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- Capítulo 73
Posted by : CanasOminous
May 24, 2013
1.000 Anos
No salão celestial a mulher de cabelos rosados caminhava pensativa e agoniada. Em sua frente estava uma belíssima fonte, e dela jorrava uma água tão cristalina que se podia enxergar o fundo, mas o reflexo de quem a observava ainda predominava na mente daqueles que a completavam. Era como se todas as galáxias tivessem um ponto de convergência, e ali, em um cantinho único do espaço, os Pokémons Lendários haviam feito sua moradia.
Paula encarava o espelho frustrada, sem respostas do reflexo de seu rosto que continuava imóvel. Ao contrário da maneira que ela costumava encontrar-se com Lukas no mundo dos humanos, a Guardiã do Espaço agora vestia sua verdadeira armadura celestial. As pérolas em seu corpo brilhavam, e seus cabelos rosados estavam tão longos que pareciam não ter fim entre as estrelas e os anéis dos planetas.
A mulher só ergueu a visão quando um homem sorrateiro entrou em seu quarto, vestindo um manto negro acompanhado de um par de asas e o olhar sombrio que ali permanecia. Sua voz era grave e melodiosa, qualquer um que a ouvisse poderia ter sido facilmente enfeitiçado por aquela melodia, pois em seu silêncio aquela criatura das sombras dizia apenas o que era realmente necessário.
— Ahh, o seu humano está em perigo de novo, não? Que trágico... A vida deles sempre fica por um fio que há qualquer momento poderia ser cortado se eu bem desejasse! A intensidade de ter na palma da mão o poder da vida e a morte dos outros é uma dádiva, não?
— Você não tem mais poder algum sobre os humanos. Os Pokémons Lendários têm um trato, Giratina, você sabe disso — respondeu a mulher.
— Oh, sim, nós com certeza temos um trato, tanto que você quebrou o principal deles, o de se apaixonar por um humano mortal. Mas essa é uma velha história há muito esquecida... Todas as guerras que deveriam ter sido travadas por conta disso já passou... E hoje, tudo isso não passam de meras memórias...
A língua bifurcada da serpente tremulou enquanto o homem ria em direção da mulher.
— Mas isso não muda o fato de que por sua casa muitas guerras foram travadas, e... que até mesmo pessoas inocentes tiveram suas vidas tiradas... Ainda imagino que você daria uma excelente deusa da morte, Palkia. Sempre tão egoísta, pensando apenas no benefício próprio...
— Esta é a sua função, Giratina. Garanto que o Dialga não pensaria duas vezes em acabar com sua raça.
Paula virou-se com velocidade e segurou no pescoço do homem encapuzado que teve seu rosto exposto à luz por um instante. Seus olhos vermelhos brilhavam, e era impossível dizer se aquele rosto era o de um velho carrancudo ou de um jovem em seus dias áureos. Ele sorriu, mas não por maldade. Giratina era uma criatura traiçoeira e que se alimentava da incerteza e do terror das pessoas. Ver uma divindade em desespero tratava-se de um prato cheio.
— Somos próximos, Palkia... Quase irmãos. Eu não faria nada contra você.
— Não gosto da maneira como me testa — respondeu a mulher de cabelos perolados com a voz duvidosa.
Paula parou e voltou a observar seu reflexo nas águas do espelho. Ali se formava a imagem de um templo há muito cultuado pelos humanos. Era o Snowpoint Temple, e em algum canto remoto daquele submundo ela sabia que Lukas e seus companheiros estavam perdidos. Giratina notou a preocupação de sua companheira, e aproveitou-se do momento.
— Palkia... Você tem medo de entrar naquelas ruínas, pois você sabe que lá dentro você terá lembranças de algo que não quer lembrar. Sabe do que estou falando, não sabe?
— Cale-se, Gilbert. Eu tenho conhecimento do que irei encontrar, e por isso vou ao meu objetivo — disse a mulher em resposta.
O homem encapuzado rastejou-se como uma serpente em sua direção, massageando os ombros com um gesto traiçoeiro e subliminar.
— Mas há tanto tempo você vêm tentando esquecer esse garoto... Você deveria tentar esquecê-lo de uma vez. E não estou dizendo isso por maldade, mas pelo incrível que pareça, pelo seu próprio bem. Esse humano a faz sofrer. Ele faz você sentir emoções que a tornam... humana. Um ser como qualquer outro...
Ele sussurrou em seu ouvido:
— ...Mas você é uma divindade!
— Sei disso. — Paula tocou na mão do homem encapuzado para afastá-la, mas ainda sem olhá-lo diretamente nos olhos. — E ainda assim, sinto-me a responsável por ele. Eu tenho esperado tanto por este dia... tanto... Acredito que isso têm me dado forças para continuar seguindo em frente.
— A eternidade é tão malévola quanto a vida! E como você pretende entrar no templo se o colar dele foi rompido? Este era o único meio de comunicação entre vocês — disse Giratina, fazendo uma longa pausa. — Eu faria o máximo para evitar aquele lugar, tanto que ele trará lembranças amargas para você... E o colosso que lá habita... Ele certamente vai se lembrar. Oh, sim. Ele vai...
A sombra de Giratina distanciou-se até desaparecer dos aposentos da mulher. Mesmo que a serpente fosse traiçoeira e maléfica, ainda havia razão naquelas palavras. As velhas batalhas travadas para que um dominasse o posto do outro já não existiam, e naquele momento Paula sabia que os conselhos de Gilbert nada mais eram do que palavras sinceras de um bom amigo. O Snowpoint Temple não lhe traria boas lembranças, e agora ela procurava uma forma de entrar lá novamente, após quase mil anos de espera.
• • •
— Luke.
— O que foi, Roark?
— Estou com fome.
— Eu também, cara.
Houve uma longa pausa antes que a conversa continuasse.
— Luke.
— Diga.
— Quer brincar de charada? Aqui está muito silencioso, estou começando a ficar com medo.
— Eu sou horrível em charadas.
Nem o vento podia ser ouvido naquela região, e apenas o sussurro de goteiras e de criaturas a se rastejarem nas paredes dominava completamente a mente dos aventureiros que já perdiam noção de há quantos dias eles estavam presos lá embaixo.
— Já estamos andando por esses corredores há horas, e nossa comida está acabando... — repetiu Roark, entristecido. — Tenho medo que daqui há pouco tenhamos que começar a virar canibais como esses Golbat mutantes, e então seremos devorados vivos por criaturas mais antigas do que a nossa própria existência!
— Vocês dois querem fazer o favor de fazer silêncio? O senhor Ike está tentando encontrar uma saída! — respondeu Candice furiosa.
Os treinadores continuavam perdidos no subsolo do templo de Snowpoint, e cada segundo presos naquele ambiente frio e hostil começava a preocupá-los ainda mais. Ike Smithsonian guiara a equipe até então, mas o homem acabou deparando-se com um imenso imprevisto quando três portas ficaram em seu caminho rumo à saída. Eles estavam em um salão vasto com uma elevação redonda no centro. Oito pilares formavam um octógono, e três portas levavam para três caminhos completamente diferentes. Uma delas seria a saída correta.
E não era a intenção de ninguém errar o percurso naquela situação.
Riley caminhou firme em direção das portas, examinando as runas antigas.
— Acredito que sejam três portas para três golens. Uma delas possui a imagem de Registeel esculpida, a outra, de Regirock, e por fim, a de Regice.
Roark atentou-se ao material que elas eram feitas antes de falar:
— Uma é feita de barro; a outra, de gelo; e esta é tão brilhante e resistente quanto as obsidianas. Pela idade aparente eu diria que esses portais são tão antigos quanto a Era Mesozoica, sendo associadas às três grandes eras: A Idade da Pedra, a Idade do Gelo, e a Idade do Ferro. Provavelmente não foram construídas por nenhum humano.
— Seria loucura decidir uma delas como a correta, mas suponho que tenhamos de tentar — afirmou Riley, o veterano.
A equipe decidiu seguir primeiro pelo caminho de Registeel, mas encontraram nada menos do que abismos escuros, Pokémons selvagens furiosos e passagens sem saída. O percurso não resultara em nada, e mesmo estando muito cansados, eles acabaram voltando para o mesmo lugar, a mesma sala com os três portões.
— Nós já passamos por aqui, é um labirinto! — afirmou Lukas.
— Todos os labirintos possuem uma saída, meu jovem. E nós iremos encontrá-la — assentiu Ike.
A passagem de Regice, sugerida por Candice, trazia labirintos ainda piores. Era necessário a habilidade de todos os membros com patinação no gelo para que utilizando-se de peças móveis eles pudessem abrir portas secretas. Estalagmites perfuravam o chão como dentes, e estalactites caíam com a força de uma navalha como se tivessem vida própria e desejassem a todo custo eliminar aqueles aventureiros pretenciosos. No fim do caminho eles puderam achar tesouros antigos, pedras preciosas e até mesmo uma Icicle Plate perdida no tempo; mas nada da saída.
O caminho que se sucedia acabava levando-os para o mesmo salão com os três portais dos golens.
— Viram só? Falta apenas a porta do Regirock! E lá é a saída, mas por que vocês não ouvem sequer uma vez na vida as minhas sugestões?! — indagou Roark frustrado.
— Olha, cara... Para ser sincero eu acho que nem o Regirock vai nos dar a saída — comentou Luke. — Acho melhor ficarmos por aqui, a Dawn não está passando muito bem, ela está cansada e suando frio...
A líder Candice tinha um pouco de conhecimento em primeiros socorros. A mulher agachou ao lado da garota que realmente não passava muito bem, e há horas já demonstrava seu cansaço. Após examiná-la, Candice comentou:
— Acho melhor encontrarmos uma saída logo, mas podemos montar um acampamento aqui enquanto alguém procura a saída. A Dawn não está nada bem, aquela mordida do Golbat parece tê-la envenenado.
— Eu tenho antídotos — aprontou-se Luke.
— Esses Golbats possuem um veneno completamente diferente do que conhecemos, seria um risco imenso utilizar qualquer antídoto na Dawn. O melhor que podemos fazer é sair daqui e levá-la ao hospital. Acho que a pressão da terra está fazendo-a sentir-se ainda pior... — completou Candice.
— C-Cuidado!!
Luke deu um grito e puxou no braço de Candice que estava na beira de um abismo que poderia facilmente passar-se despercebido naquela escuridão. O labirinto parecia ter vida própria, onde antes não haviam buracos começavam a surgir crateras e paredes locomoviam-se com a mesma intensidade para confundi-los e prendê-los ali para sempre.
Fosse lá quem o tivesse construído, era um verdadeiro gênio.
— Obrigada, Luke. Essa foi por pouco — agradeceu Candice.
— Precisamos dar um jeito de sumir daqui o quanto antes! Parece que as paredes estão nos prendendo... — assentiu o jovem.
— E pra falar a verdade, até estou começando a ficar meio claustrofóbico também — acrescentou Lukas. — Como eu queria que a Paula estivesse aqui, ela poderia encontrar uma saída! Ela me trazia esperanças...
Roark ficara encarregado de examinar o portão de Regirock na companhia de Riley, e enquanto isso, Ike e os demais membros da equipe ficaram no salão dos três portais cuidando de Dawn e refletindo sobre a possível chance de escapar dali o quanto antes. Ike sentou-se sobre uma pedra e cruzou as pedras, pensando em todos os livros, manuscritos e experiência que tivera para tentar descobrir uma resposta. O mistério de Regigigas continuava, e se o colosso dos tempos antigos gostava de charadas, dessa vez ele havia mandado uma boa até demais.
Em sua mente, o homem conseguia ouvir a voz de sua esposa.
“Vamos lá, querido. Você precisa ajudar esses garotos. Eles são especiais para nós.”
— Eu sei que são, Selena... As pessoas pensam que ser campeão traz a resposta para tudo em nossa vida, mas a cada dia que passa percebo que não tenho a resposta para nada... Eu queria ter você aqui comigo. Você saberia o que fazer...
“Eu confio em você, querido. Eu acredito em seu potencial, você pode tudo, então continue tentando. Se você não encontrar uma resposta, ninguém encontrará.”
Ike tinha as mãos entrelaçadas, observando atentamente as duas alianças que carregava em um de seus dedos. Uma realmente era sua, e a outra vinha de sua falecida esposa Selena, da Ex-Elite dos 4. Ike continuou em silêncio por várias horas, e sabia que a última opção seria desistir. Ele era o campeão, ele iria encontrar uma saída...
Enquanto isso, Roark e Riley examinavam os corredores escuros do portal de Regirock quando uma ideia passou na mente do líder de ginásio de Oreburgh:
— Riley, saca só essa. O que é o que é, que passa pelo sol sem fazer sombra?
O veterano parou, voltando-se para o líder de ginásio com um ar sério.
— Por que está fazendo essa charada?
— Sei lá, para nos divertirmos um pouco. O ar têm estado pesado, e acho que um pouco de risada seria bom para que pudéssemos nos distrair — respondeu Roark com uma risada espontânea. — E então? Sabe a resposta?
— O vento. Foi fácil porque gosto dessas coisas — respondeu Riley, ajeitando seu chapéu. — Você tem outras de onde essa veio?
— Opa, pode ter certeza que tenho tempo de sobra para pensar nessas coisas enquanto batalho contra crianças de dez anos em meu ginásio! O que é o que é, na água não molha e no fogo não queima?
— Hm... A sombra.
— Muito bom! Vou mandar mais uma.
— Roark, já chega... — pediu Riley, mas oigo não lhe deu ouvidos.
— O que é o que é, quanto mais se perde, mais se tem?
— A resposta é o sono. Minha vez agora, o que é o que é, quanto mais se enche, menor fica?
Roark pensou por alguns minutos, mas não obteve resposta.
— A paciência, meu caro amigo — disse Riley com uma risada. — Agora vamos nos concentrar no que realmente precisamos fazer e descobrir se há algo por trás dos portões de Regirock.
Subitamente a única lanterna que Roark tinha em mãos começou a falhar. O rapaz tentou retirar as pilhas e trocá-las de lado, mas de nada adiantou. Quando abriu sua mochila à procura de pilhas, percebeu que as últimas tinham acabado.
— Cara, acho que vamos ficar no escuro — disse o líder de ginásio um pouco sem graça.
— Roark? Onde você está?
— Estou aqui cara, siga a minha voz, Riley! A vooooooooozzzzz!! A vooooooooozz!! Uhhhhhhh!! Siga a beleza e a sonoridade dessa belíssima melodia aos seus ouviiiidos!!
— Chega. Já o encontrei. — respondeu Riley, ainda no escuro.
Roark permaneceu em silêncio.
— Não encontrou, não.
— Encontrei, sim. Estou segurando aquele seu capacete velho...
— Oh, minha nossa senhora, como fui burro o bastante para esquecer o meu capacete especial M89 geração Relics restaurado pelas melhores fábricas, lanterna Explorer Deluxe X5! Deixe-me acender a lâmpada...
Quando Roark acendeu a lanterna, ele percebeu que Riley na verdade encontrava-se um pouco distante, e apalpava algo um pouco mais estranho do que um capacete.
— E-Ei, parceiro... Quero ver você responder essa... O que é o que é, tem garras afiadas e um olhar macabro, tem a casca dura e um rabo. Vem dos fósseis e quer nos matar, é melhor correr se não quiser se esganar...!
As profundezas do templo de Snowpoint era tão misterioso que ali eles haviam acabado de deparar-se com um Armaldo furioso, despertado de seu sono profundo na escuridão. O Pokémon realmente tinha garras afiadíssimas, e sua coloração era tão escura que ele parecia nunca antes ter visto a luz do sol. Não era nada como os Armaldos que o líder ressuscitava em seu museu, e ver um que poderia estar vivo desde os primórdios do mundo era no mínimo... assustador. Aquele monstro era aterrorizante, assim como tudo que habitava no templo, Roark e Riley correram o máximo que puderam em direção da porta que vieram, mas o Pokémon continuava a segui-los, e aquele movimento chamava cada vez mais atenção das criaturas ao redor.
Quando os Irmãos Wallers notaram o barulho e o grito frenético do líder de Oreburgh, eles perceberam que algo havia acontecido.
— O que esse nerd cabeçudo aprontou agora? — praguejou Candice.
Roark e Riley apareceram correndo minutos depois, e até mesmo o veterano que sempre tentava manter a classe não pensou duas vezes em desaparecer dali a enfrentar aquele Armaldo furioso que o perseguia. A questão é que as charadas toscas e risadas de Roark pareciam ter despertado centenas de fósseis que lá habitavam, e agora os Pokémons ancestrais se colocavam em volta da equipe aos montes para atacá-los.
Luke segurou Dawn no colo para protegê-la. A garota estava cansada demais para caminhar. Em meio àquele turbilhão de Pokémons que os atacavam, não restavam muitas alternativas, a não ser lutar.
— Eu queria testar uma hipótese, então só me resta torcer que isso dê certo — disse Ike para seus companheiros.
O campeão lançou a pokébola de seu Registeel, sendo acompanhado por Regirock e Regice. Os três golens formaram um triângulo bem no centro do salão na plataforma elevada, e cada vez mais as criaturas selvagens se aproximavam. Os olhos dos Pokémons fósseis brilhavam de raiva. Dando início à um ritual, os três golens combinaram suas forças e um tremor foi sentido.
— Se nenhuma das portas levava a lugar algum, precisávamos descobrir outra passagem — afirmou Ike.
De repente, o chão sobre onde eles estavam ruiu e começou a descer como se fosse um elevador. Os Pokémons Fósseis afastaram-se com o barulho, e cada vez mais a equipe descia para uma área ainda mais profunda.
— O que está acontecendo? Para onde estamos indo?! — indagou Lukas.
— Acho que finalmente chegamos à verdadeira tumba de Regigigas — assentiu Riley com um sorriso.
A escuridão prevaleceu, e mesmo naquele lugar a lanterna do capacete de Roark tornava-se fraca e cada vez mais escassa, até que se apagou. Os relógios atrasaram os minutos, as bússolas apontaram para o sul e toda a noção de tempo e espaço desapareceu. Não havia nada que os iluminasse ali, mas uma luz natural pôde ser vista vindo de diamantes nas paredes e pedras preciosas que cobriam todo o chão. Uma luminescência azul dava uma sensação mágica para aquele lugar, mas nenhum deles ainda sentiam-se seguros.
O elevador continuou descendo, sendo controlado pelos três regis. Assim que eles alcançaram o chão, a pressão aumentou, e Roark teve a impressão de que eles alcançavam o centro da terra.
— E-Este lugar... é lindo... — sussurrou Dawn com a voz fraca, ainda apoiada no ombro de Luke.
Era uma visão belíssima, os diamantes esculpiam as paredes aos montes, fontes de ouro e prata formavam um rio ignorando toda a lei da física que existisse no mundo lá fora, uma estrada de tijolos adornados em rubi e safira guiavam para um ponto em comum; mas estava claro que nada daquilo havia sido feito por mãos humanas. Nenhum humano sequer havia chegado ali, aquele era um núcleo secreto construído pelo próprio Regigigas, e agora, o golem colossal os aguardava.
Os regis começaram a caminhar por conta própria em direção do fim do corredor. Eles pareciam ser chamados por algo, e suas luzes brilhavam com um amarelo fraco, mas insistente. Seus treinadores os acompanharam até onde eles alcançaram uma estátua imóvel de grandiosidade insuperável. Os Irmãos Wallers olharam para cima até onde sua visão chegasse, mas nem mesmo assim era possível ter uma noção da altura daquele monumento.
— É ele... Nós finalmente encontramos o lendário perdido, Regigigas! — afirmou Roark.
Assim que os três golens fizeram um ritual eles ficaram de frente ao Regigigas e pareceram enviar-lhe forças como se fizessem alguma espécie de reparo, ou recarregassem uma bateria. Primeiro, brilhou uma luz acinzentada bem fraca; depois, um azul cobalto sereno; e por fim, um vermelho agressivo. Quando a recuperação pareceu terminar, o imenso colosso levantou-se e esticou seus braços com tanta força que as paredes ao seu redor quase vieram a baixo.
— Recuem!! — gritou Riley.
O Regigigas levantou-se, esticou as pernas e cerrou os punhos com uma fúria imensa. Despertando de um sono que parecia ter durado mil anos, uma voz rouca e cansada começou a balbuciar uma língua estranhamente irreconhecível.
— WOAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHH... URRRRRRRRRG... BRUAAAAAAAAAAARHH... BRUUUUM... GIIIIIIIGAS!
Quando aquele berro insistente cessou, o Pokémon Lendário falou:
— ...NOSSA!! Que sono bom. Acho que dormi demais, hm....!
— E-Ele falou... O Pokémon falou... — gaguejou Roark.
— Pokémon? Eu não sou um Pokémon, eu sou um titã! — respondeu Regigigas, fazendo longas pausas e emitindo sons estranhos.
O gigantesco golem apoiou-se para chegar bem perto dos jovens e encará-los de frente. As luzes no peito da criatura brilhavam, e seu tamanho poderia facilmente intimidar qualquer oponente. Se o golem tivesse intenção de atacá-los não haveria escapatória. Após examiná-los com atenção, a criatura falou:
— Humanos? Sete humanos? Huaam...... O que traz sete humanos ao meu santuário? Vocês decifraram todos os meus enigmas e charadas e fizeram seu caminho até aqui? Bruuuuuuuarrm.... Que surpreendente, surpreendente! Fazia alguns séculos que ninguém conseguia este feito! Eu estou, hm.................... impressionado.
Todos ali presente estavam surpresos demais para falar qualquer coisa, o que fez o imenso Regigigas sentir-se incomodado.
— O que houve? Será que eu dormi tanto que os humanos voltaram a regredir? Será que eles não falam mais? Buurarum... Hmmmmm.... Eu deveria ter concertado meus circuitos antes... Em qual milênio estamos?
Lukas era o único que já tinha uma maior experiência com Pokémons Lendários, e até mesmo seu irmão Luke parecia impressionado com aquela ocasião. Regigigas era uma de suas lendas preferidas, e descobrir que aquele imenso colosso realmente existia havia sido uma surpresa e tanto.
— Estamos no século XXI, senhor Regigigas. E viemos aqui descobrir qual era o motivo de seu aparente sumiço. Pensávamos que você havia deixado de existir — afirmou Lukas.
— N-Não converse com ele! — afirmou Candice.
— Não se preocupe, já estou bem acostumado a falar com Pokémons Lendários — respondeu o garoto com um sorriso.
O Regigigas apoiou novamente suas enormes mãos em volta do jovem, deixando sua voz ecoar como um troar grave e sem pressa alguma. Seu caminhar era lento, e cada uma de suas palavras demoravam a serem compreendidas. Tempo nunca fora um problema para aquele titã, e por isso ele levava a vida à sua própria maneira.
— E quem seria você, garotinho? Sinto que já o vi em, hm......... algum lugar...
O Regigigas permaneceu em silêncio até soltar uma risada exagerada como se lembrasse de uma piada que fora feita para ele minutos atrás.
— BRUAH! Deixado de existir? Sou mais antigo do que a própria existência deste planeta! Mas como todo ser vivo que se preze, algumas vezes preciso de alguns, hm... Como vocês dizem? Reparooooooooosss....
O golem pareceu cair no sono, fazendo com que o Regice, Registeel e Regirock voltassem a ajudá-lo. De alguma maneira aqueles três representavam sua fonte de energia. Assim que o Regigigas despertou, ele voltou um olhar cansado para os aventureiros, principalmente para Lukas.
— Ainda estão aí? Em que século estamos? Sinto que já o vi em, hmm.... algum lugar. Entregue-me esta pedra que você tem no bolso.
Lukas imediatamente estranhou aquele pedido.
— Como sabe que tenho algo no bolso? — perguntou o garoto.
— Não pergunte. Eu sinto que você tem algo quebrado, jovem, minha especialidade é quebrar coisas. Bruaaarh...Venha cá, dê-me isso.
Lukas retirou do bolso dos os fragmentos do colar que Paula havia o entregado, o Lustruous Necklace. Quando as mãos gigantes de Regigigas tocaram todos aqueles estilhaços eles pareceram juntar-se e se reconstruírem como se fosse mágica.
Logo o colar estava completamente restaurado.
— Quem diria que com essas mãos imensas o lendário Regigigas também pode concertar coisas além de destruir! — disse Riley admirado, não perdendo uma chance de fazer muitas anotações.
— Este é o meu poder, hmmm.... Homem de chapéu. Eu dou forma e tiro de tudo ao meu redor, posso criar e destruir com a mesma intensidade. A última vez que eu e o velho Arceus tentamos algo parecido foi quando... Bruuuurhh... Não lembro. Os continentes de vocês continuam separados ou ainda estão todos juntinhos?
— Pangeia? — perguntou Roark com uma risada.
A conversa com Regigigas era produtiva e curiosa, certamente haviam muitas perguntas sobre o que aquele colosso representava. Mas naquele instante, tendo seu colar completamente restaurado, Lukas não pensou duas vezes em utilizá-lo.
— Paula? Paula? Paula? Você pode me ouvir?
Não houve resposta por um longo tempo, e o jovem perdeu as esperanças.
— Acho que o colar pode ter sido recuperado, mas seu poder, não... — disse Dawn com um olhar entristecido para seu amigo.
Lukas suspirou em sinal de desapontamento.
— Paula... Eu só queria ouvir a sua voz...
— Eu estou aqui, querido.
Não demorou para que Lukas virasse o seu rosto e pudesse ver que Paula, sua eterna parceira, que o esperava do outro lado do corredor. O menino não tardou em correr em sua direção para abraçá-la com força e carinho. Lukas era um garoto forte, mas ele não podia esconder que sentira medo enquanto estava preso naquele lugar aterrorizante. Paula passou a mão em seus cabelos, sorrindo de maneira graciosa.
— Eu disse que iria encontrá-lo — disse ela. — Mas você me encontrou antes. Obrigada por restaurar o colar, sem isso eu teria demorado muito mais para localizá-lo.
— Ah, então o colar é tipo um GPS que você prende no seu namorado para saber todo lugar que ele vai... — presumiu Roark, levando uma cotovelada de Candice. — Ouch!! Foi só um comentário solto!
Paula agora voltou sua atenção para o velho Regigigas que permanecia sentado, porém, a Guardiã do Espaço não tinha uma expressão muito satisfeita.
— E você, tio Gigas? Por que continua com essas charadas bobas que nem eu consigo acertar? Por causa desses seus poderes mágicos eu tinha a entrada limitada em seu templo!!
— Bruaaaarh... Charadas bobas?! Hauuuum.... Eu passo anos pensando em como torná-las perfeitas, e você não esperava que fossem de fácil resolução, não? Hmmm.... Charadas, minha jovem, charadas. Responda o velho Gigas! O que é o que é, infinitamente intenso, nós sentimos mas não vemos, sendo a sua proporção, hm..... Algo IMENSO...
Paula levou sua mão até sua cabeça, um pouco constrangida por aquele momento.
— A resposta é amor, tio. Agora pode parar com isso? Está me deixando constrangida na frente do Lukas...
O golem colossal apontou seu dedo em direção do menino que até assustou-se com o gesto súbito.
— EU SABIA! Brruuuuuh... Sabia, sabia! Hauuuum... Eu sabia que já tinha visto esse garoto em algum lugar.
— Está falando de mim? — perguntou Luke.
— Ohhhh, tem dois deles agora. Impressionante, hmm....!! — disse o Regigigas impressionado, mas depois apontando seu imenso dedão em direção de Lukas. — Não, espera. É ele. Só ele. Você é o namorado da Paula, não?
— Como o senhor me conhece?
— Como eu o conheço? DUHMMM...! Nós já nos vimos antes, simmmmm, hm...
— Tio Gigas... N-Não é ele... — disse Paula com a voz sem graça.
O Regigigas parou e examinou o garoto com mais atenção.
— Como não...? Mas ele é igualzinho, idêntico ao menino, humuum... Como era o nome dele mesmo? Ahh, minha memória já não é tão boa quanto no milênio passado... Bruuuuuuuuh, isso parece brincadeira de humanos...
— O que ele está falando, Paula? — perguntou o garoto.
— Não é nada, Lukas... Ele é só um velho sem alguns parafusos, e...
— LUKAIAN! Ohh sim, sim, este era o nome.
Lukas e seus companheiros viraram-se para Paula que ficou sem reação. Aquela estranha conversa deixava cada vez mais dúvidas na mente de todos eles, e exatamente por aquele motivo Paula não queria visitar as ruínas.
Sendo Pokémons Lendários era de se esperar que a Guardiã do Espaço e o colosso se conhecessem, mas Regigigas era um daqueles velhos que nunca esqueciam de algo. Nunca. Ele poderia demorar a lembrar-se, mas jamais esquecia, e naquele instante ele tinha certeza de que já vira Lukas em algum momento de sua vida, ou até em alguma reencarnação passada.
— É uma longa história... — sussurrou Paula, sentando-se sobre alguns cristais enquanto narrava aquela história perdida no tempo.
Há incontáveis gerações, um herói renomado estava fadado a governar o planeta e livrá-lo de todos os terríveis males que o atordoavam. Seu nome ficaria marcado na história, pois ele era belo e poderoso, mas acima de tudo, sua honestidade e bondade permitiam que ele governasse seu reino com sabedoria e justiça.
Naquele tempo a Guardiã do Espaço apaixonou-se por sua bravura e coragem. A lendária Palkia admirou-o durante muitos anos em segredo, mas qualquer relação entre humanos e Pokémons Lendários não seria permitida por Arceus. Decidindo quebrar todas as regras do Conselho, Palkia transformou-se em uma humana para conquistar Lukaian e ter a oportunidade de amá-lo ao menos uma vez. Aquilo resultou em uma intensa guerra de humanos contra Pokémon que custou a vida do Herói Dourado e de muitas outras pessoas.
Palkia perdeu seus direitos de dominar o espaço, sendo obrigada a viver o resto de seus dias em uma amargura de ter causado tanta discórdia na terra. O supremo Arceus, sabendo das escolhas de Palkia e vendo claramente sua tristeza, decidiu dar-lhe a oportunidade de amar mais uma vez. Seus poderes seriam devolvidos, mas como punição, ela jamais teria aquele que amou para sempre.
O Herói Dourado da história reencarnou após 1000 anos em um jovem menino, e de tempos em tempos ele voltava à vida para a Guardiã do Espaço amá-lo mais uma vez. E assim as gerações passaram, passaram, e passaram... Paula estava fadada a sentir o gosto amargo da morte daquele que amava enquanto sua vida eterna de guardiã durasse. Esta seria sua punição.
Mas agora, Lukas era um destes decentes, predestinado a encontrar-se com Paula no futuro. E mesmo sabendo o futuro que lhe aguardava, a mulher estava disposta a amá-lo cada segundo e aproveitar o tempo que lhe fora dado, pois esta era sua escolha.
— Lukaian era o nome deste herói que viveu neste mundo, muito antes de qualquer um de vocês... O tempo vai, mas eu já disse uma vez que poderia esperar 1000 anos somente para encontrá-lo, e ainda não mudei de ideia.
Paula então voltou-se para Regigigas, demonstrando uma feição de carinho e ternura.
— Eu não queria vê-lo por causa disso, tio. Você é um dos poucos que estava lá comigo, batalhando contra os humanos naquela guerra. Você e mais alguns entes queridos, apenas vocês sabem deste meu segredo que desde minha existência venho tentando esquecer... Mas este pensamento jamais desaparecerá da minha mente.
A mulher agachou na altura de Lukas, segurando suas mãos macias.
— Lukas, você acha que o destino foi egoísta... por obrigá-lo a me amar? — perguntou Paula.
Lukas sorriu, procurando as palavras certas para sua companheira. Era difícil crer naquilo, e de fato Lukas jamais acreditara em reencarnação ou coisa do tipo, mas os últimos meses haviam apresentado muitas mudanças em sua vida. Talvez até do que ele mesmo imaginara.
— Eu fico muito feliz por amá-la, Paula... E se depender de mim, espero amá-la com a mesma intensidade. Nesta vida quero aproveitar cada momento sem saber ao certo o que o futuro me aguarda, mas em meu íntimo eu sabia que algo por você era mais intenso do que apenas o destino.
Lukas segurou-a de maneira singela, dando um beijo em sua testa.
— E, se neste exato momento você me der a escolha de ser livre ou continuar ao seu lado, então digo que estarei aqui com você pelos próximos mil anos.
Neste exato instante, o Regigigas soltou um barulho muito alto como se realmente tivesse intenções de interromper aquele instante.
— Baaaaaaahhurrr!! Olha só o horário! Vocês humanos não estão cansados de ficarem dentro deste lugar, não? Ninguém gostaria de viver em um lugar como esse! Quem foi o louco que construiu isso tudo? Deixe-me tirá-los daqui agora mesmo, subam então, companheiros! Vamos fazer uma viagem, hmmmmmmm....... pela terra!
O Regigigas agachou uma de suas enormes mãos que conseguiam carregar todos os sete treinadores ali em cima. Paula soltou a mão de Lukas e sorriu para ele, dando-lhe uma piscadela e prometendo que muito em breve eles se reencontrariam.
— Só não vá quebrar o colar de novo, tudo bem? — sorriu ela.
— Terão de me matar se quiserem esse colar da próxima vez — respondeu o menino.
— Segurem-se, pequenos humanos. Nós vamos, burahm... pular.
O Regigigas formou uma proteção em volta dos jovens para que nenhuma pedra pudesse feri-los, e então, esticou suas pernas e pulou com tanta força que a montanha logo acima de seu corpo quase despencou. Ele destruía tudo ao seu redor, como se aquelas intransponíveis paredes de rocha não passassem de montes de areia em seu caminho. Os jovens podiam ouvir o barulho ao seu redor, e realmente parecia que eles avançavam no tempo para uma época muito distante.
— E pensar que tantas histórias foram perdidas e jamais serão estudadas... Perdemos uma grande oportunidade de revolucionar a ciência lá embaixo! — disse Roark entristecido por não ter recolhido sequer um daqueles cristais luminescentes.
Riley colocou a mão no ombro do companheiro e sorriu.
— Mas o que nós vimos será guardado para sempre, caro amigo — falou o veterano de maneira sábia. — Não desperdice seu conhecimento, vimos coisas aqui que nenhum outro humano verá.
O Regigigas avançava com tanta força que Roark começou imaginar a que profundidade eles haviam chegado. O Templo de Snowpoint deixaria boas lembranças, naquele ambiente hostil até mesmo a força dos mais poderosos treinadores fora colocada à prova, mas no fim das contas aquele teste havia finalmente terminado.
Um estrondo foi sentido, e quando o Regigigas abriu as mãos os jovens puderam ver o céu azul brilhando sobre eles. Árvores verdes cobriam todos os lados, e podia-se notar que eles estavam no pico de uma montanha muito alta, apreciando a vista ao lado do Lendário Regigigas.
— Onde estamos? Onde está a neve? — perguntou Candice. — Eu podia lembrar que estávamos em Snowpoint City quando entramos no templo.
Luke deixou que Dawn se sentasse em uma pedra enquanto ela recuperava o fôlego. A moça arfava, mas sua pele já melhorava com aquele ar puro fazendo-a sentir-se bem melhor. O garoto levou a mão até a cintura e comentou:
— Por via das dúvidas nós a levaremos para o hospital de Snowpoint, Dawn, mas também estou confuso... Onde nós estamos agora? — perguntou Luke.
— Estou procurando acessar um mapa em meu Pokégear... Bem, aqui diz que nós estamos na... Rota 210...?
Um silêncio prevaleceu.
— O QUÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊ???? — todos gritaram ao mesmo tempo.
— ROTA 210?!!! Vocês têm ideia do quanto andamos?! Vocês têm noção da distância que percorremos e de quanto tempo levaria para que completássemos esse percurso?! — gritou Roark apavorado. — Oh, meu Arceus, será que ficamos cinquenta anos presos lá dentro??
— ROTA 210?!!! Vocês têm ideia do quanto andamos?! Vocês têm noção da distância que percorremos e de quanto tempo levaria para que completássemos esse percurso?! — gritou Roark apavorado.
— Bem, ainda são meio dia e trinta e cinco, do dia vinte e dois de junho. Tecnicamente nós passamos menos de doze horas lá embaixo, isso é surpreendente, o tempo perde total controle naquele subterrâneo! — disse Riley, admirado.
— É, mas vocês sabem como estou longe de minha casa agora? E como fica o meu ginásio abandonado lá? — reclamou Candice.
Todos os outros riram, pois agora tinham motivos para se divertirem e comemorarem uma fuga bem efetuada. O mistério por trás de Regigigas fora resolvido, o motivo dos três regis agirem de maneira estranha também, e de quebra, Lukas teria muitas histórias para ouvir de Paula sobre sua existência em vidas passadas. Tudo aquilo dariam excelentes publicações para Riley e seus livros.
— Isso me lembra que eu fiquei devendo algo para você, Luke — comentou Riley.
O homem foi em direção de Candice, e após contar para a líder de ginásio que aquele menino havia conseguido derrotar o veterano em uma batalha, a mulher trouxe-lhe a sétima insígnia, do ginásio de Snowpoint.
— Você venceu o Riley mesmo? Não preciso que prove para mim o quanto você é bom, Luke. Qualquer treinador novato teria amarelado nos primeiros três andares do Templo de Snowpoint, e derrubar o Riley não é trabalho para qualquer iniciante! Tome, esta é a Icicle Badge. Você a merece mais do que ninguém.
— Qual é, nós nem batalhamos, Candice!
— Mas você enfrentou um exército de Golbats mutantes, lutou contra Pokémons fósseis do passado, passou fome e desespero lá embaixo, provou para mim que é capaz de encarar lendários frente a frente, e ainda por cima me salvou lá embaixo de cair em um abismo! Nenhum de vocês tinha a obrigação de seguir nessa comigo, e ainda assim, todos se uniram para me ajudar. Devo isso à todos vocês...
Candice fez um cumprimento gentil para a sua comitiva que naquele instante começaria a se dispersar para que cada um seguisse seu próprio caminho. Fora uma aventura e tanto, mas agora ela chegava ao fim.
— Poderei partir tranquila, pois sei que o mistério do sumiço de Regigigas foi resolvido — disse a líder de ginásio. — Só acho que vou evitar um pouco entrar no Snowpoint Temple nos próximos meses... Por hora tudo que eu queria é m banho quente! Estou pensando em deixar o gelo por uns dias e ir lá para Lavaridge, em Hoenn, visitar minha amiga Flannery.
O imenso Regigigas continuava parado como se fosse uma montanha. Ele observava atentamente o sol como se estivesse admirado por ele, deviam fazer alguns milhões de anos que o colosso não o via.
Lukas coçou a cabeça um pouco sem graça ao olhar para baixo.
— Droga, mas não será nada fácil explicar para o Governo por que uma montanha mudou de lugar assim de repente...
— Não se preocupe, eu dou um jeito nisso — respondeu Ike com um sorriso. — Eu sempre dou.
A aventura no Templo de Snowpoint fora inclusive uma excelente maneira de aproximar ainda mais os Irmãos Wallers daquele homem tão misterioso que fizera parte de sua infância. Quando Ike avistou os dois ele sentiu que ainda podia ouvir a voz de Selena em sua mente, sorrindo e parabenizando-o pelo grande trabalho.
Eu sabia que você ia conseguir!
— Sim, querida. Obrigado pelo apoio... — respondeu Ike, sentindo o toque frio do vento em seu rosto e observando aquela paisagem que para sempre ficaria marcada em sua vida. — Entramos aqui ao anoitecer, e saímos exatamente com o nascer do sol.
O primeiro desafio ali seria descer do topo daquela montanha. Eles até imaginavam que na manhã seguinte todos os jornais comentariam à respeito do misterioso surgimento de Regigigas na Rota 210, mas graças àquilo, Ike, Candice e Roark ficariam bem ocupados e entusiasmados com a mídia.
Riley já aproveitava cada momento livre para fazer anotações em um caderninho velho, mas era chegada a hora de despedir-se.
— Nunca imaginei que sentiria tanta falta do céu azul em minha vida. Devo agradecer todos vocês, há tempos eu não tinha uma aventura maravilhosa como essa. Terei tempo e assunto de sobra a comentar em meu próximo livro — disse o veterano.
— Eu que diga, aprendi muita coisa nova lá embaixo, posso continuar meus estudos e creio que o mistério por trás dos atos de Regirock finalmente tenham sido resolvidos! Valeu, galera — acrescentou Roark. — Ah, droga, mas como eu gostaria de ter levado ao menos uma pedrinha rara para estudar! Como eu pude ser tão descuidado e não coletar nenhuma informação?!
— Sério mesmo que você não pegou nada? Cara, minhas costas estavam até começando a doer de tão cheia! — disse Luke, abrindo sua mochila e revelando as centenas de pedras raras lá guardadas.
Os olhos de Roark brilharam.
— Por Arceus, é um milagre!! Eu sou muito sortudo, é por isso que te chamam de Lucky, você traz boa sorte!! — agradeceu o líder. — Obrigado, meu amigo, obrigado, obrigado, obrigado, obrigado! Este é o melhor presente de minha vida!!
— Ei, quem disse que eu ia te dar todas? Hah, hah, zuera cara... Pega algumas. Só algumas, hein? Eu disse algumas.
No fim das contas Luke acabou concordando em deixar todas as suas pedras coletadas com Roark, pelo menos o líder de ginásio daria um bom futuro para elas que seriam expostas no museu de Oreburgh e visitadas por cientistas de todo o Mundo Pokémon. Candice já havia arrumado suas coisas para começar sua longa viagem rumo à longínqua Snowpoint; Riley reunira todas as informações e prometera que voltaria a encontrar-se com seus amigos na Liga Pokémon do fim de ano, enquanto Roark também certamente estaria lá para torcer por eles.
— O que pretendem fazer agora, meninos? — perguntou Dawn.
— Bem, nós estamos perto de Hearthome, acho que podemos passar por lá e fazer um descanso bem merecido... Depois disso até eu quero ficar longe do subterrâneo! — brincou Luke. — Ei, tio Ike, quer ir com a gente?
— Eu tenho de fazer meu caminho até a Liga, tivemos sorte do tempo alterar-se lá embaixo, caso contrário Sinnoh tornaria-se um caos sem o seu campeão por tanto tempo. Não posso ausentar-me por tanto tempo em meus primeiros meses, certo? Agradeço todos vocês pela incrível experiência, mas agora farei meu caminho para casa.
— Quer uma carona? Huuuuuuum...? — perguntou o Regigigas.
— N-Não, obrigado...
O homem voltou-se para trás e encarou Luke que ainda tinha a Icicle Badge em suas mãos. O campeão sorriu e falou de maneira serena:
— Só falta uma agora. Você sabe onde eu estarei te esperando, jovem Luke. Treine muito, e nos encontraremos lá em cima.
Ike jogou sua mochila para trás e foi caminhando até descer a montanha e desaparecer de vista. Regigias deu uma carona para que Luke, Lukas e Dawn fizessem caminho com maior facilidade, e voltando para o buraco de onde veio o colosso despediu-se sem saber quando voltariam a encontrar-se.
— Adeus, meus pequenos humanos de terras distantes...! Onde o céu brilha intensamente, e as árvores ainda se curvam conscientes... Hmm... Voltem a me visitar, pois farei charadas e labirintos ainda mais intransponíveis da próxima vez. Esses humanos audaciosos... Espero que as futuras gerações tenham jovens tão capacitados quanto vocês!
— Obrigado por tudo, senhor Regigigas. Não vá parar de funcionar, hein? Será horrível ter de descer lá embaixo somente para recarregá-lo novamente!
O gigante soltou uma longa risada.
— Bruah, bruha, bahuuarrhammr!! Esteja em paz, garoto, porque isso só acontecerá no próximo, hm......... milênioooooooooommm...!!
E fechou a montanha, voltando para o abismo de onde saíra para nunca mais ser visto por aquela geração.
A Rota 210 estava tão silenciosa e pouco movimentada que Lukas imaginou não ter vindo parar na época errada. Parecia que eles tinham ficado meses presos naquele túnel escuro, e agora separar-se de Roark, Riley, Candice e Ike trazia-lhes uma sensação de vazio incomparável. Eram apenas os três, os três viajantes, os três amigos em busca de seus sonhos, mais uma vez.
— E agora? O que fazemos depois dessa aventura maluca? — perguntou Dawn, exausta de tudo aquilo.
— Banho. Um banho, URGENTE. E de preferência naquele hotel dahora do tio Glenn, e se eu bem me lembro, tinham uma casa de banhos voltada especialmente para casais... Um banho junto dessa vez caía bem, não? — brincou Luke com uma risada.
— Estou pensando em ir para Hearthome, marcar um Contest, aproveitar esse tempinho para descansar, e... Bem, ficar com vocês. — comentou Lukas de maneira acanhada.
Seu irmão riu ao colocar o braço em volta de seu ombro.
— Não esquenta, pivete! A gente deixa você entrar na banheira junto com a gente.
— Eu não quis dizer isso... Espera, e eu nem quero isso!! Fiquem longe de mim, seus assanhados!! — gritou Lukas, correndo para longe.
— Ei, eu só ri, não quer dizer que eu concordava! — respondeu Dawn com uma risada espontânea. — Fala sério! Só vocês dois conseguem me fazer sentir-se assim. Eu já estava começando a ficar com saudade disso tudo de novo!
— Dawn, você foi mordida por um Golbat mutante... Não quer passar pelo hospital antes? — perguntou Luke.
— Ora essa, de repente virou assim todo prestativo! É bom correr, porque se eu chegar em Hearthome antes de você saiba que essa noite sou eu quem dito as regras! ❤ — disse a garota com uma risada, correndo o mais rápido que podia.
Luke ficou ali observando seus amigos se distanciarem. Mesmo que ele adorasse a aventura e o perigo das profundezas da terra, o garoto sabia que não trocaria por nada a liberdade de correr pelas rotas verdejantes de Sinnoh. Aquela era a melhor sensação do mundo, ser livre para fazer o que quiser. Luke esticou seus braços e fechou os olhos, sabendo que agora voltaria a concentrar-se no único objetivo que lhe restava: A insígnia de Sunyshore, sua cidade natal.
— Ah, foda-se a insígnia por enquanto. Eu vou é me divertir!
...E correu para acompanhar os seus amigos o mais rápido que podia.
Paula estava lá em cima, sentada no pico da montanha enquanto observava os três jovens correrem e rirem como nunca. Cada dia aprecia fortalecer ainda mais a relação daquela equipe, e aquilo a deixava mais feliz. Logo ao lado da mulher estava seu irmão Diego, o Guardião do Tempo.
Paula voltou-se para ele, e segurando seu colar de pérolas com carinho, sorriu.
— Acho que esses 1.000 anos serão os mais longos e agradáveis de minha vida.
Mas já acabou? Quero mais, gente! kkk!
ReplyDeleteVirei fan agora do Regigigas. Sério, simpatizei muito com o jeito lerdão (me lembrou de mim) da criatura. Todo na paz e com uma memória boa. Quero gijinka, não só dele mas também do Diego e do Gilbert. Necessários eles. kkk! Mentira, necessários não, mas aconselháveis se o autor/ desenhista tiver tempo, paciência e inspiração. Olha como estou compreensivo, gente.
Jogando compreensão no lixo agora, quero mais capítulos! Quero FT do Vista fodão. Quero mais capítulos! Quero os Shippings! Me want more! Me a cave man! Me say more! kkk!
Olha, gostei e muito da história do Lukaian, e adorei a ideia do especial. Vai ficar foda. Mas, como gosto de dar palpite, lá vai uma sugestão: arranja um nome com alguma coisa a ver com os jogos de Zelda, uma coisa foda que todo mundo que bate o olho lembra e adora, como foi o Sadness orchestra. Seria muito foda! kkk!
E o povo tá chegando em Hearthome! Muitas cositas lá. Tenho certeza que a pessoinha mais especial do mundo pro Canas vai estar lá, fazendo suas aparições hilárias e românticas. E quem será essa pessoa? Dica: é velha desdentada e muchibenta. Bacana, bacana, é a Fantina! Uhul! kkkkkkk!
Quem mais será que volta? Não importa, quem vier tenho certeza que será especial.
Nossa, escrevi muito.
Pra acabar, só digo uma cosita:
Adios,
Moacyr
Yo, Canas, que capítulo cara... o Lukas é um herói do passado que está destinado a renascer a cada mil anos e se apaixonar pela Paula, incrível, mas, eu acho que Arceus até que foi bonzinho, porque o Lukaian(atual Lukas) iria morrer de qualquer jeito, pelo menos agora eles podem se re-encontrar mesmo que a cada mil anos, e rapaz, esse labirinto me lembrou muito o labirinto de Dédalo, que aparece no Percy Jackson e os olimpianos a batalha no labirinto, enganando as pessoas e tudo mais. E o Regigigas até que é boa gente, eu achei que ele seria um velho carrancudo e chato que ia sair destruindo tudo e a todos. Em fim um ó timo capítulo como sempre, e estou esperando o próximo daqui a 5 minutos, dê seu jeito e poste, kkkkkkkkk, e só pra não perder o costume: CANTIA FOR EVER!!!!
ReplyDeleteSayonara Canas.
De: Firewall
P.S.: Você prometeu a Sinnoh caprichada e espero vê-la em breve do jeitinho que você descreveu viu?
Diga ae, Grande Moa! Cara, esse capítulo estava imenso, acho que ele beirou as 7000 palavras, e você achou que foi rápido?? Vish, então a leitura tava boa! kkk Fico feliz que tenha curtido cara. Então man, eu pedi para a Nyx começar a trabalhar no Gijinka do Diego, então ele realmente deve estar chegando daqui há um tempo. Eu ainda não comecei a trabalhar nem no Giratina e nem no Regigigas, mas acho que vou pensar em algo bacana para eles também. Esses dois merecem, conseguiram conquistar a atenção dos leitores depois de tudo! Mas ainda tem a fofa da Violet Hunter na frente, né kkkkk Okay, não prometo nada que farei desses personagens tão cedo, mas conforme o tempo for deixando pretendo ir atualizando todas as páginas que faltam. Não quero deixar nada perdido para Sinnoh, esse ano vou correr atrás de tudo que faltava!
ReplyDeleteTambém estou com saudades do Vista... Acho que dei uma parada de falar dele e da Wiki, porque tinha um tempo aí que eu SÓ falava deles! kk Mas pode deixar que logo mais trago alguns shippings aí para a galera. Vocês vão poder se divertir com o que os personagens acham um dos outros... Opa, e pode deixar que irei seguir sua sugestão para criar esse próximo especial, Moa! Algo bem Zelda mesmo... Vou dar uma misturada em tudo e bolar um título que o pessoal vá se lembrar, afinal, esses especiais sempre são lembrados pelos leitores por serem inesquecíveis! Valeu a sugestão cara.
Hey, Firewall, acho que até saquei o que você quis dizer... "aquela" descrição da Sinnoh... Hmmmm, prevejo peitos por aí! kk Zuera cara, pode ter certeza que ela será uma personagem muito fofa. E linda cara, até porque será minha parceira né, e não aquela velha da Fantina uhaehuaeuhae Rapaz, já que eu comecei a ler Percy Jackson esse ano encontrei muitas ideias bacanas que poderiam ser adaptadas ao enredo. No geral meu foco mesmo era criar um RPG trazendo toda essa sensação de labirintos e talz, e fiquei bem satisfeito com o resultado.
Valeu pelos comentários ae, pessoal! Essa semana eu estarei trazendo as sombras dos personagens dos Remarkable Five. Pode não ser um capítulo, mas adooooro mandar sombras, elas deixam um ar de tanto mistério! kk E ainda tenho alguns Supports em mãos, então com o tempo estarei trazendo essas novidades. Abraços ae!
EU OUVI DIREITO? HEARTHOME? Eles estão voltando para HEARTHOME? Você sabe bem o que isso significa, né? Se não sabe, o Moacyr e o Firewall já trataram de esclarecer. Veremos de novo a nossa querida Fantina (para os íntimos Fan ou Tina), a diva parisiense de Sinnoh! Já sinto até o pessoal te zoando com certas coisas, mas enfim...
ReplyDeleteEu havia comentado que esperava pela batalha do Luke com a Candice, e realmente fiquei surpreso ao ver o desfecho que você criou para toda essa história acerca do Ginásio. Ainda hoje eu tinha vasculhado o blog para procurar aquela parada que eu falei com você no último e-mail, e vi o Riley como Líder não-oficial. Mesmo assim eu não imaginava que o Luke receberia a insígnia pela batalha com ele. Mas vou confessar a você. Eu até que gostei. Ficou bem legal como as coisas fluíram, e eu sei que você deve ter pensado que ficaria cansativo eles refazerem o caminho até Snowpoint. Seriam mais capítulos com vários personagens juntos, e eu sei que trabalhar com isso é complicado e cansativo. Mas bem que você ainda podia dar uma amaciada no ego dos seus leitores e futuramente mostrar breves batalhas da Gardenia, da Maylene, do Wake e da Candice. Sei lá, só sugestão.
Ainda no assunto Ginásios e Liga, destaco essa frase:
— Só falta uma agora. Você sabe onde eu estarei te esperando, jovem Luke. Treine muito, e nos encontraremos lá em cima.
PQP! IKE, SEU FODA! Ganhou meu respeito eternamente! Cara, os pelos dos meus braços arrepiaram insanamente! PQP, VÉI! QUE ISSO!? Parece até que passou uma corrente elétrica pelo meu corpo! E por falar em corrente elétrica...
Chegou a vez do Volkner! Ah, moleque, eu sinto que você não fez toda aquela cerimônia pra ele à toa. Acho que você reservou para esse Ginásio a batalha mais impressionante que você poderia preparar para um Ginásio. E se for parar pra pensar, o Luke é nascido em Sunnyshore, estou certo? Isso é mais um motivo pra fazer desta uma batalha épica!
Bem, encerro por aqui. Quem sabe daqui há 1000 anos não haverá uma reencarnação da Aliança, e vou parar por aqui porque já tô viajando, e isso não é legal. UHAUHAUHAUHUAHUAHHAU
Até breve Canas!
Chega de Fantina cara, e o pior é que quanto mais eu tento evitá-la mais acabo me aproximando dessa mulher... Não quero nem ver como será lá em Hearthome! kk O apelido certo é Fan-fan, mãos de fada. Nem me pergunte o motivo. Oh God, era melhor eu não ter dito essas coisas aeuhaehuea
ReplyDeleteOlha cara, eu nunca tive intenções de fazer a batalha contra a Candice. É uma pena, tive que ir driblando os leitores para no final trazer uma solução mais fácil para essa insígnia. Se eu continuasse a jornada do próprio Snowpoint Temple... Nossa... Mano, acho que seriam mais uns três capítulos de enrolação até os personagens percorrerem aquela rota inteira! Essa foi a forma mais prática que encontrei de resolver tudo, e como você mesmo disse, dispensar a maioria. Vai adorável trabalhar com todos eles, mas chega. Quero minha boa e velha aventura de novo, e posso garantir que mesmo não tendo nenhum ginásio Hearthome será muito mais divertido (Até porque a Fan-fan vai estar lá kkk Só que não.) Cara, as verdadeiras batalhas da Saga Platina ainda nem começaram, e eu vou ter que ver quantos capítulos sobram da Liga Pokémon em diante... Acho que vai chegar uma hora que terão tantas batalhas que nem vai sobrar espaço para mais, mas vou considerar essa sugestão dos líderes. Seria muito legal vê-los dando as caras na Liga, não? Principalmente os que não lutaram diretamente. Aposto que a galera ia gostar.
Rapaz, e o Volkner... Esse cara foi citado pela primeira vez lá no Capítulo 20, e se passaram 50 episódios e nós ainda falamos dele. Eu TENHO que fazer algo épico cara, não importa o que seja, Sunyshore precisa ser inesquecível. Certamente, é a cidade natal deles, e isso já cria muitas expectativas. E posso dizer que o Volkner foi o mais votado entre todos os líderes de Sinnoh. O pessoal quer algo bom, quer uma luta explosiva, e eu terei de dar meu máximo para fazer desta última batalha de ginásio a melhor de todas. Superar o Byron vai ser zica, mas estou disposto a tentar.
Eu aposto que daqui há uns 1000 anos as futuras gerações ainda encontrarão a Aliança Aventuras perdida, e quem sabe eles comecem a estudar os costumes dos humanos e possa reviver a identidade das pessoas no século XXI? Sim, tudo isso é uma espaço nave utilizada para... Chega. Chega de viajar também kk Valeu pela força ae Kai, desculpa por não ter feito uma batalha de ginásio no nível que você gosta, mas essa não é minha especialidade, preciso de tempo e concentração para bolar uma coisa dessas... Pelo menos na última eu espero dar tudo de mim! Abração ae, champz! Sua vez de mandar um Arco épico em Hoenn, arrase! ;)
Agora um POEMA!
ReplyDeleteEu li o capítulo, e quando eu ia comentar, O BLOGGER COMEÇOU A FRESCAR, e não deu pra comentar!
Aqui estou eu, de vorta! E VIN DI UMNA GALAQUIXIA MUITHO DISTHANTE PA DIZE: EU TE AMO, ROARK-KUN! \O/
Meu, eu queria outra batalha com o Roark! ;-; E eu estou começando a notar uma coisa: Eu odiava o Ike, e gostava da Paula e do Arceus. E agora, está ao contrário: Eu gosto do Ike e odeio a Paula e o Arceus. Por que, você se pergunta. E eu respondo: O LUKAS VAI SER OBRIGADO A AMAR A PAULA PRA SEMPRE, ENTÃO O FIM DO MÍTICO E MARAVILHOSO LUKAS X VIVAN CHEGOU? ARMARIA, CANAS, NÃM! ;-;
Dava até pra virar um filme: Ike, mágico e poderoso. Não, pera... 'kkkkkkkkkkkkkkkkk STOPA KILI MI REI NA MUSIC EVACUATE TO THE FLOORDANCE EINFECITED ANDI BAI SONGI! EBARA FOR OVERDOSI! Essa é a música que foi minha trilha sonora quando eu comecei a ler o cap! Meu professor de inglês ficaria orgulhoso de mim agora! #SQN 'kkkkkkkkkk
Eu gostei do Tiu Regi! Muito legal ele! Juro que fiquei com medo de o Luke voltar a ter Megalomania... Mas ainda bem que ele não tem mais isso! Só falta o Volkner, e A LIGA ESTÁ PRÓXIMA! Espere, isso quer dizer... O fim de Aventuras em Sinnoh está próximo ;-; ;-; ;-; ;-; Okaaaaay...
Faz-me um favor, Canas-Kun-Sama-Senpai? Para de cortar o barato do Roark! Tenha dó de mim, uma fangirl do Roa-kun!
SAYONARA, DESTRUIDOR DE LUKINHAS X VIVI, E ISSO ME DEIXOU MUITO #BOLADASSA #XATIADA!
ta explicado isso da paula de te esperei por mil anos e posso te esperar por mais mil, a paula perdeu uns pontos comigo depois dessa, mas ainda acho um casal muito legal, e não da pra dizer que e azar ser reencarnado de mil em mil anos, ele pode ter perdido uma vida, mas teve mais de mil em troca, gostei do capitulo iria adorar ver uma gijinka do regigas.
ReplyDeleteaté mais canas!
Diga ae, galera! Por favor, não pensem como se a Paula tivesse obrigado o Lukas a ficar com ele! Isso poderia ter acontecido como também não poderia. Ela tem uma história complexa, mas se a cada 1.000 anos ela não conseguir fazer com que ele a ame ela terá de esperar outros 1.000 para conseguir isso. Não quer dizer que ela está forçando-o nem nada. Pode-se dizer que apenas o Destino é que laçou um fio vermelho entre eles, e uma hora ou outra eles vão se encontrar, mas aí começa a depender das decisões de cada um em ir atrás ou esquecer tudo isso. O destino apresenta a oportunidade, mas cabe a cada um decidir se vai agarrá-la.
ReplyDeleteE tem mais, Hearthome trará boas e velhas notícias. Rivais antigos, como o Vivian e a Marley podem dar as caras por lá, e uma coisa ainda não aconteceu desde a temporada passada: Nenhuma delas sabem que o Lukas está acompanhado. Ah, nossa, isso daria assunto para um episódio inteiro! kkkk Só porque eles estão juntos não quer dizer que jamais poderão... sei lá, brigar pelo coração de um terceiro integrante. Aposto que a Vivi não vai aceitar por nada que seu amado tenha sido capturado kk Ela vai quebrar esse selo e pegar ele de volta! uhaehuauhae Ahh, vou ver se consigo fazer esse Gijinka para o Regigigas, Alan. Ele pode ficar bem interessante, não? E Juh, você quer mais do Roark além de tudo que eu já fiz?? Poxa ele é o líder mais importante da fanfiction, foi ele quem mais apareceu, e posso dizer também que é um dos que mais tem personalidade (junto com a Fantina kk)mas o bacana é que esse é o jeito dele, né? Primeiro líder, tipo rocha ainda, o que mais posso fazer? Toda santa criança no mundo Pokémon já derrotou ele sem maiores dificuldades, e daí vem a piada! Mas não se preocupe, eu também adoro o Roark e na primeira oportunidade que eu encontrar de encaixa-lo novamente na fic, lá ele estará! Ou quem sabe... Se o Roark aparecesse em outra região da Aliança Aventuras? Hm? Isso serve? kk
Valeu pelos comments gente, essa semana espero que seja bem cheia, pois temos um feriado aí e eu terei tempo para trabalhar em novidades! Só vamos esperar essa semana de provas passar, e logo mais estou de volta com um bocado de coisas épicas. Valeu ae galera, see ya!
AAAAH! ENTÃO O ARCO DO MISTÉRIO DO REGIGIGAS ACABOU?
ReplyDeletePOXA, TAVA TÃO DAHORA!
Rapaz, esse povo foi parar no centro da terra, é isso produção?! Que doideira! O subsolo é muito perigoso, eu sempre quis visitar uma caverna, mas depois desse arco fico com medo de encontrar Golbats mutantes e lendários malucões e lerdos! Aliás, falando em lerdo, essa personalidade meio sonolenta do Regigigas me fez bocejar o capítulo inteiro, acredita? KKKKKK'
É algo tipo aquelas imagens de uma pessoa bocejando que te contagia.
É, depois de passar por tantos perigos finalmente o mistério do velho Regigigas foi resolvido! É meio triste pensar que todo esse cenário épico de um subterrâneo não vai mais ser visto... Gostei tanto da aventura com aquele toque de "Tolkien"! Mas fazer o que né? Agora o que vem pela frente vai ser ainda melhor! E cara, quem diria que de Snowpoint eles iriam para a rota 210? Hearthome, repararam na subliminaridade? Fantina vem aê minha gente... E rapaz, agora só falta uma insígnia! Luke está quase na Liga! E sinto que o próximo capítulo vai ser simplesmente FODA! Tô até ansioso só de pensar, eim? E mais uma vez ressalto: Luke e Dawn tão muito safadinhos. Socorro gente. KKKKKK'
See ya \õ7
Ehh, meu bom companheiro, você conseguiu! Olha que era coisa pra caramba para ler hein, o que a ansiedade não faz com alguém? kkkkkk Mas serião Thiago, obrigado por todos esses comentários nessa semana. Houve pouco movimento por aqui, mas todos os dias eu podia esperar por algo novo vindo de você e isso me deu bastante inspiração para continuar seguindo e terminar os ajustes que faltavam. Finalmente completei todos os Gijinkas, faltava pintar apenas o Sonnen e o Davy Jones, mas agora eles estão aí finalizados e prontos para serem postados! O Capítulo 74 vai ter tudo para bombar, prepare-se para ver uma equipe ainda mais bagunceira do que os Fire Tales kkkkkk
ReplyDeleteMuita coisa veio nesse Arco, eu sabia que você iria curtir toda essa ligação com o universo do mestre Tolkien! Eu fiz tudo isso bem para dar uma variada mesmo, como você citou há lugares magníficos no mundo Pokémon que acabam parecendo tão bobinhos no Anime e nos jogos... Eu consegui transmitir aqui a ideia do Templo como um lugar realmente milenar, até porque somente os mais poderosos treinadores podiam ter acesso. Golbats mutantes e criaturas abomináveis é o que não faltou kkkkkkkkkkk Cara, eu sabia que esse Regigigas fazia alguma coisa com a gente!! Eu só não sabia explicar o que ela, mas acho que é isso mesmo, dá vontade de bocejar. Por que será, né? Woaaaah....
Remarkable Five, Remarkable Five, Remarkable Five!! God, esse capítulo será bombástico demais! Estou até prevendo que o próximo arco será o seu favorito, porque a Jade e o Yoshiki também terão muitas aparições, muitas mesmo. Eu contarei a história de como eles se conheceram, farei uma batalha épica deles em dupla, lançarei mais um episódio do Doctor Knife, e ainda tenho três desenhos super foda deles. Vamos ver como a inspiração vai rolar, porque nesse feriadão vou tentar adiantar o máximo de coisas que eu puder. Obrigadão pela força Thiago, receber comentários de vocês da Aliança é muito especial, porque sei que vocês são escritores como eu e tem um olhar mais crítico. Gosto de receber comentários no mesmo dia de postagem, mas adoro ainda mais quando recebo em coisas antigas!! Valeu ae galera, até mais.
ÉPICO ÉPICO ÉPICO ÉPICO
ReplyDeleteSó essa palavra que passa pela minha mente. Cara, que fodástico... A começar pela introdução, da conversa entre o Gilbert e a Paula. Dá para imaginá-lo como uma figura irônica e malévola, mas ao mesmo tempo que não deseja o mal para seus entes.
Cara, eu adorei o Tio Gigas. kkkkk É como aqueles velhões que já viveram de tudo e sabem de tudo. A forma dele falar, como se estivesse meio danificado... Tudo excelente, cara.
E por sinal, esse mistério do Lukaian me chamou a atenção. Quem diria que o Lukas possuía vidas passadas tão curiosas? kkkkk Pelo visto estes mil anos serão memoráveis para a Paula. E para nós também kkk
Mds gente foi tanta coisa num único cap que to com quase certeza de que esquecerei algo x_x
ReplyDeleteVamos começar pelo começo: GIRATINA ASKDASKDSAKDSAKDSAKDASKDSAKDKASDAKSDKASDKASDKSADK EU ACHAVA QUE NÃO PODERIA AMÁ-LO MAIS. ACHAVA. GILBERT É MUITO DEMAIS, MDS, TODO CÍNICO, SE APROVEITANDO DO MEDO E DA DÚVIDA, FALANDO COM SENTIDOS OCULTOS, MDDDDDDDS ASDKAKDASKDASKDASKDKASDKASKDAS
Posso dizer que ri loucamente com o Regigigas? Todo loco, mano xD (e sabe bem que me lembrei do Gigas de Dark Curse? SDDS XADREZ CONTRA UMA PEDRA E PERDER AEHAUEHAUEHUEHAUEHAUEAUE (to dizendo que minha memória tem um mecanismo único -q))
E GENTE LUKAIAN E 1000 ANOS E NÃO. EU ACHEI QUE MINHA COTA DE FEELS DESSA HISTÓRIA JÁ TINHA SIDO PREENCHIDA MAS NÃO ;-; MDS GENTE MESMO SE EU NÃO SHIPASSE LUKAS E PAULA ASSIM QUE EU LESSE IA SHIPPAR LOUCAMENTE, E COMO EU JÁ SHIPPO ASDKASKDASKDASKDASKDAKSDKSADKSADKSAKDSAKDASKDASKDKASDKASKDSA SOCORR ALGUÉM ME SOCORRE PQ MEUS FEELS ASKDASKDAKSKDASKDASKDASK
E esse final? AH CARA, O FINAL FOI TÃO LINDINHO <3 De fato, Paula, algo me diz que esses 1000 anos serão únicos.....
MAS DEIXA EU ME DERRETER E SOFRER MAIS UM POUCO PQ MEUS FEELS DE SHIPPER GENTE, AMORES QUE RESISTEM A VÁRIAS ENCARNAÇÕES É COISA MAIS NINDA ;U;