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- Aventuras no Desconhecido [Capítulo 1]
Posted by : CanasOminous
Dec 7, 2018
Capítulo 1 – A
Revanche
Violet City.
O ginásio encontrava-se mais vazio do que o habitual —
afinal, nem mesmo Falkner esperava um desafio marcado para as sete e meia da
manhã em um domingo, agendado às vésperas da data. Ela era uma velha conhecida
do Sr. Farias, o zelador local, longos anos se passaram desde que vira aquele
rostinho pela última vez encarando mais uma revanche. Mal tivera tempo de
destrancar o portão de entrada quando uma garota ruiva o interceptou, cheia de
euforia; ela carregava um saco de pães em um braço e com a outra mão uma sacola
de supermercado contendo um pouco de margarina, queijo, mortadela e suco de
laranja.
— Ô, Seu Farias! Adivinha quem voltou? Senti saudades!
— Ô, menina Vivian, é tu mesmo? Quem
diria! — gritou o velho em resposta. — Espera só um minuto que eu vou
chamar o patrão, ele chegou agora a pouquinho.
— Acho que não vai precisar, eu
conseguiria encontrar aquele rostinho bonito a quilômetros daqui.
Falkner devia ser uma das poucas
pessoas na face da terra capazes de acordar e parecer tão atraente, sempre se
preocupando com a aparência e disposto a enfrentar qualquer um que o
desafiasse. O líder de ginásio não escondeu a feição de surpresa ao se deparar
com a garota.
— Veja só, se não é o passarinho que
gostava de acordar cedo... Se você fosse um Pokémon, sua habilidade seria Early Bird. — Falkner sorriu ao fazer a
comparação com a habilidade de suas adoradas criaturas voadoras. — Entre, vou
preparar a arena e você pode se aquecer.
— É hoje que eu acabo com sua raça,
bonitão! — anunciou a menina com tanta exaltação que acabou assustando um casal
de velhinhos que passava na banca mais próxima para comprar o jornal do dia.
O início da batalha não precisou de
cerimônias, quase não havia espectadores e Vivian conhecia bem as regras da
casa. Quando completara dez anos, fora derrotada cinco vezes seguidas para o
líder de ginásio, depois perdeu as contas de quantas vezes mais tentou sucesso
na empreitada nos anos que se seguiram com sua equipe composta apenas por
Pokémon insetos. Desde que retornara de sua longa viagem das longínquas terras
de Sinnoh, tinha certeza de que seu time estava pronto para encarar seu rival
de longa data.
— Presumo que eu não precise me
segurar, você não parece mais a mesma garotinha amadora que vinha me enfrentar —
disse Falkner. — Quantos anos você tem agora?
— E isso lá é pergunta que se faça
para uma dama? Não que eu seja uma, mas se eu disser em voz alta qual a minha
idade vou me sentir uma idosa — Vivian o confrontou. — Eu vou te mostrar porque
todo mundo ama as Primas de Azalea! Nós somos chatas, exigentes e não
desistimos tão facilmente dos nossos sonhos.
Falkner começou a batalha com seu
Pokémon assinatura — o Pidgeot mais velho e experiente da casa. Vivian também
não poupou sua peça principal, Primia, a líder dos Red Fortress e sua famosa Scizor seria a desafiante. Com o tipo
metálico a seu favor, Falkner percebeu que a luta não seria tão rápida quanto
costumava ser quando Vivian tentava enfrentá-lo usando apenas sua Spinarak recém-capturada.
Ele próprio devia ter dezoito anos na época, havia acabado de herdar o ginásio
do pai e ainda estava aprendendo como qualquer outro treinador. Hoje, mesmo
sendo mais maduro e experiente, estava acostumado a se deparar com oponentes
que lhe ofereciam um desafio à altura de suas expectativas, mas a melhor parte
estava em reencontrar velhos rostos que cresceram na mesma medida que ele.
— Pidgeot, aumente a evasiva com o Double Team!
— Não tão cedo — respondeu Vivian. —
Primia, Bullet Punch!
Primia avançou contra o Pokémon pássaro com a
velocidade de um canhão, impedindo que ele começasse a ampliar sua agilidade e
se tornasse um alvo quase impossível de ser alcançado. Falkner mudou a
estratégia e partiu para o ataque direto, mas seus golpes de asa não chegavam a
machucar a armadura de aço da oponente.
— Você pode até ter investido nas
defesas de sua Scizor, mas meus ataques voadores ainda atingem o lado mais
frágil dela — disse Falkner. — Air Slash!
Com sua visão aguçada, o corte
certeiro do Pidgeot acertou Primia onde sua proteção era vulnerável. A Scizor
envergou o corpo e protegeu-se com suas pinças, mas a sucessão de ataques
vindos de todas as direções logo a levaria à exaustão.
— Ele tem vantagem no ar, tente
derrubá-lo, Primia! — ordenou Vivian.
O Pokémon ergueu uma das pinças e
agarrou a asa esquerda do Pidgeot, arremessando-o contra o chão de pedra com
impacto o bastante para machucar. Antes que a ave pudesse revidar com uma
bicada, Primia o acertou no peito como um martelo e o prensou com mais força.
— Agora Superpower!
A Scizor agarrou seu oponente e o
arremessou para fora da arena, onde o Pidgeot colidiu contra uma parede e caiu nocauteado.
Seu Farias, que atuava como o juiz, anunciou o fim da batalha.
Vivian esboçou um sorriso frágil que
logo desapareceu, pois a comemoração não foi nem de perto tão intensa quanto
esperava que seria ao superar uma rivalidade de mais de oito anos. Estava contente
com a vitória, mas se pegou comparando a si mesma com sua versão criança, a
jovem Vivian sonhadora de dez anos teria explodido de alegria e corrido para
contar a novidade para os amigos e sua família. Estaria ficando velha e
mal-humorada feito sua avó?
Seus pensamentos se interromperam
quando notou Falkner caminhar em sua direção.
— Pegue a Zephyr Badge, você a mereceu. Mal posso acreditar que aquela mesma ruivinha
que me enfrentou anos atrás se tornou uma treinadora tão formidável. Agora você
poderá finalmente começar a sua jornada e competir pela Liga Pokémon.
— Liga? Ih, amigo, eu já passei dessa
fase, já é meio tarde para sonhar em enfrentar a Liga. É que tenho esse rostinho de treze — respondeu Vivian com uma risada, piscando várias vezes numa falha tentativa de seduzir.
— Você é uma figura! E tem o mesmo
sorriso radiante de anos atrás.
Vivian corou tanto com o elogio que
começou a remexer os braços na tentativa de desviar a atenção dele para
qualquer coisa que não fosse ela, nunca soubera como encarar elogios, por isso
abriu o colete e revelou a fita de finalista do Grande Festival de Sinnoh.
— Mas eu não fiquei parada todo esse
tempo, não. Tá vendo isso aqui? Não é para meros mortais!
— Uau. É um prêmio para coordenadores
de nível avançado, não? — admirou-se Falkner, que não entendia muito de
apresentações, mas adorava ver a empolgação no rosto de alguém que falava sobre
o que o fazia feliz. — Mas então por que você batalhou tanto pela minha
insígnia se não quer mais ser treinadora?
— Ah, eu diria que foi para recuperar
a minha dignidade (ou o pouquinho que me restava). Na real, te desafiei tantas
vezes só porque queria uma desculpa para te ver. Nunca liguei para essa
insígnia, mas senti que precisava fechar algumas pontas na minha vida, entende?
Falkner sorriu com a resposta.
— Você deve ter passado por muita
coisa nesses últimos anos, já não é mais o filhotinho que tentava
desesperadamente fugir do ninho — comentou, estendendo-lhe o braço. — Foi um
prazer revê-la, Vivian Chevalier. Torço para que consiga dar o devido
fechamento a todos os pontos de sua vida.
Vivian corou ainda mais dessa vez, seu
coração ansiava por soltar um berro e contar que o líder de ginásio fora seu crush durante toda a infância. Antes que
Falkner pudesse se retirar, ela lembrou-se do porque de ter chegado ao ginásio
repleta de sacolas.
— Ei, ei! — Vivian o chamou. — Eu te
fiz acordar cedo num fim de semana, então pensei... quer tomar café da manhã
comigo? Eu faço um pão na chapa que é uma delícia.
Falker coçou a cabeça meio sem reação,
mas adorou a ideia.
— Acho que vou adorar sua companhia.
i
O misto quente transbordava recheio no prato,
preenchendo o local com seu aroma delicioso. Vivian beliscava batatas fritas
repletas de cheddar e bacon ao lado do crush
de infância que mexia no seu cappuccino
com uma colher e admirava o parque ao lado pela janela.
— Então, conte-me sobre sua família,
Vivian — pediu Falkner.
— Ah, sabe como é, eu era dessas
caipiras que nascem em cidade pequena. Queria de todas as formas deixar a casa
dos meus pais, mas ao mesmo tempo morria de medo — disse a garota. — Teve um
tempo que meu sonho era assumir o cargo do meu avô Pryce e me tornar líder de
ginásio, mas nunca fui muito boa em batalhas; depois teve um tempo que pensei
em me tornar pesquisadora, porque assim poderia ajudar com o estudo de Pokémon
insetos nas florestas de Johto. Já cheguei até a auxiliar o velho Kurt como
assistente, mas eu era um desastre fabricando pokébolas! É um trabalho tão
artesanal, requer muito cuidado com as mãos...
— Você é uma garota cheia de sonhos e
vontades mesmo — falou Falkner, tomando um gole de sua xícara e mordiscando um donut de doce de leite.
— Acho que sou só uma garota meio
louca e perdida nesse mundo — Vivian espreguiçou-se na cadeira. — Existe certa
emoção em explorar o desconhecido, não sirvo para viver uma vida comum em um
escritório ou me contentar com um trabalho que me ofereça uma aposentadoria
segura, sem grandes expectativas para mais nada.
Enquanto falava, Vivian retirou o
celular da bolsa e fotografou seu prato. Falkner ficou observando-a de braços
cruzados, até que ela percebeu a gafe que cometera.
— Desculpa, tô com essa mania de
registrar tudo.
— Não esquenta, é bom deixar marcado —
respondeu o líder.
— É que eu gosto de lembrar das coisas
que me fazem feliz. Bate uma saudade quando paramos para olhar, não é?
— Pois é — disse Falkner, imerso em
seus pensamentos, enquanto a garota em sua frente abocanhava um pedaço enorme
de seu misto quente que despejou queijo para todos os lados.
Ela encolheu os ombros, acanhada, mas
Falkner soltou uma risada graciosa e ajustou a franja. Vivian se sentia uma
idiota por agir daquela maneira na frente do rapaz que gostara durante toda a
infância, porque na maioria das vezes os meninos morriam de medo dela por ser
exagerada e intensa em tudo que fazia. Um sentimento estranho a fez sentir
saudade de seu Lukinhas, que agora namorava uma deusa em algum lugar distante
das galáxias (aquela Palkia desgraçada, tinha o universo inteiro para procurar
e acabou justo na terra).
— Bom, preciso ir trabalhar, tenho
outra batalha marcada agora às dez. — Falkner levantou-se da mesa e fez um
aceno cortês. — Só uma pena que uma vez que você tenha conseguido a minha insígnia, talvez não voltemos
a nos ver tão cedo.
— Oxi, posso devolver sua insígnia então? Ou dizer que perdi, seria uma boa
desculpa para te ver mais — disse Vivian com uma risada.
Falkner sorriu, pegou um pedaço de
guardanapo e anotou uma sequência numérica, como na moda antiga. O coração de
Vivian começou a palpitar. Guardaria aquele pedaço sujo de papel como se fosse
o mel precioso das abelhas.
— Depois te mando uma mensagem no
zap-zapdos pra confirmar, belê?
— Você é mesmo uma figura —
respondeu Falkner, dando uma piscadela para ela. — Até mais, garota do campo.
Vivian deixou a padaria com o coração transbordando,
mas sua cabeça martelava uma preocupação ainda maior — nem em seus planos mais
surreais teria imaginado que a recompensa pela batalha seria não apenas uma
insígnia, mas o número de telefone mais cobiçado do que loteria; quantas
garotas não dariam um dos rins para passar uma tarde com Falkner?
Quando menina,
Vivian pensava que jamais faria grandes feitos quanto suas primas. A
oportunidade de viajar por Sinnoh e aprender tanto mudara sua vida, não
imaginava conhecer pessoas tão maravilhosas, quem diria até que arranjaria um
namorado loiro para chamar de seu? Vivian sentiu uma pontinha de arrependimento
ao pensar em Stanley, que treinara os últimos meses sem descanso para enfrentar
seu pai, Palmer, na Battle Tower, lutando ao lado de seu melhor amigo e rival,
Luke Wallers.
Seu cérebro martelava a lembrança de
que Stanley estaria chegando de avião em Johto ainda naquela tarde.
“Ah, mas é só um número, não é como se
isso fosse colocar um par de Tauros na cabeça do coitado”, pensou a garota.
Afinal, Stanley era muito tranquilo quanto a assuntos amorosos, não se
surpreenderia se ele chegasse trazendo um buquê de flores e uma caixa de
bombons do seu sabor favorito.
A verdade é que sentia muita falta do seu loirinho predileto. Os dois haviam começado como amigos e companheiros de
viagem, e anos mais tarde estariam cruzando um continente para encontrarem um
ao outro. Falkner teria o cargo de eterno crush
para o resto de sua vida, mas ninguém mais roubava seu coração — sem contar que
Primia, sua Scizor, jamais perdoaria sua mestra se ela fizesse algum mal ao
treinador de Drinian, o Torterra de Stanley.
Assim que Vivian chegou a sua casa,
ela jogou a bolsa para um canto e esticou os braços, como se esperasse um
ataque inevitável. Duas garotinhas saíram correndo de trás do sofá e pularam
nela, outras três se aglomeraram ao seu redor — eram as mais novas primas de
Azalea que um dia viajariam pelo mundo cumprindo seu papel como personagem
secundária na aventura de outra pessoa, espalhando amor e risadas por onde quer
que passassem.
— Tia Vivi, tia Vivi! — disse a
pequena Ariel contente.
— Como foi a batalha? Você conseguiu
ganhar? — perguntou Bela.
— Tia Vivi, a Aurora arrancou a cabeça
da minha boneca, posso fazer o mesmo com ela? — retrucou Merida irritada.
Vivian respirou fundo, jamais se
acostumaria ao título de “tia”, ainda mais ela que sempre fora a mais nova da
família e, de repente, se tornara a adulta responsável que cuida das crianças;
Vivian era a mandante da nova geração.
Incapaz de conter a ansiedade das
pequenas, Vivian abriu o colete e revelou a Zephyr
Badge, sua plateia empolgou-se mais do que o esperado. Suas primas se
encheram de admiração e pularam de alegria, todas queriam ser como Vivian
quando crescessem.
— Bem vinda de volta, minha neta —
disse uma senhora que se aproximava da cozinha. — Por que demorou tanto? A
batalha foi melhor do que esperava?
— Ô, se foi — respondeu Vivian, que já
se despira de sua blusa e rumava para o banheiro ao ar livre que era uma
tradição de sua família. — E então, suas pirralhas, quem é que quer tomar um
banho comigo? A última a chegar é mulher do Bugsy!
As meninas gritaram em uníssono e
seguiram sua líder, seu exemplo.
Vivian divertiu-se a tarde toda ao
lado de sua família, um domingo agradável e aconchegante como todos os outros
em Azalea.
Pegou-se
relaxando sozinha na banheira quando suas primas menores saíram de calor e cansaço;
lembrava-se de quando era ela a menina que se espelhava nos mais velhos,
sentia-se sortuda por ter crescido em um lar onde ouvia com frequência: “Você
pode ser o que quiser!” Não precisava ser uma treinadora e garantir presença na
Liga só porque era o que a maioria fazia ao completar dez anos, nem tinha
obrigação de tornar-se líder de ginásio para manter a tradição de seu avô
Pryce. Sua primeira grande inspiração foi sua prima Júlia, que partiu para as
Ilhas Laranja havia anos e vivenciara inúmeras aventuras que eram relatadas em
cartas todos os meses. Sentindo que também podia experimentar coisas novas, Vivian
tentou carreira de coordenadora e acabou encerrando a temporada como finalista
no Grande Festival de Sinnoh, levando para casa uma belíssima medalha prateada
com o símbolo de uma Roserade incrustado e um buquê maravilhoso de rosas de
todas as cores que sua avó plantara no quintal para que a neta sempre se
lembrasse de seus feitos.
Então por que sentia um vazio tão grande agora que
regressara? Estaria sentindo falta de alguma coisa? De Stanley, talvez? Dos
amigos que se aventuravam pelo mundo? Da excitação em descobrir coisas novas?
— Talvez seja só a TPM... — murmurou
Vivian na banheira, sua cabeça quase mergulhada por inteiro na água quente.
Decidira que já era hora de sair. Secou-se
depressa e enrolou uma toalha na cabeça, enquanto perambulava pelo seu quarto
com preguiça até de colocar suas roupas.
Anoitecera tão rápido, e ainda não
havia sinal de Stanley. Ele mandara uma mensagem dizendo que se atrasaria uma
ou duas horas por conta de um imprevisto no aeroporto, o que significava para
Vivian mais tempo de abstinência com os próprios pensamentos. De banho tomado e
toda cheirosa, assim que Stanley chegasse queria jogá-lo na cama e arrancar sua
blusa, roubando-lhe um beijo tão intenso que valeria por todos os últimos meses
distante um do outro. Queria sentir seu abraço apertado como só ele conseguia, senti-lo
encostar a cabeça em seu peito e escutar seu coração bater enquanto ela
acariciava seus cabelos loiros.
Vivian abraçava seu Spinarak de
pelúcia quando a avó entrou no quarto trazendo uma xícara de chá de açúcar à
vontade, do jeito que ela gostava; conhecia bem a neta que era apaixonada por
doces feito um Pokémon inseto.
— Valeu, vovó. Estou tão cansada, hoje
foi um dia e tanto...
— Mande mensagem para o seu namorado e peça
para ele tomar cuidado, está ventando bastante lá fora. Não se esqueça de
preparar a janta para ele, e deixe separado o colchão, quero vocês dormindo bem
longe um do outro.
— Vó! O Stan já é meu namorado faz um
tempão, ele sabe se virar.
— Ele é visita, e somos bons
anfitriões. Você já é uma moça e deve cuidar bem dos costumes de nossa família.
Dona Katherine percebeu na hora como
sua neta pareceu triste diante de tamanha responsabilidade. Vivian nunca fora
boa em esconder seus sentimentos.
— O que foi, querida?
— Ah, vovó, sei lá... acho que preciso
viajar.
— Por que você não vai para Kalos?
Encontrei com sua tia semana passada e ela disse que a Katheryn está se saindo
muito bem lá — disse a velha senhora. — Aquela danadinha, parece tanto com
você! Lembro até hoje quando minha irmã falou que queria dar o meu nome para a
filha, aí acabou colocando errado, vê se pode, agora temos Katherine e Katheryn
na família. Caipira é assim, tem mania de enfiar letra onde nem existe, tem que
sempre ter um H e Y só pra parecer chique.
As duas soltaram uma risada calorosa, Vivian
abraçou a avó e sentiu-se acolhida.
— Eu amo Azalea e amo vocês, sabia
disso?
— Claro, somos incríveis. Por sinal, você não vai acreditar
quem te mandou uma cartinha.
— Quem?! — Vivian perguntou ansiosa.
Seu primeiro pensamento foi Júlia, mas tinha uma esperança remota de que
Falkner tivesse mandado um agradinho.
— O Bugsy — respondeu Dona Katherine,
que acabou-se de rir com a expressão da neta. — Estou brincando. Eu não sei
quem mandou, mas um rapaz vestido de azul pediu para te entregar.
Dona Katherine estendeu-lhe um envelope
com um embrulho ao lado antes de se retirar para dormir. Não havia mesmo remetente.
Júlia. Onde será que estaria? Vivian
levantou-se e vasculhou a gaveta mais próxima de sua escrivaninha, onde um
punhado de cartas das mais diferentes caligrafias saltou para fora assim que
aberto. Começou a reler cartas antigas que sua prima enviara das Ilhas Laranja.
Elas ainda a faziam sorrir.
Vivian ainda torcia para que Júlia
estivesse bem. Gostava de imaginar que ela se casara com a loirinha de chapéu
de palha que conquistara seu afeto, pois suas descrições sobre ela eram sempre
tão cheias de carinho e admiração. Esperava que ela estivesse tão ocupada com a
vida nova que já não tinha mais tempo para as coisas antigas que ficaram para
trás.
Pois um dia as cartas pararam de
chegar.
Vivian não gostava de demonstrar o
quanto sentia falta de como as coisas eram quando criança — sua única
preocupação na época era tirar boas notas na escola e ter certeza de que teria
tempo à tarde para explorar a Floresta Ilex — brincava até adormecer no sofá
pela tarde e acordar na cama de forma milagrosa que jamais entendera.
Uma insígnia, uma fita, uma medalha de
prata, de que adiantava? Desde sempre gostara de colecionar tudo que lhe
trouxesse memórias de suas viagens, apesar de seu coração continuar em Azalea,
sentia que precisava de algo novo para sua vida.
Ligou o celular e começou a rever
fotos que recebera de suas primas. Lembrava-se com carinho dos segredos que
compartilhara com a prima Kate Berry que estava arrasando em Kalos, do quanto
apreciava o conhecimento da prima Melody e como admirava a beleza da prima
Júlia.
— É, espero que estejam muito felizes longe
daqui, suas mal agradecidas — respondeu Vivian, enfiando todas as cartas de
volta à gaveta e fechando-a com o pé.
Ela deitou-se de bruços na cama e
abraçou seu travesseiro, contendo um grito súbito de raiva misturado com
cansaço e saudade.
“Cada uma foi para um lado... e eu continuo
aqui”, pensou.
Assim que sua avó deixou o quarto, as
luzes da casa foram desligadas e Vivian se viu sozinha no quarto sob a luz
baixa de sua luminária,
Ela rasgou o lacre e leu o pequeno
papel sem desgrudar os olhos:
“Desculpe por não conseguir dar a você a devida atenção nos últimos dias, mas você sempre fez parte da minha vida — da
nossa história. Morro de saudades de nosso tempo juntos.
Espero que se divirta, e não se
esqueça de colecionar algumas memórias!
Com carinho, C.
P.S. Talvez você encontre respostas
que há muito tempo vem buscando.”
Vivian imaginou que aquela carta devia
pertencer a algum casal bobo apaixonado — e reconheceu que os serviços de
entrega em Johto eram deploráveis para errarem o destinatário —, mas também não
descartou que fosse alguma brincadeira de Stanley, só não entendia o
significado da assinatura, não se lembrava de nenhum amigo que começasse com a
letra C.
— E se for C de Clarisse? Aquela vagabunda,
megera, labisgoia, nariguda...
Ela deixou a carta de lado e abriu o
embrulho, deparando-se com uma moldura envelhecida que continha a foto de uma
ilha remota. Vivian fotografou a imagem com a câmera do celular e jogou no
campo de pesquisa do Woogle, que reconheceu a locação como um lugar inabitável
conhecido apenas como Ilha Pokémon.
Um sentimento de urgência tomou conta
de seu coração. Um turbilhão de perguntas surgiu em sua mente — e se aquele
fosse um chamado do destino para que ela arrumasse as malas e viajasse mais uma
vez? E se tivesse um tesouro escondido ali? E se naquela ilha remota existisse
a resposta para a vida, o universo e tudo o mais?
Afinal, quem era o misterioso Sr. C?
Seu celular apitou o tema de captura
clássica das pokébolas.
Enviado
por Mozão Loirinho às 23:17.
“Cheguei, meu chuchu. Não toquei a
campainha para não incomodar sua família. Tô morrendo, seh loko kkkkkkk Pode abrir
a porta?”
Enviado
por Vivian Chevalier às 23:19.
“Não. Fica aí.”
Enviado
por Mozão Loirinho às 23:19.
“kkkkkkkk. Beleza.”
Vivian nem se deu conta de que ainda
estava com a toalha na cabeça, mas assim que abriu a porta, Stanley trazia
consigo um girassol, seu violão e uma bagagem de mão. Seu coração derreteu.
— Por um instante achei mesmo que você
fosse me deixar dormir aqui fora —
disse o rapaz.
— Oxi, que isso? É pra mim? — perguntou
Vivian ao ver o girassol.
— Sempre ouço sua avó dizendo que
quando vamos à casa dos outros temos que levar um presente, mas estava tudo
fechado, então tive que pegar a primeira flor que encontrei. Tá meio murcha
porque é noite, mas... acho que o que vale é a intenção, né?
— Caralho, Stan, que coisa fofa da porra, você exagera nessa fofura quando quer, pode não! Vem cá pra gente dar uns xamego!
Vivian agradeceu com um selinho e o
convidou a entrar depressa. Antes mesmo que Stanley se acomodasse no sofá, ela
começou a tagarelar sua mais recente descoberta.
— Quem você acha que mandaria uma
carta misteriosa para um desconhecido? Ou melhor, quem ainda manda cartas hoje
em dia?
— Achei suspeita essa foto da ilha... —
comentou Stanley. — Esse quadro deve ter uns vinte anos. Mas talvez seja só
alguém tentando te atrair para um local desconhecido para roubar os seus órgãos
e vender no mercado negro. Isso me cheira à Equipe Rocket.
— Ninguém tem sinal da Equipe Rocket há
anos, bobinho. Agora tô doida para sair em uma viagem para encontrar algo, eu
só não sei o que é! Isso não é excitante? — disse Vivian, cheia de entusiasmo. —
Vou escrever uma carta para vovó, direi que vamos passar um tempo em uma ilha
longe de toda civilização vivendo apenas do que a natureza nos servir, que nem
aquele programa que tem gente pelada tentando sobreviver, sabe? Posso contar
com seu apoio?
Stanley piscou, olhando para o sofá na
sala que parecia tão confortável.
— Será que não poderíamos fazer
isso... amanhã?
— Amanhã podemos estar MORTOS, Stan!
— Mas eu acabei de voltar de uma
viagem longa, fiquei preso por horas no aeroporto. Eu só queria um banho e um
abraço...
— Quer que seja nessa ordem? — ela
respondeu, puxando-o para perto. — A Vivian de antigamente teria saído no meio
da madrugada gritando feito louca, mas a Vivian atual é muito mais madura e vai
cuidar do seu fofinho cansado.
— Posso tirar o tênis? Sempre me sinto
à vontade quando venho aqui.
— Demorou, mozão — disse Vivian ao se
levantar. — Enquanto isso, vou enchendo a água da banheira até ficar bem
quentinha, vamos aproveitar já que estão todos dormindo, o que me diz?
— Aí eu vi vantagem — respondeu
Stanley.
Vivian desapareceu pelo corredor, mas
voltou de fininho e ficou observando-o de relance pelo batente da porta com o
olhar apaixonado.
— Obrigada por viajar até aqui só pra
me ver.
— Como se eu tivesse vindo aqui pra
ficar com você. Eu quero é provar daqueles doces fabulosos que a sua avó
prepara — respondeu Stanley com uma risada.
— Ah, desgraça, vou te colocar pra
dormir com os Slowpoke no poço aqui perto!
Antes que ela surtasse, Stanley puxou sua
namorada que caiu sentada em seu colo.
— Você continua a mesma Vivian de
sempre. Eu te adoro.
— Só vou te perdoar hoje porque estou
sozinha e carente, ouviu?
A garota o abraçou com tanta vontade
que desejou nunca mais largá-lo, naquele instante não pensou em Falkner, em remetentes
desconhecidos, ilha perdida ou qualquer coisa parecida; só queria estar ali, ao
lado dele. Ela lhe lascou um beijo longo e demorado, seus dedos deslizavam pelo
pescoço dele, sentindo-o o estremecer. Quando se desvencilhou, gostava de
sempre deixar aquele gostinho de “quero mais”. Os dois se colaram perto o
bastante um do outro para se tornarem um e, pelo menos por algumas horas,
apenas amor e saudade preencheu seus corações.
Eita Canas, agora eu vi vantagem. Má que lindio mermão! Quê que é isso.
ReplyDeleteCara, amei. Fabuloso! (vide Phineas e Ferb, sobre o tipo de fabuloso)
Mano, Vivian é um Hot Topic já faz um tempo, e ver ela retornando assim da até orgulho e nostalgia. Mas agora, quem será C? Porque ele/ela enviou uma carta? E para onde isso vai levar? Para um monte de ilha com uns poke lokão e crackado. Sorry, não pude deixar de fazer a piada. Mas sério, eu sempre falo que gosto de capítulos casuais, e esse não foge a regra.
Ansioso pelo próximo. Até mais ver!
Valeu, companheiro Sir! Capítulos casuais continuam sendo o meu forte, até tentei encaixar uma batalha rápida no começo só para dizer que não enferrujei de vez kkkkk Fico feliz que tenha aparecido para conferir o andamento desse especial, vai ser coisa curta, mas pretendo fechar essas pontas que ficaram além de resolver os novos mistérios que se formaram como a existência do misterioso C. Talvez a fotografia fique em segundo plano, mas imagino que a Ilha Pokémon continue infestada de umas criaturas bizarras, sendo que lá parece ser o único lugar da franquia onde até os lendários Moltres, Zapdos e Articuno são vistos em ovos kkkk Vou ver se mantenho um ritmo de postagem, coisa de duas semanas de intervalo no máximo. Vai depender da inspiração, e por isso agradeço o apoio de vocês. Grande abraço!
DeleteCara, quando você me contou da ideia de criar esse especial eu fiquei feliz. Apesar das brincadeiras sobre a Sinnoh 2.0 eu realmente entendo sua preocupação em respeitar o final que você deu pra história, mas sempre é bom ver algo novo saindo por aqui.
ReplyDeleteE pra completar, temos um especial inteirinho dedicado à Vivian, uma das personagens mais aclamadas da Aliança Aventuras. Deu pra sentir em cada linha a sua vontade de fechar as pontas soltas na história dela, e isso é legal porque vai dar a ela uma importância maior. É bom pra você, que consegue atualizar o blog, bom pra nós leitores que podemos vir aqui e ver algo novo pra relembrar os bons e velhos tempos, e acima de tudo bom pra própria Vivian, que se torna uma personagem com muito mais conteúdo.
Curti a forma como trabalhou o amadurecimento dela. Deu pra notar claramente que não é mais a garota escandalosa de antes, mas a essência da personagem se mantém.
E não dá pra negar que bateu a curiosidade de saber quem é o tal do C. Talvez uma referência que eu não tenha pego...
Bem, por hoje é isso. Valeu por trazer esse especial pra gente. Sinnoh é sempre um bom lugar pra voltar quando a gente precisa de uma inspiração kkkkk
Até a próxima! õ/
Esse especial foi mais inesperado do que o Capítulo 101 aquela vez kkkkk Mas fluiu da mesma forma, eu só sentei e o negócio pareceu sair da mão que nem magia, mesmo sem ter nada preparado foram 4200 palavras de pura nostalgia tanto para os leitores quanto para mim que não retomava um capítulo dedicado à Vivian desde a Saga Diamante! Eu ainda adoro atualizar esse blog, sempre que encontro uma brecha para fazer alguma postagem aleatória não perco a chance kkk Está na hora de aumentar a aba de Especiais.
DeleteAcho que nesse capítulo já fechei ou ao menos introduzi tudo que eu gostaria de falar a respeito da Vivian. Eu queria que ela tivesse a revanche com o Falkner, que reencontrasse suas primas em Azalea, que tivesse um romance mais explorado com o Stanley e encontrasse uma nova motivação agora que concluiu sua jornada tanto como treinadora quanto coordenadora. Só falta mesmo essa coisa da Julia que vai ficar pro final, mesmo que você não lesse a fic do Thiago na época eu espero que goste e se emocione com a conclusão :')
Acho que não sei mais trabalhar personagens escandolosos kk Voltei para ler o Capítulo 6 e 8 que foram as primeiras aparições dela e era tudo tão cheio de -kun, -chan, pontos de exclamação em excesso e letras maiúsculas kkkk A própria escrita vai amadurecendo com o tempo, né? Tem sido mais fácil trabalhar personagens mais velhos, posso dar espaço para o bom e velho romance do jeito que gosto!
Obrigado por vir aqui conferir esse capítulo tão depressa cara, sua influência em mim nos últimos meses para continuar escrevendo também tem sido enorme, se Sinnoh ainda recebe posts ocasionais é pela sua eterna companhia kkkkk E quanto ao Sr. C, vai ser uma parada super *mind blowing* pshhuuuut! kkkkk Abraços!
AHHHHHHHHHHHHH V I V I A N
ReplyDeleteLOL, QUE SUSTO EIN CANAS
FAÇA MAIS, CANAS SHONEN
AAHHHHHHHHHHH QUE LEGAL
Eu curti muito Canas!
Mal posso esperar pra ver mais :)
E po, primas com os nomes de princesas, achei muito fofo! E BATATA LOGO DE MANHA MEU CONSAGRADO, NAO TEM COISA MELHOR
Que finalzinho de capitulo.( ͡° ͜ʖ ͡°)
Stanley é um fofo. MORDE ELE.
Ate o proximo capitulo ( ͡° ͜ʖ ͡°)
Opa, White! É impossível prever quando vai surgir um capítulo novo por essas bandas, é tanta ideia doida surgindo de repente que daqui a pouco o tão comentado Sinnoh 2.0 vai ser real kkkkkk Obrigado por vir aqui dar os ares da graça de sua nobre presença, senhorita. Seja sempre bem vinda!
DeleteEu ia deixar as priminhas todas sem nome, mas usar o nome de princesas é sempre mais divertido kkkkkkk Esse capítulo tão cheio de pequenas referências, só falta encerrar a história com um belo prato de batatas gratinadas kkkkk Pô, e o Stanley mudou bastante, né! De rival genérico para um rapaz fofo e apaixonado, melhor casal (zuera, nem é, tem um monte de outros que gosto mais kkkkk Mas pra quem tinha 0% de química, acho eles evoluíram bastante). Espero que continue vindo aqui para conferir os próximos, não serão tão longos, mas trarei algumas aparições surpresas que podem te agradar :3
Yo, Canas!
ReplyDeleteSinceramente, eu não achei que ia ficar tão tocado por esse capítulo. Primeiramente, pelo simples motivo de conter a Vivian - de longe, a melhor personagem da Aliança Aventuras. Segundo, pela responsabilidade de ser creditado como uma das fontes inspiradoras deste capítulo. Me lembro que da primeira vez que me reuni com você na sua casa, a inspiração foi da minha parte, com todo o capítulo no Lake of Rage com os sprites de Game Boy e o tão querido arco das horas lá em Johto. Jamais imaginaria que uma conversa durante a madrugada envolvendo Pokémon Stadium e Pokémon Snap poderia ligar em você essa chavinha que traria um capítulo tão maravilhoso, em que nós temos minha personagem favorita de volta revivendo memórias que eu guardei com tanto carinho dentro de mim. Esse comentário é só pra que você fique sabendo o quanto eu fiquei feliz de ler essa história, que ainda mais ao saber que SINNOH 2.0 REBORNS e que estou ansioso para os próximos capítulos, afinal, todas os apontamentos básicos já foram feitos.
Fico feliz de, mais uma vez, poder fazer parte dessa história que é tão importante pra minha vida. Obrigado, maninho!
See ya!
Olha ele aí ♥ É o que conversamos naquela noite, eu só precisava de um tema para eu começar, você sugeriu falar sobre a Vivian e eu queria dar um jeito de misturar com Johto, de repente ligamos o 64 e foi uma mistura tão doida de nostalgia no meu coração que eu só precisei ouvir e colocar no papel kkkk
DeleteO tema foi ela, a própria Vivian, como ela sempre amou estar na presença de quem gosta e faz bem. De repente, a personagem que antes parecia mais distante da minha personalidade tornou-se a mais próxima kk
Tinha tanta coisa que eu queria falar nesse capítulo que no fim das contas foi apenas um dia comum dela. Mas é tão bom voltar a ver uma personagem depois de anos longe! O tema surgiu por causa daquele fim de semana mesmo, sem você não teria tido a fagulha necessária pra começar kk O capítulo fala sobre o dia a dia, e conforme eu escrevia comecei a lembrar das tantas coisas que mencionei sobre a Vivian e nunca me aprofundei. Não precisei pensar demais, tudo fluiu de uma forma tão boa que eu percebi ser esse o motivo de eu ficar tão chateado quando pensava na Vivian, ela merecia um pouquinho mais de atenção.
Esses nossos encontros estão mesmo rendendo muita coisa boa, é cada capítulo bom que está surgindo! Vamos ficar de olho no próximo kkkkkkkk E mais uma vez, obrigado por tudo cara :') É sempre uma alegria estar de volta escrevendo para vocês e com vocês!
WoW
ReplyDeleteEae, comentário um pouco atrasado, fim de ano é puxado.
Cara, eu sempre gostei da Vivian e do Stanley, mas tenho que confessar que as vezes eu ficava meio sei lá. Parecia que o Stanley era sø um substituto do Lukas (eu esqueci se é Lukas ou Lucas). Então um capítulo que aprofunda a relação deles é muito bem vindo.
Estou triste por não ter lido aventuras nas ilhas laranja :(
Mano, que preconceito com o Bugsy, coitado do cara.
Essa família é o que liga todas as histórias da Aliança, é bom conhecer mais deles.
No geral é isso. É agora vai minha teoria do C, cuidado com possíveis spoilers.
Minha linha de raciocínio:
Vivian - Sinnoh - Lendário - Cresselia.
Sim, esse é meu chute.
Acho que é isso.
Até a próxima e espero ansioso o próximo capítulo!
Opa, Alefu! Atrasado nada, o importante é que você apareceu, ainda adoro receber a galera que surge anos depois pra comentar os primeiros capítulos da fic que nem você fez há um tempo atrás kkkk
DeleteCara, eu também sempre tive essa impressão com o relacionamento desses dois. Já que a Vivian não conseguiu o amor da vida dela, é como se ela tivesse ido no primeiro que apareceu, aí sobrou pro Stanley kkkk É uma forma meio cruel de pensar, como se o Stan fosse só um "quebra galho", mas acho que a graça está justamente nisso! Conforme eles foram crescendo, perceberam que havia mais coisas em comum entre eles do que imaginavam. Ou melhor, os dois ainda são super opostos, mas eles se completam transmitindo calma, trocando carinho e afeto.
Eu estou adorando explorar esse afeto nesse especial, esse deve ser um dos casais que mais menosprezei em toda a história. Eles são do tipo bem padrãozinho, fazem coisas de casal, fazem piadas de casal e agem como um casal. E talvez por isso seja interessante, com tantos relacionamentos doidos a nível Lukas x Paula, Luke x Dawn e Aerus x Titânia, ter alguém "normal" é a coisa mais inesperada de todas kkkkkkk
Pô, Ilhas Laranja era maneirão, pena que agora não sobrou nem um print dos capítulos para mostrar :( E essa piada com o Bugsy é das antigas, desde o comecinho a Vivian falava com as primas que não curtia ele kkkkkk Bom palpite para o misterioso C! Sempre adorei Cresselias, tanto que ela foi minha protagonista em uma das primeiras fics de Pokémon que produzi no Nyah. Valeu pela presença meu caro, te espero nos próximos!
Já adorei que teremos uma pequena jornada pra matar a saudade! Huahsduh Por mais que os anos tenham passado, algumas coisas ficam tão frescas na cabeça... A Vivian é uma delas! Ainda lembro muito dela no começo da jornada e no quão importante ela foi! Não só os leitores amavam (amam) tanto ela que acabou até criando a própria marca Primas de AzaleaTM AUHSDUAHSD E é muito bom poder conferir um pouco mais dela, assim como a Dawn no capítulo anterior. Acho que elas mereciam muito esse espaço, e é ótimo acompanhar como elas se transformaram nesse tempo.
ReplyDeleteAcaba sendo louco ver essa outra Vivian. A Vivian que não sai gritando e desafiando todo mundo, mas achei válido demais esse espaço. Ela vencendo o Falkner e pensando: “...então era isso?”. Cara!!! Que massa... Parece aquela sensação de zerar um jogo que era um desafio quando criança anos depois e perceber que no final nem era tudo isso. Fiz essa comparação, mas sem dúvida isso me tocou de vários jeitos diferentes e mais profundos. Aquela coisa de “o mais especial é o caminho que a chegada” acaba sendo muito real... Especialmente conforme os anos passam e a gente percebe que algumas coisas tão pequenas às vezes nos marcam mais que outras que deveriam ser tão maiores.
Mesmo depois desse tempo, com uma Vivian e um autor mais maduros, ainda tem aqueles traços tão queridos que parece que voltamos a rir com ela no hotel em Hearthome. (Aquele trecho de que “eram as mais novas primas de Azalea que um dia viajariam pelo mundo cumprindo seu papel como personagem secundária na aventura de outra pessoa” AUSHDAUSHDAUHS Foi incrível! E fiquei super feliz com as citações da Kath por Kalos, obrigado por isso! Ainda tenho muito carinho do episódio em que pude trazer as duas juntas por lá :’))
Haos começou a ler Aventuras no Desconhecido, uma semana depois anunciam Pokémon Snap 2. COINCIDENCE?? Não é a primeira vez que a Nintendo está de olho no blog, primeiro veio o Krokoodile do Ash com óculos escuros, depois o Atômico estilo Gigantamax Muk, aí o Inteleon disparando tiros de água pelos dedos como o Mikau. COINCIDÊNCIAS DEMAIS!
DeletePô cara, lembra da Vivian na Saga Pérola? Não sei se cheguei a comentar, mas sabe por que ela sumiu nas demais temporadas? Porque eu peguei raiva dela! Ela ficou tão famosa que estava passando até os protagonistas, aí joguei ela para escanteio, coitadinho kkkkkkkk Esse especial foi um verdadeiro pedido de desculpas para a Vivian, porque ela merecia algo melhor. É como você falou, lançamos tanta tendência com as Primas de Azalea que ainda precisamos de um especial com todas reunidas a nível CARRO DENTRO DA PISCINA AEEEEEEE!
Cara, e não posso esconder que eu AMEI escrever tendo a Vivian como protagonista! Ela é muito espontânea e divertida, e aí tem o Stanley todo desengonçado e certinho, foi uma experiência maravilhosa. Tentei juntar todos os elementos que faltavam ser fechados na história dela, da disputa com o Falkner até o romance dela com o Stanley que na época me pareceu super forçado. É, cara, escrever algo sem aquele peso nas costas de terminar é libertador, eu não saberia escrever tudo isso em 2015.
Eu estava comentando também com o Dento esses dias como construímos um universo foda para Aliança Aventuras, eu nem precisei pensar muito para colocar essas referências da Kath ou do halls, e também nem precisei te consultar porque eram como pequenas homenagens! A gente simplesmente tem uma ideia, e do nada surge a oportunidade de fazer uso dela! Falaremos mais sobre isso no comentário da Júlia kkkkk