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- Capítulo 68
Posted by : CanasOminous
Apr 5, 2013
A Página Perdida
A neve que caia do céu transmitia uma suave sensação de que a virada no tempo seria súbita e oportuna. O ar estava soturno, o sol sequer ousara evidenciar-se no horizonte e Snowpoint lentamente entrava no silêncio profundo do amanhecer. Luke estava de pé logo cedo, vestindo um pesado moletom e preparando-se para a rotina de treino que estaria tomando início.
O rapaz deixou a pousada logo cedo, e ao passar pelo portal de madeira lançou um de seus dispositivos que revelou um suntuoso dragão. Era Aerus, seu Garchomp. Luke soltou um suspiro prolongado de respiração pesada, e ao reparar que praticamente toda a cidade continuava adormecida sentiu vontade de voltar e dormir mais uma vez em sua cama quentinha ao lado de Dawn. Porém, o jovem sabia que a partir daquele ponto ele não poderia vacilar e deixar-se levar pela falta de vontade. Precisava de treino, precisava estar tão preparado quanto seus Pokémons para alcançar seus objetivos.
O Garchomp olhou para a neve que caía e demonstrou com sua feição irritada que odiava aquele frio. Luke deu tocou em uma das patas do dragão, revelando um sorriso determinado.
— Vamos lá, o ginásio de gelo está mais próximo do que imaginamos — disse o treinador. — Temos de enfrentar nossas desvantagens para continuar caminhando rumo ao topo. Vamos juntos seguir nessa, campeão.
Luke foi caminhando lentamente e logo iniciou seu treino. Percorreu as trilhas do cais que levavam até a floresta, sendo que o oceano era inteiramente coberto por uma espessa neblina fria que deixava suas águas cobertas por um véu branco muito vasto. Luke apreçou o passo, e conforme seu corpo esquentava começou a correr simulando um treino matinal. Vestia uma touca e suas longas calças o protegiam do frio juntos de tênis de corrida especiais. Era um treino pesado para qualquer jovem, mas ele estava disposto a enfrentar todos os obstáculos com seus Pokémons, pois havia finalmente aprendido que não adiantava buscar o sucesso se ele próprio não se empenhasse.
Aerus quase desmaiava no caminho. Não que o dragão estivesse fora de forma, mas os últimos dois meses lhe deixaram um pouco mais preguiçoso do que era, e ele tinha apenas suas duras escamas para protegê-lo do frio, embora aquelas escamas fossem mais resistentes ao calor, e não à temperaturas baixas. No meio do caminho Aerus já resmungava, Luke ria ocasionalmente tentando manter a concentração para não perder o fôlego.
O treino se sucedeu dessa maneira até por volta das dez da manhã. Corridas, escaladas, pulos. As vestes do jovem já estavam ensopadas de suor, e agora era Aerus quem finalmente entrara no pique,. O dragão corria de um lado para o outro na neve, chutando todo aquele gelo que tanto odiava. Luke fez um percurso até uma área próxima onde combinara com Dawn de encontrá-lo. Ao chegar, o garoto encarou um amontoado de pedras e sentou-se sobre elas.
— E então, Garchomp? Precisamos melhorar o seu Rock Slide. O tipo pedra é eficiente contra gelo. Se nós aperfeiçoarmos o golpe, poderemos ter um ataque que deixará a líder de ginásio sem reação.
Luke afastou-se, pedindo para que o dragão azulado se concentrasse em criar uma torre de pedras naquele local onde haviam tantas rochas amontoadas. Aerus concentrou-se, lançando o Rock Slide com um incrível impacto que fez algumas pedras racharem e desaparecerem às migalhas nos montes de neve.
Luke observava o treino, pensativo.
— Stone Edge — ponderou ele. — Temos de alcançar o nível desse golpe, o mais poderoso dos Pokémons do tipo rocha. E pensar que eu ainda lembro do dia em que a tia Martha deu o TM que continha este Rock Slide. Nós mal tínhamos controle sobre o movimento...
Luke soltou um longo suspiro, olhando para o céu que clareava.
— Espero que ela esteja bem...
O jovem lançou seu Porygon-Z, que com sua habilidade de criar esferas incandescentes acendeu uma lareira para esquentá-los. Luke ficou ali à espera de Dawn, deixou que Aerus seguisse com seus treinos enquanto ele ouvia um pouco de música em seu aparelho, graças à tecnologia de Wiki, seu Pokémon cibernético. De repente ele sentiu que ouvia o toque de algum brinquedo. Soava como aquelas caixinhas de música com bailarinas, suas notas eram suaves e dramáticas, trazendo uma clara sensação de pesar somente por ouvi-la. Luke trocou a música, e só então percebeu que não era de seu aparelho que ela vinha.
— Está ouvindo isso? — perguntou o jovem para seu Pokémon.
Wiki virou-se com seus olhos brilhantes a fitar a floresta de coníferas coberta por neve, insinuando que realmente ouvira algo, mas não sabia explicar ao certo de onde vinha.
Pouco depois Dawn fez seu caminho até o lugar combinado, trazendo uma sacola onde ela comprara alimentos para o almoço dos dois. A moça se empenhava em sempre ajudar Luke com o que podia, ela aproveitava para acordar cedo e preparar algo para que seu amado continuasse com energia e disposição para treinar. Dawn foi até o jovem, deu-lhe um rápido selinho no rosto e entregou a sacola.
— Quentinho. Para você não congelar aqui, o que eu faria se você desaparecesse nesse mar de neve? — disse a garota com um sorriso.
— Valeu. Eu também estaria zicado sem você por perto. É tenso manter o ritmo de treinos, mas a força de vontade que você me transmite já vale por tudo — agradeceu Luke, pegando o alimento e voltando a sentar-se em um banco de madeira ali perto. — Mas deixa eu perguntar... Por um acaso você ouviu alguma música estranha quando vinha para cá?
— Não me fale de músicas, da última vez que eu tive essa impressão acabamos entrando na Lost Tower e nos deparando com aquele assustador integrante da Elite dos 4 — disse Dawn ao lembrar-se de tantas aventuras dos últimos meses. — Mas sim, eu ouvi sim. Parecia o som de algum brinquedo, pensei que fosse seu.
— Putz... Cidades de neve conseguem ser mais assustadoras do que torres enfeitiçadas quando elas querem.
A moça olhou para os lados com atenção. Os dois permanecem em silêncio na tentativa de ouvir aquele estranho som novamente, mas os minutos se passaram e assunto se perdeu.
— Faz frio demais esse horário, não? — emendou Dawn, esquentando seus braços. — Posso ganhar pelo menos um abraço para esquentar?
Luke sorriu, colocando a mão nos ombros da moça e abraçando-a forte para perto de si o que fez Dawn suspirar e aconchegar-se nos braços do garoto. Os dois continuaram dessa maneira por um tempo até ouvirem que o som da caixa de brinquedos continuava em algum lugar, bem perto dali. O moreno levantou-se incomodado, procurando saber de onde vinha.
— Garchomp, consegue perceber de onde vêm esse som?
O dragão cessou seus treinos e olhou ao redor. Ele tinha um senso muito mais apurado do que humanos, e acabou olhando para o amontoado de pedras que ele tentava destruir até então. Aerus partiu para próximo da parede de rochas, começando a golpeá-la com suas garras. Dawn levantou-se surpresa quando percebeu que havia algo embaixo de tudo aquilo. Era como um altar, onde algo fora escondido. Aerus não teve dificuldades para retirar as enormes pedras, e ao terminar encontrou de onde vinha o som.
Era uma pequena caixinha de joias que agora estava entreaberta e tocando uma melodia fraca e serena. Provavelmente a tentativa de aperfeiçoar o Stone Edge acabara revelando aquele objeto de algum lugar na neve onde estivera perdido até então.
Luke agachou, pegou o objeto e o verificou, mostrando-o para Dawn.
— Que lindo — disse a moça, vendo a caixinha de sons. — Alguém deve ter perdido.
— Mas está velho — respondeu Luke. — Muito, muito velho. Está enferrujado em algumas partes pela umidade da neve, mas veja... Algo me diz que ele estava congelado até então, porque tem uma folha rasgada aqui dentro, com uma assinatura de 1857.
Dawn pegou a folha e a encarou o manuscrito com maior atenção. A caligrafia era impecável, e parecia tratar-se de uma carta para um destinatário de extrema importância, alguém da alta realeza. No canto inferior direito, estava assinado com o nome: Sra. Glade Ciary Lissili.
Luke sentiu no mesmo instante que algo se debatia em uma de suas pokébolas. O jovem liberou-a, notando que Glaciallis por algum motivo ficara inquieta quando viu a caixinha de música. A dama de gelo encarou o objeto atentamente, seus olhos perdidos o encaram por longos minutos com uma estranheza anormal. A fantasma segurou a folha de papel, voltou a olhar a caixa e ouvir a canção. Passou seus dedos pálidos por sobre a caligrafia e então voltou a encarar seu treinador.
— Essa caixinha... — disse Glaciallis, transmitindo tal mensagem apenas com um olhar. — Essa caixinha era minha.
Luke voltou a encarar a assinatura, e percebeu que era exatamente a mesma caligrafia que vira inscrito no diário que sua Froslass sempre carregava junto. A fantasma de gelo ficou quieta, sua respiração estava pesada e Aerus e Wiki foram em sua direção para consolá-la. Eles nunca antes tinham visto sua amiga tão preocupada e perplexa com algo.
— Ei, ei! Froslass o que está acontecendo? Como você pode ter certeza que essa caixinha era sua, você já viveu aqui?
— Não é possível, — acrescentou Dawn — você disse aquela vez que a capturou no Old Chateau próximo á Eterna. É impossível ela ter percorrido um caminho tão longo!
As mãozinhas de Glaciallis tremiam, e segurando a caixinha contra seu peito a mulher fantasma começou a olhar de um lado para o outro, como se agora percebesse que estava em um território muito familiar. Ela correu para longe sem permissão e sem olhar para trás. Seu treinador surpreendeu-se, pois nunca antes a vira sequer afastar-se da equipe desacompanhada.
Luke retornou seus Aerus e Wiki, e logo começou a correr atrás da fantasma que desparecia no manto branco de neve que forrava o chão. Era extremamente difícil seguir seu rastro, pois Glaciallis flutuava e não havia pegadas para se ter como trilha. Luke e Dawn pararam de correr até perceberem que já haviam adentrado fundo na floresta. O rapaz olhou para os arredores com um olhar de relance e estendeu as mãos num sinal de frustração.
— Nossa, o que houve com ela? Eu nunca a vi tão incomodada com alguma coisa...
— Acha que ela fugiu? — perguntou Dawn.
— Meus Pokémons jamais fugiriam — respondeu Luke com seriedade. — Concentre-se na música, na canção... Consegue ouvir alguma coisa?
Os dois ficaram em silêncio novamente, sendo dominados pela serenidade tensa e profunda da floresta. Luke seguiu para o leste, indo cada vez mais para longe da cidade, e então, em uma clareira bem distante, viu que Glaciallis estava ali parada de frente à uma cabana abandonada.
Era claramente velha, muito velha, mas o frio a deixara intacta, e sua aparência rústica a tornava um ponto interessante de ser contemplado. Glaciallis continuava ali de frente, encarando a porta caída de madeira. Dawn já conhecia histórias o suficiente sobre casas assombradas, Vivian a enchia de medo contando as aventuras de sua prima Julia nas Ilhas Laranja, e entrar lá dentro não parecia ser uma de suas primeiras opções.
Porém, por algum motivo aquele chalé não transmitia medo ou desconfiança, apenas tristeza. Ele trazia a sensação de mistério que deixava Glaciallis confusa, e ver sua adorável donzela entristecida amargurava todo o ar ao redor. A fantasma olhou para seu treinador com olhos perturbados, e depois voltou a encarar a cabana.
— O que há lá dentro? — perguntou Dawn.
— Quer descobrir? — acrescentou Luke.
— E-Eu não! E se um fantasma nos atacar?
— Algum fantasma sempre vai nos atacar, essa é uma das leis de casas abandonadas do Mundo Pokémon. Mas fique tranquila, temos o general de todos esses espíritos de nosso lado, o que devemos temer?
Luke começou a caminhar até entrar na bela varanda da cabana. Glaciallis o acompanhava de mãos dadas, ainda segurando a caixinha de som em um dos bracinhos curtos. O jovem lançou sua Dusk Ball revelando o grandioso militar dos espíritos do passado. O General Dusclops preocupou-se com o estado de sua nobre donzela, que pediu para que ele não se preocupasse demais com ela.
— Eu só estou assustada... e confusa — explicou Glaciallis. — Tenho lembranças desse lugar, mas já faz tanto tempo que não consigo lembrar de tudo. Sei apenas que deixei algo aqui, que esqueci algo que eu jamais deveria ter esquecido.
Luke empurrou a porta de madeira, tendo de afastar um pouco a neve que cobria a entrada. Um ranger terrível subiu ecoando pelas paredes como se dessem vida ao local, Dawn segurou mais forte nos braços de seu amado um pouco receosa. Teias de aranha cobriam cada canto, o que era bem estranho pensar que um inseto conseguiria sobreviver à temperaturas tão baixas. Quando Luke forçou a vista viu que aquelas teias tinham uma estranha coloração prateada, como se tivessem sido ordenadas a serem tecidas por alguém capaz de comandar até mesmo a natureza a mudar seus hábitos.
Glaciallis escondeu-se atrás de General, encarando a cabana cercada de memórias e flashbacks de seu passado. Ela já estivera ali, sabia disso.
Luke foi caminhando pelo salão central e percebeu que o interior da cabana era muito mais luxuoso do que de fora. Era impossível dizer que o local estava abandonado há tanto tempo, mas estava claro que apenas o gelo e a neve foram os responsáveis por manterem o imóvel intacto daquela maneira. A cabana trazia uma mobília nobre e exótica, como se tivesse sido ordenada por verdadeiros imperadores do passado. Era como uma casa de campo que lhes desse a oportunidade de fugir do mundo, mesmo que apenas por alguns instantes.
Dawn tomou um susto e conteve um grito quando viu uma Spinarak passar em sua frente, o que imediatamente chamou a atenção de Luke.
— Você viu aquilo?!
— Um inseto!! — afirmou Dawn, frustrada. — Não que eu tenha medo deles, mas esse aqui era...
— Prateado.
O jovem imaginava se aquele Spinarak não poderia ser considerado shiny, mas pelo que lembrava as aranhas daquela espécie mais rara eram azuladas, e não completamente prateadas. O General agachou e caminhou até a criaturinha, examinando-a atentamente com um certo tom de interesse. Glaciallis não fazia ideia do que se tratava, e pouco depois o fantasma chegou a conclusão de que aquela Spinarak prateada não era um simples acaso.
— É uma chave — afirmou o Dusclops para seu treinador. — Esta criatura prateada é uma chave que abre uma porta para algum segredo que não temos conhecimento do que seja. Deseja continuar, senhor?
Luke pensou se não seria ousadia demais continuar seguindo em frente, mas Glaciallis continuava com uma arma dúvida em sua mente, seria terrível para ela ter de conviver com aquilo. O que era aquela cabana? Qual a lembrança que a caixa de sons lhe trazia? Luke concordou, entregando a Spinarak prateada nas mãos de Dawn que fez uma cara de nojo.
— Quer que eu fique com ela mesmo?
— Só por um curto período de tempo. Vamos lá, Dawn. Você está de luvas, deixe esse bichinho na sua bolsa e cuidado para não esmagá-lo.
Dawn foi obrigada a concordar, colocando a aranha prateada em sua bolsa. A criaturinha se adequou muito bem, apoiando suas patinhas para fora e encarando tudo ao redor como se acabasse de ganhar uma viagem de graça.
Conforme Luke e seus Pokémons seguiam, a cabana revelou-se mais escura. Agora muitas das janelas estavam quebradas e cobertas por montes de neves, algumas passagens inclusive estavam bloqueadas. O rapaz acendeu uma lanterna para continuar, e quando forçou a visão viu que mais uma Spinarak prateada passeava em sua frente, tecendo uma teia dentro de um vaso velho.
— Devem haver outras chaves então, outras portas — ponderou o garoto. — Vamos levar as outras, tudo bem?
A mochila de Dawn ficava cada vez mais cheia de aranhas prateadas. Já se passara uma hora na cabana e haviam cinco Spinaraks na mochila, balançando e se remexendo como se apreciassem a viagem quentinha na bolsa da garota. Logo General fez um sinal para que seus companheiros parassem, indicando que eles haviam chegado à uma biblioteca.
Quando Glaciallis entrou no lugar ela o reconheceu de imediato. Sim, aquela cabana era mais do que um simples local abandonado, deveria ter alguma ligação com seu passado, com aquilo que ela era antes de tornar-se um... fantasma. Infelizmente grande parte dos livros estavam revirados e apodrecidos, as páginas estavam umedecida e letras ilegíveis, desperdiçando quase que por completo uma biblioteca magnífica daquelas.
Os dois Pokémons fantasmas foram seguindo pelos corredores de livros, e subitamente pararam quando viram algo. Havia um Duskull solitário ali, sentado em cima de um dos gabinetes, olhando para uma fresta na janela sendo possível encarar o céu nublado. O General Dusclops soltou um alto assovio, fazendo um sinal para que o Duskull saísse de sua posição e batesse continência para o militar.
— S-Senhor, eu não esperava encontrá-lo por aqui, precisa de meus serviços? — indagou o soldado Duskull.
— O que este batalhão faz neste casarão abandonado? Estão à serviço de alguém? — perguntou General.
O soldadinho manteve a pose de respeito, acenando com a cabeça.
— Sim, há dois séculos fomos incumbidos de proteger um tesouro, e há dois séculos estamos aqui para protegê-lo — disse o soldado, olhando para Glaciallis e mantendo-se quieto por um instante. — Senhorita, você voltou?
— Perdão...? — indagou Glaciallis confusa. — Eu... Eu acho que você deve estar me confundido.
— Peço-lhe desculpas, senhorita! Eu realmente devo estar... — disse o Duskullzinho de maneira acanhada. — Permissão para sair, senhor?
— Dispensado.
Assim que General deu-lhe a ordem o Duskull desapareceu, transformando-se em uma breve cortina de poeira que desvaneceu em meio aos livros.
Luke continuou a seguir os caminhos escondidos daquela cabana, e por fim percebeu que eles chegavam ao fim das áreas que podiam ser alcançadas. Agora eles estavam na sala de jantares, que trazia uma longa mesa e uma lareira do outro lado da parede que não era acendida há décadas. Havia também quatro quadros na parede, dois de cada lado. Dawn tentava conter as Spinaraks prateadas em sua bolsa quando notou que havia algo naquela sala de jantares.
— É minha impressão, ou há fantasmas sentados naquelas cadeiras?
Luke forçou a visão, notando que em cada uma daquelas cadeiras havia um Duskull sentado, parado e com uma expressão estática. Seria uma batalha entediante ter de enfrentar um por um aqueles Pokémons inofensivos, então, assim que General tomou frente o militar bateu as pernas e bradou com sua voz autoritária:
— Sentido!
Todos os Duskulls pularam de suas cadeiras, caindo no chão, tropeçando e derrubando vasos ao seu redor. Logo todos eles formaram uma fila e bateram continência para seu senhor, que mantinha o respeito em frente à sua doce Glaciallis. Logo, Castelo falou:
— Soldados, estou em busca dos mistérios deste gabinete, e é de interesse de minha mulher descobrir o que há escondido nesse lugar.
Os Duskulls continuaram quietos, encarando Glaciallis com olhares curiosos. Foi incondicionalmente que um deles comentou:
— Senhorita? É você mesmo?
Glaciallis afastou-se novamente, confusa e frustrada por não saber do que eles falavam, ou ao menos não ter a capacidade de lembrar-se. Vendo que sua princesa das neves sentia-se incomodada, Castelo mandou todos os soldados permanecerem em posição enquanto ele andava de uma ponta a outra examinando a sala de jantares.
— Meu senhor, — disse um dos soldados Duskull — nós protegemos algo aqui há muito tempo, e nos foi incumbido o dever de jamais permitir que alguém profanasse o túmulo de nossa senhora. Porém, aqui está ela própria, em sua vida após a morte. Por esse motivo presumo que nosso dever tenha sido finalmente cumprido.
— Túmulo? — indagou Glaciallis.
— Sim, túmulo, minha senhora. O seu túmulo. Nós o protegemos, e agora você está de volta. Não precisamos mais continuar defendendo-o — explicou outro soldado.
Logo todos os pequenos Duskulls bateram continência e falaram em conjunto:
— Permissão para sair, senhor?
— Dispensados — afirmou Castelo um pouco pensativo, e logo todos os fantasmas de soldados e guardas ali presente desapareceram para finalmente terem o descanso prometido.
Glaciallis agora estava mais surpresa do que nunca. Então, ali estava o seu túmulo? Era ali que ela tinha falecido há tanto tempo? Era por esse motivo que a cabana lhe trouxera tantas lembranças, por aquele motivo ela sentia-se tão incomodada quando caminhava pelo piso envelhecido do salão.
Luke notou que a lareira apagada servia como uma passagem secreta que levava para algum lugar adiante. Se havia um mistério a ser resolvido, então todas as respostas estariam lá em baixo. Glaciallis correu pelos corredores apertados, ignorando qualquer perigo que tivesse de enfrentar. General a acompanhou, assim como seus treinadores.
As escadarias que levavam para o subsolo pareciam não ter fim, e cada vez mais o ar ficava pesado. A lanterna de Luke havia acabado a pilha, o jovem carregava uma vela que agora também estava quase para terminar, o que os obrigava a agir mais depressa se não quisessem sair dali às escuras.
Quando os degraus terminaram, uma porta de ferro adornada com pedras brilhantes revelava-se trancada com um cadeado em forma de aranha. Glaciallis tentou atravessar a parede, mas tomou um choque quando percebeu que alguma espécie de escudo mágico invisível protegia aquela sala secreta.
— Dawn, as Spinaraks prateadas!
Dawn abriu sua bolsa e depositou gentilmente as Spinaraks no chão.
— Espero que uma delas sirva — comentou.
Algumas das aranhas aproveitaram a oportunidade para fugir, desaparecendo nas frestas de pedra das paredes, porém, uma delas caminhou até o cadeado, entrando na fechadura que se rompeu e caiu no chão.
A donzela de gelo soltou um longo suspiro. Quando a porta foi aberta ela viu um quarto muito bem mantido, um ar refrigerado saiu de lá dentro que quase congelou os ossos dos dois humanos e as almas dos fantasmas ali presentes.
Os olhos de Glaciallis estavam estáticos. Havia um mulher ali dentro, um túmulo congelado de uma linda moça de longos cabelos loiros e feições orientais. Ela estava congelada em um imenso bloco de gelo, e gentilmente depositada na parede como um quadro que nunca perde a sua beleza. O próprio General surpreendeu-se com a cena, e Dawn não deixou de sentir um calafrio na espinha.
— Essa... Essa mulher... — disse Luke em voz baixa.
— Sou eu — assentiu Glaciallis com a voz trêmula.
Glaciallis ficou a encará-la, como se admirada por uma beleza que esquecera que tivera. A sala ainda tinha coisas que ela se lembrava de quando era viva, haviam vários livros apodrecidos e caixinhas de som, como aquela encontrada no meio das pedras na floresta de coníferas. Luke e Dawn afastaram-se, negando entrar no ambiente, mas General e sua amada foram se aproximando, encarando tudo com atenção.
— Minha senhora, você era deslumbrante — afirmou Castelo, impressionado. — E continua sendo até hoje, mesmo após a morte.
— M-Mas como isso é possível? Eu estou morta, então por que continuo vagando? Por que fui enviada de volta como um fantasma? Por que não me foi dado o direito de descansar?
General pareceu pensativo com aquela pergunta, mas sabia o que dizer na hora certa. Era sábio, e aprendera com sua vida após a morte.
— Muitas almas são enviadas de volta quando ainda se têm um objetivo a cumprir. É difícil compreender qual nosso destino nesse mundo, mas eu, particularmente, não faço questão de saber — disse o militar com um sorriso, fazendo com que Glaciallis o encarasse com olhos chorosos e assustados. — Se eu não tivesse morrido, eu não a teria conhecido, e eu não poderia apaixonar-me uma segunda vez. Sou muito grato à morte, muito grato por ter você aqui ao meu lado.
Glaciallis permaneceu séria, notando então que havia um único envelope lacrado sobre uma mesinha de canto. A Froslass flutuou até a carta e encarou o selo, notando um símbolo que lhe era muito familiar trazendo a letra "G" grafada em cera vermelha. Ao abrir, ela viu que ali estava sua caligrafia, e por um instante um sopro de lembranças lhe percorreram.
Glaciallis imediatamente fechou o envelope e o deixou de volta onde estava.
— Não pretende abrir, minha senhora? — perguntou General.
— Se eu abrir, eu descobrirei o motivo pelo qual continuo a viver como um espírito. Se eu abrir, e descobrir meu destino, finalmente terei como descansar em paz... Mas eu não quero a paz, senhor. Eu quero... eu quero... viver ao seu lado. Eu também aprendi a amá-lo nos últimos meses, Castelo. E também sou agradecida à morte por isso.
O militar revelou um sorriso incontido, sentindo uma enorme vontade de abraçá-la por aquelas palavras tão lindas. De fato ele não ligou de estar sendo observado por seu treinador, ele agachou e com braços fortes deu um abraço terno e caloroso na mulher que retribuiu de forma carente e aliviada.
— Foi mal galera, mas será que podemos dar uma agilizada? A vela está apagando, e acho que até fiquei com medo desse lugar agora que descobri um defunto no porão — disse Luke, implorando para que seus Pokémons se apressassem.
Os dois fantasmas concordaram, mas antes que a Froslass saísse da sala ela ainda olhou para trás e observou mais uma vez seu corpo humano. O corpo de Glade Ciary Lissili. Glaciallis depositou gentilmente a caixinha de músicas naquele salão e saiu. Aquela porta nunca mais viria a ser aberta.
Os jovens correram para fora da cabana, e o túmulo de gelo ficou para trás assim como a misteriosa carta que Glaciallis se recusara a ler. Certamente a moça fizera a decisão certa por aderir à ignorância, era melhor viver uma vida imortal sem preocupações do que descobrir, de fato, por qual motivo ela continuava viva como um fantasma.
“Meu querido, encerro essa última carta como um reforço para tudo aquilo que eu já lhe disse.
Mesmo após a morte, juro fidelidade para você. Juro que viveremos eternamente como um. Eu serei sua, você será meu, e que para sempre possamos estar conectados pelos dois laços da vida, compartilhando a eternidade ao lado um do outro.
Eu nunca me apaixonarei por mais ninguém. Isso eu lhe prometo, contanto que você também jure estar ao meu lado mesmo após a morte. Nossos caminhos se interligarão, acredite, basta deixar o tempo dizer, e quando a hora chegar, saberemos que nosso amor um pelo outro pode superar qualquer barreira.
Sua, e somente sua, Glade.”
Eu já tava com saudades da Glaciallis!E ai você trás um capitulo desse pra gente!
ReplyDeleteAerus e Luke tão bem focados para essa batalha de ginasio, então ai vem uma batalha eletrizante, ou melhor congelante.Creio que ele ainda consegue dominar o maldito Stone Edge antes de enfrentar a gloriosa Candice.
Nessa batalha estou torcendo para ver Glaciallis e Sophie, ia ser bem interessante ver elas em ação.Será que elas melhoram as habilidades durante esses dois meses?
O amor entre Luke e Dawn só se intensifica.Tem horas que eu chego a pensar que eles são casados de tanto que é o afeto de um com o outro.
E agora o climax do capitulo.O passado da nossa Dama do Gelo se revela(em partes).Ela deveria ser da nobreza para ter tantos guardas protegendo seu cadaver.E o que será que tinha escrito naquela carta?Acho que isso nunca vamos saber.Mas tenho a sensação no final é sobre o General, acho que o destino deles já estão ligados desde a vida passada.
Diga ae, Gabriel. Fazia um tempão que ela não aparecia no enredo, não é? Eu acho meio complicado trabalhar com a Glaciallis, normalmente ela faz aparições somente ao lado do Chaud ou do General, então dificilmente ela se destaca em meio a esses personagens. Mas aqui tivemos um caso raro que dará entrada para uma história bacana que vai envolvê-la. Se você notar o final perceberá que a Glaciallis de fato não leu a carta, mas os leitores puderam lê-la. Esse último trechinho é o envelope que ela não quis abrir, e nós tivemos a oportunidade de saber o que estava escrito nele. Você acredita mesma no destino? Que a Glaciallis estava fadada a encontrar-se com o General para que eles fossem felizes para sempre após a morte? Não sei cara, tenho a ligeira impressão de que ela falava de... Outra pessoa.
ReplyDeleteCara, convenhamos... Esse Luke e Dawn estão de muito namorico kkk Argh, que vontade de fazer ele ficar doido na cabeça de novo e sair chutando tudo que nem na Saga Diamante! Mas vamos com calma, com calma... Ela se recuperou, um pouco de romance não faz mal a ninguém. Ahh, esses jovens e seus namoros nessa fase apaixonada... Preciso apenas de um pouco de inspiração para fazer os dois brigarem e voltarem a ficarem tensos um com o outro kk Mentira, deixa eles ficarem felizes... Por enquanto. *risada sinistra*
Bem, então vamos seguindo o esquema para ver como será a batalha de ginásio de gelo. Snowpoint é uma cidade bela, e trarei uma batalha bonita de se acompanhar, tentando manter essa intensidade de uma luta grandiosa. (Se bem que ainda vou ter muito trabalho para fazer uma melhor do que a ginásio metálico kkk) Valeu pelo comment ae Gabriel, see ya!
Cheguei bem perto de correr pro banheiro... De tanto de passar mal, por que... EU QUERIA VOMITAR ARCO-ÍRIS *¬¬* Amor eterno entre Glaciallis e Tio General... Ai, meu deus, que lindo! (E que inveja da beleza da tia Glaciallis, já que eu pareço uma fusão de um rato, um elfo, uma lhama e um morcego, e míope pra misera ;-;)
ReplyDeleteE o Aerus não curtiu Snowpoint. E esse Canas é muito ruim, tá deixando os pombinhos Luke e Dawn curtirem o namorico pra depois torturá-los, como eu torturo meu pai pra ele me dar meu Nintendo DS ou como os muleque da minha rua puxa os rabos dos cachorros.
Luke... TORTURA A SAFADA A CANDICE! No anime eu gosto dela, mas no Pokémon Deluge... Odeio a bixa. Usa até Cheat, Lucky-chan, porque já dizia a mítica frase da Jessie: Vale tudo na guerra, no amor e nas batalhas pokémon!
Zicado. Amei essa palavra :) Vou começar a usar daqui em diante. Deixa eu testar: Ike, devolve a Tih, ou você vai ficar Zicado na minha mão!
O.K, não ficou tão legal quando eu gostaria que ficasse :/ Agora eu tô com ódio do Ike por não devolver a Tih. IKE, QUEIME NO COLO DE DARKRAI, E ARDA NOS BRAÇOS DE GIRATINA!
Pera... E Giratina tem braço? XD
SAYONARA, CRIADOR DE LADY'S!
Grande capítulo! Realmente faltava esse algo a mais na Glaciallis. Faltava a gente saber um pouco mais sobre o passado da moça para que ela se tornasse uma personagem marcante na história. E que enredo que você construiu para isso!
ReplyDeleteCara, sinceramente achei muito maneiro como você construiu tudo para este capítulo. Todo o detalhamento, as pistas... E ainda por cima fez valer a história do "amor eterno". É ÓBVIO que o destinatário da carta era o Castelo. Só poderia ser. Se for outra pessoa, não sei mais no que acreditar!
Bem, agora o Ginásio se aproxima. Candice está vindo para fazer o Haos ter delírios! UHAUHAUHAUHAUHUAHUAHUHA Eu também quero ter delírios, então me traga uma grande batalha, beleza?
Falou Canas! Nos vemos no próximo capítulo!
Diga ae, people! Sempre curti muito a Glaciallis, mas quando paro e olho par trás percebo como aproveitei pouco dela. Ela fez um papel bonitinho contra o Atomico, mas está na hora de começar a mostrar que ela é uma guerreira forte e capacitada, principalmente tendo de lidar com tudo isso que está por vir. A carta final traz essa clara incógnita... O destino foi gentil demais com nossa dama, então os leitores começam a imaginar como esses dois estavam fadados a se encontrarem mesmo após tanto tempo. Mas... será que era para o General? Será MESMO que era para o General? kkkkkkk Sei lá, hein... A Dona Morte nunca é assim tão gentil querendo juntar dois pombinhos apaixonados só porque achou legal. Acho que há muita coisa por trás disso kk
ReplyDeleteValeu pelos elogios ae, Shadow. Por mais que o Arco de Snowpoint não venha repleto de batalhas intensas e lutas, gosto desse enredo com começo, meio e fim para cada cena, é muito complicado você criar todo um conteúdo que signifique algo no episódio, sem que seja apenas um amontoado de ideias improvisadas jogadas para ocupar espaço. Deu um trabalhão, mas quando a ideia caiu serviu como uma luva, e eu percebi que seria o momento perfeito de contar mais sobre a Glaciallis! Juro que isso não estava nos meus planos, foi uma ideia muito esquisita que veio do nada kk
Fique tranquila, Juh, não vou maltratar mais ainda o Luke e a Dawn. Qual é, eles demoraram duas temporadas e quase três anos para conseguirem ficar juntos, deixa eles curtirem kkkkk Ahh, a Tih ainda mal apareceu na Saga Platina, garanto que vocês vão curtir (e muito) a nova equipe dela. Ela pode ter saído da Fire Tales, mas está em boas mãos com a galera da Liga. os Pokémons de lá são muito divertidos, e ainda assim, poderosos. Pode acreditar que a Titânia vai brilhar mais do lado dos Antagonistas do que os Protagonistas. E aí voltamos àquele assunto do Aerus contra ela... Nosso companheiro Garchomp vai ter que treinar muito o Earthquake se quiser vencer a nossa amada serpente de pedra. Bem, obrigadão pelos comments ae galera, logo estou aqui de volta, mas ainda falta uma prova para fechar a semana! Preciso dar uma última revisada kkk See ya!
Eita! Tá, mais um capítulo fodástico! Não esperava menos!
ReplyDeleteSério, muito legal essa de mostrar os fantasmas como pessoas do passado. Ficou ainda mais foda quando você, senhor Ominous, coloca um caso de amor que transcende épocas (agora que li as notas percebo que o trem vai pegar daqui a poucos capítulos kkk). Foda. Tiro meu chapéu. Não é todo mundo que consegue criar um roteiro tão complexo e tão bem-feito. Congratulations!
Quando vi a cena do General e o Duskulls sentados, lembrei de uma cena bem legal de The Legend of Zelda: Majora's Mask. Um jogo muito bom, se não jogou, Canas, jogue!
Tá, vou me ir pois o dever me chama. Um cap. foda sempre. Adoro essa "previsibilidade" kkkkk
Adieu.
Moacyr
Oeeeee.
ReplyDeleteCanas-kun, conte-me mais sobre esse passado da Glacy. Dúvido muito que o homem misterioso a quem ela se referia era o General. Provavelmente será alguém que colocará a prova o amor da Glacy e do General, mas quem será este guerreiro, que fará frente ao General???? Dúvidas, muuuitas dúvidas f.f
Mas enfim, capítulo normis, nada de batalhas ou coisas grandiosas, somente um capítulo sereno e calmo. E realmente, um romancezinho não faz mal a ninguém. E pra vc querer acabar com isso quer dizer q vc esta com um pouquinho de inveja do Luke, querido Canas (minha vez de dar uma risada sinistra kkkkkkkkkkk)
Bem, enfim, estou muito ansiosa para ver o que nos espera neste arco de Snowpoint. Nos vemos por ai Canas-kun, sayonara!!!
Caro Canas Ominous, nunca comentei aqui(não sei porque mas tudo bem), mas acompanho a fic a mais ou menos 1 ano e 2 meses(se não me enganoera a semana do o primeiro interludio) e quero dizer que você é um otimo escritor.
ReplyDeleteAgora comentando o capitulo, sempre gostei muito da glaciallis e estou feliz com um capitulo da historia dela e tenho varias suspeitas sobre o antigo amante dela, minha suspeita é de um glalie que era uma pessoa e reencarnou em um pokemon, e é impressão minha ou a glaciallis "humana" era uma representação de um snorunt, por causa do cabelo loiro e da "palha" do snorunt.
E não esquenta varias pessoas convivem com um casal meloso(experiencia propria sendo vivida), pelo menos você não fica de vela.
Até a proxima sexta(ou quarta se tiver FT).
fantastico capitulo!glacialis ela sempre foi um dos maiores misterios dos fire tales, tomara que aquela carta realmente tenha cido escrita para o general, entao a glacialis era provavelmente nobre?sera que o general não estava no meio dessa guarda real?.
ReplyDeleteefim exelente capitulo e até mais canas!
Canas, perdoe-me a demora minha mãe escondeu o notebook...
ReplyDeleteOwt Canas que capítulo perfeito. Como mais uma sexta vim ler o capítulo um pouco estressada e garanto que todo aquele estresse se passou nas primeiras estrofes como você disse na notas do capítulo anterior "Continuarei seguindo esse clima manso [...]" clima manso que me deixa calma.
Falando do capítulo, parecia tudo tão natural no começo que ao decorrer das palavras percebi que era impossível não terminar sem saber o que realmente estava escondido e depois o que estava escrito na carta. Como eu fico criando as imagens do capítulo em minha mente admito que sempre interajo muito com a fanficiton e meus olhos não perderam a oportunidade de se encherem de lagrimas, como este ano estou muito sentimental isso acontece muito. É emprisionante como Luke não deixa de estragar os momentos românticos, tava tudo tão lindo entre o casal de fantasmas, que é um dos meus prediletos. Coitada da Dawn teve que botar as chaves prateadas que tem vida e forma de Spinaraks em sua bolsa, eu nunca faria isso se fosse ela odeio insetos, alguns de fora deste eu odeio...
Bom Canas é isso, até mais!
Hey, Grande Moa, como assim se eu já joguei Majora's Mask? Cara, metade das coisas que faço em Sinnoh já tiveram alga inspiração desse jogo! kkkkk Olha só o Mikau, o próprio General, todos eles têm traços dessa incrível obra, e devo admitir que de todos os Zeldas este é o meu preferido. (Ocarina ainda é Ocarina, mas Majora's Mask foi onde realmente brilhei... Mesmo que esse jogo quase tenha destruído minha infância quando eu ganhe, eita bagulho difícil para uma mente inocente de 6 anos! kkkk) Mas esse capítulo em especial têm relações com o uso do Captain's Hat, que dava habilidade ao Link de conversar com os Stalchilds, aquelas caveirinhas soldados. O General veio daí, um espírito que podia controlá-los, tanto que em muitas das frases usei as mesmas palavras do jogo. Cara, bons tempos... Ainda curto jogar Majora no Virtual Console do meu Wii!
ReplyDeleteFoi mal galera, acabei me empolgando com essa ideia do Majora's Mask kkkk Tudo bem com vocês? Poxa, foi só eu sair e fazer prova que já aparecem vários comments, nunca consigo responder o pessoal certinho quando é assim! Dou minhas boas vindas ao joaovbq, tive grandes leitores com o nome de João por essas bandas companheiro, espero que você também seja um deles! (: Sempre curto ver novas carinhas por aqui. E enquanto isso... O pessoal das antigas já criou até intimidade para zoar kkkkkkk Quê qué isso, Laísa? Você está insinuando que estou tão orever alone, mas tão forever alone, que chego a ter inveja do próprio personagem que criei???? kkkkkk Putz, e o pior é que é verdade... Esse Luke desgraçado, tem uma moça linda do lado para dar uns amassos, e eu continuo aqui, solitário, atrás do computador. (Mi, mi, mi.... Assim vou chorar kkk)
Chega disso. Admito que curto colocar romance porque eles meio que são... sei lá, desejos, sabe? Não é inveja, é um.... Orgulho. Orgulho de saber que até mesmo seus personagens poderiam ser felizes. Uma coisa vocês podem ter certeza, eu posso fazê-los sofrer, passar por dificuldades, quebrar relações e ter brigas feias... Mas nunca terminarei o assunto dessa maneira. Não consigo simplesmente acabar com uma relação de amor e carinho de um personagem, é como se eu tivesse feito uma maldade para alguém... Por isso, eu sempre vou brincar com o Luke e a Dawn, mas tenho muito orgulho da paixão deles... Eles me fazem acreditar que tudo é possível.
Opa, Alan, curti muito essa possível relação que você montou para a Glaciallis, já pensou o General era como um súdito para ela em vida? Seria muito fofa essa relação de soldado e nobreza, mas aí é assunto para encontros futuros, posso garantir que estão apenas os primeiros indícios de muitsas revelações envolvendo a Glaciallis! Ahh, Angel, e fico tão feliz em saber que você curte esse clima manso! Eu também estou passando por momentos bem corridas, e de vez em quando tudo que quero é voltar para casa e ler uma boa história, tranquila e serena... Quando vejo esses comments de vocês esta é a minha recompensa, fico tão feliz de saber que minhas palavras emocionam! Vocês não têm ideia do quão especial isso é para mim. Bem, pessoal, acho que agora preciso ir andando, já está ótimo desses momentos de reflexão sem nexo kkkkkkk Muito obrigado pelos comentários por aqui, galera. Logo mais estarei lançando algumas novidades e personagens para irmos conversando mais. Um grande abraço people, see ya!
Depois de ler o capítulo li os comentários e quando chegue ao segundo comentário do Canas e pensei "Ei, a carta do final do capítulo não seria direcionada ao Atomico, visto que ele queria que a Glaciallis fosse com ele?"
ReplyDeleteFui a única a ficar com essa impressão.
Hm, é uma teoria bem interessante, companheira. Posso garantir apenas que aquela carta foi escrita pela Glaciallis, quando ela ainda era viva, mas seu receptor é um mistério. Meu intuito é deixar essa incógnita mesmo, e foi bem interessante de sua parte lembrar-se do Atomico. Ainda lembro daquela cena onde ele encontrou-se estranhamente cativado por ela, teria tudo isso alguma relação com o passado? Apenas o tempo dirá kkk Mas se tivermos sorte, acredito que a resposta virá mais cedo do que vocês imaginam. See ya!
ReplyDeleteYo, Canas desculpe não ter postado o comentário mais cedo, mas, eu fiquei doente e tive que ir pro médico, só melhorei um pouco hoje, só passei pra dizer que eu lí o capítulo e tá ótimo, você continua se superando parabéns, e é só, pois, eu não posso ficar muito tempo no computador :(.
ReplyDeleteDe: Firewall
Garota Enderman, achei seu comentário a respeito da Candice ofensivo, deleta kkkkkkk Sim Shadow, se a minha moçoila preferida tiver a oportunidade de fazer uma pontinha posso comemorar feliz auehuaehauehuaehu
ReplyDeleteOk, ok, focando no capítulo...
Engraçado, Canas, uma das primeiras perguntas no FormSinnoh foi minha, justamente a respeito da Froslass, não foi? Perguntando por que ela migrou, qual a função dela e tudo mais... E olha só, tempos depois, minha pergunta a respeito dela foi completamente respondida! Tenho meu respeito ao Archie, então peço desculpas a ele mas posso dizer que foi uma das personagens que mais me cativou kkkkkk (Será que tem a ver com o tipo dela? auehaheeau). Cabanas, cara... Não há coisa mais sinistra que cabanas abandonadas kkk Ainda mais assim, no meio da neve... Sinto um calafrio só de pensar. E falando em calafrios, imagino que a Glaciallis deve ter sido, realmente, ainda mais linda. Você pretende mostrar alguma imagem a respeito dela, com vida? Show o capítulo, man, vamos indo para o próximo /õ/
Então Haos, não pretendo entrar nessa área do desenho não. Bem, a Glaciallis humana é algo para se moldar em nossa própria mente, e eu não quero interferir nisso. Meio que ela já passou dessa época, sabe? Agora a Glade não existe mais, apenas a Glaciallis, isto é o que ela se tornou. E cara, sério, eu me sentiria estranho em desenhar um defunto para ilustrar essa cena kk Sei lá, soa tão macabro...
ReplyDeleteE por sinal cara, lembro mesmo quando você perguntou no FormSinnoh qual seria a história por trás da Froslass. Admito que na época eu não poderia ter noção alguma de que a fic chegaria nesse nível, mas veja só, 50 episódios mais tarde e você teve sua resposta! E admito mais uma vez que quase esqueci kkk Sério, eu ia passar batido por Snowpoint e deixar essa história de lado, assim como o próximo. Acabei decidindo estender o Arco até para nós podermos relaxar, fazer as coisas no nosso ritmo. Alguém aí tem pressa? kkk Valeu ae pelo elogios, galera. Abraços!
Se tem uma coisa que sempre é legal acrescentar num capítulo, são cabanas abandonadas cheias de mistério! Rapaz, nunca, JAMAIS, se torna "clichê". É sempre tão divertido, na boa. E não escondo que precisei sorrir quando vi a pequena citação da Julia no capítulo <333
ReplyDeleteÉ, o Luke vai ter que se preparar bastante para a sua batalha de ginásio! E sinto que a Candice vai se dar mal, eim? KKKKK'
Aliás, esse Luke e essa Dawn estão muito safadinhos indo para florestas geladas sozinhos e depois para um cabana abandonada! Tô de olho nessa safadeza ai eim!
Quem diria que nesse capítulo descobriríamos a verdade por trás do passado da Glaciallis! Eu mal esperava que o capítulo teria esse desfecho, e foi simplesmente incrível! Eu, particularmente, adoro saber do passado dos personagens. Principalmente quando se tratam de "fantasmas". Essa cabana guardava um grande segredo, e essas Spinaraks prateadas são tão fofinhas! Juro que fiquei na esperança de que a Dawn ou até o Luke capturasse uma delas... Mas, não pode né... E manolo, que loucura é essa? Uma mulher congelada no porão, é isso produção? HAUHAUHAHAHUHA'
Ah, e mostrar o que taba escrito na carta no fim do capítulo foi simplesmente demais! Glade jurou que amaria o "sujeito", que talvez não seja o General... Será que a senhorita Glaciallis vai encontrá-lo mais tarde? Ou melhor, será que se encontrá-lo vai continuar com o General? *OOOOOO*
Amo essas tramas amorosas!
Aqui vou eu Japa-kun! See ya \õ
Só para constar, eu pulei o FT pois to querendo reservar um dia para ler os caps desse especial com calma e com toda a atenção ~
ReplyDeleteEnfim
Glaciallis *w* Mds, mano, um cap sobre ela, é amor demais <3 <3 (até porque, adoro esses caps onde o foco não são os humanos (claro que tem caps lindos nesse foco, mas centrar-se tanto nos pokémons, suas personalidades, suas histórias, seus sentimentos é o diferencial daqui, que deixa toda a história especial <3 ))
NÃO CREIO QUE ACHARAM A CASA DELA DE QUANDO ELA ESTAVA VIVA MDS SOCORR, CANINHAS TU NÃO PARA DE TER IDEIAS F*DAS NÃO?
E sou obrigada a admitir que o shipp General/Glaciallis tem sua beleza. Esses diálogos finais realmente tocaram..... God damnit, Canas, eu detesto shippar dois casais diferentes com a mesma pessoa, mas tenho que abrir uma exceção aqui ç_ç Foi tão fofinho eles "agradecendo" a morte por darem a chance de um encontrar o outro <3 (mas ainda tenho feels por Chaudiallis flw (até porque, não gosto dele com a Eva e-e tu vai achar que é implicância e/ou birra, mas realmente não sinto uma sintonia de casal naqueles dois))
Btw, essa carta..... Será que o amado mencionado nela seria o General? Ou será que é para outro e vai dar maior treta? (to apostando nessa última, confesso PQ ISSO AQUI VIVE DE TRETA (PRINCIPALMENTE ENVOLVENDO CASAIS))
Ain, meus reviews estão ridículos t-t Dsclp, Caninhas ;-; Mas é que eu realmente quero me atualizar, e sacrifícios são necessários ç___ç Abraços da Tsuki ^^/