava-se silencioso. Ecoavam distantes os sons
de gritos e aplausos da plateia eufórica que já podia ser ouvida em algum lugar
distante. Não sabia exatamente onde, mas ao fechar os olhos podia imaginar.
Estava ansioso para começar, e dessa vez só precisava abri-los para
estar lá.
Até
aquele momento, sua jornada havia sido feita repleta de boas companhias. Seu
irmão, seus amigos, família, rivais, e até mesmo fãs e admiradores. Mas, a
partir dali, teria de confiar em suas próprias habilidades e na de seus
Pokémons.
Luke
encarava sério a imensa porta de metal em sua frente. Havia derrotado todos os
seus adversários na Liga Pokémon e garantido o posto como vencedor da
competição. Encontrou-se pensando em cada etapa de sua vida nos últimos anos,
como quando derrotara Roark na cidade de Oreburgh, um dos jovens líderes de
ginásio que mais tarde viriam a tornar-se um de seus melhores amigos. Esperava
que ele estivesse lá assistindo, e gostaria de poder agradecer pessoalmente
cada um que tirara algumas horinhas de seu dia só para ir vê-lo.
Imaginava
se os outros líderes também estariam lá. Cheryl e Gardernia; Maylene e seu
segurança Gerard; Wake e sua maravilhosa filha, Marine, será que algum dia ela iria
perdoá-lo? Byron, Candice,
Volkner... Seus pais também estariam ali? Era claro que estavam, não perderiam
aquilo por nada. O mundo não perderia. Era um evento histórico de vital
importância em sua vida para ser deixado de lado.
Seus
dedos se mexiam a todo instante, fechando o punho ocasionalmente num movimento
eufórico que continha seus músculos. Todo seu corpo pulsava, ele suava antes
mesmo de começar. Sua mente pensava em tudo que ainda iria passar, e se de fato
conseguiria sair inteiro dela.
Luke
levou a mão ao bolso com o intuito de procurar seu estojo de insígnias que
revelavam todas aquelas lembranças, porém,
notou que o acessório não estava ali.
— Maldição, eu
jurava que tinha deixado aqui...
O rapaz virou-se e
olhou para seu Garchomp que fingia disfarçar. Luke virou-se para ele e deu um
soco leve no ombro do dragão, sorrindo na sequência.
— Tá certo,
companheiro. Decidiu voltar a guardá-las como fazia
antigamente? — disse o jovem treinador com uma
risada. — Está na hora delas voltarem a ficar comigo. Devolve.
O dragão abriu a
boca repleta de dentes e Luke observou seu estojo ali dentro, todo cheio de
baba, mas ao menos suas insígnias estavam intactas. Todas brilhando.
— Puxa, obrigado —
Luke respondeu irônico, recuperando seu objeto ainda que com um pouco de
receio. — Sabe como é, eu queria ver essas insígnias só porque elas me dão
segurança. É engraçado pensar como não servem para mais nada agora que sou o
vencedor da Liga, elas não passam de... um monte de broches coloridos.
O rapaz segurou a
insígnia do farol, recebida de Volkner, e por um instante todo o vislumbre
daquela batalha passou por sua mente. Luke suspirou, sentindo em seu coração um
acolhimento reconfortante.
— Será que um dia
alguém vai se lembrar da minha história? — Encontrou-se rindo ao
pensar. — São tantas aventuras que eu acho que deveriam escrever um
livro sobre a minha vida, já estou até imaginando o título da minha
autobiografia.
O dragão
praticamente o ignorava quando pôde ouvir:
— E a
propósito, eu te contei que encontrei a Titânia ontem, depois dos nossos
treinos?
Agora o Garchomp o
observou, interessado.
— Pois é, ela disse
que estará nos esperando lá em cima, então vamos dar o nosso melhor para
encontra-la e não desapontá-la em momento algum.
Um sinal soou
pelos corredores vazios, e Luke viu uma lâmpada em sua frente mudar de cor para
um tom azulado. Era o sinal de que ele poderia finalmente entrar.
Os dois respiraram
fundo.
— Preparado? —
Luke estalou os dedos.
O dragão rugiu e
preparou suas garras como se fossem lâminas.
A porta de metal
abriu-se, revelando ali um elevador sem paredes e com luzes que piscavam no
chão. Luke e seu Garchomp deram o primeiro passo, mas se assustaram ao vê-lo
subir tão depressa. Aparentemente o evento seria realizado em um lugar muito
alto, talvez o pico do castelo mais esplendoroso da ilha da Elite, esperando
que o desafiante chegasse depois de seu devido preparo.
Os dois mais uma
vez trocaram olhares, mas nenhum deles disse nada. Nem precisavam.
Conforme a
velocidade foi diminuindo, os gritos aumentavam. Luke respirou fundo e olhou
para cima. Fechou o punho. Ergueu o braço para o alto e sorriu mais uma vez ao
imaginar que as pessoas logo estariam gritando o seu nome. Nunca se cansaria
daquilo.
Sentia-se como se
estivesse no topo do mundo, e certamente estava. Muito além de onde o céu
alcançava, e até mesmo do que as demais pessoas acreditavam que ele chegaria.
— Está na hora de
nos tornarmos campeões.
O elevador parou e
anunciou a sua chegada. Todos o aplaudiram e os narradores fizeram as devidas
apresentações, mas Luke fervilhava de ansiedade para começar logo tudo aquilo.
O local estava tão cheio que ele mal conseguiu encontrar seus amigos, nenhum
deles. Queria ter encontrado Lukas para agradecer por todo o apoio do irmão, ou
até mesmo Dawn só para olhá-la bem fundo nos olhos e dizer algumas coisas que
estavam guardadas, mas não havia sinal deles.
Imaginou por um
instante se todas aquelas pessoas estavam ali só para vê-lo cair. Será que
estavam ansiosas por mais um showzinho da Elite? Queriam ver humanos e Pokémons
se destruírem até que somente um ficasse de pé, ou talvez ali por laços
familiares, quem sabe por simplesmente não terem o que fazer? De qualquer
maneira, ali estavam, e queriam o seu espetáculo.
— Então, vamos dar
um espetáculo à elas.
Enquanto os
narradores faziam as devidas aparições, a mente de Luke continuou distante e
completamente perdida do assunto. Ouviu seu nome ser repetido um monte de
vezes, mas não estava a fim de ouvir a mesma baboseira de sempre. Queria
mesmo era saber onde estariam seus oponentes. A Elite dos 4 se preparava
para defender o campeão, Ike Smithsonian.
Seu Garchomp fez
um grunhido baixo, e o rapaz o olhou.
— Ele está
chegando, não é?
O narrador fez o
primeiro anúncio, e o rosto de um rapaz apareceu nos telões do estágio. As
arquibancadas vibraram, e o protetor da primeira casa surgiu vestindo suas
roupas em tons púrpuros, chapéu na mão e microfone na outra.
— Eu sou Theo,
especialista em Pokémons Poison-type. Sou o membro mais recente de nossa
Elite, e serei o defensor da Primeira Casa nesta disputa.
Luke acenou com a
cabeça, fazendo um cumprimento.
Sem dizer-lhe mais
nada, seu Garchomp fez um rugido tão alto que toda a Liga estremeceu.
Fogos de artifício
foram liberados dando início ao espetáculo de cores e luzes. A lua estava a
pico no céu, indicando que aquela noite seria inesquecível. Não sabia direito o
que pensar, mas afinal de contas, pra que deveria? Luke Wallers estava ali para
batalhar, e se era um show que a plateia pedia, então teriam a honra de
testemunhar o melhor deles.
Pokémons P.O.V. Point of
View
O
primeiro adversário da Fire Tales seria a guilda Chernobyl, liderados por
Tashiki, a Arbok de Theo. Não importava o quão próximo estavam de alcançarem
seus sonhos, Aerus sabia bem que estava para entrar em um campo minado e que
não conseguiria sair dali sem perder algumas coisas que eram importantes demais
para ele.
Assim
como qualquer outra batalha, cada integrante teria de entrar na competição sem
a garantia de que poderiam retornar. Ninguém de fora tinha a autorização de
interferir, a batalha contra os Remarkable Five tinha suas próprias regras,
absolutas e inalteráveis.
Os
membros da Fire Tales sabiam o quanto a vitória era importante para o jovem
Luke, mas agora que estavam ali, frente a frente com o destino. Temiam que ele
não fosse exatamente do jeito que haviam planejado, mas iriam encará-lo frente
a frente mesmo assim.
— Esperamos muito
tempo por isso, não é mesmo, Aerus? — indagou General com toda sua pompa, vendo
seu companheiro tão diferente do dragãozinho impertinente que conhecera quando
entrara na guilda.
— General, você já
parou para pensar se... no fim das contas, este não é o nosso sonho?
— O que quer dizer
com isso, meu caro? — indagou o militar.
— Nós vivemos,
treinamos, lutamos. Somos Pokémons, somos guerreiros. Fazemos de tudo por
nossos treinadores, e aqui estamos. Será que no fim das contas esse é
simplesmente o fluxo de nossa vida, e alguma força superior já traçou assim? Ou
porque realmente desejamos?
— Você quer mesmo
explicar o sentido de toda nossa existência há poucos minutos do início de
nossa guerra? — O Dusknoir riu. — Certamente não é uma boa hora para isso, meu
caro.
— É. Tem razão.
Melhor não pensar, e simplesmente fazer. Acho que eu penso melhor com os braços
— Aerus estalou seu pescoço e sorriu. — Vamos entrar lá e detonar todo mundo.
Aerus e seus
companheiros entraram na arena onde seria feita a batalha contra a Chernobyl, a
guilda da radioatividade. Toda a Fire Tales estava presente, porém, somente 12
deles teriam permissão de batalhar, os 12 integrantes de Luke Wallers. Watt
olhava para Aerus, desejando com todas as forças do universo que seu
companheiro saísse dali com vida. Eva temia por Chaud. Karl, Al Capone e Lyndis
preocupavam-se com Sophie. Milena sentia um aperto no coração por Coffey e
Mikau, e sabia que aquilo não terminaria nada bem. Dentro da própria equipe
General pensava em como seria capaz de defender sua querida Glaciallis se a um
dado instante ele caísse em batalha, e como Jade e Yoshiki comportariam-se
tendo que enfrentar uma velha conhecida como Tashiki.
Nenhum deles tinha
bons pressentimentos daquela luta, e quando falavam com seus companheiros,
vinha a aterrorizante sensação de que seria a última vez que os veriam. Todos
organizavam-se em pequenos grupos, e conversavam como se quisessem dar
esperança a si próprios.
— Não fique triste
por nós, meu querido — disse Wiki em direção do pequeno Marco. — Quando tudo
isso terminar, vamos juntos dar uma festinha só nossa!
— Minha filha, sei
o quanto você ama o Chaud, mas você tem de me prometer que irá comportar-se e
não invadir o campo de batalha na pior das hipóteses! — continuou Milady para
sua pequena Espeon. Uma mãe nunca consegue deixar de preocupar-se com suas
crias.
— Sophie, vá lá e
dê tudo de si, capisce?
Nós detestaríamos ter de ficar sem a nossa enfermeira nas Casas de Cura, —
disse Al Capone com um sorriso — e também sem uma grande mulher que sentirei
tanta falta quando a noite se aproximar.
Os membros da
Chernobyl faziam suas devidas apresentações do outro lado, mas nenhum membro da
guilda dos Contos de Fogo se importavam muito com aquilo. Haviam tido tanto
tempo para conversar e rir com seus amigos, e por que agora sentiam que faltara
tempo para tudo aquilo? Era um vazio muito grande em seus corações.
— Milena, eu
gostaria de ter passado mais noites com você — admitiu Mikau.
— Aerus, dê o seu
melhor lá em cima, não me desaponte — continuou Seth.
— Chaud, eu sei
que você não vai cair. Você é a Defesa, jamais poderá cair, jamais será
derrotado — dizia Eva sorridente, tentando esconder todos seus temores mais
profundos onde não pudesse mais encontra-los. A pequena Espeon abraçava seu
parceiro com força e mantinha-se ainda mais forte para não demonstrar as
emoções. — Eu sei que você não vai, eu sei.
— General, você
foi o homem mais importante em minha vida, e deu um sentido para que eu me
mantivesse viva nessa existência conturbada. Por favor, por favor. Volte para
mim — implorou Glaciallis, abraçando seu homem.
O sinal soou, e
dessa vez era a hora da Fire Tales organizar-se no campo de batalha,
selecionando cada integrante que participaria daquela luta.
Watt olhou para
Aerus e segurou em sua mão.
— Você vai ganhar?
— Vou detonar todo
mundo, vou chegar lá em cima vitorioso e acabar com qualquer um em meu caminho,
para que todos nós possamos sair daqui juntos mais uma vez, beleza, irmãozinho?
— Aerus acenou com um sorriso.
E ali
estavam eles, no topo do mundo.
Aquela
luta não seria nada como o Torneio das Guildas. Era um momento em que cada um
dos lados estava disposto a proteger os seus ideais, custe o que custasse.
Aerus sabia disso, e talvez por este mesmo motivo preparou-se como se marchasse
em direção da guerra. Sabia o quanto repetira aquilo para todos os seus amigos,
mas fora necessário. Eles entravam em uma guerra de humanos, e nas guerras
muito se aprende e muito se leva, mas todos perdem alguma coisa.
Uma
mulher de corpo escultural e cabelos emaranhados foi em direção dos desafiantes
prestar-lhes os devidos cumprimentos. Ela vestia um kimono básico com imagens
desenhadas, e na outra mão trazia um cigarro. Tragou fundo e soltou a fumaça no
ar.
— Meu nome é
Tashiki, sou a guildmaster da Chernobyl, e responsável por defender a Primeira
Casa. Não esperem que peguemos leve, e se me permitem dizer, preparem-se para o
pior.
— Daremos o nosso
melhor — respondeu Aerus, esperando encerrar ali aquela conversa.
Naquele instante,
uma gosma roxa surgiu no chão e foi tomando forma humana bem diante deles. O
dragão recuou um passo, enquanto General franziu o cenho e temeu que aquele
inimigo fosse exatamente que ele esperava.
O militar trocou
olhares com Chaud, e uma voz rouca e assustadora pôde ser ouvida.
— É de conhecimento
de vós que muitas vezes um guerreio não regressa com vida para tua casa,
correto? Não estamos mais entre crianças, meus caros. Estamos aqui para lutar e
morrer, e assim o faremos. Espera-se que estejam mais do que preparados para
isso.
A gosma roxa tinha
assumido uma forma contorcida, exalando um cheiro horrível que afastou todos os
demais. Tashiki manteve-se quieta, sem demonstrar reação alguma. O monstro
ergueu-se ereto, cruzou os braços e encarou todos como se fosse uma criatura
superior aos demais.
— Atômico — disse
General. — Enquanto alguns guerreiros perdem a vida tão preciosa, já aconteceu
de outros tantos recuperá-la, mesmo depois da morte. Creio que eu você tenhamos
passado pelo mesmo.
— Certamente —
continuou Chaud, olhando para aquele inimigo em comum de ambos os guerreiros. —
Você devia estar morto.
— Devia? — O
monstro riu. — Ao fim desta guerra, veremos qual de nós deveria estar vivo.
Os comandantes da
batalha retornaram para seus devidos postos, até que Chaud comentou:
— Derrotar este
sujeito de novo não será fácil.
— Você ouviu o que
ele disse? Que acha que alguns de nós podem morrer nessa batalha — rugiu Aerus,
enfurecido. — Quero que saibam que eu não vou permitir que nenhum de vocês
morram, ouviram? Nenhum. Se isso acontecer, eu vou até o inferno para buscar
vocês, e não estou brincando, o Beliel está aí para provar.
— Não se preocupe,
eu cuidarei dele — assentiu General sem olhar para trás, mas sabendo que
Atômico o encarava com uma voracidade mortal.
Do outro lado, o
primeiro adversário tinha sido escolhido. Quando Chaud e os demais chegaram ao
seu campo, não esconderam uma ligeira surpresa ao ver um sujeito esquelético e
de costas curvada. Sentiam que já o tinham visto em algum lugar... mas onde tinha
sido mesmo? Ele tinha uma armadura leve, mas por baixo dela com toda certeza
escondia jogadas perigosas e traiçoeiras. Tinha olheiras profundas, e quando
encarou o ferreiro chegou até a esconder-se.
— Quem é aquele? —
perguntou Eva, por ironia do destino.
— Um Drapion. É o
homem que a sequestrou quando você nasceu, minha pequena. O nome dele é
Doirakem — respondeu Chaud, voltando-se para seu comandante. — E se me
permitir, Aerus, eu gostaria de ser o primeiro guerreiro a representar a Fire
Tales nessa batalha.
Ele nem precisou
esperar uma resposta. Chaud carregou o seu escudo e marchou em direção da
batalha.
O telão lá no alto
exibia de perto os dois primeiros guerreiros de uma batalha de três que
certamente seria uma das mais surpreendentes daquele ano. Tudo estava liberado.
Diferentemente do Torneio das Guildas, naquela batalha tudo era permitido;
nocaute, envenenamento, deixar a arena principal, tudo. Não havia absolutamente
nenhuma regra que os salvasse das mãos famintas de Giratina e seu mundo reverso,
e justamente por isso os Pokémons a temiam tanto.
Doraikem enfiou as
mãos no bolso e caminhou para seu encontro. Ele com toda certeza lembrava-se de
Chaud, ou não teria ficado tão eriçado quando o avistou como seu oponente.
— O salvador de
criancinhas decidiu aparecer novamente — disse Doraikem, cínico.
— Eu é que estou
surpreso por vê-lo aqui. Pensei que tivesse retornado para os esgotos de onde
veio — disse o Bastiodon. — Como conseguiu convencer uma guilda de tão alto
nível como da Elite a aceitarem seus serviços?
— Um pouco de
persuasão e mentiras, e eles pagam bem. Não importa o que aconteça comigo ou
como entrei aqui, pois aqui estou. E acredite, eu sou a pior das ameaças que
você encontrará nesse lugar.
Não houve mais
tempo para preparos ou cortesias. Ao mesmo tempo que Chaud se mantinha sério ao
enfrentar Doraikem, por dentro estava queimando de ódio por tudo que aquele
homem repugnante um dia fizera com Eva.
O Drapion o atacou
com facas e canivetes, e a forma como investia estava claro que não se
importava de ferir, estava disposto a matar. Chaud vestia sua armadura completa
e não encontraria problemas em defender-se dos ataques a curta distância do
inimigo, mas também não poderia vacilar. Aquele Doraikem que conhecera há tanto
tempo nos pântanos da Rota 212 certamente não era mais o mesmo, pois agora
carregava em seus olhos um ódio muito mais cruel.
— Night Slash! — disse Doraikem, acertando sua faca
na armadura de Chaud, e não recuando mesmo ao saber que aquilo não causaria
dano algum.
Chaud protegeu-se
com seu escudo, erguendo-o para frente e acertando o oponente no queixo,
obrigando-o a distanciar-se atordoado. Doraikem sentiu um filete de sangue
escorrer de seu rosto com a pancada que recebera.
— Dureh, dureh,
dureh... Você também melhorou — disse o ladrão. — E me diga, como vai a sua
menininha?
O guerreiro de armadura franziu o
cenho, nem um pouco disposto a permitir que seu oponente brincasse com seus
sentimentos ao falar de Eva, mas Doraikem já a havia notado. Ele podia parecer
um sujeito pobre e imundo, mas era um excelente observador e esperto.
— Você está
cuidando bem dela? Seria uma pena se alguém fizesse mal à garota ao término
dessa batalha, não acha? Não vai perdeeeeer, hein? Dureh, dureh, dureh...
Chaud investiu
novamente, atacando-o com seu escudo e atirando-o como se fosse um bumerangue que sempre volta ao seu dono. Doraikem esquivava-se depressa com várias
manobras para os lados, e ria de sua maneira maldosa e repugnante.
— Escute-me, se eu
perder essa batalha, sinto em lhe dizer que pessoas que são importantes para
você irão sofrer também. Meus companheiros irão atrás de você e de todos
aqueles que você ama. O que acha de entrarmos num acordo para decidir isso? —
disse o Drapion.
— Você é uma
criatura imunda, e não merece minha atenção — Chaud acertou um soco no abdômen
de Doraikem que urrou de dor e caiu-se no chão ajoelhado.
— V-Você é bom...
Bom mesmo — admitiu. — Mas será que é capaz de proteger os outros, mesmo
estando tão ocupado?
Drapion sacou três
adagas e cuspiu nelas um veneno negro. O ladrão atirou-as para frente de tal
maneira que Chaud percebeu que ele tinha de ser muito ruim na mira para errar
daquele jeito, mas quando olhou para trás, viu que Vista defendera a pequena Eva
com seu braço mecânico, perfurado por três adagas negras.
— Are you all right? — perguntou o Cavaleiro de Metal.
— E-Eu estou
bem... O que houve, senhor Vista? — indagou Eva, surpresa, notando então que o
braço do ciborgue estava perfurado por três adagas que escorriam um líquido
pegajoso.
Eva gritou,
espantada. Nem mesmo seu companheiro Tom Sawyer havia notado, mas ser ferido por uma arma daquelas poderia ser fatal.
— Cruz credo! Quando foi
que nos envolvemos na batalha...?! — indagou o jovem Lucario, espantado.
— Don't worry. Esse tipo de veneno não afeta o meu corpo, mas em vocês essa pequena quantidade poderia ser fatídica — respondeu Vista, trocando olhares distantes com Chaud. — Nossos
inimigos agora sabem como enfrentar nossas fraquezas. Stay alert.
O Bastiodon cerrou
os punhos, furioso. Dificilmente mostrava seus sentimentos, mas Doraikem
gostava. Ele deu de ombros e cuspiu no chão.
— Já estou
produzindo mais daquele veneno agora — disse ele com uma risada maldosa.
— Como pode atacar
alguém que nem está envolvido na batalha? Você não tem honra, ou... — Chaud
parou e pensou no que iria dizer. — Com toda certeza estou enfrentando um tipo
de adversário diferente.
— Exato, exato! —
Doraikem riu. — O que estava esperando da Elite? Que fôssemos todos honestos
com vocês? Todos irão morrer nessa batalha, caro amigo! Todos vocês, ninguém
vai sobreviver! Ninguém! Escute o que eu digo e arrependa-se no final, todos
vocês estarão mortos!
— Você fala demais.
Chaud ergueu seu
escudo e atirou-o com toda força para frente em direção de Doraikem,
acertando-o em cheio. O escudo retornou para seu dono, mas o ladrão caiu no chão, agoniando pelas dores do impacto, e Chaud continuou sua onda de ataques com o Iron Head e o Stone
Edge em uma sequência impressionante de fúria e pressa.
Ele o chutou para
longe, e Doraikem esticou a mão para frente, gritando:
— Tenha piedade de
mim, amigo!
— Você não pensou
nisso quando atacou a Eva agora mesmo — respondeu Chaud, chutando-o mais uma
vez na cara a ponto de fazer o homem chorar.
— Mas foi porque
eu precisava, não consegue entender?! — Doraikem gritou. — Eu estou lutando
aqui contra minha vontade, ou não terei dinheiro para sobreviver! Eu roubei sua
criança naquela época porque era necessário, mas nunca foi por querer! Por
favor, me perdoe por tudo que eu fiz, posso provar que ainda sou um bom homem!
— Você é
previsível demais.
Chaud chutou-o
mais uma vez, onde Doraikem permaneceu esticado, completamente
destruído.
— Me perdoe, me
perdoe — ele repetia, cobrindo a cabeça. — Me perdoe.
Chaud sentiu seus
músculos relaxarem e caminhou em direção do homem. Doraikem continuava
espremido em seu canto quando viu uma mão ser esticada em sua direção. Olhou
para ela, esperançoso, e sorriu.
— Seu idiota —
falou Doraikem.
O Drapion deu um
salto, e sacando mais uma adaga envenenada do bolso enfiou-a na região do
pescoço de Chaud onde ele notara que não haviam defesas. Glaciallis deu um
grito de espanto, até mesmo Aerus colocou-se em posição de alerta, pois aquele
golpe parecia ter sido fatal ao atingir a jugular. O guerreiro cambaleou pra
trás. Doraikem saltitava de um lado para o outro, contente com sua astúcia.
— Dureh, dureh,
dureh! Foi mais fácil do que tirar doce de criança! Quem é o previsível agora?
Nem depois de todo esse tempo você aprendeu alguma coisa, moleque?
Chaud olhou para o
ladrão e segurou a adaga enfiada em seu pescoço. Ao retirá-la, a arma estava
entortada como se tivesse sido jogada em uma parede de ferro. Doraikem estava
com os olhos esbugalhados.
— Como foi que
você...
— Algumas pessoas
dizem que eu tenho um coração mole hoje em dia, e creio que seja verdade. Em
minha época, aprendi a não poupar e nem dar chances, mesmo ao mais amedrontado
dos inofensivos inimigos. Nenhum deles era digno de misericórdia, todos deviam
ser exterminados — disse Chaud. — E então, quando vim para esta geração, algumas
pessoas especiais me ensinaram a ter compaixão pelo próximo, mesmo o pior
deles. E não me arrependo disso.
Eva levou a mão
até seu peito, agradecendo os céus por seu companheiro estar bem. Tom Sawyer abraçou sua companheira, devolvendo a atenção para Chaud que massageou a parte onde o veneno fora aplicado, como se não sentisse
absolutamente nada.
— Eu lhe dei sua
chance, Doraikem. E você não fez bom uso dela..
O guerreiro ergueu
seu escudo e enfrentou seu oponente, acertando-o com socos e
investidas como uma bola de boliche que é jogada nos frágeis pinos que nunca se
dão por vencidos. Doraikem o feria em vão com suas adagas, riscando a armadura
e tentando enfraquecê-lo, sem sucesso. Agora suas estratégias tinham acabado, e
ele estava derrotado.
Chaud acertou um
chute lateral que fez Doraikem ajoelhar-se no chão para dessa vez não
levantar-se mais.
— Nós ainda vamos
fazer vocês sofrerem muito, muito — disse o Drapion ofegante, cuspindo sangue.
— E não apenas você, mas todos os seus amigos também, mesmo os que não
participarão dessas batalhas. Todos vão chorar e lamentar até que essa guerra
termine, e ninguém irá festejar no final.
Doraikem caiu para
frente e Chaud o olhou com desgosto.
— É o que veremos.
Tashiki estudava
cada movimento de seus inimigos, e ao seu lado Atômico mantinha-se de braços
cruzados e a feição séria. A mulher tragou a fumaça de seu cigarro e a liberou,
de forma que Atômico absorvesse tudo para dentro de seu corpo como se aquilo o
alimentasse.
— Eles vieram com
um único intuito, minha senhora — disse o Muk. — Derrubar os Remarkable Five, e
serem consagrados os campeões. Nada irá detê-los, pois nem mesmo meus planos na
Ilha de Ferro o impediram. Ao lado deles está Seth, o Guerreiro Dourado;
Beliel, o Cão dos Infernos; Coffey, o Gigante Adormecido. Poucos são capazes
de fazer frente a eles.
— E o que planeja?
— indagou Tashiki, pouco interessada.
— Para que
possamos derrotá-los, temos de atacar o ponto fraco de nossos inimigos. Destruir
aqueles que são suscetíveis. Ouça-me, minha senhora, e podereis alcançar a
vitória.
Tashiki devolveu
um olhar sério.
— Isso é contra as
regras do campeonato.
— Nosso nobre
companheiro Doraikem também não tinha direito algum de atacar a pequena Espeon,
e mesmo assim o fez. Viste como o guerreiro de armadura se desesperou? Mate os
amigos, e eles serão derrotados na sequência — Atômico balançou a cabeça,
compreensivo. — És a dona deste espetáculo, minha senhora. Regras? Sois vós que
as criais.
Tashiki ergueu o
punho e segurou o pescoço de Atômico com violência.
— Se praticar
qualquer coisa fora do esperado, eu mesma te mato — ela falou. — Como você
disse, eu sou a dona desse showzinho, e vocês obedecem. Estou pouco me fodendo
para a merda dos outros, mas pelo menos eu sairei daqui de queixo erguido,
tendo a certeza de que minha parte foi feita.
Tashiki sentiu sua
mão ser envolvida pela gosma do corpo de Atômico que envenenaria e mataria
qualquer um em questão de poucos segundos, mas ela não precisava se preocupar
com aquilo, pois o seu veneno era mais forte.
— Como quiser —
Atômico afastou-se, e todos os outros mantinham distância dele.
Antes de terminar
seu cigarro, a mulher jogou-o no chão e apagou-o com um dos pés, olhando em
direção da arena de batalha.
— Minha vez.
Entrando na arena,
Aerus e sua equipe surpreenderam-se ao ver que a líder da guilda inimiga
estaria entrando em cena antes do esperado. Tashiki não fazia parte integrante
dos Remarkable Five, e mesmo sendo a mais nova integrante da Liga, era de se
reconhecer que ela tinha um potencial a provar.
Com uma história
desconhecida por muitos, tudo que sabiam sobre ela era que Tashiki viera dos
buracos mais profundos da sociedade, onde cresceu até tornar-se um ícone como
era vista hoje. Ela tinha um olhar ameaçador em tons amarelados, Aerus mal
conseguia observá-los por muito tempo sem sentir-se perdido. E vestindo apenas
seu roupão surrado, era claro que ela deveria ter uma velocidade impressionante.
O dragão olhou
para trás ao sentir alguém tocar seu ombro.
— Keh, heh, heh...
Chefe, é essa luta que venho esperando até hoje — disse Yoshiki com uma
risada maliciosa.
— Você a conhece?
— perguntou Aerus.
— É uma história
chata e que provavelmente você não irá querer ouvir — respondeu o Toxicroak com
a mesma risada, dando um pulo em direção da arena onde deparou-se com a Arbok à
sua espera.
Tashiki respirou
fundo ao vê-lo, e teve vontade de acender outro cigarro.
— Eu sabia que
você estava no meio dessa gente — disse a mulher com um sorriso.
— Já eu me surpreendi
quando a vi, pensei que tivesse morrido, ou apodrecido esquecida em algum
canto. Vivendo neste padrão tão alto e diferente do que estávamos habituados,
hm? Quem diria — comentou Yoshiki. — Que coincidência do destino. Voltarmos a
nos encontrar depois de tanto tempo.
Tashiki tragou a
fumaça de seu cigarro que já fora acendido.
— Onde está a
minha garota?
— Logo ali —
Yoshiki apontou em direção de Jade.
Tashiki não
escondeu um sorriso de alívio, como uma mãe que já envelhecera muito e desde
então não tivera notícias da filha perdida. Estava extremamente contente, mas
não conseguia demonstrar, não queria que os outros reparassem, especialmente
Atômico.
Acenou para Jade
levemente com a mão, e a menina retribuiu.
— Ela está linda —
disse Tashiki com a voz fatigada.
— Sempre foi —
Yoshiki concordou.
— Você também — os
dois trocaram olhares. — Eu gostaria de ter encontrado vocês num dia diferente,
onde pudéssemos nos deitar em minha cama bagunçada e conversarmos a manhã toda
naquele casebre bagunçado.
Yoshiki retirou
sua katana da bainha.
— Eu também. Pena
que agora não vai dar.
— Verdade —
Tashiki respondeu, séria. — Não vai dar mesmo.
Yoshiki foi o
primeiro a avançar com suas espadas a dançarem no ar com avidez, o apetite pela
vitória e por memórias antigas onde tudo que ele esperava era mostrar para
aquela mulher como havia crescido, como havia melhorado.
Mergulhou sua
espada na lateral, e Tashiki esquivou-se como se tivesse previsto aquilo antes
mesmo de começarem. A mulher acertou uma rasteira no rapaz, que, ao cair no
chão, viu o rabo de uma serpente surgir por de baixo das vestes da mulher e
deslizar por suas pernas, estendendo-se em direção dele como uma lança.
— Você muda de
expressão quando está empolgado demais, pensei que tivesse aprendido a
controlar melhor seus sentimentos — disse Tashiki.
A cauda de
serpente mergulhou em direção de Yoshiki que teve de rolar para o lado para não
ser acertado, e por mais que ambos os lutadores fossem do tipo venenoso, sabia
que aquelas toxinas poderiam machucá-lo bastante e comprometer seu rendimento
na batalha.
Yoshiki guardou
sua katana com pressa na bainha, e fazendo um movimento rápido com as mãos
conseguiu acertar uma sequência de socos em Tashiki, de forma que a mulher
tivesse de defender-se para não sair ferida.
Ambos eram
velozes, e da mesma maneira que as espadas de Yoshiki cortavam a cauda que se
remexia com velocidade também era ferido como uma lâmina. O rapaz ativou uma
faca oculta na manga de seu kimono e partiu para o contato direto, trocando
golpes com Tashiki que utilizava-se de chutes para afastá-lo.
— A velocidade
está decente, seus braços parecem mais fortes. Até que o tempo te melhorou, mas
só um pouquinho — disse Tashiki. — Diga-me, como foi que encontrou o seu
lugar em uma guilda como a Fire Tales?
— Eles nos
acolheram — disse Yoshiki ofegante, esquivando-se de uma investida. — Eles
apresentaram a oportunidade e nos aceitaram como éramos. Perdoe-nos, Tashiki,
mas tivemos de abandonar sua casa para tentar iniciar uma vida melhor.
— Não se preocupe,
eu não gostava daquele lugar mesmo — ela respondeu, impedindo Yoshiki de
feri-la com sua espada usando suas próprias mãos. — Eu costumo pensar o que
teria acontecido conosco se eu não tivesse aceitado o convite para a Chernobyl
naquele dia.
O Toxicroark
hesitou por um instante.
— Acho que nós
ainda estaríamos todos juntos. Lutando um ao lado do outro. Eu, você, e a Jade.
Tashiki revelou um
sorriso em seu rosto alterado.
— Não dá pra
voltar no tempo e acertar esses erros, né?
Yoshiki riu.
— Não. E mesmo
assim, aposto que você não mudaria nada.
— Mesmo depois de
tanto tempo, alguém me conhece melhor do que eu esperava — admitiu Tashiki,
surpreendida. — Eu só iria me certificaria de levar vocês dois comigo, e dessa
vez, eu não os largaria por nada.
Eles continuaram a
batalha com suas armas em mãos. Era impossível acertar Tashiki que se rastejava
no chão como uma serpente, enquanto Yoshiki ficava cada vez mais eufórico
conforme a luta prosseguia. Ele parecia preocupado com algo, ou estaria mais
nervoso do que qualquer um por lutar contra alguém como Tashiki, uma mulher que
o acolhera quando o mundo lhe dera as costas.
— Ela está nos
olhando — Yoshiki falou, sem tirar os olhos de sua adversária.
Tashiki olhou para
Jade.
— Vocês cresceram
tanto...
A cauda da
serpente acertou uma das pernas de Yoshiki, fazendo-o tropeçar e diminuir a
velocidade. A mulher olhou em direção de Jade que segurava as mãos contra o
peito e guardava na feição todos os medos e prantos que sentia.
— É uma pena que
tenhamos de terminar desse jeito.
A cauda da
serpente mais uma vez saiu de baixo das vestes da mulher, erguendo-se num
rebolado rítmico e mirando em seu adversário. Yoshiki ainda sofria pelo golpe
que levara na perna, com uma investida o rapaz teve seu ombro acertado, e na
mesma velocidade Tashiki correu para segurar-lhe a garganta, erguendo-o para o
alto.
— Yoshi-kun!! —
gritou Jade, desesperada.
— Acho que me
enganei. Você continua fraco — disse Tashiki, desapontada. — Como foi que
chegou até aqui, virando-se nesse mundo caótico sem a minha ajuda? Pensei que o
fato de eu tê-los abandonado lhes ensinara alguma coisa, mas pelo visto deu na
mesma.
— É v-verdade —
respondeu Yoshiki, tentando segurar a mão da mulher que apertava sua garganta.
— Quando você nos abandonou, eu tive muita raiva de você. P-Pra ser bem
sincero, eu queria te matar.
Tashiki riu com o comentário.
— Está tendo a
chance agora.
— P-Pelo bem da
Jade, eu dizia que um dia iríamos nos ver novamente, mas nunca coloquei muita
fé... E agora, dói em mim imaginar que tenhamos nos encontrado dessa maneira.
— Essas são as
suas últimas palavras? — indagou a mulher.
— Não. Keh,
heh, heh... — Ele riu de uma maneira assustadora. — Eu ainda nem comecei.
Vendo que Tashiki tinha sua única
forma de ataque imobilizada, Yoshiki ativou uma
lâmina oculta em seu manto e fez um corte no peito da mulher, de uma ponta à
outra, oposta ao local onde ela já carregava uma cicatriz antiga e esquecida.
Tashiki recuou e
sentiu seu próprio sangue descer-lhe pelos braços. A mulher encostou um dos
joelhos no chão, mas conteve a dor e não deixou transparecer-se pelas emoções.
Jade os observava,
calada. Agoniava em seu próprio silêncio, e sentia a dor de seus amigos a cada
golpe. Em seu interior, ela queria gritar:
Parem! Por
favor, parem com essa luta, vamos voltar para casa!
Mas agora não
tinha mais como parar, e nem casa para voltar. Tinha sorte de ter os amigos,
mas temia que logo eles também seriam tirados dela. Yoshiki ainda se
apoiava em seus joelhos, vendo Tashiki caída no chão, derrotada. A mulher olhou
para os dois jovens e devolveu um sorriso cansado.
Com a guildmaster
da Chernobyl derrotada, parecia que a vitória já estava nas mãos da Fire Tales,
mas os guerreiros se surpreenderam ao ouvir uma voz familiar surgir das
profundezas.
— Quanta...
sutileza, minha doce Tashiki. Tu não foste capaz de lutar até o fim, e nem de
esperar a conclusão de seu próprio espetáculo? A melhor parte da peça ainda nem
começou.
— Vá à merda,
Atômico — a mulher caiu na risada, ainda deitada no chão.
Aquele monstro
horrendo ergueu-se em meio ao cenário com os braços esticados e o rosto
erguido. Chaud preparou seu escudo, e até mesmo Yoshiki retirou suas duas
espadas esperando o pior da presença daquela criatura horripilante. Seu peito
sangrava, mas provavelmente todos os membros da guilda aguardavam a
oportunidade de socar a cara daquele monstro ao menos uma vez.
— Então, quer
dizer que guardavas certo carinho por esta mulher — concluiu Atômico, após
assistir a batalha de Yoshiki contra Tashiki.
Ela ainda estava
viva, e a maneira como aquele monstro falava parecia ameaçadora e imprevisível.
Tashiki ainda estava caída, se recebesse os devidos cuidados poderia curar-se
de seu ferimento e voltar a batalhar muito em breve.
— Fique longe dela
— disse Yoshiki, trincando os dentes.
O monstro ergueu
as mãos, irônico.
— Certamente, eu
ficarei.
Porém, ao
abri-las, Atômico disparou uma série de gosmas envenenadas para todos ao lados,
contaminando tudo ao seu redor. Yoshiki esquivou-se, mas o golpe não havia sido
lançado em sua direção, mas contra todos os demais membros da Fire Tales que
assistiam tudo de longe.
— Que merda é
essa?! — gritou Aerus. — PROTEJAM-SE!
Houve caos e
confusão. Até mesmo membros da própria Chernobyl acabaram sendo feridos pelo
veneno mortal. Yoshiki ouviu um grito, e virou-se para trás para ver o que
acontecera.
— G-General!!
O militar envolvia
Glaciallis com seus braços fortes, mas parte de sua capa fora acertada pelo
veneno que queimava em seu interior. Chaud e Vista conseguiram proteger alguns
de seus companheiros, enquanto outros se desviaram com sucesso. Sophie correu
para ver qual era o estado daquele envenenamento, um dos mais fortes e
terríveis de toda a região.
— De novo não, de
novo não! — A enfermeira repetia. — General, desde a última vez que você
enfrentou este monstro em uma batalha o veneno em seu corpo não curou-se
perfeitamente. Ele destrói a sua saúde, limita sua força, e voltará mais forte
agora que o veneno está reagindo.
— Eu posso me
virar — respondeu General, rígido. — O importante é que minha Princesa de Gelo
está bem. Vá olhar os outros, rápido.
Sophie correu para
atender os demais que haviam sido feridos pelo envenenamento. Yoshiki estava
furioso e prestes a cortar Atômico em mil pedaços. O monstro não ria, mas ali
perto alguém parecia não aguentar-se com o resultado.
— Brilhante,
brilhante! Que ataque sujo, inesperado, foi fenomenal! — gritou Doraikem.
Atômico voltou-se
para ele, e mesmo que os dois fossem companheiros de guilda, o Drapion sentiu
um frio correr na espinha quando a criatura o fitou fixadamente, sem desviar-se.
— Tu tens um
coração perverso — disse Atômico. — És perfeito.
Yoshiki estava
agachado junto de Tashiki, mas por sorte o veneno que agora pairava em seu
corpo não iria feri-la tanto quanto o corte que ele mesmo fizera.
— Onde você
arranjou um sub-administrador desses? — indagou Yoshiki para a mulher.
— Nós não temos o
direito de contestar as escolhas de nossos treinadores... — respondeu Tashiki
com a voz cansada, tentando conter suas dores internas. — Tomem cuidado com ele.
Sophie atendia
seus companheiros e parecia que estavam todos bem, mas quando ela passou por
Jade verificou que haviam pequenos machucados do veneno em seu peito. Era
irônico pensar como uma das integrantes mais rápidas não tinha conseguido se
esquivar do golpe, e para não desesperar ainda mais seus amigos a garota ergueu
o indicador e fez um sinal de silêncio.
— Não conte para
eles. Não vamos atrapalhar a luta por enquanto — pediu a Yanmega.
— Jade, isso é
sério, precisamos tratar isso antes que piore! — respondeu Sophie, preocupada.
— Eu já estou
acostumada com envenenamentos, acredite. Vivi a minha vida toda com o Yoshi-kun
e a Tashiki-san, então estarei curada assim que essa batalha terminar —
explicou a menina. — Obrigada por se preocupar comigo, mas agora temos algo
mais importante. Continue ajudando os demais, Sophie-san!
Atômico não tinha
o direito de atacar os Pokémons que apenas assistiam aquela batalha, e aquilo
deixou Aerus furioso. O dragão estava pronto para entrar na luta e destruí-lo
por completo, mas General sabia bem como funcionavam as estratégias contra
aquela monstruosidade.
— Não temos como
derrotá-lo com armas normais — disse o militar.
— E o que espera
que façamos? — indagou Aerus.
— Espere que ele
mesmo se destrua.
Doraikem ria, e
Atômico movia-se com os braços cruzados num corpo ereto e sem pernas. General
deu os primeiros passos em direção do Muk. O monstro de gosma aguardara
ansiosamente que aquele mesmo guerreiro que um dia o enfrentara na Ilha de
Ferro retornasse para encará-lo mais uma vez.
— Eu o estive esperando,
General — disse Atômico. — Pude sentir a tua dor todas as noites, pois uma
parte de mim foi-se com tua presença. Não é romântico? Estivemos conectados
esse tempo todo, e você me fortaleceu enquanto eu sugava sua energia um bocado
de cada vez.
— Talvez por este
motivo eu tenha me sentido um lixo nos últimos meses — respondeu o fantasma com
uma risada. — Mas nem por isso mais limitado desde quando eu o destruí pela
primeira vez. Posso facilmente repetir tal proeza.
— Não serás capaz
desta vez, General. Não desta vez.
Atômico concentrou
suas forças, descruzando os braços e reunindo a energia necessária da essência
ao seu redor. Tashiki sentiu seu coração doer, como se todas as toxinas dos
anos em que ela vivera fumando agora começassem a deixar seu corpo para atender
um pedido maior.
O corpo de Atômico
começou a desmontar-se. Doraikem viu que a gosma aproximava-se de suas pernas e
tentou afastar-se, mas logo aquele líquido pegajoso o agarrou, e ele percebeu
que não conseguia sair.
— Ei, chefe, o que
está fazendo? — o gatuno perguntou, preocupado. — Chefe, chefe! Chefe!!
O líquido subiu
pelo corpo de Doraikem de tal maneira que suas pernas fossem imobilizadas, e
depois seu tronco começou a ser coberto até que chegou à cabeça. O homem
gritava de pânico, e todos o olhavam espantados sem saber o que Atômico
preparava.
— Gaaaaaah,
gaaaaah!! — O Drapion gritava, e mesmo sendo um Pokémon venenoso, aquilo
o feria. — Socorro, soccorro! Alguém me ajude, me
tirem daqui!! Guaaaaaaaha....
Mas ninguém se
moveu, e logo o corpo de Doraikem pareceu desaparecer até que não sobrasse mais
nada. Chaud o olhava pasmo, não acreditando como numa fração de segundos uma
criatura pudesse deixar de existir como se sua carne fosse derretida.
Atômico drenou
todas as substâncias malignas ao redor, todo o veneno, a maldade e as impurezas
da plateia. O público ficou apavorado quando aquela monstruosidade começou a
aumentar de tamanho monumentalmente, chegando aos dez, quinze, vinte metros de
altura. Fumaça e toxinas eram expelidas do corpo daquele monstro que abriu sua
enorme boca horripilante e emitiu um grunhido assombroso.
General olhou para
cima, e dessa vez tinha certeza que ele não seria o único alvo daquela
aberração.
Luke estremeceu ao
ver um Muk tão grande como seu oponente, e por mais que estivesse preparado
para tudo que viesse na luta contra a Elite, aquilo era uma novidade.
— E o que seria
isso agora? Um Mega Muk? — O garoto tentou forçar um sorriso, mas estava
nervoso demais para brincadeiras.
Foi por este mesmo
motivo que o Doutor Marshall levantou-se de sua cadeira no mesmo instante,
sabendo que aquilo não terminaria bem. Era claro que não era um Pokémon, e sim,
um fruto da desgraça humana. O próprio Theo parecia não exercer controle da
criatura. Walter e Glenn também assistiam ao espetáculo quando Marshall
virou-se para eles e ordenou:
— Evacuem todos da
Liga. AGORA!
Um alarme soou, e
as pessoas começaram a se desesperarem. O monstro não tinha olhos, mas parecia
ouvir os sons de pânico ao seu redor, e aquilo o alimentava. Ele ergueu um dos
braços e destruiu um dos telões principais que mostravam o espetáculo. Pessoas
começaram a correr por todos os lados e muitos outros Pokémons saíram de suas
pokébolas para ajudarem na demanda de proteção.
O próprio Walter
ergueu-se e agarrou a pokébola de seu Salamence.
— Senhores,
protejam todos que puderem, essa apresentação não pode terminar em tragédia, ou
este evento irá repercutir em todo o mundo.
— Mas Waltão, e
como ficam os ingressos? Seu filho está aí, você irá interromper a batalha mais
importante da vida do seu filho! — gritou Glenn Combs.
— Não irei. A
diferença é que muitas pessoas vieram até aqui, mas somente as melhores ficarão
para conferir o espetáculo de verdade — o homem sorriu. — Agora corram, se
dispersem, e reúnam toda a ajuda de líderes de ginásio e os demais treinadores
para evitarmos o pior. A batalha deve continuar!
Todos os grandes
nomes da região de Sinnoh pareciam entrar em ação. Roark trouxe seu Rampardos
para salvar pessoas de destroços, enquanto seu pai Byron utilizava o Aerodactyl
para resgatar os que haviam ficado presos no camarote. Volkner e Riley também
participavam do resgate, e até mesmo Lukas e seus amigos usaram seus Pokémons
para ajudar as pessoas que corriam para todos os lados em pânico. Erick trouxe a sua Kingdra Shiny para controlar o fogo e limpar o veneno que começava a corroer o chão, reunindo ali um poderio suficiente para destruir qualquer coisa, os treinadores mais poderosos das últimas temporadas. Era difícil
descrever o que acontecia, e por mais que quisesse ajudar, Luke continuou
sério, encarando aquela monstruosidade em sua frente com apenas seus Pokémons
ao seu lado. Ele sabia que aquela batalha em especial seria diferente, e que
acabaria requerendo muito mais de si como um treinador do que qualquer outra.
Sua guerra estava apenas começando.
Sua guerra estava apenas começando.
q imagens, seria dahora todos os episodios desse jeito, tipo passar os capitulos pra manga =P
ReplyDeleteCanas! Puta que pariu, que capítulo bom!
ReplyDeleteAs imagens ficaram ótimas, parabéns NyX >.<. É muito interessante, realista e foda!
Yoshiki é um personagem bom, que tira a dor sem se preocupar, um psicopata que joga do lado do bem, de fato. Tashiki é muito boa como antagonista também. É uma puta interessante (como Bellatrix, de Harry Potter). e você fez um uso enorme do Pokémon P.O.V, hein?
A primeira parte do capítulo, entre as "feelings" de Aerus (Garchomp) e Luke me lembrar muuito Solucco e Night Fury (Fúria da Noite), de "Como Treinar o seu Dragão 2" e ah, ficou marcado. O dragãozinho e o humana que traçam a sua vida juntos. Interessantemente peculiar. Vale lembrar que a batalha de Aerus só o aguarda xD.
A escrita é muito boa, como sempre, e me deu vontade de escrever fantasia (e acabei criando uma fanfic aleatória de Pokémon de aventura em minha cabeça o.O), ah impecável.
Enfim, parabéns (não tenho muito tempo para escrever >.<) pelo capítulo e que continue assim! Espero pela continuação e por sinal, ótimo suspense no final.
See ya.
AI MEU CORAÇÃO, AI MEU CORAÇÃO, AI MEU CORAÇÃO Ç_____________________Ç NÃO TO PREPARADA, MAS TO TÃO PREPARADA, E AI, ISSO NÃO VAI PRESTAR, SOCORR
ReplyDeleteEnfim (voltando aos antigos reviews que comentam cada frase, yep)
E, bem na hora em que o Luke está de frente para a fatídica porta que o separa da Elite, a playlist cai em uma das músicas que mais me arrepiam de todas. Santos céus <3
O Aerus voltando ao velho hábito de guardar as insígnias do treinador.... To imaginando ele chegando com esse porta-insígnias na mão cheio de baba AHEAUEHAUEHAUEHUEHAUEHAEUAHUE
— Será que um dia alguém vai se lembrar da minha história? > ah, vão, acredite em mim (nem tanto por você, sinto lhe informar -q) > — São tantas aventuras que eu acho que deveriam escrever um livro sobre a minha vida < ou uma fic :v tá, chega de zoera -q
Tih <3 <3 )
Ergueu o braço para o alto e sorriu mais uma vez ao imaginar que as pessoas logo estariam gritando o seu nome. Nunca se cansaria daquilo. > E tem como? Até o mais modesto não consegue não ficar feliz com isso, auto-estima todos tem e precisam de injeção de animo ~
Muito além de onde o céu alcançava, e até mesmo do que as demais pessoas acreditavam que ele chegaria. > Essa última, essa dá a melhor sensação da vida <3
Sem dizer-lhe mais nada, seu Garchomp fez um rugido tão alto que toda a Liga estremeceu > Deu pra ouvir daqui, se duvidar <3
Aerus sabia bem que estava para entrar em um campo minado e que não conseguiria sair dali sem perder algumas coisas que eram importantes demais para ele > STAHP IT RIGHT THERE Ç_Ç
a batalha contra os Remarkable Five tinha suas próprias regras, absolutas e inalteráveis > ......... oh shit. not good. not good. NOT GOOD AT ALL Ç_Ç
Aerus filosofando em plena tensão pré-batalha, ai ai :v
Aerus estalou seu pescoço e sorriu. — Vamos entrar lá e detonar todo mundo > Esse é o Garchomp que eu conheço! VAMBORA /O/
Nenhum deles tinha bons pressentimentos daquela luta, > STAHP Ç_Ç < e quando falavam com seus companheiros, vinha a aterrorizante sensação de que seria a última vez que os veriam > STAHP STAHP STAHP Ç_______Ç
— Milena, eu gostaria de ter passado mais noites com você — admitiu Mikau > MORTA MORRIDA, NÃO DIZ ISSO COMO SE FOSSE UMA DESPEDIDA, TU VAI SAIR DAÍ E FICARÁ COM ELA E DEIXARÁ MEU CORAÇÃOZINHO DE SHIPPER FELIZ (PLMDDS POR FAVOR Ç-Ç )
— General, você foi o homem mais importante em minha vida, e deu um sentido para que eu me mantivesse viva nessa existência conturbada > MORTA MORRIDA PARTE DOIS ASKDAKSDAKSDKSADKASDKASKDAKDSK SOS
EU REALMENTE TENHO UMA PÉSSIMA SENSAÇÃO VENDO ESSAS FALAS COMO SE FOSSEM DESPEDIDAS Ç______________Ç
— Vou detonar todo mundo, vou chegar lá em cima vitorioso e acabar com qualquer um em meu caminho, para que todos nós possamos sair daqui juntos mais uma vez, beleza, irmãozinho? > AMÉM
Tashiki <3 Por favor, saia viva, e não mate ninguém ç_ç E quanto ao Atômico, sua praga, espero que tenha uma morte dolorosa u-u
Quero que saibam que eu não vou permitir que nenhum de vocês morram, ouviram? > ............. e todas as vezes que ouvi isso (ou algo parecido) alguém morreu. NOPE NOPE NOPE Ç_Ç
DOIRAKEM AEHAUEHAUEHAEUAHEUHEUAEHUAEHUAEHAUEHUAE OH THE IRONY, ÀS VEZES ATÉ GOSTO DO DESTINO
Mano, que cara nojento, tentando "negociar" pro Chaud entregar a batalha e----e
PQP, QUANDO DISSE "TUDO TÁ LIBERADO", NÃO ACHEI QUE VALESSE ATACAR QUEM NEM ESTÁ NA BATALHA E___E SÉRIO QUE ISSO VALE? EVA É DA EQUIPE DO LUKAS, NEM DEVERIA ESTAR LÁ, E VALE ATACÁ-LA??
TAQUIPARIU, COMASSIM ELE FEZ ESSE MIMIMI TODO DE FINGIMENTO, QUE CRIATURA MAIS NOJENTA E_________E ESPERO QUE O CHAUD ESQUEÇA DA BONDADE NO CORAÇÃO DELE POR UM MOMENTO E TE MATE, COISA DESPREZÍVEL U-U
— Eu lhe dei sua chance, Doraikem. E você não fez bom uso dela. > BEM FEITOOOOOOO
Ai céus, o Atômico falando pra Tashiki pra usar da mesma tática do Doraikem........ (claro que ela não aceitou, ela sabe o que significa honra u-u ) Estou com medo de ele mesmo atacá-la por ela não ter acatado a ideia......
ReplyDeleteELA ENTRANDO TODA DIVA NO CAMPO DE BATALHA <3 E o Yoshiki logo dando um challenge accepted, ai ai....... por favor que nenhum dos dois se machuquem por favor pela Jade ç___ç
Ela sorrindo por ver a Jade, ain <3 <3 (não sei se meu coração tá feliz ou triste por causa da ocasião do reencontro, help (e to com medo do Atomico atacá-la para baixar a defesa tanto do Yoshiki quanto da Tashiki, help² ç_ç ))
Eu gostaria de ter encontrado vocês num dia diferente, onde pudéssemos nos deitar em minha cama bagunçada e conversarmos a manhã toda naquele casebre bagunçado > THIIIISS Ç_Ç
TAQUIPARIU, A IMAGEM DELA SE LEMBRANDO DE QUANDO MORAVAM JUNTOS LOGO ANTES DE ENTRAR NA BATALHA, MORRI Ç______________Ç
Tashiki falando sobre como seria se ela não tivesse aceitado o chamado da guilda, ai ai ai <3 )
Mas agora não tinha mais como parar, e nem casa para voltar. Tinha sorte de ter os amigos, mas temia que logo eles também seriam tirados dela. > E É AQUI QUE A ANNE DESABA Ç_________________Ç
O YOSHIKI FALANDO POR QUE NÃO A MATOU, EU QUE MORRI AGORA, SOCORR
ATÔMICO TEU FELODAPUTA, QUERO A MORTE MAIS DOLOROSA POSSÍVEL PRA TU U______U (e por um terrível momento eu achei que ele tivesse mirado na Tashiki, god damnit)
Ai não. AI. NÃO. NÃO NA JADE, NÃO NA JADE Ç__________Ç (e ela ainda diz "pode deixar que vou ficar bem!" NINGUÉM QUE DIZ ISSO FICA BEM Ç___Ç SOPHIE, NÃO ESCUTA ESSA PIRRALHA, VAI CUIDAR DELA, PELO AMOR DE ARCEUS Ç_Ç )
pois uma parte de mim foi-se com tua presença. Não é romântico? > Não, isso é absolutamente nojento ç_ç ai, mano, realmente não to com bom pressentimento dessa luta ç_ç
............ eu sabia que não tinha sido boa coisa quando o Atomico falou que o Doraikem era "perfeito" e------e
mano, eu realmente to me perguntando que tipo de magia negra FT vai ter que usar pra destruir essa coisa :'D
AH MAS TÁ DE SACANAGEM QUE SÓ SEMANA QUE VEM VOU DESCOBRIR COMO ISSO FICA, MAS VÁ TE CATAR, CANAS Ç___________Ç
OH GOD! OH GOD! OH GOD!
ReplyDeleteNossa, depois que vi que ia lançar hoje cinco da tarde, reservei parte de meu dia para a preparação pro capítulo. Tinha de encontrar um canto bom para sentar, separar um suco bom, comer antes, ir no banheiro antes, tudo. Preparação mental também, obviamente. kkk
Nossinhora, Canas chegou chegando, destruindo o mental de todos com esse capítulo super-mega-hiper-megazord-truper-giga-tera-fodástico. A ideia do mangá ficou mais foda ainda! Juntou as imagens perfeitas com o texto foda e, juntos, viraram uma obra-prima à parte. Parabéns. Arrisco-me a dizer que valeu a espera. kkkkkkk
Mas que não tenha muito mais espera. kkkk
Yoshi-kun, você é foda. Você é destruidor. Você já tinha ganhado meu coração quando começou a ensinar a química (linda), mas aí vc virar um ninja, cheio dos venenos e destruidor de Arboks fodástico, já é demais. kkk
Tashiki, te amo. Só isso. kkkkk
Chaud, meu caro, fez bem. Podia ter até matado o Doraiken, mas acho que uma porrada bem dada já fez efeito. Mas até eu fiquei com dó do retardado, malévolo e escroto Doraiken, quando foi engolido pelo Atomico. Mas fazer o que, né? kkkk
Theo, controle seu Muk. Ele é o ser mais destruidor (não no bom sentido), sendo malvado, sem-coração e, além disso, usa o "tu" e o "vós". Nem o Chaud que é o guerreiro ancestral usa isso, logo assumo que a poça de gosma só faz isso para aparecer. Logo, General, destrua a raça dele. Defenda a Glaciallis (que ainda vai dar uma coça no presidente, mostrando que ela sabe destruir também kkk), e destrua essa lama tóxica sem dó. Faça ele se arrepender de ter cruzado seu caminho novamente. Faça ele se arrepender de ter feito você envenenado. kkk
A, agora é recado pro Canas (Nicolete): ouse fazer algo de mal à Jade que você se arrependerá também. kkkk! Essa Jade é a menina mais destruidora, rápida e foda, e acredito que foi atingida só pq tava preocupada com seu amigo e sua mãe. Logo, não ouse fazer nada. Ela é linda (e ficou linda de maria-chiquinha tbm).
Nyx, vc é foda. (objetivo, simples e sincero kkk).
Vou agora já na esperança de ver o próximo capítulo nos próximos três meses. kkkkkkkkkkkk! Just kidding, independente de quando vier, só de saber que virá foda já acalma minha alma. kkk!
E já, para não perder o costume, falei demais.
Adios,
Moacyr
PS: Canas, não ouse mexer com meus sentimentos. Me faça odiar mais o Mikau, já fez isso muito tempo mesmo. kkkk
Vish, que loucura! kk Vocês falam da ansiedade de vocês, mas imaginem como a criança aqui ficou esperando o relógio bater 17:00h só pra postar o capítulo pessoalmente! kkkkkk E agora ficou apertando F5 só para esperar pelo feedback de vocês. Foi muito divertido, há tempos eu não sentia essa ansiedade para compartilhar algo. E olha, não foi nada fácil esconder que estávamos preparando um mangá esse tempo todo. Como o primeiro companheiro Anônimo perguntou, sim, nós teremos cenas ilustradas em todos os capítulos e batalhas da Elite, e como eu já temos tudo preparado, digo apenas que vai ficando cada vez melhor. Desenhar o esboço, fazer o acabamento, trabalhar na arte final e finalmente organizar o capítulo não é nada fácil, e mesmo que demore, vocês podem ter certeza que um irá superar o outro.
ReplyDeleteAgradeço imensamente pelos comentários, galera. Isso ajuda tanto eu quanto a Nyx a nos empolgarmos ainda mais para continuarmos seguindo com a história. Às vezes precisamos desse empurrãozinho pra prosseguir, então agora é só um pouquinho de paciência pra podermos ver o Atômico tomando um soco na cara daqueles que vai fazer todo mundo vibrar kkkkkkkkkkk (Acho que desde a primeira vez que ele apareceu eu estou esperando alguém chutar a bunda desse cara! Ele fala "tu" e "vós" só pra aparecer mesmo, Moa. Merece apanhar! kk)
Obrigado pela repercussão que vocês deram, por me fazerem rir com seus surtos (leia-se Anne e Gus kk) por estarem aqui de olho no horário marcado, e simplesmente por acreditarem nisso tudo! Estamos apenas na Primeira Casa, a batalha de verdade ainda nem começou. Abração ae, meus caros!
KYAH ! COMEÇOU ! COMEÇOU !!
ReplyDeleteE começou com tudo ! TUDO !
A começar pelo título que faz clara referência a MEnina que roubava livros, estou certa?
Mano, tu quis me atingir agora, quase morri quando você descreveu a facada no Chaud,tá querendo que eu chore é só falar, ok ?
Yeah, com certeza a melhor parte foi Yoshiki versus Tashiki, comecei a amar o Yoshiki a partir de hoje. E que jogo sujo é esse, atacar pessoas fora da batalha, tá querendo morrer Drapion maldito, ataca a Eva de novo e eu te mato! Não pera, Atômico matou ele...
Falando em Atômico... PUTAQUELAMERDAOQUEFOIISSOQUEACONTECEU?! Como assim, Mega Muk ?! Mutação genética?! Prevejo um capítulo 95 F-O-D-A e turbulento!
De verdade, cara, ilustrações, texto, TUDO se complementou aqui! Deixou um ar de luta épica ! E...Esse é o começo do fim, né ? Pena...Canas, e se alguém da Fire Tales morrer ? É matar para não morrer agora né? VISH,FODEU!
Enfim, excitante, aguardando o capítulo 95. Abraços e beijos !
E, glória e sorte a Fire Tales !
Diga ae, Vanessa! Eu já li A Menina que Roubava Livros, mas não foi exatamente uma referência. Não me recordo exatamente de uma cena que falasse algo do tipo, a menos que você se refira à questão da Dona Morte e seus trocadilhos, ou a maneira fúnebre como ela fala sobre a vida de cada criatura kkkkkk Nisso o capítulo até tem algumas coisas em comum. Vamos preparar o cenário pra aí começar a matar! kk #brinks Não quero machucar os feels de vocês, já tá ótimo, por enquanto! kk
ReplyDeleteVou ir sempre dando esses sustinhos em vocês, quero que sintam desespero pelos personagens, quase como se eles fossem parte do Hunger Games e a chance de saírem vivos fosse quase nula kk É parte de um teste de envolvimento do leitor, eu mesmo nunca matei nenhum protagonista meu, então... Será que dá certo? Sei lá, tenho receio de tentar, mas vamos ver o que futuro nos reserva. O Mega Muk estará aí causando muito estrago antes de alguém derrubá-lo, e pode ter certeza que se o Atômico cair ele eva alguém com ele. Certamente os desenhos da Nyx deram todo o" TCHAM!" necessário, e eu adorei o resultado depois de finalizado. Apesar de todo trabalho que dá, no fim é pra se orgulhar! (:
O próximo Capítulo ainda será o 94, mas a Parte 2. Terei que dar uma segurada nos números para não ultrapassar os 100, quero que termine num número redondo kk Mas pensem bem, significa que haverão mais capítulos para aproveitarmos! Fico muito feliz que tenha curtido, vamos continuar desejando sorte à todos eles, porque certamente irão precisar. See ya!
Se não mata seus protagonistas , mata seus leitores do coração! KKKKKKKKKKKKKK
ReplyDeleteNa verdade, acho que só o trocadilho foi o suficiente para eu relacionar com a Menina que roubava livros, Deus, eu amo aquele livro.
E sim, números redondos são minha vida, mesmo eu odiando matematica e preferir história <3
Ah, então ta bom, estarei esperando o capítulo 94, parte 2. Só espero sobreviver no final...
Abraços e (milhões) de beijos !
SEM PALAVRAS. Épico, mas eu não tenho palavras pra descrever esse capitulo incrível eu vou pensar em alguma coisa pro próximo capitulo que seja bem épico também só tenho de parabeniza-los pelo capitulo
ReplyDelete@--------------@
ReplyDeleteWOW GENTE DO CÉU, ARCEUS SEILÁ TANTO FAZ!!!
ESTOU SEM PALAVRAS (bem, só q não) FOI EPICO!!!!JURO QUE ESTAVA ANCIOSO PARA ISSO ACONTECER!
Se os proximos forem como este ou melhor (eu sei que será) infelizmente to sem tempo aqui agora, caso contrario iria falar bem mais.
Eu tinha um certo problema com o Atomico...Não gosto do tipo Poison..e agoraa éque não gosto mesmo!!!
Abraço e tchau Canas ^^
Diga ae, galera! Se o capítulo foi tão bom a ponto de deixá-los sem palavras, então atingi meus objetivos. Vocês podem ter certeza que daqui pra frente fica ainda melhor, sem contar que essa reação de surpresa será apenas um dos fatores, aposto que muitos ainda verão o que aconteceu e pensarão: "Cara, cara, cara.... Eu não acredito que você fez isso." Já estou até me preparando pra fugir pro Nepal depois de lançar cada episódio kkkkkkk
ReplyDeleteE ae, Barão Gengar! Vi que você começou a seguir o blog recentemente, acho que é a primeira vez que o vejo comentar. Sinta-s bem vindo, companheiro! Fiz o possível para que todos sentissem raiva do Atômico, creio que ele seja um dos piores vilões da fic no sentido de ser mal mesmo, sacas? Se você já sentiu raiva dele agora, é porque ainda não viu a segunda parte kkkkk Cada casa da Elite só tende a melhorar, mas cada uma delas se completam. No fim da aventura, vou querer que vocês elejam qual foi a melhor de todas! kk Abração ae, galera; Obrigado pelos comentários!
Novamente, você fez bem em ativar nosso modo nostálgico com esses primeiros parágrafos kkkkk O Garchomp escondendo as insígnias do Luke, quanto tempo faz que não vemos isso? Foi uma bela introdução, nos preparando pra fantástica batalha da primeira casa! De fato todos estão entrando me uma guerra, e é tenso imaginar que daqui a alguns capítulos pode não sobrar ninguém de pé. Só nos resta torcer para que nossos favoritos saiam vivos desse arco, mas pelos comentários que tenho ouvido sobre AeS, imagino que você não esteve muito disposto a deixar muita gente viva, cara kkkkk
ReplyDeleteEu curti muito que você conseguiu reunir o máximo de personagens atigos. O Doraikem, o Atômico, a Tashiki... Fica ainda mais emocionante lidar com personagens que já apareceram - e que foram alguns dos mais difíceis de se vencer. O Doraikem realmente fez sua parte mostrando que é um nojento em que não se pode confiar kkkkkk O que eu gostei de ver foi a Tashiki, que mesmo com seu jeito nada convencional, ainda tem honra, e não hesitou em contrariar o Atômico. A batalha contra o Yoshiki foi tensa, afinal, quando se tem laços, tudo fica pior. Mas imagino que ela ainda tenha algo a nos mostrar em breve.
O retorno do Atômico foi uma ótima sacada! Ele não vai parar até destruir tudo e todos, e com certeza não hesita em acabar com sua equipe só para ter uma vingança da Fire Tales. Isso torna tudo mais emocionante. Agora não há regras, só há ideais, e o que cada um está disposto a fazer para alcançá-los.
Deixo meus parabéns pra vocês, em ter essas ideias fantásticas para a Liga. Sério, não teria como terminar uma fanfic de Pokémon com mais estilo! Nyx, os desenhos estão maravilhosos, acompanhando o texto perfeitamente... Meus parabéns! Continuem assim XD
Finalmente chegou o momento de conferir essa beleza de saga que será o desafio contra a Elite 4 e os Remarkable Five! Após alguns séculos me atualizando com os capítulos de Fire Tales e supports, como você me recomendou fazer antes de vir conferir o arco final, cá estou. E de fato, a batalha do Yoshiki contra a Tashiki não teria sido a mesma se não fosse pelo support que você construiu entre eles.
ReplyDeleteUltimamente Pokémons do tipo venenoso têm despertado meu interesse. Se eu não consigo colocar algum no time, eu pelo menos coloco um que saiba usar um bom golpe desse tipo. Ainda mais depois que o tipo fada surgiu, aí mesmo que os nossos queridos amigos tóxicos ganharam ainda mais importância!
Eu já sabia que a Elite ia ser barra pesada, mas poxa! Nem pra ir amaciando o povo antes de começar a tacar fogo em tudo, Canas! Você é muito apressado na hora de fazer a desgraça acontecer, e já coloca o Doraikem e o Atômico pra jogarem sujo! A Tashiki é uma personagem maravilhosa, eu mal conheci e já considero pakas! Fiquei feliz que ela não tenha morrido depois da batalha contra o Yoshiki, mas antes de comemorar eu vou esperar o fim da batalha, porque eu sei que você é um vacilão.
Agora esse Atômico do tamanho de um navio representa uma séria ameaça. É General, logo você vai ter que resolver uma treta dessas... Curioso para saber como ele vai se virar. Aposto que mesmo com seus 500 mil anos de existência ele nunca passou por nada parecido.
O show começou, e agora deve continuar! Mal posso esperar para vir conferir a segunda parte!
Eu brinco que demorei 6 anos pra ler Aventuras em Johto até o arco atual, mas você não tá muito longe disso com Sinnoh, hein? O membro mais velho com a história mais velha. Já somos ancestrais nesse mundo nesse mundo de fanfics kkkkkkkkkk Zuera mano, você merece um crédito porque leu todos os especiais, supports e essas paradas, isso é para poucos. Às vezes até esqueço que você nunca chegou a ler o final de verdade, porque você já deve ter recebido tanto spoiler que é como se tivesse lido kkk
DeleteO Support da Tashiki é um dos meus favoritos até hoje porque foi graças a ele que a Nyx entrou pra equipe. Teve um dia que, bem por acaso, ela decidiu rascunhar uma página num estilo de mangá e eu surtei. Era a primeira vez que alguém desenhava meus personagens naquele estilo. Não demorou para surgir a ideia de trabalharmos em equipe, tanto que esse capítulo tem muito da mão da Nyx, praticamente toda a história e a luta foi obra dela. Digamos então que a Liga Pokémon só se tornou o que é hoje graças a esse humilde Support entre Yoshiki e Jade. Sentiu o peso? kkkkkk
Seja bem vindo à Liga Pokémon, meu companheiro. Onde ninguém vai sair vivo e onde todo mundo sofre. Aproveita que o Atômico tá aí, trazendo lembranças direto do Arco dos Clones, também conhecido como "O Maior Filler da História" HAHA Valeu mano, tô feliz de verdade que tenha chegado até aqui. Espero que continue se divertindo!