Posted by : CanasOminous Jan 10, 2014

Quando os Destinos se Cruzam

Lukas percebeu que a brincadeira chegava longe demais quando seu irmão tornara-se seu inimigo. Não se tratava de simplesmente participar da Liga Pokémon por um acidente ou vontade. Ele ouvia as pessoas lá foram gritarem por seu nome, todos torciam por ele, todos queriam vê-lo ganhar, subir naquele pódio e tornar-se o vencedor de uma das competições mais almejadas do Mundo Pokémon.
Mas até onde aquela era a sua vontade?
— Ei, pivete — Luke chamou por seu nome e apontou-lhe o indicador, quase como se fosse uma ordem, e seus olhos não mentiam. — Precisamos conversar.
Não importa a pessoa, a ocasião, ou o motivo; as palavras “precisamos conversar” nunca representam coisa boa.
Lukas entrou na sala de treinos com receio. Estava apreensivo, olhava para Luke e pela primeira vez não conseguia dizer o que o irmão pensava. Geralmente ele era transparente, quase como um vidro, quando estava bravo ou triste até mesmo os mais desatentos conseguiam perceber. Luke não andava de um lado para o outro conforme sempre fazia quando estava impaciente, muito pelo contrário, ele mantinha a calma, encostado em uma das paredes de braços cruzados.
O mais jovem olhou para o irmão e depois desviou o olhar. Enfiou as mãos no bolso, disfarçou, mas não conseguiu esconder que estava suando de nervosismo.
— Relaxa, parceiro. Não tem com o que se preocupar — disse Luke num tom tranquilo, mas neste momento Lukas não conseguiu mais se conter.
— Relaxar?! Você não percebe que serei eu quem irá desafiá-lo amanhã? EU, meu irmão. Eu irei desafiá-lo. Sou aquele que mais o incentivou, motivou, e fez de tudo para vê-lo aqui em cima. Agora sou um dos últimos obstáculos em seu caminho!
— E pode ter certeza que é um obstáculo bem grande — Luke tentou amenizar o clima com uma risada, sentando-se ao lado do irmão com uma das mãos em seu ombro. — Vai dar tudo certo. Não confie em mim.
— Como?
— Não confie em mim, e sim, em você mesmo.
Luke levantou-se e ajeitou o blusão. Foi até uma das janelas espiar o movimento lá fora, uma vista privilegiada. O quarto dos participantes iam melhorando a cada vitória na Liga, e eles já podiam se gabar, afinal, estavam nas semifinais. Dignos do luxo que tinham quando seu pai ainda fazia parte da Elite.
— Ahh, essas pessoas chamando o meu nome... Comemorando, torcendo a favor e contra... Essa fama sempre me atraiu, Lukas. Eu gosto dela, gosto bastante.
Luke virou-se para o mais novo.
— Você também gosta, não é?
— Luke, você sabe que este não é o meu lugar. Estes são os seus admiradores, a Liga Pokémon deveria ser seu mérito, seu sucesso, seu sonho...
— Ora essa, e o que há de mais em compartilhá-lo com pessoas que amo? — Luke deu um tapa forte no braço de Lukas que desviou o olhar e balbuciou algumas palavras sem sentido:
— Eu irei desistir, Luke. Não posso fazer isso. Não posso lutar com você.
Seu irmão franziu o cenho de maneira assustadora.
— Não faça pouco caso do meu sonho, irmão.
— Luke, eu já disse... A Liga Pokémon, tudo isso... E-Eu não devia estar aqui.
— Chegou até este ponto para desistir? — indagou Luke. — Não, não. Melhor. Para duvidar tanto de mim quanto de você mesmo? Ora essa, irmãozinho, deixe de lado esses pensamentos idiotas e comece a agir da maneira que deve agir!
— Eu não posso... Simplesmente não posso.
O jovem acabou por erguer Lukas pela gola da blusa, empurrando-o contra uma parede e derrubando um vaso que estava sobre uma mesinha de canto. Lukas arregalou os olhos, pois nunca antes vira Luke tão bravo, sua mente ainda tentava adivinhar os motivos. Se não fosse o irmão que amava, sentiu até que poderia levar aquele soco no meio da cara.
— Parou. Chega disso. Tá me ouvindo? — Luke o desafiou com a voz austera. — Chega dessa conversa de sonhos. Você chegou até aqui porque é tão bom quanto eu, e me ofende dizer que vai desistir de tudo isso em respeito aos “meus” sonhos. Se tu ganhar, ganhou. Meus parabéns, isso significa que eu não estava à sua altura, e eu sairei daqui de cabeça erguida. Mas por favor, não diga que vai pegar leve ou desistir por minha causa.
Luke afrouxou o blusão e se afastou.
— Tudo que te peço é que venha com tudo para cima de mim.
Lukas estava ofegante, mas procurou compreender o quanto aquilo significava para seu irmão.
— Eu darei o meu melhor — respondeu o jovem.
— Se tu vencer, olha que ano vem vou virar coordenador, hein? Aí eu participo no Grande Festival só pra acabar contigo na próxima! — acompanhou Luke, caindo na risada.
— Nem brinca... Enfrentá-lo uma vez na Liga já será o suficiente...
— Tô zuando também. Ainda não curto vocês, coordenadores. São muito cheios de regras, brilho e purpurina. Muito menininhas para meu gosto.
— Cada vez que você fala isso você ganha mais uma multidão de pessoas que te odeiam, sabia?
— Bem vindo ao meu fã clube: Eu odeio o Luke Wallers.
Os dois riram e Luke colocou um de seus braços em volta do ombro do amigo, e juntos, eles saíram andando da Liga para uma noite de descanso antes do desafio que realmente estava por vir. Seria uma batalha e tanto, e nenhum dos lados estava disposto a ceder.
— Vou te contar uma coisa, irmão. Não estou aqui para me importar com o que os outros pensam de mim, estou pouco me lixando. Eu vim aqui para fazer o que faço de melhor, e você? Vamos mostrar por que somos os favoritos?

Pokémons P.O.V. (Point of View)

A batalha acontecia nos ares, e alguns poucos conseguiam acompanhar a sua velocidade. Os Pokémons que assistiam tiveram de segurar seus itens e se abaixarem nas bancadas, pois dois aviões passaram zunindo bem perto de suas cabeças, e todos deliravam com a ação.


Marco voltou-se para trás segurando sua arma semiautomática, e Jade vinha logo na sequência sem nenhum indício de que iria parar.
— Woaah, Jade! Acho que estamos colocando os espectadores em perigo!
— Um pouquinho de perigo nunca é demais, afinal, o público gosta é de ter a adrenalina lá em cima! — respondeu a moça com ansiedade, fazendo um corte no ar e disparando na direção do companheiro. — Air Slash!
Marco esquivou-se com suas asas de uma maneira incrível com muita destreza e precisão, mas algumas das pessoas que assistiam lá atrás não tiveram a mesma sorte. Ninguém se importou e nem ligou muito, o que todos queriam é que a luta continuasse.
Fire Tales Vs. Fire Tales. Não havia nada que chamasse mais atenção naquele momento.
Marco olhou para a destruição deixada pelo golpe, engolindo seco.
— N-Nossa... Essa foi quase.
Quando Marco voltou sua atenção para Jade, levou um chute no estômago, seguido de uma cotovela na nuca que o lançou para baixo da arena feito um canhão. Jade era rápida demais, parecia teletransportar-se de um lugar para o outro, devia ser a integrante mais veloz da equipe e com sua habilidade Speed Boost, o tempo só lhe trazia o benefício da vantagem. Suas asas batiam tão depressa que pareciam nem se mexer.
Vista e Wiki assistiam a batalha de longe, não muito satisfeitos. O espectro continuava quieto, mas a garota segurava nas barreiras com grades e as chacoalhava a cada falha do menino.
— Vamos lá, Marquinho! Você consegue fazer melhor do que isso! Não vai me obrigar a subir aí e te dar uma lição, não é?
— Por que aquele moleque não faz uso de nenhum equipamento que eu desenvolvi para ele? Ele tem uma metralhadora, consegue entender? Uma metralhadora. Mas prefere dar soquinhos feito uma menininha, for Arceus’ sake!
— Ele está é com medo de machucar a Jade. Vou lá dar um trato nele — respondeu Wiki, mas ela foi impedida por Vista de sua maneira nada rude.
— NO. Nós criamos um guerreiro, Andrógena. Quando eu disse que treinaria o jovem Marco eu conheci uma criança, e hoje vejo um homem. Deixe que os homens resolvam seus próprios problemas sozinhos, eles são chatos e insensatos, mas sempre conseguem dar um jeito.
— Vocês só complicam as coisas, sabia que mulheres tem uma forma de resolver as coisas da maneira mais fácil...? Veja a Jade, por exemplo — comentou Wiki, recuando após ver algumas explosões e barulhos. O pobre Mothim não parecia se sair tão bem quanto o esperado.  — Ai, meu pobre Marquinho...
Marco rolava de um lado para o outro na arena, desviando de chutes e do impacto do vento que algumas vezes chegava a cortar o chão como se fosse uma navalha. Jade não parecia pegar nada leve com o amigo, e realmente não devia.
— Marco, qual é! Movimente-se! Ouvi dizer que você foi o primeiro membro a ingressar na Fire Tales, consegue entender a importância disso? O primeiro!
— E-Eu sei, Jade! Só que eu gostava de você, não quero machucá-la! — gritou o garoto.
Jade fez um movimento lateral com o braço e disparou o Air Slash mais uma vez. Dessa vez o corte voou na direção do Mothim e o acertou em cheio, cortando um pedaço de seu blusão. Jade estava muito cansada do outro lado e carregava na voz a determinação de alguém disposto a vencer.
— Não pedi para ninguém ter pena de mim. Eu quero que você me machuque.
Marco podia não ser forte, mas era inteligente e tinha boas estratégias. Sua oponente tinha uma maior velocidade nos ares, então ele teria que lutar contra ela no chão, pois o céu era seu domínio. Vista continuava observando os movimentos de seu discípulo, e percebia claramente como Marco tinha, de fato, melhorado muito. Costumava ser um dos guerreiros mais inseguros da guilda, mas frágeis e de baixa estima, mas regressara dos Seis Meses renovado.
Os dois trocaram golpes rápidos, e Marco devolveu na mesma moeda.
— Air Slash!
Jade se jogou no chão para desviar do ataque, mas Marco continuou a onda de ataques bem depressa acertando um corte profundo na região da clavícula dela.
— D-Droga... — Jade olhou para o próprio braço que sangrava muito.
Os juízes explicaram que havia três maneiras de ser eliminado: Por nocaute, jogando adversário para fora da arena, ou caso um dos dois desistissem por conta de injúrias e machucados sérios. Jade acabou sendo desqualificada quando Aerus pediu para que ela retornasse e descansasse.
— Obrigado, Jade. Você já deu o seu melhor.
— M-Mas eu ainda posso lutar! — ela respondeu, indignada.
— Sei que pode, mas nos últimos meses aprendi a compreendê-la, e sei que você não vai parar até que esteja no chão, morta. Por isso é importante nós sempre estarmos de olho. Você não conhece seus limites, Jade, mas nós conhecemos.
Jade ficou um pouco frustrada por não ter conseguido mostrar tudo que era capaz na Liga Pokémon, mas sentiu alguém tocá-la no ombro, fazendo-a virar depressa. Watt sorriu e confirmou que ela já dera seu melhor, não precisava provar nada para mais ninguém.
— Vamos terminar logo essa história — disse Watt, um pouco cabisbaixo. — Eu só quero terminar...
Era interessante notar como dessa vez nenhum membro da Fire Tales comemorava. Em respeito aos companheiros, ambos os lados mantinham-se em silêncio e consideravam cada derrota como uma perda para a guilda. Não haviam derrotados.
— Um à zero. Estamos ficando para trás — comentou Aerus examinando a batalha com atenção com General logo ao seu lado.
— Vamos procurar equilibrar a disputa — assentiu o Dusknoir.
Na luta que se sucedeu, Yoshiki é quem assumiu a batalha para compensar os ferimentos em sua companheira Jade. O rapaz apoiou-se em sua katana para ficar na altura da moça, sentada em uma maca, recebendo os devidos cuidados médicos após a luta. Yoshiki retirou algumas bandagens da região do peito dela e examinou o ferimento.
— Está doendo muito? — indagou o Toxicroak.
— Que nada, é uma dorzinha boa. Eu fiz o melhor que eu podia, mas... — Jade desviou o olhar. — Minha nossa, como é horrível ter que lutar contra pessoas que gostamos!
Yoshiki não escondeu a risada.
— Tudo bem, tudo bem. Vou tentar não matar o pobrezinho.
— Ah, seja bonzinho com o Marco, tá bem? Ele é uma boa pessoa... Não arranque nenhuma das asas dele, elas são muito bonitas!

Yoshiki teve de se contentar, mas Marco também não pegou leve e finalmente fez uso de sua boa metralhadora dada por Vista. Era uma notícia espantosa saber que o equipamento dado pelo espectro disparava raios lasers e ataques poderosos dos insetos como o Bug Buzz, mas nem mesmo assim o pobre Marco pôde fazer muito. Yoshiki cortava o próprio vento do Air Slash com suas espadas, e retribuía na mesma intensidade com disparos de veneno do Poison Jab.
— Ei, amigo... — disse Marco um pouco assustado, conhecendo bem a reputação de Yoshiki. Ele tinha medo daquele sujeito desde que ele entrara na guilda há tanto tempo. — Sem ressentimentos?
A luta terminou quando Yoshiki apontou a katana no pescoço do Mothim.
— Só não peço para você pedir desculpas para a Jade ajoelhado porque ela já está melhor.
— Mais tarde eu pediria de qualquer jeito, — ele falou, completamente desolado. — E-Eu detestaria machucá-la de verdade, senhor Yoshiki... Acredite, lutar contra meus amigos doeu mais em mim do que em qualquer um.
Yoshiki assentiu e guardou a sua arma. A luta voltava a ficar empatada. Watt e Seth encaravam tudo do outro lado, e com seus conselhos sábios o Dragonite certificava-se de auxiliar seu comandante da melhor forma que podia.
— Seth, acredito que temos força e capacidade o suficiente para surpreendê-los. Vamos dar o nosso melhor — disse Watt.
— Com toda certeza, meu jovem. Entrei na Fire Tales tendo total conhecimento de cada desafio que poderia aparecer em meu caminho, e com a mesma determinação eu estou aqui — respondeu o dragão, trocando olhares com Aerus que se mantinha do outro lado da arena. — Na hora certa ainda irei enfrentá-lo, e não se engane, se nenhum de nós vacilou, eu também não pouparei utilizar todo meu poder dessa vez.



Lyndis assumiu o campo de batalha e enfrentou Yoshiki com punhos flamejantes. O Toxicroak era ágil, mas com toda sua habilidade a Infernape era capaz de parar as espadas de seu adversário com as próprias mãos. Lyndis mantinha-se o tempo todo próxima, mas seu adversário precisava manter um pouco mais de distância para fazer uso de suas armas. Até que decidiu mudar de estratégia.
— Chega dessas coisas — disse Yoshiki desamarrando seu kimono, enfiando as espadas no chão e erguendo os punhos. — Se for para resolver as coisas como lutadores, assim faremos.
— Não se preocupe. Punhos podem não cortar, mas eles vão te machucar do mesmo jeito, especialmente se estiverem pegando fogo! Close Combat!
Lyndis avançou com um salto e disparou uma série de socos, seguido do Flare Blitz e uma combinação de ataques incontrolados. Yoshiki fez bem em aguentar por bastante tempo, mas Lyndis voltara tão treinada e decidida dos Seis Meses que golpeá-la parecia o mesmo que acertar uma parede de concreto com mãos nuas.
— Do que você é feita, garota? — indagou Yoshiki.
— De determinação e força de vontade — ela respondeu.
Suas pernas giravam como mísseis. Lyndis apoiou os dois braços no chão e começou a girar as pernas de modo que fossem tomadas por chamas e aquecessem tudo ao seu redor como um furacão. Ela acertou o queixo de Yoshiki de tal maneira que o rapaz quase caiu inconsciente no chão, fora da arena e eliminado. Jade correu para socorrê-lo.
— Ouch... Essa doeu. Essas mulheres da Fire Tales são mesmo incontroláveis. Keh, heh, heh... — disse Yoshiki com uma risada cínica, limpando o sangue que escorria.
— É melhor não engolir isso. Você pode se envenenar com o próprio veneno — Jade tentou falar num tom sério, mas acabou sorrindo e abraçando-o mais forte. — Obrigada, você foi demais.
Com o segundo membro de sua equipe derrotado, Aerus olhou para trás em direção de Chaud e fez apenas um aceno com a cabeça.
— Sua vez.

Chaud ergueu o escudo que jazia apoiado na parede e foi andando rumo ao campo adversário. Eva o observava do outro lado, estava apreensiva e sabia que em breve sua vez chegaria, mas pela primeira vez estava olhando para Chaud como um inimigo ao invés do amigo mais especial que ela tinha. Nunca percebera aquilo tão nitidamente, mas ele era como uma fortaleza, alta e ameaçadora, com muralhas impenetráveis. Armadura de guerra completa, sua máscara de ferro fazia com que seus pensamentos não pudessem ser previstos. Dentro, todas as suas incógnitas, o simples ato que prosseguisse era imprevisível.
Ali estava alguém que nenhum deles gostaria de ter como inimigo.
Lyndis pulava de um pé para outro em sua área delimitada. Erguia os punhos em frente ao rosto e o intimidava a avançar, sabia que um ataque direto não surtiria efeito algum.
— Suas armaduras não poderão impedir meus movimentos, Chaud.
— Você disse que socos machucam, mas conheço um pouco de física por conta da Lei da ação e reação e, bem, sinto em lhe dizer, mas isso vai doer bastante em você também.
Lyndis avançou com velocidade e Chaud mal se movimentava, mas nada também conseguia fazê-lo se mexer. Ela golpeava seu escudo e seus punhos começavam a doer. Por mais que a garota flamejante tivesse total vantagem, nada parecia surtir efeito.
— Do que você é feito?! — agora foi Lyndis quem retribuiu a frase. — E-Eu pensava que meus punhos podiam destruir qualquer coisa, até mesmo uma parede de concreto! Treinamos durante seis meses para sermos os melhores, então por que agora me sinto tão insignificante?!
— Quando lutamos contra adversários de um nível inferior tendemos a nos vangloriar das conquistas e vitórias, mas experimente lutar contra alguém com a mesma força que você... Você viu seus amigos treinarem, você viu o quanto demos o nosso melhor para estarmos aqui. Todos nós já somos merecedores.
Lyndis deu um salto, de punho erguido, pronta para acertar Chaud um cruzado de direita. O homem esquivou-se a devolveu o golpe com a mesma intensidade, dando um soco que fez a garota cair longe. Lyndis cuspiu um pouco de sangue no chão e sorriu:
— Só depois de levar o primeiro soco na cara percebemos que a situação começou a ficou séria — ela deu uma risadinha.
Chaud fincou seu escudo no chão e fez um corte tão profundo que a terra pareceu dividir-se e criar uma ponte até onde Lyndis estava. Era um Stone Edge, a garota tentou defender com os próprios braços novamente, mas aquilo começou a machucar. Antes mesmo de recuperar-se do movimento, Chaud lançou seu escudo como um bumerangue e derrubou Lyndis da pista, garantindo mais uma vitória para a equipe de Luke.
Lyndis deu um soco no chão e queimou a terra ao seu redor, enfurecida.
— Merda.
Havia treinado muito para ser forte, mas ainda não era o suficiente. Começaria a redobrar os treinos assim que possível.
Chaud continuava erguido feito um gigante. Watt não queria arriscar ninguém de seu exército a falharem perante as muralhas do inimigo. Eva trocou alguns olhares com Chaud e deu os primeiros passos na arena sem a confirmação de ninguém, mas ninguém quis impedi-la.
— Acredito que verei o resultado dos treinos de minha discípula bem antes do que imaginei.
— Você irá se surpreender, professor.
Eva fez um cumprimento unindo os pés num sinal de reverência. Chaud retribuiu o gesto e esperou que a pequena Espeon fizesse o primeiro movimento.
— Psychic!
Para sua surpresa, Eva levitou do chão e disparou golpes telecinéticos em sua direção. Chaud não conseguia ver o que o atacava, e seria difícil chegar a um inimigo tão veloz. Eva realmente tinha total controle de seus movimentos psíquicos, quando o ferreiro tentava investir ela também criava barreiras mágicas e se protegia dos golpes.
— Pelo visto você aprendeu bem a se defender — disse Chaud.
— Aprendi com o melhor — respondeu Eva.
O Bastiodon investiu com socos e investidas de seu escudo, derrubando Eva no chão.
— Não se esqueça, defenda-se sempre. Mantenha a guarda erguida. Proteja-se.
— Nunca abaixe a guarda — respondeu Eva já arfando de cansaço, levantando-se com os punhos em frente. — Nunca baixe a guarda.
Era incrível como ela mantinha o controle. Cada investida do homem mostrava o quanto ela estava em harmonia com seus próprios pensamentos por conta do Calm Mind. Chaud acenou com a cabeça, e mesmo que Eva fosse do tipo que não combinava nada com a área defensiva, ela sabia como aquilo poderia custar-lhe caro. Seus ataques tinham a potência de um canhão, e Chaud já começava a cansar. Só o fato de vê-lo suar para acompanhar o ritmo da aluna já era um grande avanço, mas no momento em que Eva abaixou a guarda ela foi golpeada pelo escudo de tal maneira que terminou sendo arremessada contra uma das paredes feito chumbo.
Chaud arregalou os olhos e correu para ajudá-la.
— E-Eva?! Você está bem?
— Acho que esqueci de levantar a guarda, Chaud... — respondeu a garota com a voz cansada e com machucados no rosto e no braço direito.
— Você melhorou muito, seus poderes de luta chegaram a um nível incrível... — ele tentou confortá-la com sua voz. — Mas nunca, nunca, nunca deixe de defender a si própria. Jamais abaixe a guarda, não deixe o inimigo levar vantagem sobre você. Se você não puder protegê-la, então eu irei.
Chaud gesticulou para segurá-la em seu colo e levá-la em segurança para dentro, mas Eva segurou em seu braço e apontou para a arena:
— Ainda não terminou.
— Eva. Não vá além de seus limites. Guarde forças para o que está por vir. Você sabe bem que não sou inimigo de vocês. Lutamos aqui por... ideais.
A moça ergueu-se e fez com que pequenas plantinhas segurassem os pés de Chaud no chão, prensando-o ali.
— Grass Knot — ela afirmou.
A jovem Espeon deu um salto e chutou-lhe tão forte na cara que o homem foi atirado no chão e se escudo escorregou para longe. Vendo-se sem a sua proteção, Chaud foi obrigado a voltar para a área ofensiva, fazendo de tudo para que a menina desistisse antes que fosse longe demais.
— Eva, por hora já é o suficiente. Iron Head.
Ele avançou e acertou a garota com uma investida, fazendo com que Eva ficasse atordoada. Antes que a menina fosse ao chão, ele a segurou no colo e depositou-a gentilmente para fora da arena. Os demais o observavam atônitos.
— O senhor Chaud não mede esforços para lutar contra ninguém, nem mesmo com a garota que o ama tanto... — comentou Glaciallis.
— Ele é um guerreiro — respondeu General. — Ele sabe o que o torna um guerreiro, e principalmente porque veio a tornar-se um. É um risco a ser assumido todos os dias, por todos nós.
Ao deixar Eva no chão, a garota recobrou a consciência e segurou na armadura de Chaud, fazendo-o virar depressa.
— Vá, continue dando o seu melhor por mim — disse Eva com um sorriso.
O ferreiro teve de concordar, afinal, muitas pessoas estavam assistindo e não seria nada bom para o nome de seu treinador e de toda a guilda ele simplesmente abandonar o posto pelas injúrias de uma amiga. Esta parecia ser a pior punição para a Fire Tales. Ninguém comemorava, tudo que eles queriam era terminar logo aquela luta e sepultá-la em conversas e lembranças do futuro.
— Eu o admiro ainda mais depois do que nos mostrou aqui, Chaud — disse-lhe Al Capone. — Ser capaz de lutar contra aquela que cuidou, cresceu e aprendeu a amar? Eu não seria capaz.
— Meu passado me ensinou a aguentar firme — respondeu o guerreiro. — Meu coração foi enrijecido feito pedra.
— Eva lutou contra você, pois sabe que você é a proteção dela. Ela é o seu coração, e você a armadura.
Chaud desviou o olhar, perdido.
— Eu destruiria qualquer um que tentasse feri-la.
Al Capone era o quarto integrante do grupo de Lukas a entrar na batalha, e ele teria de ser forte para conseguir levar adiante a desvantagem que Chaud dera ao derrubar dois adversários. Aerus continuava apreensivo do outro lado, pois sabia que jamais podia duvidar de nenhum companheiro de sua guilda. Havia crescido e visto a melhora nos olhos de cada um deles, sabia até onde podiam chegar.
Parte integrante de uma das guildas lendárias, a Sicília Italy, filho de Don Corleone e o irmão mais novo, Alphonsus Capone era um dos mais temíveis.

O Bastiodon teria de ser mais rápido ao combater o Corvo da Noite. Lançar seu escudo de nada adiantaria, pois Al Capone poderia facilmente movimentar-se na escuridão ou voar para longe, então derrubá-lo da arena estava fora de cogitação. Tentou atacar com o Stone Edge, mas o mafioso esquivava-se com a mesma destreza.
— Heat Wave! — disse Al Capone, um de seus golpes mais marcantes.
O Honchkrow criou uma cortina de fogo e prendeu Chaud naquele cubículo da arena. O clima ficou mais pesado, a respiração tornou-se difícil. Chaud tentou aguentar firme, mas de dentro de toda aquela fumaça teve tempo apenas de ver Al Capone disparar em sua direção com toda força que tinha.
— Superpower! — continuou Al Capone.
Chaud ergueu o escudo e defendeu-se. Sua armadura aguentou firme, o impacto o arrastou por quase dez metros onde Al continuava a golpeá-lo com um único soco de seu punho. Quando a fumaça cessou Chaud continuava de pé.
— N-Não é possível... — disse Watt. — Nada pode derrotá-lo...
Al Capone respirava com dificuldade, mas sabia que havia conseguido cumprir o que esperava. Chaud olhou para baixo e viu que havia sido empurrado para fora da arena por apenas alguns centímetros, o que acabou por desqualifica-lo.
— Maldição.
O Bastiodon respondeu de maneira séria, mas ficou contente pela vitória do companheiro.
— Você fez um bom trabalho, Scarface. Bela estratégia.
Ele assentiu com a cabeça e ouviu sua equipe comemorar.
— Al, você conseguiu! — gritou Lyndis, contente.
— Estamos conseguindo tirar a vantagem deles, precisamos manter o ritmo — continuou Watt.
Al Capone certamente seria um dos maiores oponentes da equipe de Aerus Draconeon, mas o dragão parecia já estar preparado para enfrentá-lo. Sua felicidade durou pouco.
Do outro lado da arena, Beliel estava sentado em um banco escuro, quase tão escondido quanto Al estivera a luta inteira. Ele levantou, e todos abriram caminho. Foi andando em direção do campo de batalha e imediatamente Al Capone franziu o cenho. Sabia que poderia vir a enfrentá-lo na Liga, então estivera tão preparado quanto ele.

— Trago-lhe boas notícias, Sombra. Não adianta mais você se esconder, pois agora eu posso vê-lo mesmo nas trevas — disse-lhe Beliel.
— Penso se naquele dia eu deveria ter finalizado o serviço, mas imaginei que o simples fato de você ter caído já fosse o suficiente para dar-lhe uma lição, mas... Ao menos minha pequena Lyndis ficou feliz com seu retorno, então, acho que eu devo-lhe a educação de desejar-lhe as boas vindas.
— É muita gentileza sua, mesmo com uma margem de atraso de algumas semanas — respondeu Beliel. — Então, podemos fazer este lugar pegar fogo?
— Se sua chama não tiver apagado.
Al Capone estendeu o indicador e disparou uma cortina de fumaça em direção de Beliel que absorveu as chamas como se fossem seu alimento. Sua pele ferveu enquanto exalava fumaça, seus chifres brilhavam como mármore e seus olhos ganhavam uma coloração incandescente.
Ele devolveu na mesma intensidade.
— Fire Blast — respondeu o Houndoom.
Quando as chamas voltaram, Al Capone cobriu-se com sua capa e desapareceu, em plena luz do dia. Era incrível como os dois adversários conseguiam ser tão silenciosos a ponto de passarem despercebidos por uma plateia lotada, toda uma região. Por um instante, nem os narradores e nem ninguém viu nada. Não havia ninguém na arena.
Beliel fechou os punhos enquanto olhava o vazio ao redor.
— Eu ainda estou de ouvindo.
O demônio mergulhou seu braço em chamas e golpeou Al Capone que vinha logo por trás, preparando um ataque surpresa. O corvo impediu o inimigo com seus próprios punhos de modo que ambos se encarassem e trocassem um soco na cara.
— Seis meses se passaram, e você ainda não aprendeu a brincar de esconde-esconde direito? — caçoou Beliel.
Al Capone sentiu uma estranha aura tomar conta de seu corpo. Beliel não precisou mexer nem um músculo para mandar toda sua energia negra contra o mafioso que pouco a pouco vacilou e retrocedeu.
— O q-que você fez?
— Dark Pulse. Pensei que conhecesse as próprias técnicas — respondeu Beliel.
Al Capone tentou erguer-se, mas sentiu náuseas e um mal estar horrível. O Dark Pulse parecia ter mexido com sua mente e suas impressões da realidade, e mais uma vez tentou usar as suas forças com o Superpower, mas Beliel esquivou-se e golpeou-o com uma joelhada, fazendo com que o Honchkrow caísse no chão de joelhos.
A atenção de todos os membros da Fire Tales voltou-se para luta. A respiração de Aerus ficou mais pesada, afinal, não conhecia Beliel tão bem quanto esperava. Naquele momento, se o cão do inferno quisesse, ele poderia muito bem ter finalizado o velho inimigo e acabado com tudo ali mesmo, ter iniciado outra guerra, olhado para todos aqueles otários que depositaram sua confiança nele e falar:
Eu só buscava vingança.
Lyndis recuou e acreditou com todo o coração que Beliel não faria aquilo, precisava acreditar.
Para a surpresa de todos, o cão do inferno voltou sua atenção para Al e estendeu a mão.
— Sem ressentimentos. Fui incumbido de ganhar essa luta, eu apenas cumpro com meu dever.
Al massageou seu rosto na região machucada e riu.
— Vou te perdoar dessa vez. Mas fique longe da minha filha.
Beliel até recuou ao ouvir aquelas palavras.
— Filha? — indagou.
Karl gritou de longe acenando com os braços.
— Que vacilo, cara... Bateu no sogrão! — respondeu o jovem antes de ser esmagado por Lyndis na tentativa de lhe tampar a boca.
— Fica na sua, K.! Continuem a luta, continuem a luta! Não deem ouvidos para ele... Seu desgraçado!
Aerus suspirou até mais aliviado quando percebeu que Watt fizera uma boa escolha colocando aqueles dois na equipe. E no mesmo instante que pensou em Seth, viu o dragão dourado levantar-se e sua armadura quase brilhou de tão magnífica que era. Watt levantou-se junto, quase que automaticamente. Ele segurou no braço do homem e sussurrou algo em seu ouvido. Aerus nunca soube o que era.
Quando Seth entrou no campo de batalha todos os Pokémons aplaudiram. A tensão presente na equipe aumentou, ninguém nunca vira aquela lenda em ação, com exceção do próprio Aerus e Watt que sabiam o quão poderoso ele era. A respiração de Beliel até ficou mais pesada.
— Vencê-lo não constava em meu contrato, Seth. Acho que vou pedir um aumento — disse o Houndoom com uma risada.
— Não se preocupe, caro amigo. Estou aqui somente para acertar as contas com um velho conhecido, mas infelizmente terei que derrubar aqueles que ficarem em meu caminho.
— Pena — disse o Houndoom. — Pois eu estou na sua frente.
Seth estendeu um dos braços para o alto e fez um corte como se fosse uma espada. Aerus lembrava-se muito bem daquele golpe, era difícil alcançar o Dragonite em movimento e derrubá-lo parecia praticamente impossível.
— Dragon Dance.
Seth aproveitava aquela ocasião para aumentar a sua força. Os narradores pareciam nervosos, e Aerus usava aquele instante para estudar o máximo que pudesse de seu inimigo, mas não conseguia! Conhecia tudo que Seth era capaz, não havia segredos. O Garchomp suava, só o fato de saber que ele teria de enfrentá-lo já lhe dava um frio na barriga que Aerus tentava não mostrar.
— Dragon Dance.
Beliel atacava com todas as artimanhas que possuía, todas as técnicas e poderes, mas nada conseguia derrubar o cavaleiro dourado. Ele sabia bem que era uma batalha perdida, então tudo que poderia fazer era tentar dar uma vantagem aos próximos participantes.
Seth vestiu seu elmo de ferro e encarou o Houndoom.
— Estou pronto.
Com uma velocidade impressionante, Seth avançou e fez um único golpe em direção de Beliel. Era o ExtremeSpeed, tão rápido que nem mesmo as câmeras puderam acompanhá-lo. A velocidade fez com que muita poeira levantasse, pedras se moveram e o concreto no chão trincou. Beliel fora derrotado, e os dois lados da Fire Tales voltavam a ficar de igual para igual.
— Minha vez — falou Aerus.
— Ainda não — General colocou a mão em seu ombro. — Guarde suas forças, precisaremos de você antes do fim. Não se preocupe, ele pode ser mais poderoso do que nós, mas não tem a mesma experiência.
Em contrapartida, Mikau foi em direção de Aerus e atiçou suas vontades.
— Eu posso acabar com ele. Meus projéteis são de gelo, dragões são fracos contra gelo. Deixe-me entrar lá e acabar com isso.
— Desculpe, Mikau. Essa é uma luta mais complexa e exigente do que apenas vantagens e desvantagens, há muitas ligações intensas aqui, onde amizades e objetivos prevalecem — explicou-lhe Aerus. — Eu o impedi de lutar para que não machucasse ninguém, e não mudei de opinião. Eu não permito que você entre nessa luta.
Mikau deu de ombros e saiu de lá procurando conter sua raiva.
— Bom que você saiba disso, porque eu não teria me segurado, nem mesmo se fosse com ela — disse o atirador olhando na direção de Milena lá longe. — Pelo menos o Vista também não entrou, acho que é melhor os dois gigantes da guilda não entrarem para não terminar isso em tragédia, mas já que não deixou que eu participasse, acho que só nos encontraremos lá na frente.
— O que quer dizer com isso? — indagou Aerus.
Mikau foi caminhando para fora da arena sem nem ver o resultado. Antes de sair, olhou para trás e sorriu:
— Só me chame quando for para matar. Você ainda vai precisar de mim antes do fim.
— Certamente irei — correspondeu Aeurs. — Não agora, mas depois.
— E você ainda agradecerá por ter um monstro na equipe.
E por fim, partiu.
General entrou na batalha, e Aerus tentou estudar ao máximo o que ele planejava. O Dusknoir era um Pokémon defensivo, e em momento algum tentava investir contra o Dragonite. Somente então Aerus compreendeu que ele preparava o cenário para a verdadeira batalha que aconteceria.



— Will-O-Wisp. Inflige o status Burn, queimadura. Diminui a força do oponente pela metade. Trick Room. Os mais lentos se movimentam primeiro — comentava Vista a cada movimento. — Com a força atual de Seth, nada poderia detê-lo. Aerus Draconeon, agora você tem uma chance.
Aerus viu que General fora derrotado por um soco no abdômen, o que atordoou bastante desde a luta contra Atomico há tanto tempo, uma vez que o veneno ainda podia ser sentido em seu corpo e aquilo o limitava de lutar como fazia quando era mais jovem.
O militar segurou num dos braços de Aerus e chamou-lhe a atenção para os desafios que estavam por vir.
— Você tem de derrotá-lo. Tem de provar que é o dragão mais poderoso dessa região e tem que honrar tudo que construímos para chegar até aqui. Não me importa se este é o homem que te derrotou uma vez, nem que ele seja uma lenda, um ídolo, um deus. Você irá derrubá-lo.
Aerus ativou suas lâminas e deu os primeiros passos em direção da arena. O povo delirou por terem tido a chance de ver aquela batalha que vinham esperando há tanto tempo.
A capa de Seth esvoaçava ao vento, não haveria outra chance de ver aquilo acontecer.
— Eu treinei para esse momento, mas dessa vez não é pela Fire Tales, é pelo ego. Por nossos objetivos, sonhos e ambições. Eu vou derrotar o Seth, custe o que custar.
Os dois dragões se encontraram no campo de batalha, e a tensão tomou o ar.
— Aerus — chamou o dragão dourado. — Desta vez é de lenda para lenda, e apenas um entrará na história.
— Já deixei a minha marca, Seth.
— Desta vez não haverá quem nos impeça de chegar ao limite. Não carrego mais aquela Iron Ball, então, seu valioso terremoto torna-se inválido.
— Não preciso do Earthquake, não quero colocar a vida de todos os outros que assistem nossa batalha em risco, e tem mais, estou guardando esse golpe para derrotar a Titânia. Se eu não conseguir derrubar você, como espero chegar ao meu prêmio? Você é o último obstáculo antes da fase final, e não estou disposto a perder a essa altura do campeonato.
Dado o início da disputa, Aerus ativou suas lâminas e partiu fazendo um corte lateral na altura do peito de Seth. O cavaleiro segurou firme com sua armadura pesada, e no mesmo instante atacou-o numa velocidade incrível com o Extremespeed. A queimadura feita por Beliel e realçada por General doía, ele já não se movia com a mesma facilidade por conta do Trick Room. Aerus tinha de ser rápido, ou a magia perderia seu efeito.
Com seu braço assumindo uma espada, os dois dragões se atacavam e cortavam o ar com seus golpes intensos.
— Nossas habilidades chegaram no mesmo nível com nossas lâminas. Estou impressionado.
— Você ainda não viu nada, Seth! Stone Edge!
Aerus cortou o chão e uma explosão de pedras partiu para cima do Dragonite, mas Seth destruiu todas as pedras que pegaram fogo, derretendo a rocha como se fossem feitas de papel.
— Fire Punch — comentou General ao longe, examinando a batalha. — Tome cuidado, Aerus. Ou aquilo também pode deixar uma queimadura séria.
Os dois dragões estavam ofegantes.  Seth já participara de duas lutas, e Aerus parecia ter participado de todas elas, como se cada membro derrotado fosse um tiro em seu coração.
— Você cresceu — afirmou o cavaleiro.
— Lembra do Gabite encrenqueiro que conheceu na Ilha de Ferro? Pois é, ele ainda vive dentro de mim, continuo o cara mais folgado da região, mas agora estou três vezes mais forte.
— Só vou acreditar se você provar — Seth retribuiu com uma risada bem séria.
Aerus fez outro corte na altura do peito, e dessa vez Seth foi surpreendido por uma brecha que abriu-se em sua armadura impenetrável. O cavaleiro dourado tinha uma rachadura singela naquela mesma região desde a última luta entre os dois, e Aerus utilizara aquilo como vantagem. Seth sentiu a dor de ver seu próprio sangue e ajoelhou-se, extasiado.
— Essa armadura... Era indestrutível.
— E você costumava ser chamado de o Invencível, Seth. Como pode ver, gosto de provar o contrário de tudo.
Seth atacou-o com seus punhos, segurou numa das pernas de Aerus e quase o lançou para fora da arena, mas o dragão saltou numa das plataformas e pegou impulso para voltar sem vacilar ou ser desqualificado.
— Não serei eliminado dessa forma. Sem desistências, sem normas. A luta de hoje só termina quando um dos dois caírem. 
— Entendo — respondeu o guerreiro. — Então venha, e enfrente-me com tudo que tiver.
Aerus retirou os óculos escuros e seus olhos brilharam num dourado intenso, exatamente como a armadura de seu adversário. Já os olhos de Seth por baixo daquele capacete eram como esmeraldas, puros, honestos, simplesmente perfeitos. Ele por sua vez também jogou seu elmo no chão e seus olhos brilharam.
Os dois partiriam e usariam o mesmo golpe para finalizar aquilo. Seth havia ensinado Aerus a controlar sua força e libertá-la em seu limite. Os dois fizeram os mesmo movimentos, mesmos olhares. Cada qual em seu lado, lutando por seu ideal, naquilo que acreditava. Com uma forte explosão de ambos os lados, Seth sentiu sua armadura rachar e Aerus seus próprios ossos trincarem. O Outrage criou uma onda de energia que ofuscou a visão de todos na platéia ao redor, chegando a derrubar pessoas e uma torre ali perto. Muita fumaça se dispersou e, ao término da batalha.
Seth continuava de pé.
General não falou nada, estava estático pela força de ambos. Os membros remanescentes da Fire Tales olhavam para aquele resultado perplexos. Aerus continuava com as duas lâminas ativadas nos braços, mas não cedeu. Quando olhou para trás, o braço de Seth relaxou e sua capa rasgou-se de uma ponta à outra.
— Perfeito.
Seth ajoelhou-se no chão e caiu, como um herói.
Aerus respirava com dificuldade, estava muito machucado, mas havia alcançado a vitória. Os Pokémon comemoraram, todos pensavam que aquela batalha havia chegado ao fim quando Watt levantou-se de seu aposento, limpou as calças e alongou os braços.
— Bem, minha vez. Como nos velhos tempos, irmão.
A batalha ainda não tinha terminado.



O povo aplaudia, e no fim das contas estavam apenas os dois irmãos, Luke e Lukas Wallers.
Dawn berrava até sua garganta doer, sofria a cada golpe e perda, só queria que a batalha terminasse. A própria Paula estava sem fôlego, nunca vira uma Liga Pokémon tão intensa quanto aquela em sua vivência infinita naquele mundo. Em algum lugar dali, Marshall assistia seu garoto crescer e Erick observava seu discípulo. A arena estava mais cheia do que se esperava nas finais do campeonato, os ingressos vendiam como água. Em sua cadeira, Walter os observava como um rei, um imperador dos tempos antigos que vê dois gladiadores lutarem até a morte. Daquela arena, apenas um sairia vivo, por dentro.
— Pivete, você me surpreendeu — admitiu Luke. — Derrubou alguns de meus Pokémons mais poderosos, me encurralou até que eu não tivesse mais saída. E aqui estamos. De inicial para inicial.
— Pachirisu e Gible. Nossa, já passou tanto tempo... — Luka revelou um sorriso sereno, mesmo na tensão da batalha. — Pode parecer que não, mas meu amigo também evoluiu nesse tempo.
Luke assentiu.
— Todos nós evoluímos. Saímos como crianças de nossa cidade, e nos encaramos hoje como homens. É a última batalha da jornada de um dos lados. Os sonhos continuam, novos virão, e outros cairão no esquecimento; mas poderemos ter certeza que lutamos até o fim!
O Garchomp de Luke estava muito ferido, quando encarou o pequeno Pachirisu do outro lado sabia que nunca poderia julgá-lo. O conhecia melhor do que ninguém, sabia do que Watt era capaz, e não falharia depois de chegar até ali. Aerus estava de joelhos, ergueu a primeira perna e depois a segunda, quando finalmente levantou-se seus braços estavam prontos como um guerreiro levanta sua espada antes de cair.
Lukas deu a primeira ordem.
— Pachirisu, avance com o Super Fang!
O Garchomp sentiu a mordida em suas escamas, e estava impressionado com a velocidade do esquilo. O efeito dos poderes de General já desaparecera, ali somente suas técnicas contariam. Quando Aerus tentava golpeá-lo, era surpreendido por esquivas rápidas na tentativa de atacá-lo pouco a pouco, fazendo-o gastar suas poucas energias e vacilar.
Luke continuava tenso, os dois últimos Pokémons estavam em campo. Os olhos de Watt ficaram brancos e uma explosão de luz o tomou, partindo em direção do dragão. O Return era um golpe que ficava mais intenso conforme o nível de amizade, e o de Lukas não poderia ser maior.
— Swords Dance!
Aerus ativou suas lâminas que dançavam e o faziam preparar-se para o que estava por vir. Aerus fixou seu alvo, e quando Watt partiu para cima dele o dragão fez um corte profundo no esquilo.
O Pachirisu estava caído no chão. Não importava quanto tempo passasse, Aerus sempre seria seu irmão mais velho e teria a razão. A palavra final. Seus golpes elétricos não surtiam efeito, por mais que seu oponente já tivesse a força completamente limitada, não havia como ganhar. Os dois tentaram lutar além de suas forças, mas já estavam cansados daquilo. Watt descansou sua cabeça no concreto, e o Garchomp esticou-lhe o braço.
 Eu dei o meu melhor, irmão...
— Nós dois demos.
A batalha havia chegado ao fim.
Lukas gritou como se fosse o primeiro a comemorar. Parecia que era ele quem tinha ganhado a batalha. Luke estava imóvel diante da maior batalha de sua vida, nunca teria imaginado um final como aquele. Até mesmo Walter Wallers levantou-se para aplaudi-la de pé.
— Você ganhou, você ganhou! — dizia Lukas com lágrimas de felicidade em seus olhos. — Mal posso acreditar, irmão. Você foi incrível! Você venceu!
Luke estava com os olhos perdidos sem acreditar naquilo.
Seu Garchomp não comemorou, ele foi em direção do pequeno esquilo e o carregou no colo. Watt tremia um pouco, e com a voz cansada foi como se fosse possível ouvi-lo.
 Apesar de todo o meu treino, não fui capaz de vencer você, Aerus...
— Não importa, irmãozinho. Você sempre será um vencedor!
O dragão colocou-o em seu ombro, e juntos eles alcançaram o topo, comemoraram juntos, chegaram até ali como vencedores e sairiam como vitoriosos ainda mais dignos. Watt acenou, sentindo-se o verdadeiro campeão. Dera tudo de si e provara que mesmo a menor e mais insignificante das criaturas poderia fazer frente a um gigante como Davi e Golias. Ele tinha orgulho de sua coragem, e sua coragem o tornou um vencedor. Seus olhos foram se fechando até que o esquilinho adormeceu nos braços do dragão com um sorriso de canto em seu rosto.
A Fire Tales sofrera muitas derrotas, mas era a maior vitoriosa daquele torneio.
Em um dos camarins, com sua armadura prata cintilante, ela assistia à tudo. Ao término da batalha, ajeitou-se em seu trono de ferro para examiná-lo com mais atenção. Observou bem aqueles olhos verdes tão apaixonantes e que a faziam sentir tão falta. Com aquele resultado, estava certa de que a espera logo terminaria.
Eu o esperei entre os melhores, Luke Wallers. E os melhores estão prontos para recebê-lo.

      

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  1. Nossa, tô até calado depois de ler isso... Não é todo capítulo que me faz ficar assim...
    As lutas foram extremamente fodásticas, destruidoras, matadoras e lindas... Ainda assim, fica um clima tenso... É, tô me sentindo como o povo da FT (sim, me coloco na guilda depois desse tempo todo vivendo com eles...), feliz que a luta acabou, esperando por semana que vem, com o brother Stan botando para quebrar com seu destruidor Torterra abalando tudo e todos! Ah, voltando a animação! kkkk! Semana que vem a arena irá pelos ares! Será MUITO FODA!
    Mas guardemos a animação para o decorrer da semana. Esperemos o marasmo tenso do capítulo dessa semana passar. Vamos digerir o quão foda foi isso! Nossa, e como foi foda! Canas, com a chatisse que tenho, venho informar que o senhor não só melhorou a escrita nesse decorrer da amada Sinnoh (1004 postagens! YAY! Congratz!), mas também melhorou a forma com que está transmitindo as ideias, as emoções. Hoje o senhorito ganha de lavada de muitos escritores atuais, sendo que tá fodástico! Simplesmente fodástico! Nó, todo dia que vejo postagens fico admirado com a melhoria! Tinha que falar isso, sei lá por qual razão, mas senti que precisava falar, pois o senhorito vem alegrando seus leitores já por muitíssimo tempo.
    Mas, deixando o sentimentalismo barato de lado, vamos discutir os assuntos sérios. Essa semana foi a semi-final ou as quartas de final? Semana que vem será a penúltima ou a última batalha antes das batalhas contra a magnífica Elite? Digo, as batalhas que poderão facilmente destruir o continente... kkkk!
    E como o senhorito fará? Vai ter um espaço de tempo entre as finais da Liga e a batalha da Elite para ocorrer o Grande Festival? Como Nicolete fará?
    Enfim, pra quem que nada ia falar, acabei falando muito. Mas foi surgindo animação, depois de ver essa luta fodástica, em que ambos lados aprenderam muitas coisas, depois de começar a digeri-la.
    Mas vou me ir. Já falei demais (novidade...)
    Adieu,
    Moacyr

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  2. Diga ae, Grande Moa! É muito bom poder contar com esse incentivo, quando penso que minha escrita já chegou ao máximo ouvir elogios é sempre bem vindo, isso nos motiva a continuar melhorando e dando o nosso melhor. Acho que depois de todo esse tempo todos nós acabamos fazendo parte da Fire Tales, não? O que antes começou como uma brincadeira tomou medidas enormes, quando escrevo sobre esses personagens é como se eles fossem parte de mim, as coisas fluem de uma maneira inacreditável! E ainda assim, descrever cada linha dessa batalha foi como uma estaca no peito... Eu gostaria de dizer que o pior já passou, mas não. Na verdade está só para começar.

    A batalha contra o Luke e o Lukas foram as semi-finais mesmo. Sou horrível para definir esse nomes, só conheço quartas de final, semi final e final, rs. O próprio Luke vai brincar semana que vem e falar: Ué, mas não acabou? A batalha de hoje tinha tudo para ser digna das finais, quando no fim das contas, o verdadeiro adversário dele será ninguém menos do que... O Esquecido. O Ignorado. O completamente irrelevante, que no fim das contas irá erguer-se das cinzas e mostrar porque conseguiu chegar até ali, e com méritos! Não será uma batalha tão incrível quanto esta, mas é uma daquelas que a gente bate no peito e fala: Esse cara é foda, lutou até o fim. Esse cara tem o meu respeito.

    Bem, vou deixar esse mistério para descobrirmos o que vem depois da Liga Pokémon! Será que vou cortar o grande Festival? kkkkkkkkk [Afinal... O Canas adooora Contests, né?] Mas tudo que posso dizer é que depois que essas lutas terminarem, aí sim a pancadaria de verdade começa. A Liga era só a pontinha do iceberg, só um treino para o que vem depois. Ehh, já vou ir preparando o coração e a cabeça, passarei algumas horas de pé para tornar esses capítulos perfeitos. Enfim, valeu pelo comentário, grande Moa! Seu ingresso nas finais já está garantido, e ainda tenho algumas surpresas até lá, aposto que vocês vão curtir kk Abração!

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  3. Nossa, esse capítulo me deixou boquiaberta, sem saber direito o que falar. Mas vou tentar me expressar. Posso dizer que foi simplesmente fantástico, cada luta uma melhor do que a outra, descrições impecáveis... Concordo como Moacyr, a cada capítulo que passa você escreve cada vez melhor e está sempre se superando, agora sim posso dizer isso, porque essa semana comecei a ler os primeiros capítulos e já estou no 10, e dá pra perceber essa diferença. E como estou vendo a data das postagens dos capítulos e a do primeira da FT, pra saber quando começar a ler, fiquei surpresa ao ver o quão antiga essa guilda é.
    E mesmo não tendo visto o início e a acompanhado durante todo esse tempo, já sinto um carinho enorme por esses pokémons. E imagino como foi difícil pra cada um deles lutar contra um amigo, mas mais difícil que isso, pra mim, é lutar contra o namorado ou namorada, quando o Chaud e a Eva se enfrentaram, fiquei com o coração na mão, por eles. Mas quem parece não ter esses sentimentos é o Mikau, cara, parece que ele não tem coração.
    Eita, Nícolas, se já foi difícil ver alguns integrantes perderem, imagino como você irá se sentir daqui pra frente. Não quero nem pensar em como será, porque tenha certeza que você conseguirá me fazer chorar.

    Luana.

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  4. Diga ae, Luana! Ah, então é você que está dando uma olhada nos capítulos antigos? Através das estatísticas do Blogger posso manter o controle do acesso nas postagens, então eu vi que estavam surgindo muitos cliques nas antigas. Sempre fico feliz quando vejo alguém voltando para ler esses episódios iniciais! Só de lembrar deles fico com vergonha, e ao mesmo tempo, orgulho. Minha escrita era horrível, mas eu não teria coragem de voltar para revisar esses episódios. Gosto deles assim, cheios de erros e coisinhas bobas. É a prova de onde eu melhorei, uma forma de voltar atrás e contar uma história de como tudo começou, sabe? Fico feliz que esteja lendo esses capítulos e curtindo, aposto que você vai gostar ainda mais dessa galera depois de conhecê-los melhor!

    Se você ir ao primeiro capítulo dos FT verá que alguns Pokémons nem eram chamados pelos nome. Por exemplo, durante muito tempo o Aerus era tratado como Gabite, o Marco como Mothim, o Watt como Pachirisu e por aí vai. Demorou bastante para eu fixar os nomes na mente dos leitores, é até engraçado notar essa evolução, tantos erros e acertos kkk Um caso que você vai achar bem interessante é o Mikau, quando ele aparecer na fic lá por volta do Capítulo 26 e no FT 7 você poderá ir conhecendo melhor a mente dele, e entender porque ele ficou desse jeito que é hoje. Acredite, o Mikau era um bom menino, um personagem amável e bondoso. Olha só o que ele se tornou kkkkkkkkkkk Alguns leitores não acreditam nessa mudança tão drástica!

    Ahh, e nem me fale de chorar, tenho certeza que eu também irei quando eu for escrever os episódios finais kkk Os Fire Tales serão a peça fundamental daqui para frente, e vê-los em ação em seus momentos finais será como uma despedida para todos nós. Bem, espero que continue se divertindo com os primeiros capítulos da fic, e que você dê muita risada com as histórias bobas e a escrita tão bobinha que eu utilizava kkkk Pelo menos é possível acompanhar essa minha melhora, mas nossa, nem sei a partir de onde que eu mudei tanto! Acho que qualquer dia desses vou voltar e ler tudo de novo para ver como as coisas eram kkkk Beijos, a gente se fala!

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  5. Sem tempo. (vida corrida a de hoje, não?) Vou ser rápido.
    O que eu achei do capítulo? Simplesmente INCRÍVEL, tem direito até a essa carinha: *-*
    As batalhas foram épicas, nossa, queria ter mais tempo para comentar, eu poderia escrever umas vinte páginas analisando cada linha, mas eu compenso no próximo capítulo, até lá Canas!
    De: Firewall
    P.S.: "Eu ainda estou de ouvindo." essa frase é ÉPICA!!
    P.S.S.: Watt, sou teu fã!

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  6. — Pachirusu, avance com o Super Fang!
    Pachiruso, tá certo

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  7. Diga ae, Firewall. Nessas férias as coisas por aqui também andam extremamente corridas, parece até que estava mais tranquilo enquanto eu tinha minha rotina padrão na facul kkk Valeu pela presença companheiro, e também já ajeitei esse errinho de digitação no nome Pachirisu que o colega Anônimo indicou. Foi só falta de atenção mesmo, valeu pelo toque. Até mais, galera!

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  8. Hoje, aprendi uma coisa. NÃO CONSIGO FICAR CALADA QUE NEM O MOACYR! MEU DEUS DO CÉU, AERUS ACABOU COM O POBRE DO WATT, A JADE BOTOU PRA QUEBRAR, CHAUD OWNOU, LYNDIS ESMAGOU TODO MUNDO, SETH MOSTROU MAIS DO SEU PODER, LIEL PROVOU QUE OS CEGOS TAMBÉM MANJAM... FOR ARCEUS'SAKE, ISSO É DEMAIS PRA MIM *-*

    *Respira* OK, acho que já posso comentar. Meu deus, cara. Nem na Elite dos Quatro do meu White 2 eu conseguiria uma batalha tão épica! NUNCA. NUNCA, NUNCA. Fui obrigada a ouvir minha música de QUANDO A COISA FICA SÉRIA: Eh? Ah, Sou; 96Neko Version. (Não achei His World pra baixar ainda ;-;)

    JEZUIS, EU SABIA QUE O AERUS IA GANHAR, CARA, MESMO ASSIM, ADMITO QUE NO FINAL, EU TORCI PELO WATT. EU TORCI A BATALHA TODA PELO LUKE, MAS NO FINAL EU TORCI PRO LUKITAS! Magina a Vivian vendo essa batalha o_o Deve ter tido um Heart Attack xD

    Ainda assim, Canas, você me humilhou, cara. E eu me achando porque a minha fic de jogo de terror tinha quase quarenta favoritos... Poxa ;-; CÊ HUMILHA, CANAS. Você merecia ganhar do Seth: O treinador lendário da Titia Litos que você treinou pra ganhar mas não batalhou contra ele. *Aplaude*

    Aaah, eu tive mais uma chance de ver como as artes estão maravilhosas. Minha favorita é a da Eva, de fato. Simples, com poucas cores, mas ainda assim, dá pra ver que... É uma arte digna de Sailor Moon + Pokémon. *-* Até porque ela ficou mais fofa assim *-*

    Mas manolo................ A conversa de Lukas e Luke no começo foi bem bolada :3 Parabeins pelo capítulo, canitas :3 Seu pônei maldito de peruca :3


    SAYO!




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  9. Diga ae, Juh! É muita coisa para uma luta só, por mais que eu quisesse fazer algo pequeno eu sentia que cada Pokémon precisava mostrar o máximo de si. Torcer? Poxa, acho que não torci pra ninguém, cada luta doía em mim, e ver meus próprios personagens sendo derrotados pelos amigos foi uma sensação horrível. Acho que no fim das contas eu torci e não torci, afinal, de uma maneira ou de outra a Fire Tales saiu vitoriosa ao menos, não? Espero nunca mais passar por isso, colocar amigos contra amigos, isso é pior do que batalhas contra gigantes e monstros intergalácticos kkk

    Hey, 40 favoritos em uma fanfic é coisa pra caramba, Juh. Tenha muito orgulho dessa conquista! Se mais tarde você escrever um de Silent Hill com o Pyramid Head ou de Amnesia, me dá um toque vou querer ler kkk Morro de medo de filmes de terror, mas não poupo a curiosidade, gosto muito desse gênero literário. Ahh, qual é, aquela batalha que eu perdi contra a minha irmã deve fazer 12 anos, na época eu ainda jogava Pokémon Ruby e matava qualquer Pokémon só pra ganhar EXP. Não tem como comparar... Mas hoje eu ganharia, fácil. OUVIU, LITOS?? Estou te desafiando!! Você roubou minha honra, e eu a quero de volta!! kkkkkkkkkkkkkk Valeu pelo comment ae, Juh! :3

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  10. Você tá maluco cara, isso não existe! Não pode existir! Em que mundo eu imaginaria ver uma batalha tão insana, tão alucinante, tão... Sei lá! Olha, é melhor parar com essa zoeira, antes que eu acabe tendo um ataque cardíaco!

    Pode ser que eu já tenha falado isso antes, mas como você sabe o futuro sempre traz coisas melhores. E de todas as batalhas que eu vi até hoje, esta foi com certeza a melhor. Mas ainda não acabou. Você ainda tem que superar esta, e eu quero ver o encontro de Aerus e Titânia ser a prova de que você ainda tem um truque escondido na manga.

    E uma das maiores lições que levamos desse capítulo é algo que eu sempre levei junto comigo. Honrar o adversário. Se segurar ou não comemorar uma vitória é um desrespeito com os seus oponentes, sejam eles quais forem. Honre seus adversários, dê tudo de si, entre pra vencer e no fim comemore como se fosse a maior conquista de sua vida. É uma forma de dar valor àqueles que colocaram seu talento à prova.

    Agora o Luke é finalista da Liga! Só mais um degrau, e um de seus grandes sonhos estará realizado. E dali em diante só faltará a Remarkable Five, com suas respectivas guildas.

    Eu mal posso esperar cara. Eu vejo que a sua inspiração está a mil! Vai com tudo, e dê à Aventuras em Sinnoh o final que ela merece!

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  11. Eu gostaria de começar esse comentário dizendo que, das 74 músicas que estou atualmente ouvindo, assim que começou a batalha, minha playlist caiu em um remix da soundtrack de Majora's Mask chamado Terrible Fate. Terrible. Fate. Amo essa minha playlist -.-'' (pior é que combinou tanto que deixei no repeat, yep)
    Okay, sobre o capítulo. Poxa, cara, pq não me avisou antes do clube Eu odeio Luke Wallers, eu teria entrado antes >: Porque né, agora não consigo mais. Ele realmente cresceu muito. E o diálogo dele e do irmão foi incrível, justamente o que o Lukas precisava ouvir. Ele nunca conseguiria se considerar vitorioso se ganhasse porque o irmão desistiu, ou ainda porque ele não deu tudo de si.
    E confesso que estava como os integrantes da FT. Sim, a luta foi épica, foi incrível, foi pra colocar adrenalina na veia de todo mundo..... Mas eu não conseguia comemorar. Estava meio que dopada, sabe? Era uma batalha entre amigos. E isso dói, sempre dói.
    Ainda assim, adorei Marco demonstrando que realmente se fortaleceu, e curti muito a batalha da Eva (eu já disse que amo pokés psíquicos? <3 ) Beliel e Al Capone também foi fantástico (ataques das sombras sempre serão meus preferidos, sem dúvida alguma) Mas aquela saída do Mikau...... "me chame quando for para matar" não, aquela minha tese não pode estar certa, não pode ç.ç
    E O FINAL, PQPQPQPQPQPQPQPQPQPQPQPQPQPQP, AQUI JAZ ANNE

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  12. É, eu entendo o drama do Lukas. Afinal, e se ele ganhasse? Ele ainda tinha o Grande Festival, mas o sonho do Luke era a Liga. E se ele ganhasse? O Luke foi bem maduro ao fazê-lo lutar de veradade. Afinal, se precisava da piedade do próprio irmão, não estaria mesmo à altura do desafio, não é? kkkkk

    Um fato: A Jade não ia parar mesmo a não ser que estivesse morta no chão. KKKKKKKKKKK Tive que rir nessa parte, cara. Por sorte ela tem um par assustador como o Yoshiki pra vingá-la. E ow, e essa maravilhosa Lyndis sarada e cheia de força de vontade? ♥_♥ kkkkkkkkkkk Só um Chaud com todo o seu conhecimento e resistência para parar ela. Maaas, como ninguém é perfeito, a Eva também cumpriu direitinho seu papel quase superando o professor Huaheuaheu Adoro ver ela usando os poderes psíquicos dela, man *-*

    São tantas personagens, tantas histórias para colocar um ponto final em apenas uma batalha... Quero dizer, a Elite 4 que vai ser o ponto final, mas tem algumas rivalidades (ou amizades) que queríamos ver pegar fogo na Liga, e finalmente cheogu o momento. O Al e o Beliel são um exemplo. Desde a luta deles na Iron Island aguardávamos um possível momento em que viessem a se enfrentar de novo. E man, embora eu acredite que a essa altura, nos Supports e especiais, Karl e Lyndis já se tornaram quase um casal, eu não deixo de shippar Lyndis e Beliel, desculpe kkkkkkkkk E, afinal de contas, depois de uma batalha lendária como a do Seth e do Aerus, precisávamos ver como seria irmão VS irmão, usando irmão VS irmão kkkkk E o resultado foi fantástico. A batalha cheia de adrenalina, em um combate Fire Tales VS Fire Tales. Está de parabéns, man! Não há quem saia com fôlego dessa batalha!

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