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Posted by : CanasOminous
Jan 31, 2014
Há muito tempo, um especial que envolvesse o Volkner e a Elesa era um dos planos mais antigos que eu e o Sui tínhamos para interligar Sinnoh e Unova, essa ideia esteve perambulando nossa mente desde os primeiros dias da Aliança Aventuras, mas infelizmente ela nunca aconteceu. Provavelmente porque trabalhar em parcerias assim e com personagens da franquia seja difícil, já que às vezes os pontos de vista não batem, e tratando de dois personagens tão amados nós sabíamos que tinha que sair algo realmente bom.
Depois que o Sui saiu, o especial caiu no poço do esquecimento... Foi então que surgiu uma leitora, apaixonada por nosso líder elétrico e que esperava uma história que ele não tivesse sempre de fazer par com a Jasmine, afinal, é impossível agradar gregos e troianos, não é mesmo? Aí entramos na parte cômica dessa história: E o que fazer com a promessa que eu tinha feito para a Marina? *risos* Eu posso demorar bastante para cumprir minhas promessas, mas não importa o tempo que demore, eu farei.
Tive que encontrar a resposta para a seguinte questão: Como fazer o Volkner terminar com duas personagens completamente diferentes ao mesmo tempo? Não foi nada fácil, mas acho que eu consegui.
Agradeçam à Luana Crispim, que fez esse especial acontecer, e que, por sinal, está sendo postado justamente hoje por um motivo: 31 de Janeiro é um aniversário dela. Feliz aniversário, querida! Esperamos que curta o presente, e que eu tenha conseguido acertar no roteiro certo para agradá-la. Com estes dois shippings inusitados, Volkner x Jasmine e Volkner x Elesa, eu espero que vocês não misturem as histórias e imaginem ele como um cara que ficaria com várias ao mesmo tempo. Escolham a opção que mais curtirem, e pelo menos dessa maneira todos nós saímos ganhando, não é? Algumas vezes nessa vida não podemos simplesmente escolher um lado preferido, então fazemos o possível para que todo mundo saia feliz! Boa leitura, galera. — Canas Ominous.
Random Access Memories
A Gym Leader's Life
A Gym Leader's Life
Falar sobre amor é complicado. Alguns não sabem dizer onde erraram, e nem se a oportunidade apareceu em suas vidas. Preferem lamentar o que não tiveram ou esperarem a chegada da pessoa perfeita, aquela cara metade que completa a laranja e a alma. Coisa do destino. Bem, mas nem todos acreditam em destino. Ele vive pregando peças em certas pessoas como o sujeito desta história. Talvez seja ele que tenha levado a vida como uma brincadeira quando era criança, e continuou com essa mania até os dias atuais.
Mas alguns só percebem o que perderam depois de quebrar a cara.
Quando as pessoas dizem que conheceram a mulher perfeita bem ao lado de casa, é difícil acreditar. É comum perdermos essas oportunidades, mas quando voltamos dispostos a correr atrás, certas coisas já passaram.
Quando falo em perfeição não me refiro somente a beleza. Algumas vezes é até mais importante encontrar uma moça do tipo que o faz sentir-se bem, apenas isso. Ela era cheia de seus defeitos. Tinha seus próprios sonhos, suas próprias manias. Falava dos assuntos que ela gostava, e evitava aquilo que não era de seu agrado.
Perfeita por simplesmente ser dessa maneira.
Vamos voltar uns anos no tempo, em direção do acesso de algumas memórias aleatórias... Volkner voltava para sua casa um pouco mais cedo do serviço, não era nada fácil trabalhar naquela idade e ter que sacrificar algumas horas preciosas de sua adolescência tão enérgica. Lá estava ela, deitada no sofá da sala com os pés esticados para cima, com fones de ouvido no volume máximo e folheando uma revista de moda.
— Ei, Shirley. Já é hora de você voltar para sua casa — disse Volkner de maneira um pouco seca indo em direção da cozinha, mas sua companheira nem notou.
Ele pegou uma latinha de refrigerante e trouxe outra para ela. Quando voltou para a sala, a moça ainda não tinha notado sua presença, então ele puxou o fone e gritou na orelha dela ainda mais alto do que o som:
— SHIRLEY. Não está na hora de você ir embora, não?
— Não grita! — ela respondeu ainda mais alto, gritando, por sinal. — E não me chame de Shirley! Eu odeio meu nome, já disse que é Elesa.
— Tá bom, Shirley — respondeu o jovem num tom irônico só para vê-la ainda mais irritada.
Teve que sair dali às pressas para não levar uma almofadada na cara.
Pois é, a Shirley, ou melhor, Elesa, era vizinha de Volkner.
Os dois moravam na cidadezinha costeira de Sunyshore muito antes que ela se tornasse um famosa referência em todo o mundo. Volkner lembrava-se que naquele tempo ambos eram cercados de sonhos e vontades, cada qual esperando atingir seus objetivos. Muitos anos mais tarde, a mesma Shirley viria a tornar-se a famosa líder de ginásio da cidade de Nimbasa, em Unova. Uma top model esplendorosa, muito consagrada no ramo, uma outra parte desta memória. Uma página esquecida na vida de Volkner, uma que tinha começado a ser escrita, mas terminou sendo apagada.
Essa é uma daquelas histórias que não terminam, se quer saber. Daquelas que estão sempre mudando, em constante mudança. Volkner vinha compartilhando esses pensamentos como meras lembranças de coisas que foram boas e esperava levar consigo.
— Ei, Volkner, por que as pessoas só guardam lembranças das coisas ruins?
— Talvez porque elas queiram se passar por coitadas.
— Mas, se houveram tantos momentos bons, por que lembrar-se só dos piores?
— Bom, nem todos são assim. Parece que as pessoas simplesmente gostam de sofrer.
— Eu serei diferente. Nunca vou parar e olhar para trás. É assim que as coisas devem ser, não acha?
Bem, vamos partir do princípio.
Volkner, o atual líder de ginásio da cidade de Sunyshore, estava trancado no farol da cidade porque derrubou a chave lá do alto direto para o fundo do mar. Estava esperando sua Rotom ir buscar as chaves reservas, mas a criaturinha demorava. De tanto esperar, teve tempo para pensar e lembrar-se de Elesa.
Deve ter tido todas essas lembranças porque dali de cima tinha visão de tudo, desde sua antiga casa até a vizinhança, inclusive a velha moradia dela, vazia e sem som. Elesa o visitava de manhã e passava a tarde toda em sua casa, simplesmente por não ter o que fazer. Tinha saudades de quando sua maior preocupação eram as provas de matemática, ou então chegar cedo em casa para assistir filmes e programas que passavam de tarde. Naquela época não tinha tantas preocupações.
Volkner e Elesa eram bons amigos, do tipo que compartilhavam vivências, temores, segredos.
Ela gostava de ficar deitada no sofá da sala com as pernas esticadas. Sempre foi do tipo modelo, gostava de esbanjar a beleza que sabia que tinha, e brincava com isso para cima dos rapazes. Queria brilhar desde que era criança e cuidava do corpo como se fosse uma obra prima de Arceus. Vivia rodeada de revistas, sapatos, muitas roupas, salgadinhos e doces; fazendo mil coisas ao mesmo tempo.
— Você não consegue parar quieta? — perguntou Volkner com uma risada, sentando-se ao lado dela no sofá.
— Eu estou parada. Fisicamente — respondeu Elesa, fechando a revista e descartando-a antes de procurar mais alguma coisa para fazer. — Mas minha mente continua trabalhando a todo instante, nossa vida é curta demais para deixarmos de usá-la. Ei, estou precisando de uns filmes novos, não quer ir na locadora comigo?
De volta aos tempos em que as pessoas ainda alugavam filmes. Já fazia quanto tempo que Volkner não fazia isso?
— Pensei que você preferisse um cineminha.
— Adoro.
— Espera ser atriz, não?
— Também está na minha lista. Mas só se você vier para me assistir quando eu ficar famosa.
— E acha mesmo que eu perderia um espetáculo desses?
Os dois seguiram uma amizade singela até onde puderam. Eram vizinhos, visitavam um ao outro quando estavam entediados, saíam para aproveitar o dia de sol na praia e davam as escapadas longe dos olhos de todos para se conhecerem melhor.
Certo dia assistiam televisão juntos, um pouco mais próximos do que o esperado. Volkner lembrava-se que seus pais não estavam presentes, e os de Elesa tinham ido viajar por estarem em busca de alguns imóveis e oportunidades em Unova. A loira ficava balançando os pés para cima e para baixo enquanto estava deitada de bruços. Volkner começou a ficar revoltado com aqueles pés balançando em sua frente, então segurou-os com força para que parassem de se movimentar.
— Quer parar de se mexer por um só minuto?
A garota riu.
— Ei, já que você está abraçando minhas pernas, o que acha de uma massagem?
— Está falando sério?
— Ahh, vamos lá, você já está aí todo sedutor me segurando como se eu fosse fugir. Não se preocupe, não vou escapar, ficarei aqui com você enquanto me aceitar.
Volkner riu de maneira singela e começou a massageá-la lentamente.
Elesa suspirava contente, os dois tinham feito uma caminhada na praia de uma ponta à outra, então estavam exaustos e com os pés doloridos. Volkner foi subindo, tocando lentamente no corpo da moça que parecia nem notar, ou se notava, então estava gostando.
Elesa levantou-se e ele parou.
— O que foi? Eu só estava me ajeitando, eu queria ficar mais perto de você — disse ela.
Elesa sorriu e sentou-se ao lado de Volkner de uma maneira que ficasse melhor acomodada. Os dois eram jovens, mas já se conheciam há muito tempo e nunca haviam experimentado nada. Volkner foi chegando mais perto dos lábios da moça como se sentisse que ela desejava o mesmo. Acabou roubando-lhe um beijo que se estendeu a tarde toda, com um filme de fundo que provavelmente nenhum dos dois teriam lembrado qual era.
Trancado no farol, Volkner só podia rir ao lembrar daquelas memórias. Ainda podia ver Elesa chamar-lhe a atenção quando voltava das aulas..
— Ei, se esforce ao máximo para me levar ao cinema mais vezes. Depois eu retribuo, vou ser modelo e serei reconhecida no mundo todo. Ai eu pago também.
Lembrava-se de quando ficavam só os dois no quarto dela.
Elesa pintava suas unhas, contava seus segredos e falava sobre as amigas que tinham inveja dela. Vivia rodeada de homens porque parecia que nenhuma mulher a compreendia, todas queriam ser como ela, afinal, além de linda ela tinha a companhia de um dos rapazes mais badalados da escola.
Sua rotina mudou no instante em que os pais de Elesa encontraram a oportunidade perfeita em outra região e optaram por mudar-se. Obviamente, Elesa teria de ir junto. Este era o momento em que os dois se separariam e nunca mais poderiam se ver, mas quando o destino quer, ele faz de tudo para unir duas pessoas, seja por vontades ou por decisões inesperadas.
— Então, eu decidi ficar com você! — disse Elesa naquele dia, já de malas prontas.
— Está falando sério? — Volkner perguntou, incrédulo.
— Estou sim, conversei com meus pais, e de uma maneira ou de outra eles terão de voltar para Sinnoh todo fim de semana para cuidar de meus avós, então eu sugeri que eu ficasse aqui morando com você. Se você me aceitar, lógico.
— Shirley, nós dois, morando juntos na mesma casa... Isso não iria dar certo.
— Primeiro, não me chame de Shirley. E segundo, se eu for realmente ficar, não me chame de Shirley! Esse nome me dá nos nervos, já conseguiu imaginar uma modelo como eu subindo nas passarelas e o povo gritando: Shirley?! Qual é, Volkner, combinamos que seria Elesa!
— Tudo bem, tudo bem. Hah, hah...
— Augh, como eu te odeio.
Volkner e Elesa foram levando a vida da maneira que dava, e afinal de contas, o rapaz percebeu que tinha boas lembranças. Chegaram a namorar e viver juntos numa mesma casa, eram praticamente casados, por assim dizer. Elesa ficara por muito tempo em um quartinho de hóspedes nos fundos. Ao anoitecer, ela batia na porta do loiro e chamava seu nome.
— Volkner, Volkner.
O rapaz abriu a porta com os olhos inchados de sono, mas arregalou-os no mesmo instante em que a viu.
— O que faz aqui...?
— Está um calor dos infernos hoje, esse clima litorâneo me deixa louca. Posso ficar no seu quarto hoje? Ele tem... Ar-condicionado.
— Essa é nova, vou anotar no meu caderno para usar em próximas oportunidades — respondeu Volkner com uma risada singela. — Vem, entra aí. Você já fica aqui a manhã inteira, não custa nada ficar mais algumas horas de noite.
— Prometo que vou me comportar — Elesa respondeu com um sorriso.
Volkner fechou a porta e acendeu um abajur no formato de um Lanturn, uma peça singela de Pokémon que recebera do pai quando era mais novo. Elesa vestia apenas sua camisola, foi até a cama do rapaz e sentou-se nela olhando tudo com mais atenção, como se nunca estivesse estado ali. Era o quarto que já estava bem habituada, mas estar nele num horário proibido como aquele... parecia novidade.
Volkner vestia uma regata e shorts largos, e mesmo sendo moço, tinha músculos bem formados pelo trabalho que fazia nas horas extras.
Elesa levou a mão até seus longos cabelos loiros, ajeitando-se um pouco envergonhada.
— Pensei que aqui fosse estar mais fresco.
— Por que? Começou a esquentar? — Volkner apoiou-se na cama e caiu na risada.
Elesa pedia para que fizesse menos barulho.
— Shhhhh... Não quero que seus pais venham e saibam que estou aqui.
— Quando eu ficar mais velho, quero uma casa só minha. Sem pais para encherem o saco, sem ninguém para ficar de olho no que faço. Completamente sozinho — completou Volkner, que só não imaginava que seu desejo seria atendido, e ele viria a lamentar os tempos em que não aproveitou o que era bom enquanto tinha.
— Ora essa, mas ficar sozinho deve ser horrível... — Elesa sabia o que dizia. — Algumas vezes acho que precisamos de alguém para viver conosco, para compartilhar esses momentos, para deixar tudo registrado.
Ela sorriu, mas não conseguia enxergar a expressão do companheiro na escuridão.
— Você compartilharia esses momentos comigo?
Volkner permaneceu em silêncio. Pareceu até mudar a conversa repentinamente quando deu uma risadinha e comentou:
— Aqui está ficando mais quente mesmo, é melhor eu aumentar o ar-condicionado. Por que você não corta o cabelo curtinho? Aposto que ficaria demais.
— Sério? Eu gosto dele assim, mas eu estava mesmo pensando em fazer algumas mechas loiras ou pintar tudo. Vou pensar no assunto — respondeu Elesa, levantando-se e indo em direção do rapaz.
— Já vai voltar para o seu quarto?
— Voltar? Eu acabei de chegar — disse a moça, trazendo Volkner lentamente para a cama. — Vamos ficar um tempinho juntos, até que você se canse de mim, até que enjoe; mas que eu fique presa em todas as suas memórias para sempre.
Volkner riu sozinho ao lembrar-se daquela noite que parecia tão distante agora. Quis acender um cigarro, mas tentava pouco a pouco largar o vicio e se conteve. Precisava esquecer o que viera depois daquilo, pois tudo começou a desmanchar de uma maneira que nem ele se lembrava.
Levantou-se e foi descendo as escadarias do farol, pois suas chaves extras deviam estar logo chegando depois de mandar sua Rotom astuta para buscar as reservas.
Todo lugar que ia parecia trazer-lhe lembranças. Móveis, pessoas, tudo. Por que Elesa voltara para seus pensamentos tão de repente? Tudo já tinha acabado entre eles, não queria lembrar e muito menos reviver aqueles momentos.
A despedida dos dois fora vazia, e deixava a clara impressão de que um espaço vazio ficaria ali para nunca mais ser completado.
— Venha me visitar, se quiser — disse Elesa. — E obrigada por tudo que fez por mim, Volkner. Vou treinar minha ambição e me tornarei uma modelo magnífica. Boa sorte no seu teste para líder de ginásio.
— Vai ser fácil, fica tranquila — ele respondeu. — Acho que você também deveria tentar um lá para Unova, no futuro. Com esses fones de ouvido que você não larga e essas mechas loiras você já parece uma treinadora de Pokémons elétricos mesmo.
Os dois trocaram olhares longos e cheio de palavras que não foram ditas. Volkner só teve forças para erguer o braço e dizer:
— Bem, até mais... Elesa.
— Incrível, você não me chamou de Shirley — respondeu a moça, impressionado e debochada ao mesmo tempo.
— Acho que é porque isso representa uma nova época, uma nova fase para nós dois. Espero que você consiga tudo que busca em Unova.
— E conseguirei, a Elesa será a mulher do ano das revistas, a mais incrível e influente de todos os continentes. Você ouvirá meu nome, e fique de olho na capa dos filmes e revistas, quero que me diga o que acha de minhas atuações.
Volkner deu uma risada seca. Enfiou a mão nos bolsos e pensou em dizer algo que levou muito tempo. Elesa virou-se para ir embora, e ele chamou-a uma última vez.
— Boa sorte, Elesa — ele disse. — Mas guarde um espaço para a Shirley sempre que quiser voltar.
Ela virou-se para ele e deu uma piscadela.
— Acho melhor não. Beijos.
Na última vez que teve notícias dela, Elesa enviara cartão brilhante que anunciava seu sucesso como atriz e modelo. Ela tinha conseguido tudo que dissera que conseguiria.
Quando Volkner se deu conta, seu Rotom já o rodeava com a chave do farol flutuando ao seu lado. Não havia ficado muito tempo ali, mas parecia ter sido o suficiente para reviver toda uma vida. Suas memórias passaram como um filme diante de seus olhos, um daqueles dramáticos e com final triste que faz as pessoas ficarem revoltadas ao saírem do cinema.
Levantou-se e foi embora, não esperava ficar até o final dos créditos para saber se haveriam cenas especiais.
Quando Volkner chegou em sua casa já tinha anoitecido. Estava completamente sozinho, como sempre quisera. Não havia mais pai e nem mãe para trazer-lhe um café ou dar um dinheiro extra para ir ao cinema, e nem mesmo a presença de sua amiga na sala, com suas lindas pernas esticadas e o fone de ouvido no máximo completamente indiferente aos problemas da vida.
Ah, você chegou, Volkner? Eu estava te esperando! — Era tudo que ele queria ouvir, mas recebeu o silêncio e o som opaco de seus passos até seu quarto.
Foi deitar-se em silêncio. Desligou o ar-condicionado para não passar frio, mesmo que fizesse um baita calor. Seus olhos continuaram pregados a noite toda e ele não mudou de expressão, seguiria apenas mais uma dia de sua pacata rotina que sempre se dirigia nos mesmos trilhos. Tinha tudo que precisava, mas ninguém para compartilhar.
— É. Acho que a Elesa tinha razão. Essa casa fica um saco sem ninguém — comentou Volkner, demorando mais algumas horas até pegar no sono e finalmente adormecer.
Na manhã seguinte, continuou sua mesma rotina de sempre. Acordou, foi tomar café da manhã fora por preguiça de preparar algo, fez sua caminhada na praia até o farol, e por fim voltou. Não haviam desafiantes àquela altura do campeonato, a Liga Pokémon ocupava toda a atenção e ele teria alguns dias a mais de férias e puro tédio para acompanhá-lo.
Quando voltou para sua casa, viu que havia uma carta jogada no canto e que provavelmente ficara ali esquecida por algumas semanas até que ele a encontrasse. Volkner abriu a cartinha que tinha uma coloração rosada e letras muito belas, com um singelo convite em suas palavras pré-selecionadas, do tipo que entra sem ser convidada, mas é sempre bem vinda.
Algumas vezes o destino gosta de nos pregar algumas peças. Quando pensamos em alguém, e especialmente nessa pessoa, ela acaba por responder. São como duas forças muito mais fortes do que as histórias possam contar, invisíveis aos olhos dos mais sensatos, mas essenciais na vida daqueles que vivem da surpresa de cada momento. Surpresas muito bem vindas.
“Ei, é bom
que tenha guardado um lugar para mim em seu coração, tudo bem? Acho que vou
passar alguns dias de minhas férias de verão em nossa boa cidade, então limpe a
casa e deixe tudo bonitinho porque vamos ao cinema quando eu voltar.
Já ligue o
ar-condicionado desde agora. Quero aquele quarto friozinho para quando eu
for dormir aí.
Não morra
de saudades, tudo bem? Eu sei que você sentiu minha falta. Com amor,
Shirley.”
Canas eu sei que e um especial pra uma fan e tals mais sem querer ser chato ainda tem capitulo pra hoje?
ReplyDeleteOlha cara, para ser bem sincero o capítulo já está completamente escrito. É aquela primeira versão que eu faço e que funciona como o brainstorm do episódio, onde coloco todas as ideias, descrições e conversas, e aí só faltaria uma outra leitura básica para acrescentar umas imagens bacanas, melhorar uns pontos, e por fim a revisão, e ele estaria pronto para ser postado.
ReplyDeleteMas eu quero dar um tempo depois das finais da Liga Pokémon. A repercussão foi mais fraca do que eu esperava, então quero mais tempo para cultivar outras partes da história antes de já entrar direto no Grande Festival, que é nossa próxima parada. Infelizmente essa semana ficaremos sem capítulo, mas conforme ela for seguindo espero trazer alguns supports e especiais. Quem sabe posso postar o capítulo em algum outro dia variado? kk
Antes de agradecer, quero desabafar: Caramba, Nícolas, você quase me mata de ansiedade! Ontem á noite, fiquei pensando nesse especial, como seria o título, a história... E hoje, entrei cedo no blog, e fiquei desde às 10 e pouco até 12, esperando, e nada. Isso me deixou mais ansiosa ainda. E deu até vontade te esganar. kkkk. Mas não se preocupe, você não corre mais risco de vida, assim que entrei há pouco na internet e vim pra cá e vi que já tinha sido postado, quase pulei de tanta alegria. E só posso dizer que amei tudo, até porque sugeri o enredo, e ver como ele foi desenvolvido foi muito bom. E quando cheguei até o final, deu vontade de chorar, de tão lindo que está. Gostei do fato do Volkner relembrar o passado e de você narrar a história, ficou demais. E vem cá, aquela cartinha da Elesa (Shirley) no final, quer dizer que vai ter continuação? *_*
ReplyDeleteMuito obrigada, Nícolas. Esse não foi só o mais criativo, mas foi o presente mais especial de aniversário que ganhei, até hoje.
Beijos!
Luana.
Diga ae, Luana! Poxa, você não sabe a ansiedade que eu estava para postar esse episódio. Como deve saber ele já estava aqui prontinho desde o começo do mês, mas fiquei nesse dilema: Posto antes, ou só no dia? kkkkk Então decidi deixar os dois esperando um pouquinho para conferir o resultado, até porque como eu já lhe disse várias vezes até que sou bem paciente, gosto de esperar um tempo para que coisas boas comecem a acontecer.
ReplyDeleteFico muito feliz em ouvir que você curtiu o enredo. As informações que você me passou foram realmente de vital importância, em que universo eu imaginaria que o nome de verdade da Elesa poderia ser Shirley? Isso eu tive que entrar em alguns sites informativos só pra conferir kkkkkkkk Mas foi realmente muito bom trabalhar com dois líderes que eu também aprecio tanto, e principalmente por ir aos poucos realizando algumas vontades antigas como a de unir velhas regiões em um especial.
Bem, só nos resta esperar que aconteçam outras, não é mesmo? Só não te dou certeza que haverá uma continuação, porque gosto de dar asas à imaginação dos leitores, permitindo que eles próprios digam o que aconteceu com o personagem que tanto amam. Beijos, obrigado por aceitar este singelo presente. Espero que apareça a oportunidade e a inspiração de fazer muitas outras homenagens dessas aos leitores, é uma das partes que mais adoro.
Muito bom Canas! É sério, não está nada mal.
ReplyDeleteDando muito destaque a Elesa. Porque a Elesa é top. É linda. É foda. E ela ficou muito interessante com o Volkner; Digamos que os líderes elétricos sejam os mais interessantes. Surge lutou na guerra de Kanto. O vovôzinho de Hoenn "descobriu" uma cidade subterrânea. Volkner é forte em batalha e em personalidade. Elesa é linda, gentil e inteligente. É uma líder perfeita *-*, principalmente nas sequências dos jogos originas, Black 2 e White 2. (Muito embora seja stripper no mangá hehe.)
É interessante vê-la aqui já que vê-la nos jogos não basta, no mangá também não, em um trailer, haha, nunca e no anime, oh... Enfim, eu nunca havia visto-a em uma fanfiction, mesmo isto aqui sendo um oneshot. Resumindo, você já compreende meu amor por ela, e por isso sou mais Volkner x Jasmine e adoraria trabalhar com essa diva um dia :3...
Novamente parabéns pela oneshot. Eu curti muito. See ya.
Diga ae, Gus! Geralmente é bacana trazer algumas one shots de personagens diferenciados, e fazia um tempão que eu não trabalhava com nenhum líder de ginásio, eu não iria sossegar se não fizesse nada envolvendo o Volkner kkk Todos os líderes elétricos são show de bola, esperamos que os outros membros da aliança também possam dar a devida atenção à eles que não se limite somente às batalhas de ginásio.
ReplyDeleteNa realidade, uma das coisas que me fez querer começar a escrever fics era justamente ler uma história onde os líderes recebessem a atenção que mereciam. No fim das contas eu acabei deixando isso meio de lado, mas fiz o que pude com minha região. Alguns como o Roark e a Fantina apareceram em diversos episódios e chamavam atenção por onde passassem, vamos ver se agora vou cultivando eles aos poucos com este velho especial. Quem deve ser os próximos candidatos? kkkkk Estou pensando em começar a pedir sugestões que nem os Supports, aposto que iria sair muita coisa boa. See ya!