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- One Hot Weekend (at My Hot Best Friend House)
Posted by : CanasOminous
Apr 16, 2013
Support Conversation (Lyndis x Karl)
Gênero e Disclaimers: Amizade, Linguagem agressiva;
Tema: Melhores amigos, edredom e ar-condicionado;
Sugestão da leitora: Leeca.
20:42, Sexta feira.
É uma parada doida, tá ligado? Por um momento tu lembra que tinha combinado a droga de um encontro no fim de semana, e depois nosso parceiro sempre inventa de que tem alguma treta esquisita pra resolver e nos deixa na mão. Essas coisas me deixam fudido, mano. Na moral. Espero que essa droga de fim de semana acabe logo.
Sophie preparava-se para uma viagem, retirando roupas e acessórios que se disponibilizavam em cima da mesa. A bolsa era um objeto sagrado para as mulheres, pequeno, mas largo o suficiente para suportar todo o tipo de bugigangas que guerreiras como ela carregavam de um lado para o outro de maneira mágica. Karl a observava atentamente, estava de braços cruzados e não parecia nem um pouco alegre. Sua feição e as sobrancelhas franzidas demonstravam clara frustração enquanto o boné lhe tampava um pouco da visão. Logo Sophie foi em sua direção e levantou o boné do garoto, dando-lhe um beijo suave no rosto.
— Não fique bravo, tudo bem, filhote? Prometo que volto na segunda — disse ela carinhosamente, mas Karl respondeu de maneira grossa e rude.
— É, mas tu prometeu que íamos sair hoje. Faz um tempão que combinamos ainda, e do dia para a noite tu inventa de sair nessa missão pra ajudar o tio Al. Qual é, Sophie, eu só pedi um fim de semana, você sempre está ocupada!
— Eu sei, eu sei, querido. Me perdoe por isso. — A mulher acariciava os cabelos loiros do jovem enquanto penteava-os de forma maternal. — Mas é que vou sair em uma missão importante para a guilda. O Al Capone precisa de uma curandeira para dar suporte, e eu sou a melhor no que faço.
— Tô ligado, aproveita bastante, morô? — respondeu ele em tom de deboche.
Sophie dirigiu-se ao seu lado, e ao sentar-se acolheu-o em seus braços o que fez Karl corar de leve pelo ato inesperado.
— Mamãe volta logo, tudo bem? Não vai aprontar, hein. Quero que se cuide.
— Fica tranquila, velha. Vou tomar conta de tudo direitinho, é só deixar a chave da adega do bar comigo e eu prometo que venderei tanto que não vai sobrar nenhuma garrafa pra contar história. — respondeu Karl com uma risada, ajeitando o boné.
— E acha que sou boba de deixar você tomando conta de tudo, né? Eu já arranjei alguém para ficar no meu lugar, você vai é ficar com a Lyndis.
— Lyndis?
13:37, Sábado
Dahora, mano. Dahora de verdade. Ironicamente, dizendo. Ou sei lá, é um emaranhado de pensamentos que me deixam meio irritado nessa atual situação, tenso. Todos os meus planos de encher a cara foram arruinados com a Sophie levando as chaves da adega. Sobrou que me mandaram para a casa da Lyndis feito um bicho perdido... É foda, mano.
Ah, mas pelo menos a Lyn é no esquema. Tipo, nada na malícia, ela é minha irmãzona desde os tempos antigos, tá ligado? A gente compartilhou grande parte da infância juntos, treinamos em épocas semelhantes e um ajudou o outro a melhorar conforme crescíamos. Faz um tempão que não vejo a mina. Será que ela ainda tem aqueles pernões turbinados de quando eu era um pivete? Não duvido nada que ela esteja ainda mais... turbinada.
Karl estava logo em frente a casa onde sua amiga vivia treinando. O ambiente lembrava mais uma academia do que um local para se viver, mas a verdade era que Lyndis vivia mais tempo exercitando-se do que qualquer coisa. Karl viu a entrada e deu uma olhada ao redor na sequência, deu alguns chutes na porta de madeira que ecoaram no vazio do salão de entrada. Parecia não haver ninguém.
— Oy, Lyn? Tu tá aí, djow? — Não houve resposta por alguns minutos, e Karl perdia a paciência já muito escasso. — Lyn? Lyn? Lyndis? RESPONDE, DROGA!
De repente algo pôde ser visto descendo as escadas aos tropeços, mas movimentando-se de tal maneira que cair da escada pareceu ser um passatempo nas horas livres. Karl recuou um pouco espantado e logo viu Lyndis vestida com calças coladas esportivas e uma camiseta regata encharcada. Ela tinha uma toalha em volta do pescoço e suava muito pelo calor infernal que fazia naquele dia.
Karl olhou-a um pouco surpreso, mas dificilmente conseguia encarar seus olhos flamejantes naquela situação quando algo mais inferior prensava sua atenção.
— Ufa, que calor, hein! Há quanto tempo não fazia um solzão desses? Está bom para nadar, se eu não fosse uma guerreira especializada em fogo! Chah, hah, hah... — disse Lyndis animada, com a disposição de dar um forte abraço em Karl. Porém, o jovem afastou-se e ergueu as mãos num sinal de impedimento.
— Diga ae, Lyn. De boa? Você está meio... suada, não?
— “Diga ae, Lyn”, o caramba! Cadê meu abraço, seu branquelo do gueto? Dá meu abraço logo, desgraçado!! Nem que seja a força!!
Lyndis derrubou-o no chão agarrando sua perna direita e imobilizando-o de qualquer ação. Sentou-se em cima de suas costas até que ele implorasse por perdão e desse as devidas boas vindas para a garota, mesmo que ela estivesse um pouco fora de condições apresentáveis... Mas aquilo não importava, afinal, eles eram amigos, e Karl quase se esquecera de como eram próximos. Próximos até demais.
15:52, Sábado
Tenho a estranha impressão de que o tempo demora mais pra passar quando a gente quer que ele passe logo, consegue entender? Bem, agora tô aqui na casa da Lyn, o que devo admitir que é bem legal. Quando eu cheguei ela estava ouvindo música alta no quarto e alongando suas pernas para um treino pesado que faria na manhã seguinte. E mano, que pernas, caracoles.
Às vezes chego a esquecer que compartilhei muito tempo de minha infância do lado dessa garota, mas é incrível como mulheres costumam ficar ainda mais gostosas na adolescência. Não me leve a mal, ela é minha companheira de combate, não rola nada entre a gente. Seria mais um... respeito mútuo, tá ligado? Um ajuda o outro.
— AAAAAAAAAAAAAAI!!! Parou, parou, parou!! Não aguento mais!!
— Para de gemer, Karl. Você nunca alongou as pernas na vida, não? Você está pior do que a minha vózinha, ela conseguia esticar-se melhor do que você!! Vai, pare de reclamar e me diga quando devo parar...
— PAAAAAAAAAARAAAAA!!
A menina atlética teimava em abrir as pernas do pobre garoto como se fossem feitas para isso e não tivessem nada nas regiões baixas. De fato Karl a interrompera em meio a seu treinamento intenso, e agora, seria obrigado a ajudá-la até que ela terminasse e por fim continuasse seus afazeres. Se o rapaz costumava ficar o dia inteiro vendo Sophie trabalhar e não fazia absolutamente nada, então estava na hora de aprender a cuidar de uma casa.
— Puxa, K. Você está enferrujado mesmo, mas não tem importância, acho que agora podemos nos cumprimentar formalmente, o que acha? Nós dois estamos suados, acabados e fedorentos! Chah, hah, hah...
— Eu te odeio, Lyn. Mas é um ódio bacana, não me leve a mal, demoro? Foi legal te ajudar com o alongamento das pernas, das suas pelo menos. — respondeu o jovem massageando seus músculos, já retirando sua blusa e virando seu boné para trás sabendo que agora teria muito trabalho pela frente. — Tu vai ter que me aguentar aqui esse fim de semana, Lyn. A Sophie mandou eu ficar.
— Maravilha! Só nós dois em casa, como nos velhos tempos. Sabe o que podemos tentar fazer?? Coisas que só se podem fazer de dois... e quando mais ninguém está olhando... Coisas secretas... — disse ela, empolgada.
Karl virou a cara com o rosto um pouco corado.
— Hm, o que seria, exatamente?
— DANÇAR!!
17:32, Sábado
Eu não danço, porra. E ninguém vai me obrigar a aprender.
— Ahh, olha só como você leva jeito! Só precisou de alguns tropeços, algumas pancadas na cabeça e muita determinação! Você tem gingado, K. Pode não parecer, mas tá nesse seu sangue com pé na senzala. Bota pra quebrar, iuhuul!! — gritava Lyndis empolgada.
— Foi mal, é que eu nunca fiz isso antes, e perto de você eu me sinto o cara mais estúpido do mundo — respondeu ele um pouco acanhado, abaixando o boné para cobrir seus olhos. Lyndis era a melhor dançarina da guilda, e adorava quando tinha a oportunidade de ensinar alguém a dançar. A garota foi em sua direção, tirou o boné e encarou-o mais intensamente com os rostos colados.
— Fala sério, eu danço muito. Posso hipnotizar qualquer homem com esse rebolado sensual. Meus quadris não mentem.
— O que espera que eu responda? Tá carente de um elogio?
— Não preciso, recebo eles todos os dias. Hoh, hoh, hoh... — respondeu a garota, jogando Karl para longe e agarrando na mesma velocidade que passava a música com um controle e rebolava ao toque da canção. — Nós dois somos crescidos, K. Temos pessoas importantes em nossas vidas.
Karl foi parando de dançar, e por um momento Lyndis pensou sobre o que dissera. Ela tinha aquele defeito, costumava falar coisas e só parar para pensar no que dissera muito tempo depois, mas Karl não estava ofendido. Estava apenas pensativo sobre aquela questão.
— Como será que a Sophie e o tio Al estão nesse momento? — perguntou ele, colocando as mãos no bolso e sentando-se em uma cadeira ali perto. Estava exausto. Lyndis logo o acompanhou.
— Bem, eles são fortes, sei que sairão bem dessa missão. Vamos lá, K. O que eu diria para a tia Sophie se você dissesse que eu não cuidei bem de ti? Eu sou sua anfitriã, espero fazer de tudo para que se sinta bem.
— É... Mas sabe, acho que só de estar na tua presença já me deixa mais... alegre.
— Você estava com saudades? — perguntou a garota. — Oh, céus, K. Você é muito fofo.
— Fofo? Como pode ter a audácia de chamar um machão, como eu, de fofo?! Isso é tenso maluco, não curti!!
— Machão? Só se for nos seus sonhos! Chah, hah, hah... Eu te treinei, moleque. Tenha respeito com a dona da casa. Eu brincaria dizendo que sou mais homem do que você, mas sabe como é, tenho peitos — explicou a menina, apalpando seus seios e movimentando-os de cima para baixo. — Por causa deles não posso fazer um montão de coisas que eu queria, eles ficam pulando enquanto me exercito, parece que têm vida própria. Olha só!! Boing, boing! K? K? O que aconteceu, por que está com a mão no nariz?!
— Tu tem um lenço de papel aí? Meu nariz está com um sangramento, acho que estou passando mal...
20:22, Sábado.
Que mina foda. Digo isso em todos os sentidos, ela é uma inspiração para mim. Com a idade dela sinto como se eu fosse um velho de uns setenta anos. Ela tem disponibilização e vontade para fazer tudo, é um tipo de pessoa que te contamina com a felicidade, sabe? Eu sou um maluco old school, meio que prezo manter essa pose de mal e tudo o mais, só que do lado dela é como se meus problemas desaparecessem e nós voltássemos a ser crianças... Ela me traz saudade de tudo que já fui, mas também me dá esperanças de que posso ser alguém ainda melhor. Affe. Chega de filosofar. Deve ser o efeito das ervas.
— Como você pode ficar cansado tão rápido? Não fizemos nada hoje, quando eu peço sua ajuda pra levar algumas caixas pra fora você desmonta no meio do caminho e diz que não aguenta! — protestou a Infernape. — Fala sério, K. Você está muito despreparado... Amanhã começaremos um treino intenso.
— Nunca trabalhei tanto na minha vida, cara... Como você consegue fazer isso todos os dias?
— Prática, só um pouquinho de prática. — Lyndis respondeu, retirando suas roupas enquanto entrava no banheiro e preparava-se para tomar banho.
O jovem lançou um olhar de relance, mas logo virou o rosto um pouco acanhado pela situação. Ela havia deixado a porta aberta.
— Oe, K. Tá aí me bisbilhotando?
— Claro que não, Lyn. Você acha que sou algum tipo de psicopata pra fazer isso?
— Ah, que merda. As coisas eram mais legais antes, quando eu podia bater em você sempre que tentava abrir a porta do banheiro. Ei, diga aí, quer vi aqui para que eu lave as suas costas? Podemos fazer um alongamento juntos.
— Vá se danar, Lyndis — respondeu o rapaz com uma risada, virando-se na sequência. — E me diz, o que acontece se você molhar a sua cabeça? Os seus poderes de fogo desaparecem?
— Claro que não, o fogo só apaga, dããã. Depois volta. Você não pensou que eu fosse morrer, né?
— Não acredito.
— Está duvidando de mim? Quer entrar aqui e tirar a prova?!
— Bem, já que você insiste...
A porta foi trancada com tudo. Era possível apenas ouvir a voz de Lyndis de dentro do banheiro.
— Nhééé, já acabaram os ingressos agora! Vacilou, perdeu. Se tu colocar um pé no piso desse banheiro eu arranco seu pâncreas com a mão, entendeu?
Karl sentou-se em seu canto e ficou ali frustrado até Lyndis terminar seu banho.
Quando a jovem terminou abriu espaço para que seu companheiro entrasse. Fazia um calor infernal, e depois de um dia tão cansativo os dois precisariam de um descanso merecido. O rapaz tinha o costume de dormir muito tarde e acordar mais tarde ainda; enquanto sua amiga costumava dormir cedo e despertar antes dos passarinhos. Já que eles estavam em seus aposentos as coisas seriam feitos à maneira de Lyndis. Assim que Karl terminou o banho e saiu para o quarto da menina, ele sentiu seus dedos congelarem com a mudança climática.
— Caracoles, mano! O que tu fez com esse lugar?
— Ar-condicionadoooooooooo! — respondeu Lyndis animada, balançando um controle remoto na mão enquanto abria um espaço na coberta ao seu lado. — Deixei o quarto na temperatura de dezoito graus. Dá uma baita diferença dos quase trinta que fazem lá fora, não?
— Se eu voltar com hipotermia a Sophie acaba com você.
— Ohh, meu branquelinho revoltado. Não vai acontecer nada, não, tá? A titia Lyn cuida de você, vou te esquentar a noite inteira pra você não sentir nadinha!
— Credo, mano. Você falando assim chega a parecer minha mãe...
— Mas você gosta, néééé??
Lyndis era uma garota difícil de se lidar, sua mente trabalhava tão depressa que mal era possível acompanhar seus atos. (Mal posso ver seus movimentos!) Era um emaranhado de pensamentos que aconteciam a todo instante, e ao fim daquele dia Karl notara que era preciso ter uma grande paciência para lidar com a moça, ou pelo menos ele tinha de ser um Al Capone para cumprir tal tarefa. Da mesma maneira que somente uma mulher como Sophie aguentaria um adolescente revoltado como Karl. Um completava o outro, e na falta de ambos os dois se completavam a sua própria maneira.
Lyndis puxou a coberta e abriu um espaço para que seu amigo deitasse na cama ao seu lado. Ela havia buscado um amontoado de edredons imensos, e naquele frio mágico que cobria o quarto eles sentiam-se na melhor das situações. O rapaz foi em sua direção um pouco desconfiado, mas ao deitar-se na cama do lado da moça viu a sorrir involuntariamente.
— Obrigada pela companhia, K. Hoje foi muito divertido. Muito mesmo. — Disse a moça, abraçando seu edredom e quase perdendo-se naquele meio repleto de travesseiros espalhados pela cama.
— Por que você junta tanta almofada? Não tem nem espaço pra dormir direito.
— Ei, deixe minhas almofadas em paz. Eu tenho um ritual para dormir, preciso ter uma embaixo da perna, duas em cima do braço e um maior para poder abraçar durante a noite toda. São as minhas almofadas, não fale mal delas.
— Tu é estranha mano, na moral — respondeu Karl, erguendo as mãos e colocando-as atrás de sua cabeça para dar apoio.
O rapaz virou-se e viu que sua amiga continuava naquela posição, abraçando as almofadas como se desejasse apenas ter algo a mais para abraçar. Ela estava meiga e carente naquela posição, com olhos brilhantes e esperançosos de seu melhor amigo pudesse dizer algo, mas Karl não levava muito jeito com as palavras.
— Okay, você... Vai continuar abraçando essa almofada?
— Vou. Não tenho mais nada pra abraçar mesmo. — ela respondeu como se enviasse uma indireta em seu peito.
Karl passou a mão em sua cabeça e deitou-se na cama, após desligar a luz.
— Dahora. Então continua aí abraçando seus travesseiros. Eu nem queria nada mesmo — ele riu, mas notou que no meio da escuridão algo se levantava e avançava em sua direção.
— Seu branquelo rapper duma figa! Eu vou acabar com você e te amassar tanto que você não vai conseguir respirar amanhã!!
— Ai, ai, ai!! Não vale!! Eu não estou te vendo, como consegue enxergar no escuro?!
— Você respira tão alto que eu poderia acertar seu nariz com um soco. Vamos lá, dá um espacinho aí para eu poder te abraçar, faz tempo que não durmo abraçada com alguém. Né, você é tão fofinho...
10:32, Domingo.
É um pensamento que só acontece num instante brother, e fica até meio estranho de admitir, mas... Eu senti falta dessa mina. Cara, e como senti. Ela me faz querer voltar a pensar em algo melhor para a vida, ultimamente posso até dizer que a Sophie me ajudou a largar muitas das manias antigas e ruins que eu tinha. Acho que a Lyndis me ajuda com isso também, olhando para ela sinto que ela me dá esperança. Sem zoeira, sem envolvimento de ervas nem nada, ela só me deixa feliz.
Foi a noite mais aterrorizante de minha vida. Acordei com o nariz tampado e um frio no quarto que me lembrou Snowpoint em seus piores dias de inverno. Ah, a cabeça de fogo da Lyn esqueceu o ar ligado e criou um escudo juntando todos os cobertores só para si, enquanto o miserável do Karl se ferrou mais uma vez! Mas não tenho o que reclamar, ela me deu remédios e cuidou de mim, de seu jeitinho tão especial, desengonçada e brincalhona. Eu quase tive um infarto quanto ela trocou os remédios. Apesar de acordar cedo, passar frio de noite, e sentir que todos meus músculos foram atropelados por um trator... Posso dizer que este está sendo um fim de semana excelente.
Se não fosse a fome.
— Eu não sei cozinhar. — Respondeu Karl com as mãos no bolso.
— Eu também não. É o Al quem sempre faz as comidas para mim, então não pensei que... Um dia eu tivesse que lidar com essa máquina — respondeu a menina, olhando atentamente para o fogão de maneira pensativa.
— Qual é, você é uma guerreira de fogo, não consegue nem esquentar um ou dois filés de carne? Você deveria saber cozinhar!
— Você tecnicamente é um guerreiro celestial, possui um par de asas pequenas escondidas em seu blusão que eu vi ontem enquanto você tomava banho; e ainda assim, vendia ervas alucinantes nos cantos da guilda quando era mais novo. Então minha resposta é não, eu não sei e nem vou saber cozinhar.
— Então vamos pedir uma pizza — sugeriu Karl.
11:54, Domingo.
Essa manhã aprendi que não devemos pedir comida se não temos dinheiro pra pagar. É foda não ter nem o pai e nem a mãe pra fazer essa parte. É um detalhe tão pequeno que às vezes nos esquecemos... Quem nunca saiu pela casa buscando moedas para pagar uma pizza não sabe o que é viver uma aventura!
— ACHEI!! Oh, minha santa Cresselia, obrigada por essa moeda de cinquenta centavos jogada e esquecida no fundo da gaveta!! Só Arceus sabia quando esse dinheiro valeria alguma coisa!!
— Sua casa é uma zona, Lyn! Como consegue viver nesse lugar?!
— Mas não é sempre assim, só acontece isso quando o Al sai!! Tipo, NUNCA! Putz grilla, e eu tenho que arrumar tudo isso antes dele voltar, eu nem consegui arranjar um prato de comida para as minhas visitas!!
— Como se liga o micro-ondas, Lyn??? Era a Sophie que fazia isso pra mim, tem que ligar na tomada?! É esse buraco na parede?! — gritava Karl desesperado do outro lado.
— Achei mais uma moeda! Agora só faltam mais quinze reais, K. Continua procurando porque ainda dá tempo!! — gritava Lyndis de sua forma estabanada, mas já era tarde demais, o homem da pizza estava na porta.
A garota atendeu de sua maneira convencional com a camiseta regata caindo pelos ombros e os cabelos todos bagunçados amarrados em um rabo de cavalo. Tirou uma madeixa da frente de seus olhos e sorriu da melhor maneira que podia. O homem olhou para a pizza, depois para o papel, depois para a garota e para pizza novamente, e por fim falou.
— São vinte e quatro reais, moça.
Lyndis sorriu e corou as bochechas.
— Não tenho dinheiro.
O sujeito permaneceu sério, pegou a pizza de volta e foi embora.
16:00, Domingo.
Voltei com fome, resfriado, e para melhorar, com dores musculares que duraram umas duas semanas inteiras. Tivemos notícias de que a Sophie e Al Capone voltariam da missão umas cinco horas da tarde, mas pela primeira vez eu desejei que ele se atrasassem mais. Por obra do destino chegaram até uma hora mais cedo. A missão havia sido um sucesso, afinal, estávamos falando dos dois melhores guardiões de Sinnoh. O que eram dinossauros e extraterrestres perto de dois jovens como nós? Sophie me recebeu de braços abertos prometendo que na semana seguinte variamos aquele tão prometido encontro onde eu já nem lembrava mais por que tinha marcado. Lyndis, como de costume, entregara a casa destruída para seu velho protetor que sorriu e agradeceu o fato dela continuar viva e sem nenhuma contusão realmente grave.
Pois é, o fim de semana tinha acabado. E pensar que há dois dias eu estava revoltado por não poder sair com a Sophie para comprar algumas coisas que eu queria, mas no fim, pude realizar a ilustre visita à casa de Lyndis, essa garota que tanto adoro, de pernas torneadas e um par de nádegas impecáveis. Vou ter que dizer, essa moça é especial para mim, por isso ela recebe o título de melhor amiga, não é?
— Ei, Karl. Foi um fim de semana e tanto, não? Deveríamos fazer isso mais vezes. — disse Lyndis.
— Oh, não. Não quero continuar dando problemas para o senhor Al e você, Lyndis. O Karl é tão bagunceiro, não consegue parar quieto em casa, vive aprontando e deixando as coisas largadas pelo chão. Ele tinha que aprender umas boas maneiras com você! — brincou Sophie.
— Coisas largadas? Eu sou extremamente organizado com minhas coisas, é ela quem sai por aí chutando tudo e virando o mundo de cabeça para baixo, fala aí, Lyn.
— MENTIRA. Ele destruiu tudo, Al!! Ele me deixou passar fome e não pagou a pizza que ele mesmo pediu, além de esquecer o ar condicionado ligado de noite!! Por isso estou gripadinha... Atchôô!! — respondeu a menina de maneira forçada, lançando uma piscadela para o parceiro e acenando com alegria ao entrar na casa. — Nos vemos na próxima, K.
— Eu te mato, guria.
Bem, e foi assim que passei um fim de semana na casa da Lyn. Foi dahora cara, posso dizer simplesmente que foi foda. Eu não costumo parar e lembrar dessas porra toda que faço, mas dessa vez sinto que precisei, foram memórias tão boas que eu espero poder compartilhá-las com ela por mais muito tempo. E por sinal, acho que é melhor eu começar a preparar as coisas por aqui, vou receber a visita de uma certa convidada indesejada, tá ligado? Um fim de semana na casa de um, e por aí vamos invertendo os papéis...
Pelo menos dessa vez teremos a Sophie e o Al para limparem a zona que causarmos. Temos alguém que nos cubra de noite e que talvez possa comprar umas pizzas sem sair buscando moedas pela casa ou ligar o micro-ondas.
Porra, agora que me liguei. Eu tenho os melhores amigos do mundo.
Tá. Tô na dúvida entre o clássico Sopharl (nome de sofá... kkk) e agora o Karlyn (watch ikarlyn on Nick! kkk!). Tá, admito, esse trem de dar nome de shippings pra mim é só zueira, mas tô adorando! kkk!
ReplyDeleteVoltando aos assuntos sérios, A Lyndis e o Karl juntos são muito fofinhos! kkk! A Lyn e a Sophie conseguiram mesmo fazer um Togepi traficante de ervas virar um Togetic "galanteador" (tarado em alguns idiomas kkk).
Quero ver depois é o tal Togekiss másculo, com suas asinhas e sua habilidade Serene Grace! kkk! Uma gracinha! kkkkkk!
Vou me ir agora,
Adios,
Moacyr
Olha lá, hein! Quanto mais vocês duvidam do Karl, mais eu tenho certeza que vai ser uma parada imaginável kkkk O bacana de dizer isso é que ele é um dos Pokémons que já consegui trabalhar neste remake, ou melhor, em sua forma final. Essa última imagem provavelmente será a Top, aquela que o representará quando não houver mais desenhos a se fazer do personagem. E eu posso adiantar que esse maldito Togekiss de asinhas e Serene Grace ficou foda, muito foda! kkkkkkkk
ReplyDeleteManolo, quanto mais vocês falam desses Shippings mais tenho vontade de seguir adiante com a ideia desse novo especial! Como vocês devem saber o Support Conversation surgiu isso, era uma ideia antiga que foi crescendo cada vez mais, e notando que agora que essa coisa de nomear casais tornou-se a sensação do momento, estou pensando seriamente em investir nela. (Quem não curte um bom romance, né? Uma área dedicada somente a shippings nos faria dar bastante risadas! Ou então, nos faria se apaixonar ainda mais por alguns personagens kk)
Mas no geral, pode deixar, se tudo der certo estarei trabalhando a todo vapor para trazer um novo especial no nível de minhas melhores criações por aqui. Estou apenas pensando em algumas formas de torná-lo dinâmico e divertido, então deixe-me reunir minha master equipe para bolar algo realmente foda.
Valeu pela força aí cara, e vá treinando essa coisa de criar nomes esquisitos para os Shippings, tenho quase certeza que usarei essa ideia para o novo especial kkk Abraços ae Grande Moa, see ya!
Gente, eu queria muito colocar meus coments em dia um por um, tanto nos especiais quanto nos capítulos. MAS NÃO RESISTI PRECISEI COMENTAR NESSE, FOI TÃO FODA CARA!
ReplyDeleteCanas... olha, eu tenho uma reclamação a fazer ù-ú
Cumé que tu mistura os casais desse jeito mano? Mesmo sendo bacana, da um medinho, sabe? E se de repente a Jade começa a se relacionar com o Duke e o Yoshiki fica na... F-R-I-E-N-D-Z-O-N-E?! Não pode isso não moço, só para constar. Mas fala sério esse support foi tão kawaii *O*
Karl e Lyndis... Lindys e Karl... Kandys (nossa, isso parece nome de doce). Pô Sophie, sua safadjenha, tô ligado na missão que você e o Al foram sozinhos. Aham né. Quem disse que os mais velhos não podem se divertir? Aposto que enquanto o Karl e a Lyndis passavam fome os dois estavam numa boate dançando e se divertindo. Conheço bem essa velha desculpa u-u
Ah cara, sério, a parte mais fofa/denga/kawaii/se beijem logo/ Karl seu lerdo/ Lyndis me abraça foi aquela em que eles vão dormir com o ar ligado. Ooooooown *O*
Canas, desculpa cara, mas de duas coisas uma: ou você teve uma experiência doida e boa dessas ou tá precisando de uma mina D=
E aliás, quem nunca passou pela experiência das moedas para pagar uma pizza, olha, não teve juventude. Sou prova viva do desespero que é encontrar dinheiro para pagar uma pizza que tu já pediu. Irrul, é adrenalina na veia \õ/
Agora vou indo atualizar meus outros coments. Preciso me atualizar logo. Agora me aguenta. TO DE VOLTA!
Sayo japa boy \õ
O que eu deveria estar fazendo: Meu trabalho sobre ~le radiação solar~
ReplyDeleteO que eu estou fazendo realmente: COMENTANDO NO AeS \Õ/
Só eu que fiquei: KARL FILHO DUM VERME INSOLENTE, BEIJA LOGO? Espero que não! Desespero pra encontrar moedinha pra pagar pizza... Acho que só vou ter essa aventura quando ficar mais velha, arrumar um namorado, passar um domingo na casa dele e inventar uma bagunça dessas!
Ar ligado, que invejinha! Como eu queria ser RYCA pra comprar um... E ter um Karl pra mim! Namoral, namoral mesmo, vou ser sincera, podem me assassinar: Eu tô gostando mais do Karl-kun do que do Aerus-sama.
Ah, não, vou ter que disputá-lo com outras fangirls posers, a Sophie e a Lyndis. Deus, me dê esperança, pois se der força, eu puxo o cabelo de uma mina jeguinalda XD
Mas agora, eu curto mais a Lyndis! Mas estranhei uma coisa: Ela não tem PEITOS. Tem PERNAS. Tem certeza que não foi a Litos ou a Leeca que desenhou? Se foi do Canas, tem que ser peithuda, se não não é do Canas! É a lei da vida, mi amigo!
Fim de semana? Nooop, tô na base do sigilo, tá ligado? Porém, eu te odeio, sabia? Agora, EU ESTOU COM AL X SOPHIE NA MENTE!! Pra compensar, eu sei qual é meu casal predileto: CANTINA \O/
Thiago-senpai, acho que o Canas-kun-sama não teve uma experiência doida: Ele tá Forever Alone, com certeza. (Malvadando.)Pense num bixo incalhado! E você tá copiando minha despedida, maldito Thiagado!
(Thiagado seria erro de ortografia, mas gostei do apelido p/ o Thiago. THIAGADO!)
Linda Lyn, tô te amando mais! Karl, se eu te conhecesse, eu dizia: Pede essa minina logo em namoro, antes que o Beliel surja das profundezas e pegue ela! Tem medo de apanhar do Al, é?
SAYONARA! E... SOU CANTINA FOREVERMENTE \Õ/
FRIENDZONE DETECTED. Minha reputação está tá ruim depois do Talk Show que agora todo mundo faz piadas até comigo kkk Cantina cara, vou ter pesadelos sempre que alguém me chamar para ir à cantina... kk Okay, voltemos ao começo... Diga ae, galera.
ReplyDeleteThiagão, é sempre foda se divertir com seus comments cara, como você aparece raramente tenho impressão de que você mal passa por aqui, mas fiquei muito feliz esses últimos comentários, me fizeram ficar rindo aqui de noitão kk Mano, mano, há personagens que falam por si só. A Jade é do tipo que não trocaria um relacionamento com o Yoshiki porque esses dois têm história juntos, sabe? Oh, puxa, o Support deles é muito fofo, em homenagem a você, parceiro. Fique de olho aqui no blog para quando eu for postar, aposto que você vai se gamar! Sorry, o Duke é tão esquecido que não é legal nem ele ter shippings. Os próprios shippers esquecem dele para faze Pobre Duke...
Hmm, quando dois velhos se juntam para sair numa missão ultra secreta, você pensa no quê? É ÓBVIO que na verdade eles estão indo para uma base militar detonar alguns mísseis nucleares na rússia! O que mais poderia ser? kk Que brisa doida, por um momento tudo estava muito bem com casais bem estabelecidos, e do nada... PUF!! Eu sou um desgraçado mesmo, misturei a cabeça de vocês, e pretendo misturar ainda mais! Estou prestes a lançar um especial de Shippings tão bizarros que colocar nomes nesses casais começará a virar uma brincadeira atraente. Maluco... E eu não consigo esconder... Essa Lyndis é linda demais kkkkkkkk
Olha só, o bullying começa assim. Primeiro vocês me jogam num shipping bizarro com uma velha de oitenta anos e depois colocam um nome bobo na gente, depois duvidam de minha capacidade sedutora em atrair mulheres... Okay, admito, essa história não aconteceu... kkkkkkkkkkkkk Poxa, eu deveria erguer os braços e dizer: SIM!! Eu tenho uma amiga gostosa que nem a Lyndis! E ela é só MINHA!! Mas poxa, eu não tenho... Triste, acho que vou seguir o conselho do meu bom amigo Thiago, estou precisando seriamente de mulheres! kkkkk Obrigado, obrigado pela compreensão em me verem como um pobre nerd forever alone que fica atrás do PC o dia inteiro. Ei, qual é, eu também gosto de pernas, mais do que peitos! Olha a reputação tensa que vocês construíram para mim: Pegador de velhinhas, nerd barrigudo, hentai por peitos e forever alone. É, negada, a coisa tá feio pro meu lado kkk
Valeu pelos comentários ae, pessoal, me diverti muito com eles. Não imaginei que vocês fossem curtir tanto esse Support, ele estava pronto há um tempão, mas quando a Lyndis evoluiu eu sabia que seria a hora certa de dar uma realçada nessa amizade! Pois bem, então vamos continuar o trabalho, né? Se tudo der certo ainda termino de pintar um desenho hyper sexy da Lyndis e do Beliel. Aí vocês podem encaixar mais um shipping nesse meio bizarro! kkkk Oh God, eu sou muito mal... See ya!
Rapaz a Lyndis quase mata o Karl em todos os sentidos de fome de frio de AVC e de dores musculares eu e que num queria ser ele nessas horas.
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