Posted by : CanasOminous Apr 16, 2012

Abyssal Heart (Original): Olá, Canas. Fiz um capítulo especial pequeno, somente como uma one-shot da história central. Espero que possa ser postada, pois pensei muito em fazer esse capítulo e trabalhei nele de forma especial. Também espero que goste da história. Pensei no local, no momento e, no fim das contas, é como um capítulo especial do capítulo especial "Por quem você luta?". Abyssal Heart.

CanasOminous: Diga aí, campeão. Cara, acho que consegui compreender seu intuito enviando esse capítulo, vocês puderam notar que o Luke passou a agir de forma estranha depois daquele incidente com a Titânia... Poderia tudo isso ser uma explicação? Vejo isso como uma um vislumbre do enredo, nota-se que foi como uma visão de um leitor à respeito de algumas conexões na história, como todos os acontecimentos do passado da Dawn em relação ao Luke.

Maneiro! As descrições ficaram foda, e você ainda conseguiu entrelaçar vários aspectos do enredo da fic. Já pude notar que o Abyssal gosta de um drama, eu acho que é um enredo muito difícil de se lidar, mas quando o escritor atinge as palavras certas consegue um ótimo resultado. Acho difícil lidar com sonhos, nunca se pode dizer quando são reais ou não... São sempre tão cheios de significados! Enfim, vou indo nessa gente, e obrigado pela participação Abyssal! Você mal pode esperar pelas próximas partes do Sadness Orchestra, essa infância da Dawn promete mais drama e desespero para todos. Deixo um aviso para os desatentos, esta é uma versão feita por um dos leitores, cabe a vocês entenderem se tudo isso aconteceu ou não, o que vale aqui é o apreço de vocês pela escrita e pelos personagens da história. 


Nota: História original Som Cardeal escrita por Abyssal Heart. Versão do leitor após o Capítulo 30.5 - Por quem você luta? Os fatos aqui apresentados não estão conectados ao enredo central.



O dia passava lento enquanto o alaranjado do céu deixava Solaceon como uma sombra gigante no céu. Enquanto a penumbra alcançava o Centro Pokémon, o garoto de casaco azul e boina vermelha chegava, exausto, depois do bate-boca que tivera com uma serpente de pedra gigante.

Porém, antes de sequer encostar na maçaneta, o garoto ouviu um som. Um som melodioso que alcançava o coração de Luke como uma flecha do Cupido. Os olhos brilharam. Ele parecia conhecer aquele som, de algum lugar.

Temeroso, ele olhou a paisagem rural das ruas da cidade, mas nada apresentava o local da música. Ele andou calmamente pela grama, o rosto sonolento, as mãos doloridas e a cabeça chacoalhando, quase desmiolada.

Então, num último suspiro, ele chegou a uma clareira próxima a cidade, da qual ele nunca reparara. A clareira abria-se como uma enorme boca, capaz de engolir qualquer um que se aproximasse. Uma brisa tocou no rosto de Luke, e um frio cortante passou por sua espinha. O som estava próximo.

Sua cabeça rodopiava em desespero. Ele estava prendendo a respiração. Algo o chamava. Algo desesperado. Luke adentrou mais a clareira. O som parecia próximo, mas na escuridão que guerreava no céu, era difícil  ter certeza das coisas à sua frente.

O menino então foi cegado por uma forte luz dourada, que emanou de uma árvore grande na parte frontal da clareira. Luke não via o que era, mas sabia tratar-se de algo muito poderoso, e que seria perigoso olhar para a luz. Como o sol, pensou Luke.

A luz se dissipou. Luke tirou os braços do rosto. Uma tela abria-se no espaço, como se desgruda-se a realidade e botasse a gravidade em risco. O quadro de luz sem borda formava-se, e, de repente, Luke começou a distinguir pessoas e uma paisagem dentro do buraco que formava-se no centro da clareira.

A imagem tomou forma. Havia uma menina nela. Ela deveria ter em torno de dez anos, e estava numa praia de areias brancas, perto do oceano, junto de um Mudkip de pelúcia. Seus olhos estavam profundos e chorosos, e seus lábios, rachados pela água salobra. Uma voz fina saia de sua boca, dizendo e repetindo: “Papai? Mamãe?” Em horas incontáveis de dor e sofrimento.

Luke estava horrorizado com a cena. Nunca imaginara sentir tanta dor que esvaía de dentro do peito. Sua cabeça agora martelava e sua mente estava envolta de pensamentos tristes.

De repente, a cena mudou. Não mais Luke via a garotinha debatendo-se numa praia deserta, agora, ele via um barco velho que virava no mar, pessoas mergulhando para a morte. Somente uma menina familiar, que conseguiu respirar o suficiente para ser levada pela água. A mesma menina da outra imagem na tela sombria. Luke ainda não reconhecera que tratava de ser.

Foi aí que a imagem mudou mais uma vez, porém, dessa vez, agora ele via a menina entrar na cidade de Jubilife. Ela sentara num banco do parque, na noite fria. Um homem passou por ali, e nesse momento a menina pediu ajuda. O homem a ignorou completamente, e, nesse momento, Luke talvez estivesse a ponto de pular dentro da tela e salvar a menina dentro do passado.

Então ele percebeu quem era.

– Dawn? – seu coração despedaçou-se por completo. Ver a Dawn no momento em que se tornou órfã foi a coisa mais triste que ele á viu. Luke urrou. Não suportava mais o peso que aquelas imagens traziam. Avançou com rapidez em cima na tela, mas, quando percebeu, a tela havia sumido. Somente restara Luke, caído entre as folhas naquela noite melancólica. E, quando percebeu, a mesma música de piano voltou a tocar. Aquele som melodioso, que somente fez Luke romper em lágrimas. Ele então rugiu – Não!

***

Luke abriu os olhos levando um susto. Estava deitado numa cama, e, ao seu lado, Lukas, dormia tranquilamente. Fora tudo um sonho. Luke olhou as horas. E nem acreditara. Eram oito da manhã, ele nunca havia acordado tão cedo. Mas, por mais aliviado que tenha ficado ao descobrir que era um sonho, ele ainda acreditava que tudo que vira fora real. E seu coração mais uma vez ficou triste. Somente aquela música de piano ressoava em seus ouvidos. 

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  1. canas esse capitulo é do Abyssal Heart ,mas parece uma continuação do cap. esp. por quem você luta,o Luke nem sabe que as imagens que viu no sonho foram reais

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    1. Oh, então significa que a escrita do Abyssal se assemelha muito à minha. Admito que não sou bom com descrições, nesse quesito o Abyssal conseguiu mandar bala nesse pequeno episódio, acho que ainda prefiro focar nas falas e no enredo original de uma história. É, rapaz, é muito bacana ver gente fazendo histórias em cima da sua própria história, sabe? É uma sensação bacana, de poder ver a visão de leitores e ainda poder ver seus próprios personagens nas mãos dos outros. Admito que ainda não me acostumei, mas aos poucos vou me acostumando. Os parabéns vão ao Abyssal Heart, por este grande episódio (:

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