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- Capítulo 96 (Parte 1)
Posted by : CanasOminous
Jul 25, 2014
Ilustrações do Mangá feitas por Nyx.
Luke Wallers estava diante da Terceira Casa, comandada por Mark, o
membro da Elite que liderava os espíritos do além através dos Ghost-type. O som fúnebre de seu piano
era ouvido mesmo de longe, e o rapaz não parou de tocar mesmo quando seu
desafiante chegou. Apalpava cada tecla como se fosse o corpo de uma mulher que
requer um cuidado especial para ser manuseado, sua melodia transmitia a triste
melancolia de um homem que tinha tudo para ser feliz, mas escolhera um caminho
obscuro e solitário.
Dado o som de sua última nota, ele ergueu os olhos em direção da única
luz dispersa na escuridão.
— Eu lhe disse para que recrutasse os melhores, se
quisesse ser o melhor — disse Mark com a voz séria. — E você cumpriu sua tarefa
com perfeição. Enfrentou gigantes, derrubou fronteiras, perdeu amigos, e
expandiu sua experiência.
Ao virar-se, ajeitou suas vestes brancas que mais
pareciam ter saído direto de um hospício. Cruzou as pernas, e Luke permaneceu
firme do outro lado. Temia seu adversário pelo simples fato de no passado ele
ter sido alguém muito importante para ele, mas não mais. Não mais.
— Fiquei sabendo que você despertou uma doença rara,
conhecida como megalomania. Me diga, você se fez de doente, ou isso realmente
evidenciou-se dentro de você como uma vontade para conseguir tudo o que queria?
— Mark deu uma risada. — Você reuniu todas as peças necessárias para chegar até
aqui, e agora está na hora de provar se é realmente merecedor.
Àquela altura do campeonato não adiantava tentar
intimidar Luke Wallers com palavras. Um duelo de olhares se formava, não apenas
para passar adiante e seguir sonhos; mas por força, objeção, superioridade.
Mark tocou levemente sobre uma Dusk Ball em cima do piano e virou-se para o lado. O salão da
terceira casa era nefasto, sem cor, sem vida.
— Diga-me, o que tem a contar de sua viagem até aqui?
Como foi derrubar tantas outras pessoas que compartilhavam o mesmo sonho que
você, só para chegar até este ponto? O que sentiu ao destruir mil oportunidades
em busca apenas daquilo que você buscava? Vamos lá, prove para mim que valeu à
pena.
Pokémon P.O.V. (Point of View)
Ei, Sophie! Traz mais uma rodada de bebidas,
por minha conta!
Aerus despertou de seus pensamentos quando sentiu uma mão suave
tocar-lhe o ombro. Estava sentado em um canto vazio dos corredores que levavam
até os limites da terceira casa. O dragão olhou para cima e deparou-se com o
esquilo de pé ao seu lado. Watt o fitava, e parecia ter sentido tudo que seu
amigo sentira, como se de alguma forma estivessem conectados da forma mais
íntima possível.
O rapaz voltou a cruzar as mãos e encarar o chão, sem expressão ou
reação alguma.
— Eu não quero perder mais nenhum de vocês, irmãozinho.
Eu não suportaria, eu não posso, simplesmente não posso — repetia Aerus, claramente
assustado.
Aquele majestoso Garchomp, que parecia não ter medo de
nada, mostrava que dentro dele ainda existia a fraqueza de um Pokémon como
qualquer outro. Watt apoiou-se para ficar na altura do amigo.
— Faremos o possível para que isso não aconteça, certo?
Aerus sorriu.
— Você está cumprindo com a minha função. Eu é quem
deveria estar motivando meus companheiros — respondeu.
— Sim, e justamente por isso eles pedem para que você
se levante e os guie — disse o Pachirisu. — Mas quando você não aguentar mais
seguir em frente, lembre-se que eu sempre estarei aqui.
O dragão encostou lentamente a cabeça na parede. Watt
distanciou-se, e não demorou muito até que Aerus se levantasse também e o
seguisse.
Alguns membros da Fire Tales haviam ficado para trás.
Nem Al Capone, nem Lyndis e nem Karl ultrapassaram os limites da Segunda Casa.
Preferiram ficar por não encontrarem mais forças para seguir. Aerus respirou
fundo e estufou o peito. Olhou para os lados, pois sabia que tinha de mostrar
forças para seus amigos.
Só não sabia como seria difícil.
— General. — Sua voz chamou o vazio. Ele era o único
que saberia o que fazer. — General, onde está você?
Encontrou o homem sozinho, perdido em seus próprios
pensamentos. O cenário era um lindo palácio que se encontrava atrás de cortinas
de cor escarlate, mas uma sensação fúnebre era transmitida daquela arena. Difícil
dizer se o militar bolava estratégias de guerra para a batalha que se formava, ou
se simplesmente estava afastando todos os pensamentos de sua mente em um raro
momento onde poderia ter paz.
Aerus aproximou-se dele com a fronte baixa e as
esperanças abaladas. Por algum motivo ele sentia que precisava ter aquela
conversa com General, pois não suportaria a ideia de que eles pudessem perder
qualquer outro amigo naquela guerra. Ele não iria suportar. E General era
sempre tão... tão... forte! Quando a esperança desaparecia para todos à sua
volta, ele a trazia de volta amarrada por correntes de aço para que nunca mais
fugisse.
Aerus o admirava, acreditava nele mais do que em
qualquer outro, pois aquele homem não era apenas um revolucionário, e sim, o
líder dos líderes. O seu líder.
Sempre carregando no olhar o brilho de um homem que
caminha para a vitória. Não importava o que estivesse escondido por baixo da
visão que lhe fora retirada, General espantava todos os temores e só permitia
que os outros vissem aquilo que ele quisesse. Seriam vencedores. Seriam os
campeões, e nada poderia impedi-los.
O Dusknoir continuou caminhando rumo ao seu destino, e
Aerus nada pôde fazer além de ficar para trás e observar o que quer que esse
tal de destino planejara.
Logo uma mão tentou tocar-lhe por trás, mas fraquejou e
quase foi ao chão se General não tivesse tomado-a em seus braços. Surpreendeu-se
ao ver ali Glaciallis, a moça olhou fundo para o homem amava e falou com a voz
temerosa:
— Não me deixe — disse ela.
— Não deixarei — ele respondia com a convicção de que
aquilo jamais iria acontecer. Tão calmo, tão compenetrado...
— General, eu não suportaria a ideia de perdê-lo...
— E isso nunca acontecerá, minha querida — respondia o
homem com paciência. — O que realmente me aflige é a ideia de que você saia
ferida, e isso eu não posso permitir.
A Froslass levou as mãos até as do homem em um
inesperado ato de tristeza. Eles já tinham tido aquela conversa semanas antes,
dias... Mas a cena se repetia na véspera da batalha. Não importava o quanto
tivesse se preparado para aquilo, Glaciallis jamais poderia aceitar.
— Mas que doce ironia do destino, não?
A voz soou fria e melancólica. Quase que uma
provocação, do jeitinho mais maléfico que Mikau poderia se dirigir com
falsidade a alguém que não conhecia, e mesmo assim já odiava. Ali estava um dos
maiores temores de General até então. Se os fantasmas não sentiam medo, então o
homem em sua frente os faria mudar de ideia.
Vinha se preparando para o que teria de enfrentar na
Liga há muito tempo, e cerca de um ano antes de chegar ali, conhecera um homem
digno de ser respeitado e temido.
Ele era belo, tremendamente belo. Um dia deveria ter
sido um dos maiores e mais sensacionais revolucionários de seu tempo, até que o
sabor amargo da solidão tirou-lhe a vida. Cicatrizes, marcas, queimaduras, nada
lhe atormentava mais, se não a triste visão de algo que nunca encontrara. Talvez
por isso aquele homem parecesse o tempo todo angustiado, emergido em seus
pensamentos, sofrendo por... amor.
Ouviu-se a palavra amor ecoar diversas vezes no salão
vazio.
— Amor em pleno campo de batalha? Isso é tão doce... Há
quantos anos não me deparo com uma cena dessas? Ainda existe o amor nos tempos
de hoje? Meu final foi triste, frio e solitário...
O militar fez uma reverência.
— É um prazer revê-lo, Presidente Vargas. Temo que
seremos adversários nesta guerra, como havíamos previsto — disse o General
Castelo Branco.
— Nada tema, meu bom homem. A guerra é ampla e não
escolhe lados. Ela seleciona quem vai e quem fica, e se o destino nos trouxe
até aqui, que seja — a voz de Vargas tinha a tonalidade suave de uma cantiga de
ninar. — Não é justamente por isso que estamos aqui?
Haviam papéis de balas espalhados por todos os lados. O
pirulito que estava nos lábios de Presidente ia de um lado para o outro, o que
fez Glaciallis pensar como um veterano de guerra conseguia distrair-se com
doces em um momento tão sobrecarregado. Manteve-se escondida e intimidada atrás
do manto de General, preferiu nem prontificar-se, detestava guerras e batalhas,
odiava tudo aquilo. O palácio ao seu redor deixava o ar mais denso, aquele
ambiente cheirava à morte.
Logo, Presidente levou as mãos para trás e começou a
andar de um lado para o outro. Era o mandante da Terceira Casa, não tinha
pressa para começar e tão menos para acabar com aquilo.
— Eu o estive esperando, General. Eu sabia que um dia
viríamos a nos encontrar — dirigiu-se a ele com a maior sinceridade possível. —
E vejo que também trouxe companhia. O doce e terno amor... Quem é a sua dama?
Aquelas palavras soavam com o ar de ciúmes. Presidente
perdera sua mulher há muitos anos, e por conta disso odiava qualquer casal
feliz, especialmente quando a mulher tinha cabelos longos que lembravam tanto
os de sua falecida esposa.
Glaciallis esteve escondida por trás do manto de
General todo aquele tempo. O homem viera escondendo-a, não gostava que seus
adversários tivessem conhecimento de que ela era a sua fraqueza, e muito menos
que poderiam utilizá-la contra ele, mas a reação de Presidente acabou sendo
completamente diferente do esperado.
O pirulito caiu de sua boca ao deparar-se com aquela
cena, direto para o chão. Os olhos estavam arregalados, as marcas de expressão
se evidenciaram, e seu coração acelerou.
— Glade? — Presidente hesitava em seus passos, suas
botas pareciam não querer se moverem. — Glade, é você mesmo?
Glaciallis recuou a mesma quantidade, e General
colocou-se em frente dela. Poderia se dizer que o Presidente era naquele
instante um maníaco que faria de tudo para ferir o amor entre eles, mas em seus
olhos cansados não havia maldade, e sim, um sentimento que muitos já sentiram,
mas esqueceram da sensação. Uma paixão antiga, dos tempos de infância, onde
prevalece a ingenuidade e o alívio.
— Glade? Do que o senhor está falando? — perguntou
General, precavido.
As mãos do Presidente tremiam. A batalha nem começara,
e ele agia como se tivesse levado uma facada no peito.
— Glade, meu amor, sou... eu... Seu marido, seu
homem...
General franziu o cenho. Presidente elevou uma de suas
mãos enluvadas para tocar nas da moça, mas Glaciallis recuou assustada. Não
conhecia aquele homem, nunca o tinha visto, e ele falava com honestidade e
carinho como se a conhecesse há muito tempo.
— Desculpe-me, mas... O senhor deve estar a confundir
com outra mulher.
Os lábios de Vargas tremeram numa alegria incontida.
Queria tocá-la, mas não podia. Queria abraça-la, mas não chegaria perto.
Afinal, ela estava acompanhada de outro homem
— Glade. S-sou... sou eu.
— Do que você está falando, Presidente? — General
colocou-se em frente de sua mulher mais uma vez, elevando o tom da voz. — Como
pode conhecê-la? Como pode dizer-se amante dela se o tempo todo Glaciallis
esteve acompanhada de minha presença?
Em momento algum o militar pensou que o amor de sua
dama pudesse ter sido uma mentira. Glaciallis jamais o teria traído, ela estava
claramente confusa, então porque aquele homem, perdidamente apaixonado, dizia
palavras tão suaves como um jovem que finalmente cria coragem para declarar-se
diante de seu amor platônico?
Presidente ainda não encontrava palavras para dizer.
Ficava só repetindo a mesma coisa de sempre, como se só o fato de estar ali
junto dela já o fizesse bem.
— Glade. Glade. Glade. — Ele sorria, ignorando
completamente a presença de qualquer um entre eles. Havia apenas Glade ali. Sua
amada e falecida esposa.
Glaciallis recuou dessa vez assustada, balançando a
cabeça negativamente.
— Desculpe-me, mas eu não o conheço...! Não conheço
mesmo, me desculpe!
Presidente afastou-se, comovido. Levou a mão até seu
rosto e soltou uma risada bem baixinha, que logo tornou-se alarmante. Caminhou
em direção de um dos pilares e retirou dali uma rosa que nascia do concreto. Examino-a
com carinho antes de voltar a atenção para seus ilustres convidados.
— Uma vida inteira. Eu a esperei por uma vida inteira.
E quando este tempo acabou, ainda esperei por toda a eternidade. Eu nunca parei
de procurá-la, Glade. Eu nunca perdi a esperança.
Ele amassou a rosa, o que fez General colocar-se em
posição de alerta. Aquela conversa já estava tornando-se estranha até demais.
Presidente suspirou então e olhou para o alto.
— Nossa, quem diria... Eu encontrei.
Castelo encontrava-se tentado a não perguntar o motivo,
mas sabia que seu oponente esperaria uma indagação.
— O que o leva a pensar que esta mulher é mesmo a Glade
que procura?
— Falas como se não conhecesse o amor, General! Ame
para entender, é o que dizem. Você se encontra enfeitiçado, diz as maiores
besteiras, faz tudo por essa pessoa e encontra-se conectado de tal maneira que
ambas correspondem aos sinais — disse Presidente. — Não conseguem entender?
Glade é minha, e você a roubou de mim.
Glaciallis segurou mais forte no braço de General
quando viu o homem caminhando na direção de ambos com claros sinais de que sua
serenidade se esvaíra.
— Ela é minha! Minha.
Você a roubou de mim, homem!! Eu devia tê-lo matado na primeira vez que nos
vimos, eu o teria torturado por tantos anos que até mesmo a morte se esqueceria
de leva-lo!! — O republicano voltou sua atenção para a dama de gelo. — E quanto
a você, minha rainha. Eu teria lhe dado a vida pós-morte mais magnífica que
alguém poderia imaginar. Por que não me procurou? Por que não zelou por nosso
juramento? Por que?!
A mulher levou as mãos até sua cabeça tampando os
ouvidos, sem entender o que acontecia com toda aquela conversa.
— Pare, pare, por favor! Eu não entendo, do que o
senhor está falando?!
— Eu te amo, Glade, você sempre soube! — admitiu
Presidente.
— Pare. —
Foi a vez de General agir, e dessa vez, seu adversário intimidou-se. — Falas de
amor como alguém que realmente amou por muito tempo, mas se isso for verdade,
como poderia obrigar uma dama a amá-lo como se fosse sua prisioneira?
Presidente meneou a cabeça de leve, sorrindo
ironicamente. Apontou-lhe o dedo e então falou:
— Acho que já estendemos nossa apresentação tempo
demais em nossa introdução, meus caros. Irei mostrar-lhes que o amor sempre
vence, e Glade retornará para meus braços, onde sempre pertenceu.
Dois exércitos tomariam formação para iniciar a
batalha. General e Glaciallis viram Presidente distanciar-se e subir as
escadas, onde parou no topo dela e logo duas sombras surgiram ao seu lado. Ele
havia escolhido dois de seus melhores campeões, uma saudosa Mismagius e um
áspero Spiritomb que foi invocado de uma das tumbas ali presentes. Os dois
tinham a aparência austera e certamente vinham de tempos antigos, sabiam o peso
de uma guerra e principalmente como lidar com ela.
Presidente voltou a sentar-se em seu trono calmamente
ao falar:
— Sua vez de jogar, General. Prepare seus melhores
campeões, mas escolha bem, pois ambos vão morrer.
— Entendido — o militar respondeu, voltando junto de
sua companheira para onde os membros da Fire Tales os aguardavam fora da arena.
No caminho, General chamou a atenção de Glaciallis.
— Querida — General falou tocando nos ombros da mulher
com mais força e preocupação do o de costume, pois prezava por sua segurança. —
Não deixe que as palavras desse homem a iludam. Eu não sei qual era a história do
passado em vida de vocês, mas... se tudo der errado...
Ela levou sua mão fria e macia em direção do rosto
cicatrizado do militar.
— Não se preocupe. Eu não sei o que o Presidente quer,
mas não deixarei que nada de ruim aconteça. Sei como me proteger, você me
ensinou bem.
Mais calmo e aliviado, não demorou para que Aerus e os
demais viessem no aguardo de notícias.
— E então, cara? O que nos espera adiante? — perguntou
o Garchomp.
— Diga para que todos se preparem — respondeu General. — E quero que Beliel e Wiki compareçam aqui
imediatamente. Eu vou entrar nesta batalha, mas fiquem tranquilos, trarei a
vitória em mãos.
Do segundo andar do palácio, Presidente comandava os
seus exércitos com uma única função, clara e objetiva:
— Matem todos. Mas não ousem tocar um dedo na mulher.
A sua batalha estava prestes a começar.
Wiki e Beliel compareceram ao salão, pois haviam sido
os escolhidos pelo próprio General a participar daquela batalha. Diferentemente
das duas etapas que vieram antes, Presidente tinha seu próprio estilo de se
resolver uma disputa. Na terceira casa, uma verdadeira guerra era travada onde
três guerreiros mais poderosos de um lado eram escolhidos para enfrentarem os
três campeões do campo oposto.
— Só me pergunto onde está o exército de vocês —
comentou Wiki já animada, ansiosa por sua estreia na Liga e por começar a
descer tiro para todos os lados.
— Ele já vai chegar — respondeu General com toda calma
possível. — Estamos preparando-o.
— Espero que tenha uma boa estratégia ou muita
confiança em suas habilidades, pois convidou uma mulher e um cego para seu
campo de batalha — brincou Beliel, uma vez que o Houndoom sabia bem que aqueles
três estavam entre os mais fortes membros da Fire Tales.
General realmente fora ousada ao escolher Wiki, uma
Porygon-Z Normal-type em uma casa do tipo fantasma. Sua presença ali poderia
ser irrelevante, colocando-a em grave perigo, mas o militar tinha suas próprias
estratégias e sabia bem como lidar com elas. Não haviam contestações. Wiki e
Beliel foram chamados para fazer o que faziam de melhor: Destruir tudo ao seu
redor.
— Ah, eles chegaram — comentou General. — Nosso
exército está aqui, assim como o de nosso inimigo?
— Onde? — indagou Wiki já interessada. — Não estou
vendo nada, espero que tenha alguns homens bonitões vestidos de farda, seria
muita sensualidade para um lugar só!
Beliel podia não enxergar, mas tinha a audição melhor
do que ninguém.
— Tem algo vindo por baixo de nós.
O chão começou a tremer, e dali saíram corpos e
esqueletos como se o próprio tártaro abrisse uma fenda e libertasse seus
mortos. Wiki arregalou os olhos, espantada. Beliel sentiu-se em casa e
provavelmente deve até ter reconhecido alguns rostos por ali, General fora
sábio, ninguém melhor do que o próprio Cão do Inferno para assumir a linha de
frente.
General mantinha-se sério, pois Presidente também
reunira seu próprio exército. Corpos de homens de todas as épocas, desde os
períodos da revolução até a primeira e segunda guerra mundial. Trajes característicos,
vestes desgastadas e costumes regionais. Mortos como grandes homens que
ressurgiam com a mesma autoridade de seus tempos em vida. Fadados a guerrearam
para sempre e jamais descansarem, todos os espíritos e esqueletos ali presentes
responderam ao chamado daqueles que um dia os liderou.
Além de Wiki e Beliel, o militar providenciara seus
próprios líderes para comandarem seus exércitos. Dois deles aproximara-se de
General e bateram continência, faziam décadas que não se viam, mas todos
aqueles anos eles esperaram o chamado quando fossem requeridos.
Um deles vestia uma máscara de gás e atendia pelo nome
de Manstein, mantinha as costas curvas e não demonstrava emoções, sempre em
silêncio e observador. O outro trajava farda militar e também usava um tapa
olho, mas na visão oposta à de General. Era conhecido como Rommel, seus dentes
podres presos ao crânio permaneciam sorrindo enquanto ele tragava a fumaça do
charuto que vazava por todos os buracos de bala que recebera no dia em que fora
executado.
General recebeu todos seus soldados com um gesto de
afeto.
— É bom tê-los ao meu lado mais uma vez, meus caros.
— Você não mudou nada mesmo, seu bastardo! — disse Rommel
com uma risada oca, fora um dos principais e mais influentes de seus capitães. —
Castelo, você perdeu algumas boas guerras nas últimas décadas, sofremos tantas
baixas em nossas guerras do submundo que agora lutamos em cima dos corpos
daqueles que já deram sua vida e continuam nesta tormenta!
— Uma matança a mais é sempre bem vinda — acompanhou Manstein,
o segundo capitão no comando.
General não perdeu tempo tendo de dar explicações ou
ordens àqueles mortos-vivos. Eles sabiam o que fazer, e o faziam muito bem:
Estavam ali para matar. Wiki era a única mulher presente, e mesmo que gostasse da
ideia de estar sendo rodeada de tantos homens, ainda sentia-se estranha por
eles serem zumbis.
— Gente, melhor não ficarem me olhando por muito tempo,
não quero ser presa por necrofilia! — Wiki realmente estava começando a sentir que logo não conseguiria se conter.
— Apenas segure bem esta sua arma e dispare para todos
os lados. Nada que você nunca tenha feito, uma hora você acerta — respondeu
Beliel com os punhos em chama.
— E você é um dos meus candidatos, bonitão? — ela
perguntou com um sorriso gracioso, mas o Houndoom apenas balançou a cabeça e
voltou sua atenção para o exército que se formava do outro lado.
Presidente foi descendo as escadas degrau por degrau,
sempre pressa alguma. Seus soldados do período revolucionário mantinham-se
eretos e com a espingarda em mãos, aguardando as ordens de seu comandante.
Vargas era seguido de seus dois melhores guerreiros, Wiki já ficava de olho na
Mismagius enquanto Beliel mal podia esperar o momento de enfrentar aquele
Spiritomb.
General e Presidente encaravam-se de longe. Ambos por
motivos tão semelhantes, e ao mesmo tempo tão distantes. Não precisaram de
nenhuma ordem ou comando para dar início, as guerras simplesmente começavam
quando menos se esperava... E não demorou muito para ouvir-se um disparo alarmante
no silêncio que se encontrava. Wiki enfiara uma bala no meio do crânio de um
esqueleto da linha de frente. O corpo vazio caiu para frente e desfarelou-se,
restando apenas cinzas.
— Já chega de enrolação, galerinha. Eu quero ver é esse
lugar pegar fogo!
E assim, a batalha iniciou-se. Certa vez General ouvira
que nenhum relato era capaz de narrar uma guerra por completo. Nenhuma história
contaria o lado dos soldados que deram a vida para morrerem desconhecidos,
tornando-se apenas mais um número nas estatísticas, um mero acréscimo para as
grandes nações.
— “De que servem os nomes em uma guerra, que não seja
decorar um túmulo de mármore?” — General pensava, mantendo-se em silêncio a
cada passo que era dado e cada amigo seu que sucumbia.
Ah, sim, já passara por isso tantas vezes... Chegava a
pensar se seu coração não era feito de pedra. Dezenas caíam ao seu redor, mas
ele já não olhava. Não fazia diferença. Mantinha visão fixa em Presidente, que
residia do outro lado provavelmente com pensamentos semelhantes. Ninguém os
atacava, e se tentavam chegar perto eram destruídos no caminho.
Wiki realmente disparava tiros para todos os lados, mas
logo percebeu que suas balas não fazia mais efeito.
— Droga, por que será que o General me chamou para um
lugar cheio de fantasmas? Meus golpes nunca acertam! — A mulher resmungou,
desviando-se de uma espadada e dando um chute forte na cabeça de um esqueleto
que voou para longe. — Vou ter de me concentrar no Ice Beam e no Thunderbolt,
pelo menos desse jeito eu causo algum dano.
Beliel usava de seus poderes de fogo para incinerar
muitos dos inimigos. Os mortos detestavam as chamas e temiam, no inferno aquele
Houndoom conseguiria facilmente encontrar um emprego e ele nem fazia questão de
esconder que estava adorando aquilo. Do Fire
Blast ao Dak Pulse, nada escapava
de sua perseguição.
— Pursuit —
seus inimigos tentavam correr, mas não iam muito longe. Logo sua alma era
drenada para fora, e apenas um corpo vazio caía no cenário.
Eram tantos sons diferentes que Beliel não conseguia
parar de sorrir. Estava amando tudo aquilo, queria muito mais.
— General — chamou Manstein, o seu comandante que
vestia a máscara de gás. — Tivemos oitenta e seis baixas até o momento, mas os
reforços estão chegando. Saímos na vantagem.
— Excelente — o militar apenas assentiu.
Mantendo-se de pé no campo de batalha, não demorou para
que um dos soldados de Presidente tentassem disparar um tiro surpresa contra
ele. Manstein virou-se e entrou na frente da bala, de modo que o projétil
entrasse em sua mão e simplesmente desaparecesse em uma novem de fumaça que se
formava.
— Quando é que esses imprestáveis irão entender que não
se deve lutar contra pessoas de um nível superior? — Manstein balançou a cabeça
negativamente. De dentro de seu próprio corpo, a bala retornou com a mesma
força e acertou o olho esquerdo do esqueleto inimigo que já caiu desfazendo-se
no chão.
Manstein bateu continência e retirou-se para a batalha,
deixando General para trás. Ele não precisou mexer nem um músculo.
Wiki disparava tiros de gelo para congelar os pés de
seus inimigos. Com uma rasteira ela era capaz de quebrar os ossos dos inimigos
e derrubá-los no chão, mas seus corpos continuavam movendo-se, tentando agarrar
espadas ou subir nela. Wiki sentia um arrepio por todo o corpo, mas não
hesitava ao meter chumbo no crânio dos mais abusados.
— Saiam daqui, seus parasitas! Será que sentiram tanta
falta de mulher assim? Vão para o inferno, depois nos encontramos lá! Hahah,
hah!
De repente, uma intensa descarga elétrica subiu em seu
corpo. Wiki gritou e caiu no chão, largando sua arma enquanto os esqueletos
formavam um círculo em volta dela. De fora da arena, surgiu uma mulher de
chapéu pontudo, maquiagem reforçada e uma nítida expressão de deboche.
— Ora essa, pelo visto encontrei uma das campeãs do
time inimigo, isso vai sr fácil demais — disse a Mismagius.
— Ah, não... Lá vem a mulher chata e arrogante da
equipe inimiga, como todo time sempre tem! — resmungou Wiki, levantando-se com
dificuldade. — Bem, eu sou a mulher chata da Fire Tales, então vamos acabar
logo com isso para não ficar repetitivo.
Quando preparava-se para pegar sua arma que estava
caída ali perto, a Mismagius chutou-a para longe. Wiki continuou na mesma
posição e apenas piscou, reunindo toda a paciência que lhe restava.
— Olha, eu gosto muito dessa arma porque foi um amigo
que fez para mim, mas isso não quer dizer que preciso dela para acabar com você.
— É mesmo? E o que vai fazer para me derrotar aqui?
Vejam só, rapazes, acho que essa mulher caiu no lugar errado! Talvez devêssemos
mostrar para ela o lugar onde pertence.
Wiki colocou-se em posição de ataque, mas sabia bem que
estava em apuros. Esta no domínio dos Ghosty-type,
ali não adiantava tentar manobras, socos ou chutes. Nada os afetaria. Precisava
e muito daquela arma. A Mismagius ria alto enquanto os esqueletos iam chegando
cada vez mais perto da mulher que tentava golpeá-los, mas nada acertava além de
panos vazio.
— Sua bruxa miserável! — resmungou Wiki. — Por que não
vem você mesma resolver as contas comigo?
— E sujar minhas mãos com alguém como você? Me poupe,
eu esperava mais dos escolhidos do time adversário, mas pelo visto já
conseguimos a vitória sem grandes esforços!
— Ei, seu bando de zumbis mongoloides, conseguem me
ouvir? Por que não atacam aquela gatona do outro lado também? Aposto que nós
duas poderíamos muito bem satisfazer todos vocês com o maior prazer! ♥
A Mismagius devolveu uma expressão de completo
constrangimento.
— Que parte você não entendeu de que esses caras são
zumbis? Eles não têm cérebro, eles se alimentam de cérebros, se é que você tem
um! Não adianta tentar cantá-los, muito menos conversar. Você já era, mocinha!
Wiki fazia o possível para retirar aqueles monstros de
cima dela, mas eles subiam cada vez com mais voracidade e chegavam a machuca-la.
Foi quando ela viu uma enorme sombra pular ali perto, e com um golpe lateral de
uma espada despedaçar todos aqueles esqueletos que logo se desfizeram em pó.
Os olhos de Wiki brilharam quando ela gritou:
— Beliel!!
Mas ao virar-se, reparou que aquele sujeito não
era quem pensava. Tratava-se de um esqueleto que tinha um bigode e charuto na
boca.
— Ué, você não é Beliel — concluiu Wiki, completamente sobressaltada.
— Mas para você eu posso ser tudo, minha donzela —
respondeu o esqueleto galanteador, apresentando-se com um gesto cortês e logo embainhando sua espada em mãos. — Meu nome é Rommel,
e estou do lado de todas as magníficas mulheres que precisam de um resgate.
Ele estendeu a mão para Wiki, ajudando-a
levantar-se.
— Bom, não é exatamente quem eu gostaria que fosse, mas
admito que uma caveira de bigode é bem interessante.
— Muitíssimo obrigado pelo elogio, minha deusa futurística de habilidades desconhecidas até para mim!
Lutamos no mesmo lado do exército, e não se preocupe, não sou um monstro sem
cérebro como esses outros. Também tenho emoções, e por conta disso irei
protege-la até o fim.
Wiki encantou-se com aquela atitude.
— Ohh, que lindo! Não se fazem mais gentleman como antigamente!
Ele logo a interrompeu:
— Mas com uma condição... — fez-se o suspense. — Posso
ver a sua calcinha?
Parecia que a guerra inteira parou ao redor deles
enquanto os dois se encaravam.
— Hãm? — Wiki indagou, insinuando que não tinha ouvido
direito.
A Mismagius quase enlouqueceu do outro lado.
— E por um acaso você tem como se excitar, seu
esqueleto hentai?! Ahhh, pior que não
é a primeira vez que vejo isso acontecer, o velho Brook estaria realizado ao saber que seu legado pervertido foi mantido...
Wiki coçou a cabeça.
— Olha, eu até mostraria, mas é que.... justamente hoje
eu estou sem!
Rommel mal acreditou no que ouviu. Sua expressão não
mudou, mas ele riu ao comentar.
— Se eu tivesse sangue, eu tinha acabado de ter um
sangramento nasal. MAAAAAH, HUH, HUH! SENSACIONAL!
— Augh, eu mereço ter que trabalhar com esse tipo de
gente... — resmungou a Mismagius, inconformada.
Apesar das brincadeiras, Rommel sacou sua espada e
colocou-se em posição de ataque, disposto a proteger Wiki a qualquer custo. Ele
podia até ser um esqueleto tarado (como tantos outros), mas ali não estava um
simples peão, e sim, um líder de confiança do próprio General.
— Sou um eterno apaixonado por todas as damas desse
mundo, mas hoje terei de escolher um lado. Se eu ganhar, você terá de me
mostrar sua calcinha!
— Eu já disse que estou sem! — Wiki reclamou bem alto. —
Mas se você ganhar, vou pensar no seu caso... ♥
• • •
Nada conseguia deter o cão do inferno. Beliel não podia
ser impedido, com seus poderes de fogo e magia negra os fantasmas de Presidente
não lhe faziam cócegas. Ele chegou a derrubar dois capitães de uma só vez, seus
inimigos estavam todos dispersos e confusos. A morte pairava por todos os
cantos, e aquilo o agradava.
Ao decapitar um dos esqueletos, sentiu que as sombras
ao seu redor ficavam mais densas. Mesmo que tivesse os olhos ele não poderia
ter visto nada, e naquele instante, agradeceu por ser cego. Na escuridão do
vazio, um vulto surgiu completamente nítido. Ter a visão de algo quando todo o
restante lhe é invisível foi uma experiência perturbadora, mas não era a
primeira vez que acontecia. Tinha a impressão de que já o tinha visto, e não
estava enganado.
— Você é o Spiritomb que protegia a prisão da Ilha de
Ferro, quando meu atual mestre foi encarcerado.
A sombra acenou com a cabeça positivamente. Era apenas
ele e Beliel na escuridão. Tudo ao redor não passava de sons, gritos e morte.
As mãos do cão chamuscavam.
— Creio que nós dois tenhamos sido despedidos, afinal,
falhamos em nossa missão de impedir que o prisioneiro fosse liberto. E aqui,
nos reencontramos. Eu de um lado e você do outro.
Um sorriso sinistro formou-se na sombra. A vida toda
evitando cores e imagens, e agora, Beliel já se enjoara de vê-las. Preferia o
silêncio do vazio sem forma.
Preparou o Fire
Blast e imediatamente disparou-o em direção do Spiritomb, mas a sombra se
desfez e mais uma vez entrou no escuro. Era difícil localizá-lo mesmo ali, não
havia sons, não havia absolutamente nada. Estaria ele em sua mente?
Beliel tocou o chão e dali uma aura negra saiu, tão
escura quanto o anoitecer. Se o Spiritomb estivesse por perto, as trevas o
revelariam, mas até agora nada.
Sentiu um soco no pâncreas, e teve de cambalear. Um
pouco de diversão lhe faria bem, afinal, até que enfim um adversário à sua
altura!
— Somente um membro da Grande Criação seria capaz de
derrotar outro membro. Mas me diga, creio que você deve ter ficado louco de
raiva por ter sido deixado de fora, uma vez que o seu número foi completamente
ignorado por nosso senhor Seth. O que acha disso, Número 11?
Um soco foi em direção de seu rosto, Beliel teve tempo
de esquivar-se por pouco. Redobrou a atenção, mas levou uma rasteira e caiu no
chão. Ficaria ali recebendo diversos golpes sem poder afetar seu inimigo? O Fire Blast não duraria para sempre,
precisava maneirar, mas sabia que o Spiritomb não tinha fraquezas. Esta era sua
maior vantagem.
— Conhecer bem seus inimigos, esta é uma das
prioridades da guerra. Mas não basta apenas conhecer, é preciso saber como
vencer — comentou Beliel.
Fazendo uso do Pursuit,
o Houndoom conseguia encontrar rastos e golpear o Spiritomb desprevenido, mas
os danos eram mínimos. Daquele jeito levariam anos para a luta terminar, Beliel
era impaciente e a guerra continuava acontecendo ao seu lado.
— Depois de derrota-lo eu até pediria para o Seth me
dar um aumento — Beliel riu. — Imagino que os números não nos representem mais
nada, afinal, você é o 11, e nunca chegaria aos pés dos demais.
Uma sombra rastejou em direção dos pés do homem,
puxando Beliel direto para o chão com o Shadow
Sneak. Ele revidou, mas ainda sem acertar nada. Estava ficando cansado e
impaciente, gostava mais de quando espalhava o caos destruindo esqueletos e
queimando zumbis.
— Vamos ficar aqui para sempre?
Uma risada ominosa respondeu, e para sua surpresa, uma
forma originou-se na escuridão. De pé em sua frente havia uma mulher ruiva de
cabelo preso, ardendo em chamas que não a queimavam. Tinha músculos definidos,
olhos brilhantes e uma clara expressão de desamparo. A ruiva disse:
— Beliel, por favor, não faça isso comigo... Devemos
lutar do mesmo lado!
— Quem é você? — indagou o homem, fazendo um longo
silêncio. — Você é... Lyndis?
Era a primeira vez que a via tão claro quanto a luz do
dia. Um sorriso involuntário formou-se em seu rosto. No fim da luta deveria
agradecer seu inimigo, pois ele lhe trouxera uma das melhores sensações que
poderia experimentar em sua vida. Foi a primeira vez que pôde ver a mulher que
lhe dava motivos para querer viver.
As chamas em suas mãos desapareceram, por um momento
Beliel começou a agir como se fosse um cãozinho adestrado. Lyndis agachou-se em
seus joelhos lhe esticou a mão, insinuando a aproximar-se.
— Venha! Eu estava te esperando esse tempo todo, venha
até mim.
Beliel distraiu-se de uma maneira que nunca deveria ter
feito, mas a verdade é que não ligava. Sabia que aquela não era sua Lyndis, a
verdadeira, mas só o fato de ver uma imagem em sua frente depois de tantos anos
em que sua visão lhe fora tirada... Afinal de contas, estava enfrentando um
inimigo ou alguém capaz de realizar desejos?
— Você é ainda mais linda do que até mesmo minha
imaginação poderia ter feito com sua imagem.
Lyndis esboçou uma feição maldosa, e suas mãos arderam
em chamas quando ela investiu contra Beliel, acertando-lhe o peito e perfurando
seu coração. O homem recuou a princípio, mas não cedeu. A mulher tinha atravessado
em seu corpo, podia ver claramente o buraco e a mão do outro lado, e para sua
surpresa, Beliel não conseguia parar de sorrir. Seus olhos brancos encaravam o
vazio, como se estivessem encantados.
— Você nunca morre...?! — indagou ela, espantada.
— Eu não ligo — Beliel respondeu num tom sereno,
segurando o braço da moça junto do seu e suspirando como se aquela ferida
mortal não fizesse além de cócegas. — Eu não ligo.
Beliel continuava de pé com seu peito perfurado
enquanto Lyndis queimava tudo por dentro, mas logo uma densa fumaça começou a
formar-se na arena escura. Três disparos foram ouvidos, obrigando a mulher a
assumir sua verdadeira forma monstruosa e desaparecesse nas trevas em questão
de segundos. Assim que Beliel retornou a si, viu que havia um sujeito com uma
máscara de gás ao seu lado e pistola na mão.
— Não pedi que viesse me socorrer — Beliel respondeu de modo seco.
— Não estou prestando socorro, estou destruindo meus
inimigos — respondeu o homem. — Já nos conhecemos artificialmente no começo desta guerra, então saiba que estamos
em campos semelhantes. Meu nome é Manstein, sou o segundo na liderança deste
exército.
— Que seja, agora não vejo mais nada, pois você
destruiu a mais linda imagem que eu poderia ver em minha vida.
Manstein ajustou sua máscara de gás, notando então a
ferida no peito de seu companheiro.
— Isso parece sério.
Beliel olhou para o furo em seu peito, e logo começou a
regenerar-se com as chamas ao seu redor, ignorando completamente a dor e
qualquer cicatriz que ficasse. No fim, ele ainda teria dito: Valeu à pena.
— Imagino que ou você seja convencido quanto à sua
própria força, ou simplesmente não sabe como agir em uma guerra... — comentou
Manstein, discreto. — Nosso oponente trabalha com o medo das pessoas, ele
consegue muito bem descobrir tudo que passou em sua vida e usar isso contra
você. Não deixe que ele o engane com essas imagens falsas.
— Sendo elas falsas ou não, ele trouxe até mim um
milagre que nem mesmo Arceus me concedeu — respondeu Beliel. — Lembranças do
passado não são um problema para mim, não tenho nenhuma que seja relevante, e
ele escolheu justamente uma que eu adoraria lembrar. Inevitavelmente terei de derrota-lo,
mas creio eu que aproveitarei disso tudo um pouco mais.
Do outro lado da escuridão, a fumaça começou a
dissipar-se e Lyndis ergueu-se forte e imponente, com os olhos em chamas e
deixando claro em sua expressão de que não perdoaria ninguém.
• • •
General e o Presidente vinham apenas trocando olhares
até então. Seus exércitos estavam cada vez mais debilitados, seus líderes se
confrontavam, e chegara a hora das peças principais começarem a agir. Os peões
deram suas vidas para que o tabuleiro se formasse; torres, cavalos e bispos se
encontravam no campo de batalha eliminando um ao outro. Aerus jogava apenas com
seus reis e suas rainhas, e dessa vez, General viu-se como uma peça, a mais
poderosa de todas e que jamais poderia cair em combate.
Olhou para trás, e viu que Glaciallis o observava de
longe junto dos demais. Esperançosa no aguardo de uma vitória, torcendo de todo
o coração para que seu homem retornasse inteiro para o calor de seus braços.
Era a vez de Presidente jogar. Em seu turno, nenhum
outro soldado moveu-se, nenhuma outra peça fez movimento algum. General viu que
sua hora havia chegado, e colocou a maior de suas peças. O tabuleiro estava
armado, e as jogadas eram feitas. Aquela batalha não seria decidida por sorte
ou destino qualquer, dessa vez as habilidades estratégicas de cada lado
entrariam em ação.
— O amor sempre vence, General. E eu vou provar isso
para você — sussurrou Vargas.
E cá estamos nós *--* Acho que essa é a melhor casa até agora, pô, amor, fantasmas, ilusões, tem coisa melhor ?
ReplyDeleteAquele abraço do General com a Glaciallis :33 Fofo demais !
What?! Presidente apaixonadao? Ah, esses romances melosos, dá nisso :v kkkk
Melhor frase : "Falas de amor como alguém que realmente amou por muito tempo, mas se isso for verdade, como poderia obrigar uma dama a amá-lo como se fosse sua prisioneira?" UUUH BOY ! Mostra pra ele !
Ai, ai, Wiki esta aí, vai lá diva ! o/ Ainda to tentando entender porque colocaram um normal contra ghosts. Estou aguardando uma surpresa
Beliel tá sendo meu favorito dessa batalha, ele é tao fodao *-*
A Wiki ta sendo cômica! Espera...Esqueleto querendo calcinhas ?! Em que mundo viemos parar :v
E esse amor platonico de Lyndis e Beliel? saí Karl, abre espaço pros dois kkkk
Devo destacar essa ideia de exercito, muito boa a ideia, e os esqueletos me lembraram um misto de Shadow Temple do Zelda com Soul Eater, mas eu amo essas guerras, me lembra aulas de história, só que mais foda !
Aguardando essa continuaçao, vamos ver o que uma guerra por amor pode resultar o/
Oiiii, Star! :3 Com um pouquinho de casa coisa, separo a Terceira Casa comoa mais intrigante por misturar tanto a vida quanto a morte, o passado e o futuro, o amor e a obsessão. Planejei a base, mas aqui posso dizer que recebi muita ajuda da Nyx, da Litos e da Leeca. Mulheres sabem bem como trabalhar com romance, tenho que me separar entre o General e o Presidente para que possamos ver no final qual lado realmente é o vencedor. Na verdade acho que o Presidente não levou em conta os votos de "até que a morte os separe" kkkkk Esses fantasmas apaixonados...
DeleteA presença da Wiki foi muito inusitada até para mim, imaginei que o capítulo fosse deixar aquele climão pesado, mas acho que ela e o Beliel quebraram um pouco o gelo, além do duelo principal contra o Presidente teremos duas batalhas muito intensas para presenciar. Essa Wiki chama atenção por onde passa.
Uma curiosidade interessante é que no começo eu havia separado a Wiki para enfrentar o Spritiomb e o Beliel para lutar contra a Mismagius. Isso acabou mudando um pouco, mas acho que seria até melhor para deixar tudo em seus devidos eixos, e com a ajudinha de alguns esqueletos zumbis, essa casa só melhora! kk
O melhor de The Walking Dead, Shadow Temple, Ghostbusters e mais uma porrada de coisas você só encontra aqui, no Aventuras em Sinnoh! kkkk Obrigado pelo comment querida, e também por ter tomado conta de tudo certinho aqui em Sinnoh :3 Logo mais conversamos, aí te coloco a par de todos os assuntos! Beijos, see ya! :D
Muito bom o cáp!Ficou bem legal,principalmente a discussão no inicio entre General e Presidente!
ReplyDeleteObrigado, Omega! Creio que a discussão tenha levado bastante tempo, mas este era um encontro que todos aguardavam desde que o General e o Presidente se viram pela primeira vez, não poderia ser diferente kk Pode-se dizer inclusive que a discussão foi a batalha mais intensa desse capítulo, até agora o duelo foi feito através de palavras, mas quando as espadas armas em campo, sangue vai rolar... Espero por aqui na próxima rapaz, abraços! (:
DeleteFicou bacana msm, mas acho que vc trocou o nome de um dos fantasmas, pq o que foi ajudar a wiki se chamava Rommel e o que ajudou Beliel tb
ReplyDeleteEsta foi uma terrível falha minha, companheiro. Como cheguei a comentar nas notas, Rommel e Manstein foram criados de última hora quando a Nyx me mostrou o resultado final das páginas dessa semana. Criei os nomes para os dois, mas depois achei que não combinava muito e decidi inverter, o que colaborou para confundir tanto a cabeça de vocês...
DeletePeço-lhe desculpas por isso. Tive que sair nas pressas e esse errinho desastroso ficou para trás numa tentativa frustrada de fazer mil coisas ao mesmo tempo kk Não se preocupe, não vai mais repetir-se. Se você der um pulinho nas notas verá que apontei quem é quem, Rommel está com a Wiki e Manstein com o Beliel (: Muitos nomes confusos né kk Obrigado pelo toque companheiro, espero que continue acompanhando!
Só pra começar com coment inútil: Primeira leitura com meus óculos, olha que legal :v
ReplyDeleteEnfim
"Doce Destino" hahahahahaahahha imagino o quão doce -q
Apesar de um tanto obsessivo, tem um quê de belo no amor do Presidente (after all, "um amor pelo qual vale a pena viver e morrer"). Mas tenho medo do que isso pode se tornar quando eles de fato se reencontrarem >.>
MANOLO O CARA TÁ ESPERANDO UMA BATALHA E FICA TOCANDO PIANO mds Mark seu bb <33 (por que mesmo tenho que torcer contra ele? ;-; )
sua melodia transmitia a triste melancolia de um homem que tinha tudo para ser feliz, mas escolhera um caminho obscuro e solitário > depois fico chamando de liferuiner e sou implicante MAS OLHA ATÉ NOS PEQUENOS DETALHES
— Eu lhe disse para que recrutasse os melhores, se quisesse ser o melhor > Isso deu tanta treta, cara, era melhor nem ter falado -q
perdeu amigos > NÃO PRECISA LEMBRAR Ç_Ç
Como foi derrubar tantas outras pessoas que compartilhavam o mesmo sonho que você, só para chegar até este ponto? O que sentiu ao destruir mil oportunidades em busca apenas daquilo que você buscava? > .................eu nunca pensei por esse ângulo..............manolo to até me sentindo mal, dsclp criancinhas que pisei quando me tornei a Campeã em todos aqueles saves ç-ç
NOSS MANO JÁ COMEÇA TACANDO A SOPHIE NA CARA, TU ACHA QUE EU ESQUECI POR ALGUM ACASO????? NÃO PRECISAVA Ç_________Ç
— Eu não quero perder mais nenhum de vocês, irmãozinho. Eu não suportaria, eu não posso, simplesmente não posso > I KNOW THIS FEEL SO FUCKING MUCH Ç____Ç PLS LET'S STAY HERE AND NO ONE ELSE DIES Ç_______Ç
o diálogo entre o aerus e o watt não dá gente eu to com a vista toda embaçada já askdaksdkaskakdaksd não sei se pela nindeza ou pela sensação de que aerus ainda vai ter que suportar mais perdas ç__ç
Quando a esperança desaparecia para todos à sua volta, ele a trazia de volta amarrada por correntes de aço para que nunca mais fugisse > Que quote tão amorzinho <33 (mas algo me diz que a esperança aqui é um tanto arisca :''D )
General, de fato, tem tudo o que necessita para ser um líder. Não só tem a mente de um, mas a postura. Emanar confiança é uma essência que qualquer líder deve ter
e Aerus nada pôde fazer além de ficar para trás e observar o que quer que esse tal de destino planejara > não vai ser coisa boa, vai por mim :'D
Apostando que a Glaciallis vai sair muito ferida dessa treta toda sim claro certeza (eu até apostaria mais no General, mas acho muito improvável ele sair. sem ele, a FT cai, seria um tiro no pé tirá-lo da jogada)
((e mds nyx teus desenhos eles são o paraíso de tão pftos socorr))
O PRESIDENTE VENDO ESSA CENA SOCORR ah pera ele ainda não reconheceu a glaciallis??? oh god bless
o que fez Glaciallis pensar como um veterano de guerra conseguia distrair-se com doces em um momento tão sobrecarregado > fía nesses momentos de tensão melhor coisa é ter doce por perto (inclusive to quase levantando pra pegar algum (até em honra do Presidente né -q))
Oh. Agora ele reconheceu. Corram por suas vidas >.>
((((((xô dizer que presidente ficou uma delicinha nos traços da nyx okay voltemos pro roteiro original agora))))))
mds gente o presidente em completo choque de encontrá-la quando ele se tocar que ela não só não se lembra dele como já tá com outro alguém mds não vai sair coisa boa >_>
(e ainda por cima mercy começou agora oh shit this can't be good)
Uma vida inteira. Eu a esperei por uma vida inteira. E quando este tempo acabou, ainda esperei por toda a eternidade > To dizendo. Tem algo de bonito no que ele sente (mas continua sendo um tantinho obsessivo demais, e nenhuma obsessão é boa)
Ele amassou a rosa, o que fez General colocar-se em posição de alerta. Aquela conversa já estava tornando-se estranha até demais > agora que tu acha isso? -qq
— O que o leva a pensar que esta mulher é mesmo a Glade que procura? > pq canas não seria tão bonzinho de deixar que fosse um confronto normal sem feels -qqq
— Não conseguem entender? Glade é minha, e você a roubou de mim. > Já começou a ferrar.......
DeleteFalas de amor como alguém que realmente amou por muito tempo, mas se isso for verdade, como poderia obrigar uma dama a amá-lo como se fosse sua prisioneira? > NÉ. Ta aí porque não posso dizer que o amor dele é realmente belo, e talvez nem devesse chamar de amor. Tornou-se obsessão. E pessoas obsessivas não tem atos sensatos....
(pausa para: Mismagius *^* adoro, adoro, adoro <33 )
Não se preocupe. Eu não sei o que o Presidente quer, mas não deixarei que nada de ruim aconteça. Sei como me proteger, você me ensinou bem. > isso não me acalma nem um pouco, Glaciallis :''D
COMASSIM BELIEL JÁ TO SOFRENDO PORQUE PROVAVELMENTE UMA DAS MINHAS FAVES VAI SAIR FERRADA DISSAE E TU AINDA PEGA MEU BB????
— Matem todos. Mas não ousem tocar um dedo na mulher. > this will not end up well ç____ç
pufavo contestar estratégia do general é loucura ele /sabe/ como ganhar uma guerra
espero que tenha alguns homens bonitões vestidos de farda, seria muita sensualidade para um lugar só! > HAEAUHEAUEHAUEHAUEHAUEHAUEHAUEHAUEHAUEHAUEHAUE SÓ WIKI PRA ME FAZER RIR AGORA PQP
Beliel sentiu-se em casa e provavelmente deve até ter reconhecido alguns rostos por ali > por um momento imaginei Beliel dando um oizinho pra alguns esqueletos (minha mente normal nunca foi, ikr)
Btw, a ideia do exército do General e do Presidente tá A+
— Já chega de enrolação, galerinha. Eu quero ver é esse lugar pegar fogo! > AHEAUEHUEHAUEAHEUAEHUAEH WIKI EU TE ADORO NA BOA
Certa vez General ouvira que nenhum relato era capaz de narrar uma guerra por completo. Nenhuma história contaria o lado dos soldados que deram a vida para morrerem desconhecidos, tornando-se apenas mais um número nas estatísticas, um mero acréscimo para as grandes nações > Isso me lembrou tanto da nota inicial do autor de Anjos da Morte, noss (que btw livrinho liferuiner do carai VLW POR ME LEMBRAR DESSA COISA (mas épico pra caramba também sim recomendo todo mundo ler))
Beliel detonando tudo a base de chamas e sombras <3 <3 <33 mds ele é meu bb demais <33
(e mds ele se divertindo no meio do campo de batalha imaginei um sorriso dele aqui que céus (melhor nem comentar yep apaga isso tudo -q))
Mismagius já fazendo uma entrada ownante <3 (sempre terei meu fraco por eletricidade, yep)
MAS OLHA DESPREZAR WIKI PODE NÃO NINGUÉM DESMERECE A FIRE TALES U-U
AEHAUEHAUEHAUEHAUEHAUEHAUEHUEHAUEHAUEHA MDS MANO COMO POSSO ESTAR RINDO NO MEIO DE UMA BATALHA? AH SIM ROMMEL E WIKI AHEAUEHAUEHAUEHAUEHAUEHAUEHAUE
Beliel ownando mundos inteiros sim sim siiiimm <333
Oh. OH. COMASSIM AQUELE SPIRITOMB? tem como ter uma batalha sem reencontros por aqui? óbvio que não, né -q
E COMASSIM ESSA DROGA CONSEGUIU ENCOSTAR NO MEU BB COMASSIM ESSA COISA NÃO TEM FRAQUEZAS mano detesto spiritombs nunca gostei mas agora é pessoal u----u
POAAR BELIEL COMO TU CAIU NESSE TRUQUE BARATO É ÓBVIO QUE É ARMADILHA DAQUELA COISA MDS NÃO FAZ ISSO
PORRA EU QUASE TIVE UM INFARTO AQUI DA PRÓXIMA AVISA QUE UM FUCKING FURO NO PEITO NÃO TE FAZ MAL BELIEL E_E FEAT. Ç_Ç
Aquela batalha não seria decidida por sorte ou destino qualquer, dessa vez as habilidades estratégicas de cada lado entrariam em ação > até parece né o destino dissaqui é ser liferuinin não adianta tentar escapar disso ç_ç
Sempre que vou responder as suas mensagens preciso me preparar psicologicamente também, Anne! kkkkkkkk São muitos pensamentos, feels e mais feels que precisam ser interpretados. Mas você viu só que bonzinho eu fui? Não matei ninguém, está tudo muito tranquilo seguindo os passos que toda guerra toma. Ai, ai! Acho que eu até deveria receber uma medalha por tanta bondade kkkkkkkkkkk Zuera, estou só preparando a galera para tanta coisa que virá, mal posso esperar para começar a colocar minhas mãos nas próximas partes dessa casa, vai ser incrível!
DeleteQuando eu e a Nyx planejamos o Storyboard eu falei para ela que não precisava colocar muita coisa do Beliel, isso lá para o começo de 2014, afinal, o Beliel ainda nem tinha entrado na FT e eu "pensava" que ele não seria tão recebido... Resultado: O Beliel apagou até mesmo o próprio Seth, então faremos questão de colocar muito mais dele daqui para frente! kk O Beliel entrou na Terceira Casa como um bônus, na verdade ele não iria participar, por isso não há nenhum desenho dele. Mas fique tranquila, planejaremos algumas coisinhas bacanas para a Quarta Casa, então já fica o spoiler: Ele será um dos participantes na próxima, preparem seus corações!
Devo dizer que você foi uma das responsáveis por ter tornado o casal Chaud x Glaciallis tão forte. Em uma época em que shippings eram tão raros, e geralmente meus personagens tinham um casal "fixo" como Wiki e Vista, Aerus e Tih ou General e Glaciallis, eis que você surgiu para apoiar um único capítulo em que eles aparecem juntos, colaborando para um afeto muito maior entre eles! (Tem até uma cena especial separada para isso, aguarde a Parte 3 kk) Mas é engraçado olhar os casais hoje, alguns deles ficaram tão diferentes, é como se os personagens começassem a escolher com quem gostariam de ficar.
Ahhh, que bom, que bom, não fiz ninguém chorar! (ainda) Mas prefiro as coisas assim, um pouquinho de ação e risadas são sempre bem vindas. Mas você conhece a cabeça de um escritor, primeiro eles preparam todo o cenário, fazem toda a encenação... Para somente então trazer o clímax da peça. Pois é, o clímax vem aí! kkkk Continuaremos trabalhando na Terceira Casa com força total, beijos! :D
O capítulo já começou com um flashback e eu fiquei no chão HAUSDHIASUHDI Acho que o mais legal dos fantasmas é que a gente sabe que existe toda uma história por trás da existência deles (no caso, o passado). Esse é o ponto fundamental dessa casa, acredito eu: o passado versus o presente.
ReplyDeleteEu gosto bastante dessa introdução fora do P.O.V, porque a gente até esquece que essas batalhas são pelo Luke! AHSDUAIHSIUDA Acabamos nos envolvendo tanto com os Pokémons (no final das contas, eles realmente são as estrelas dessa Liga) que esquecemos que tudo começou com o sonho de um rapazinho briguento e seu Gible.
Sobre a batalha em si: tudo está incrível. A trama que envolve essa casa é a minha favorita até agora. Adorei a relação do Yoshiki e a Jade com a Tashiki, e a Sophie com o Sonnen, mas faz muito tempo que aguardo a conclusão do triângulo amoroso fantasma. A gente torce pelo General porque acompanhamos por muito tempo ele e a Glaciallis. Mas tudo fica mais complexo quando descobrimos que ela tinha um amor antes da morte, e que jurou fidelidade. É difícil não se tocar pelo lado do Presidente. Eu realmente não sei como dar razão a qualquer um, e isso torna a guerra ainda mais fascinante. Você construiu muito bem as histórias de cada personagem até aqui. A batalha também está muito bem descrita: Desta vez vemos o General como um legítimo líder de um exército. O Rommel e o Manstein parecem ser excelentes personagens, e curti a curiosidade de serem um Gengar e um Weezing. Você está extraindo tudo que pode do fato de ser uma casa do tipo Fantasma. Estou super empolgado /o/
Até o momento essa foi a casa da Elite com o melhor início. Eu já sabia que um adversário especializado em tipo fantasma seria a deixa para o General ter seu momento de destaque, mas cara! Você armou o palco de um jeito muito perfeito.
ReplyDeleteEu ainda não entendi por que o General convocou a Wiki para essa batalha, mas confio nas decisões do cara. Ele com certeza viu algo que a gente não conseguiu, e vai usar isso para surpreender o inimigo também. Já o Beliel... Esse aí eu não preciso falar nada, ele tá em casa.
Esse confronto entre o General e o Presidente vai ser intenso. Dessa vez não está em jogo apenas a continuidade da Fire Tales na Elite 4, mas também a Glaciallis. Como em todo bom triângulo amoroso, alguém vai terminar chorando. Resta saber quem? Do jeito que você é, eu aposto em mais de um kkkkkkkkkkkkkkk
Curti também o Rommel, o Manstein e os líderes do exército do Presidente. A revelação do Spiritomb como o número 11 do fill, digo, da Grande Criação será um tempero a mais nesse combate contra o Beliel. Veremos como esses personagens vão se destacar no próximo capítulo.
Até lá! õ/
Opa, bom que gostou da dinâmica dela! Acho que foi a minha preferida de todas, por mais que na Quarta tenha mais personagens conhecidos, acabou me dando mais trabalho para conseguir equilibrar suas aparições, tanto que ela acabou ficando em 4 partes. Aqui na Terceira Casa fiz esse teste de como se fosse um exército de mortos mesmo, então tudo faz parecer como se fosse uma guerra, foi uma das minhas primeiras experiências com isso (e quem diria que mais tarde fosse me ajudar até com o livro do Ralph kkk).
DeleteEu também não entendi porque a Wiki entrou HAHAEUAE Acho que eu queria dar um destaque pra ela, é minha protegidinha neh :v Mas também tem o fato de que meus Porygon-Z nos jogos sempre entram com Dark Pulse, aí fui rever o capítulo e acabei nem usando o bendito golpe kkk Pra ser sincero, não lembro mesmo o que deu na cabeça pra Wiki entrar, talvez eu só quisesse uma mulher para enfrentar a Mismagius. Aí ela teria toda uma interação com o Rommel pra batalha ficar mais divertida e guardar a parte tensa de verdade pra disputa do General com o Presidente. Uma curiosidade é que esses personagens foram todos criados pela Nyx, ela fez alguns desenhos e perguntou se eu gostaria de usar, aí achei tão foda que quis encaixá-los de todas as formas!
Spiritomb foi um verdadeiro deus ex-machina, mas o que importa é a galera gostar, né? HAHHAEHU Como a Cynthia não teria a chance de mostrar suas habilidades como campeã, eu quis colocar outro Spiritomb na história, mas teria sido louco se o número 11 fosse dela. Sei lá, mil ideias loucas surgindo 4 anos depois da fic acabar kkkkkk Continue acompanhando a Terceira Casa e prepare-se para tudo virar de ponta cabeça. Abraços!