Posted by : CanasOminous May 15, 2012


Eu não tinha o hábito de ler, passei a adquirir esse costume depois que as fanfictions me mostraram a importância da escrita em nossa vida. E eu não falo somente do aprendizado, e sim, do motivo pelo qual ela é importante para cada um. Procurei saber mais sobre A Menina que Roubava Livros (The Book Thief, em inglês) por recomendação de muitos que leram, e não apenas por estar na moda. A Menina Que Roubava Livros conta uma incrível história narrada pela Morte, uma personagem extremamente irônica e maléfica, mas a forma como o enredo é guiado por seus pensamentos mostra o quão grande a obra de Marcus Zusak pode ser. Todas as vezes em que alguém morre, a Morte destaca como está o céu no momento. Prateado, sangrando.

É um livro interessante por tratar de um período histórico já conhecido, mais especificamente, a Segunda Guerra Mundial, em plena Alemanha. Tudo retratado pela Dona Morte que se sente interessada na história de uma pequena criança que lhe foge algumas vezes, Liesel Meminger. Confesso que relutei em começar o primeiro capítulo, mas depois que me inspirei devem ter sido as 500 páginas mais bem lidas de todas. Eu poderia voltar só para sentir mais uma vez o prazer dessa leitura, eu teria a mesma impressão da primeira vez, afinal, você já lê o livro como se soubesse o final. E ainda assim lê. Afinal, a história de Liesel é o que cativa; a sua história, não o seu final. 

Você sente cada momento, cada perda, o sofrimento e a angústia de tais personagens em pleno cenário de guerra. Quando descobri em Liesel a beleza de encontrar nos livros o alimento para saciar sua sede das palavras, percebi como é maravilhoso descobrir ler e escrever. Essa é uma realidade que nos brasileiros deveriamos tomar como lição. Por que ela amava os livros? Porque eles significavam força para ela.
"A menina que roubava livros é perturbador, nada sentimental e, ainda assim, essencialmente poético. A crueldade e a tragédia perpassam a mente do leitor como um filme preto-e-branco, destituído das cores da vida. Zusak pode não ter vivido sob a dominação nazista, mas A menina que roubava livros merece um lugar na mesma prateleira de Diário de Anne Frank e deA noite, de Elie Wiesel. Parece fadado a se tornar um clássico."   USA Today

"Brilhante e altamente ambicioso... Há quem diga que um livro tão difícil e triste não seja adequado para adolescentes... Adultos provavelmente gostarão (este aqui gostou), mas é um grande romance jovem-adulto... É o tipo do livro que pode mudar a vida (...)."  The New York Times



SINOPSE: A trajetória de Liesel Meminger é contada por uma narradora mórbida, surpreendentemente simpática. Ao perceber que a pequena ladra de livros lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. Traços de uma sobrevivente: a mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. O único vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não sabe ler.

Assombrada por pesadelos, ela compensa o medo e a solidão das noites com a conivência do pai adotivo, um pintor de parede bonachão que lhe dá lições de leitura. Alfabetizada sob vistas grossas da madrasta, Liesel canaliza urgências para a literatura. Em tempos de livros incendiados, ela os furta, ou os lê na biblioteca do prefeito da cidade.

A vida ao redor é a pseudo-realidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. Teme a dona da loja da esquina, colaboradora do Terceiro Reich. Faz amizade com um garoto obrigado a integrar a Juventude Hitlerista. E ajuda o pai a esconder no porão um judeu que escreve livros artesanais para contar a sua parte naquela História. A Morte, perplexa diante da violência humana, dá um tom leve e divertido à narrativa deste duro confronto entre a infância perdida e a crueldade do mundo adulto, um sucesso absoluto - e raro - de crítica e público.

Escritor: Marcus Zusak;
Lançamento: 15 de Fevereiro, 2007;
Editora: Intrínsica;
Tradução: Vera Ribeiro;
Páginas: 480 páginas.

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  1. Simplesmente o máximo. Já li o livro e recomendo !

    São páginas que você não cansa ao ler. Parece que eu e você temos gostos muitos parecidos em relação aos livros, hein?

    Rudy Steiner, o melhor personagem. :D

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  2. É, Vanessinha, esse aqui foi o máximo! Poxa, passaram 400 páginas e eu ainda lembrava daquele ocorrido do Jeff Owens bem no comecinho. Realmente, são páginas que nos prendem de forma mágica, como se o autor escolhesse a dedo cada parágrafo e cada ocorrido que fizeram deste um dos melhores livros que já li (: Não posso dizer que o Rudy foi meu preferido, acho que nenhum deles se sobressaíram ao meu quesito, todos tinham o mesmo nível de minha apreciação e me emocionaram da mesma forma, principalmente a Liesel e o Max. Preciso fazer uma análise do próximo livro já, mas acho difícil que algum desses vá bater A Menina que Roubava Livros. Esse aqui eu voltaria a ler com o maior prazer! :D

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  3. Cara, se eu te contar que a Julia (amiga minha que me inspirou na personagem de ANIL) é fascinada por esse livro, tu acredita? Ela sempre me recomendou, mas nunca tive muito interesse em ler. Mas penso seriamente em começar a ler essa história... Com a sinopse que escreveu, me pareceu incrível. Até porque, a Julia não é a melhor pessoa para explicar sobre um livro assim. Heheh'

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  4. Canas, este é um dos meus livros favoritos cara! Eu o li pela primeira vez quando estava internado com a perna quebrada kkkk' e foi uma ótima leitura, o tempo passou mais rápido... agora "A menina que roubava livros" vai ganhar ainda mais fãs e aposto que o pessoal que acompanha Sinnoh e que se propor a ler vai adorar!

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  5. Yo, yo, Canas-kun! ~eu sou perita em ficar revirando perfis alheios, nem me pergunte a volta que dei para chegar aqui asopkopaskopaskopapokspoas~~
    Anyways, eu não poderia deixar de comentar nesse post *-* Esse livro é muito demais mesmo *www* Eu tenho, já li e recomendo pra caramba, to até querendo reler -isso se eu não tivesse uma pilha de 17827127817276123 livros pra ler é/-
    Tem umas frases muy epicas nesse livro *wwwwww*
    Sabe que até cheguei a colocar o nome de uma personagem minha de Liesel?
    COMEÇOU A TOCAR OUR SOLEMN HOUR ENQUANTO EU TERMINAVA ESSE COMENT, QUE EPIC+SINISTRO, VÉI
    Abraço da Tsuki o//

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  6. Olha ai o livro que eu estava querendo ler! Já vou procura-lo na biblioteca de casa para começar a ler nessas férias, acho que dá para coloca-lo na frente da lista dos livros do vestibular kkkkkkk
    Achei a história bem intrigante, e pelo tanto de comentários, imagino que a leitura seja realmente agradável! E só pelo fato da morte narrar os ocorridos já me fascina.
    Como eu queria seguir este seus passos, normalmente uma pessoa escreve uma fic por hobbie, mas você a trata como uma verdadeira criação, se empenhando ao máximo para escreve-la.
    Canas, é sério, já pensou em escrever um livro, com uma história só sua? E se isso ocorrer, não esquece de me enviar um exemplar assinado!
    Flw

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