Oct 12, 2012
Enquanto os Pokémon travavam uma intensa batalha nos arredores da base dos criminosos, os líderes de ginásio continuavam sua investigação do lado de fora da ilha. Algo estava suspeito demais, não haviam soldados da facção mantendo a patrulha, e desde que adentraram a ilha nenhum Pokémon selvagem fizera seu caminho no solo amaldiçoado da ilha do ferro; era como uma aranha que aguarda a visita de sua presa. Roark agia com cuidado, suas tarefas mantinham sigilo, mas seu pai, Byron, não agia da mesma maneira e a cada passo cismava em reclamar de algo.
— Veja só que desolação! Bastou que eu ficasse alguns anos sem frequentar a ilha, e ela já se torna um caos! Túneis interditados, equipamentos destruídos, artefatos perdidos... Esses Rockets vão lamentar por terem destruído meu santuário sagrado! — bradava Byron, vendo que seu filho constantemente virava-se para ele pedindo por silêncio, mas o velho homem odiava quando o mandavam que abaixasse o tom da voz. Antes que tornasse a reclamar, Roark retrucou novamente:
— Fica quieto só por um minuto, pai. Acho que encontrei alguma coisa...
— Ora essa, e manter-me calado diante da destruição que causaram? Eu gostaria que os tempos áureos da Ilha de Ferro voltassem, quando todos os treinadores do tipo metálico que se prestigiavam vinham para aqui para treinar! Esses sim, eram bons tempos.
Roark não deu bola ao comentário, não tinha todo esse apreço pela ilha visto que seu pai parecia gostar mais dela do que o próprio filho. O rapaz continuou seu trabalho examinando uma pedra, checou algumas delas que pareciam ter sido cortadas para esconder alguma espécie de equipamento dentro, era uma tecnologia muito avançada e certamente passaria despercebida até mesmo pelos melhores peritos da região. Byron aproximou-se do filho apoiando-se em sua picareta.
— Rochas sedimentares? Acha que encontrou algum fóssil?
— Não é momento para isso, pai. Estão escondendo algo dentro. — afirmou Roark. O líder ajeitou os óculos e abriu a pedra com enorme cuidado utilizando um kit que trazia cinco picaretas, martelos e pincéis em diferentes formatos e uso. Cravou um buraco na pedra sem prejudicar o que quer que houvesse em seu interior, demorou cerca de vinte e sete segundos para completar a tarefa, assim, podendo ver uma luz vermelha ser emitida de dentro da rocha. Byron surpreendeu-se, chegando até mesmo a recuar.
— B-Bomba! Uma bomba!! — afirmou o líder.
— Não parece ter sido coisa feita há muito tempo, é bem recente, e de grande potência. — afirmou Roark surpreso — Pai, acho que esses Rockets realmente tinham um plano a mais além de simplesmente sequestrar o Luke...
— Seria isso uma simples armadilha ou... — Byron fez uma longa pausa — Ou eles pretendem explodir a ilha inteira?
Roark ficou pensativo. Se ele tentasse desativar a bomba por meio de códigos e fios poderia piorar ainda mais a situação, por conta disso, lançou seu Probopass para que a criatura utilizasse de seu magnetismo para desconfigurar os dados do explosivo. Roark foi capaz de extrai-la, ordenou um Magnet Bomb para seu Pokémon que criou uma cápsula que, ao desativar ao objeto, fez que ela fosse destruída sem explodir. Byron soltou um suspiro aliviado.
— Duvido que eles tenham escondido só uma. — afirmou o líder metálico — Filho, isso está se tornando uma situação séria demais... É melhor nós sairmos da ilha o quanto antes.
— E deixar o Luke e o Lukas para trás com esse perigo iminente? Qual é, pai! E eu que sempre o julguei o maior herói da minha infância. — respondeu Roark.
— Ei, vá com calma, estou apenas me preocupando com você.
— Eu não vou deixar meus amigos para trás. Se quiser ir embora vá em frente, mas minha função aqui não é ser um simples treinador. Hoje não importa se somos líderes de ginásios, crianças ou o campeão; qualquer um pode estar em perigo.
Byron ficou quieto, abaixou a cabeça e num sinal compreensivo e prometeu ajudar. Roark pretendia encontrar cada uma das bombas no local e tentar desativar quantas fossem possível, mantendo assim os Irmãos Wallers em maior segurança. Todo seu conhecimento sobre o solo era de extremo uso. Eles não sabiam quem mais poderia chegar à ilha, mas com os explosivos ativados todos corriam perigo.
Ao sul da ilha uma pequena frota da Polícia Internacional de Sinnoh fazia seu caminho até a costa da baía de ferro. Marshall fizera conforme o que o Executivo Proton dissera, conversou com Walter Wallers, o pai das crianças, e fez questão de explicar-se e resolver tudo antes que ele decidisse tomar medidas drásticas. Marshall precisava que seu amigo tivesse paciência e não fosse até a ilha, eles ainda não tinha certeza da existência dos explosivos no local, mas se o que Proton dissera era verdade, então o intuito dos Rockets era reunir as maiores celebridades da região no local e causar uma verdadeira catástrofe. Marshall encontrava-se apoiado nas grades da proa do navio, tinha um pokégear em mãos e fazia uma ligação ao ex-campeão em pessoa. Com muita relutância, Walter cedeu.
— Eu sempre confiei em você, Marshall. Você sempre será o líder de minha Elite e o estrategista da equipe, mas tome cuidado. — disse o velho homem através de uma conversa de celular.
Marshall mantinha-se sério do outro lado da linha.
— Seus filhos são como meus filhos, Walter, você sabe disso. Tenho o mesmo amor e carinho que você por eles, e farei de tudo para resgatar o Luke. Pedi para que o Lukas se mantivesse em segurança em Canalave enquanto resolvo as coisas, mas tenho certeza de que o intuito desses criminosos é atingir especialmente você. Não vamos dar a eles o que procuram. — explicou.
Marshall continuava apoiado nas grades da proa do navio, e aos poucos a ilha de ferro começava a revelar-se no horizonte. Os Irmãos Wallers eram muito especiais para ele, o homem teve até mesmo de pedir que Glenn partisse como um jato para a casa de Walter e o impedisse de ir até o local, prestando apoio e cuidados especialmente para Melyssa. Uma hora ou outra o ex-campeão não seria mais capaz de se controlar, e naquele instante o ele mais precisava era da ajuda de seus grandes amigos. Marshall permaneceu sério mergulhado em seus pensamentos, segurava o chapéu para ele não voasse preparando-se para iniciar uma tensa batalha com os criminosos mais procurados do mundo, e dessa vez, pretendia colocar um fim na facção de uma vez por todas.
Lukas caminhava com mais cautela do que pressa entre os corredores que ligavam para escadarias nos andares superiores. Cada vez que subia sentia-se mais próximo ao perigo, por mais que estranhasse até o momento não ter encontrado nenhum humano caminhando no local. Normalmente grandes prédios eram cheios de supervisores, cientistas, seguranças e outros associados, mas tudo estava vazio. Todas as salas, todos os laboratórios. Pareciam ter sido evacuados há pelo menos um ano julgando pela poeira e pelas más condições. Papéis não tinham sequer movimento, visto que não havia vento. O ar estava parado, os monumentos estáticos, era como se o fim do mundo tivesse chegado antes àqueles corredores, e nada mais restara além de lembranças e deveres incompletos.
Monferno chutava a porta de todas as salas com rigor, mas nunca se deparava com nada. Murkrow examinava a escuridão e ainda assim não via nenhuma presença ameaçadora. Era um imenso prédio sem nenhuma alma viva que perambulasse por seus corredores de metal.
— O que está acontecendo aqui? — indagou Lukas ao adentrar lentamente em um dos laboratórios desativados. Monferno veio na sequência chutando e revirando todos os equipamentos jogados novamente. Murkrow permanecia na vigilância no topo de um armário. Lukas procurava por documentos, mas não encontrava nada além de rabiscos em uma linguagem que mais parecia ter sido escrita por criaturas sem o polegar opositor. O jovem agachou, agarrou um pequeno caderno de anotações e o abriu. Começava com muitas escritas e códigos feitos por humanos, porém, aos poucos a rápida caligrafia mudava até se tornarem apenas rabiscos que feitos por animais.
O garoto caminhou para fora da sala concentrado no bloco de notas, sua atenção estava tão centrada que quando voltou a observar o corredor viu um único Pokémon parado no meio dele. Lukas foi abaixando os papéis tentando assimilar o que era, arqueou uma das sobrancelhas e balbuciou o nome da criatura involuntariamente.
— Nidoran? — pronunciou o garoto.
Era uma Nidoran fêmea. Lukas nunca antes tinha visto uma, ou se vira era somente por desenhos e através da televisão. Não sentiu vontade de capturá-la porque percebeu que algo estava estranho naquela criaturinha. Ela tinha os olhos esbranquiçados e uma feição hipnotizada, era como se não tivesse vida e fosse apenas um corpo a vagar sem alma. Lukas pretendia caminhar em sua direção, mas foi impedido pelas asas de seu Murkrow que o envolveram.
O Pokémon selvagem virou-se e saiu caminhando, ele nem sequer correu. Caminhou pelos corredores passando por passagens que o jovem demoraria em trilhar, mas a cada momento Lukas a achava mais suspeita. A equipe optou por seguir o Pokémon, e assim começaram a trilhar seu caminho pelo setor zero por cerca de vinte minutos. Monferno estava louca para poder chutá-la, mas o Corvo Negro ainda tinha curiosidade para ver até onde aquela criatura os levaria. Eles só pararam ao ficarem de frente à uma sala que tinha a maçaneta derretida.
— Será que há alguma coisa aqui dentro? — comentou o garoto.
Apesar da porta estar queimando e exalando fumaça, a Nidoran continuou caminhando. A pequena criaturinha chegou a encostar-se na porta incandescente e queimar toda a pele ao tocar a entrada de ferro, Lukas deu um salto e agarrou a Nidoran que parecia nem ter sentido.
— Você está louca?! Vai acabar se machucando desse jeito.
A Nidoran não deu nenhum sinal de compreensão. Quando Lukas a deixou no chão ela voltou a caminhar em direção da porta parecendo disposta a queimar-se novamente, mas o rapaz a agarrou com maior velocidade para evitar que a cena se repetisse. O jovem soltou um suspiro sem entender muito bem o motivo daquilo, e assim, pediu para que Monferno destruísse a porta.
— Seja lá o que haja aqui dentro, vamos entrar.
Monferno tinha mãos ainda mais flamejantes que o fogo daquela porta, utilizou a força de seus braços mas nada a derrubava, e então, pegou impulso para dar um chute tão forte que abriu um buraco em meio ao ferro queimado. Lukas conseguiu adentrar a sala com dificuldade, ainda carregava a Nidoran que foi colocada no chão para continuar guiando-o para o desconhecido. Lukas soltou um suspiro e então coçou a cabeça.
— O que será que a pequena tem? Ela é tão estranha, parece não ter reação à nada...
Murkrow a examinava de longe, e então, subitamente viu algo movendo-se na escuridão. Envolveu seu treinador com as asas e o impediu de continuar andando, Monferno pulou por puro reflexo, Lukas recuou ao sentir seu cachecol ser puxado pelo corvo negro chegando até mesmo a cair no chão. Porém, em sua frente uma explosão de fogo fora tão estridente que todas as paredes daquele laboratório se tornaram vermelhas e a sala fora iluminada por uma a luz como a incandescência do magma. Lukas levantou-se num pulo, em sua frente não havia mais sinal da Nidoran hipnotizado, havia apenas cinzas e objetos que ardiam em chamas ao seu redor.
— O q-que aconteceu aqui? — indagou ele pasmo.
Somente então o rapaz se deu conta de algo que os fitava na escuridão. Pôde ouvir um grunhido enraivecido e um par de enorme chifres com pontas afiadas a roçar-se nas paredes. O garoto foi recuando enquanto Murkrow colocava-se em posição de ataque em frente ao dono e à sua protegida. Um dos aparelhos do local explodiram dando visão para que Lukas visse o que havia na sala. Era um Houndoom, um dos mais bem encorpados que já vira. Tinha dentes que se assemelhavam à trituradores e patas do tamanho das de um Ursaring. A única diferença é que o cão não tinha olhos, vestia uma atadura que lhe tampava a visão o que indiciava que era cego, mas o fato dele não ter a visão não o impedira de cremar a pobre Nidoran há poucos segundos. Lukas começou a recuar nunca antes tendo visto um Pokémon tão violento a transbordar sua raiva diante das mandíbulas que latiam com raiva.
O Houndoom avançou imediatamente para cima do humano, não visava nem mesmo atacar Murkrow ou Monferno. O corvo ergueu-se como uma sombra desaparece ao anoitecer, partiu como um jato e desviou o golpe que poderia ter sido fatal. O cão das trevas mal caiu e logo avançou contra Murkrow mordendo uma de suas asas e derrubando-o no chão, Monferno pulou em cima do cão deferindo-lhe socos e chutes, mas o Houndoom rodopiava e lutava contra os dois como um macho-alfa protege seu domínio. Lukas nunca tinha visto seus Pokémons lutarem tão seriamente. De repente pôde ouvir uma voz:
— Corra, salve seu irmão.
O garoto levantou seus olhos e encarou os do corvo de cicatriz. Teve a impressão de que as palavras que acabara de ouvir vinham dele, mas não ficou parado para ter certeza. Não poderia deixar seus Pokémons sozinhos daquela forma, levantou-se e imediatamente ordenou.
— Murkrow utilize o Heat Wave!
O corvo criou uma cortina vermelha em volta do cão que foi impedido de continuar avançando. O fogo consumia seu oponente, porém, toda a chama e o calor sentido na sala parecia ter sido absorvido para dentro da pele do Houndoom que sentiu-se ainda mais revigorado. Cérberos teria invejado seu poder, era muito pior do que um demônio em fúria, voltou-se para o humano e lançou um Flamethrower, mas Murkrow utilizou toda a força de suas asas para desviar as chamas. A voz insistia em soar aos ouvidos de Lukas:
— Vamos, criança. Fuja logo!
Lukas pensou ter ouvido Marshall, mas era impossível ele estar ali. Murkrow indicou as escadarias que levavam para o próximo andar, era para lá que a Nidoran fêmea os levava antes de ser consumida pelo ódio do cão das trevas. O garoto olhou para trás ainda não estando disposto a abandonar seus Pokémons contra aquele demônio ardente, mas recebeu um rápido olhar de seu corvo que o encarou por longos segundos, sibilando um sorriso:
— Voe, criança. Está na hora de salvar o seu irmão.
Lukas assentiu e começou a correr em direção da escada. O Houndoom avançou novamente, mas foi impedido de continuar segurado pelas fortes pernas de Monferno que estava disposta a quebrar uma das patas do cão pela forma como ela o derrubara com um ousado Blaze Kick que ela ainda mal podia controlar. O cão caiu de frente ao humano, Lukas ficou cara a cara com as mandíbulas da criatura, podia ver claramente os dentes e a ferocidade com que ele parecia disposto a aniquilar quem tentasse passar. O jovem subiu as escadas aos tropeços, ainda olhando para trás apenas almejando que seus Pokémons saíssem dali com vida.
Pokémons P.O.V. (Point of View)
A explosão de um dos equipamentos da sala não desviou a atenção dos guerreiros por nenhum instante. Na frente de Murkrow e Monferno estava a figura de um homem moreno com as mãos dispersas e o rosto a encarar o alto, Houndoom não podia examinar o que acontecia, se sua visão lhe fora tirada deveria limitar-se apenas a ouvir os sussurros ao seu redor. Tinha os olhos atados e por isso não era capaz de enxergar, mas na escuridão da eternidade ele via claramente. Era o carcereiro do Setor Zero, o demônio que impedia qualquer um de sair ou entrar nas prisões da Ilha de Ferro. E agora, dois guerreiros haviam impedido-o de cumprir seu dever, logo seu ódio não poderia deixar-se controlar.
— Então, o humano realmente passou por mim. — disse o Houndoom.
— Sua batalha não é contra ele, enfrente-me, pois eu serei seu adversário. — bradou Al Capone, o corvo da noite.
— Não se trata de quem é meu adversário ou não. Eu sou o carcereiro dos portões do inferno, e minha obrigação é não permitir que ninguém chegue ao prisioneiro. Absolutamente ninguém, esta é a minha obrigação. — respondeu o cão.
— Nem mesmo o seu Mestre? — perguntou a Monferno.
O Houndoom levantou o rosto e a encarou o lugar de onde ouvira aquela pergunta.
— Mestre? Não tenho Mestre, sou eu quem traço meu destino, não preciso me limitar às ordens de um mero humano mortal. Uma hora ou outra encontrarei este garoto, e quando eu pegá-lo, não permitirei que ouse trilhar esse caminho novamente. Vocês entraram em meus domínios, e quem pisa no tártaro não merece uma segunda chance de sair vivo.
Al Capone ajeitou seu chapéu e lançou um olhar de fúria para seu adversário.
— Então eu serei aquele que quebrará a sua tradição.
Al avançou contra o homem e com suas asas desferiu um golpe com muita intensidade, o Faint Attack jamais errava seu alvo, porém, as luvas que o corvo vestia começaram a queimar de modo que ele fosse obrigado a retirá-las com pressa. O Houndoom não havia mexido um músculo sequer, soltou uma longa risada olhando para o teto e apalpando uma das paredes em chamas.
— Acha mesmo que criaturas como vocês podem derrotar o Número 8 dA Grande Criação? De todos os membros desta estúpida equipe eu sou o mais territorialista, não poupo minha ira à quem invade meus domínios. — disse o Houndoom, drenando todo o fogo que estava presente naquela parede e parecendo revigorar-se de todo o dano. Ele voltou-se para seus oponentes e sorriu de forma ameaçadora — E quando eu acabar, vou estraçalhar aquele humano que parece ser tão especial para vocês.
— Eu não permitirei!
Monferno deu um salto em direção do cão das trevas que segurou a perna da moça e a arremessou contra ao chão. Murkrow vinha de frente para acertá-lo com outro golpe, mas o mesmo foi repelido da mesma forma. O Houndoom não precisava da visão para sentir seus inimigos, voltou-se para onde o Murkrow estava e apontou com indicador com total desprezo.
— Você se julga a sombra, mas eu ainda posso ouvi-lo e senti-lo, como o toque do fogo.
Murkrow tentou acertar-lhe outro soco, mas teve sua segunda mão impedida.
— Você é lento demais. Eu ainda posso ouvi-lo.
O Houndoom utilizou de suas mãos e com garras flamejantes arranhou o rosto de Al com tanta força que o mesmo veio a soltar um grito agoniante. Monferno correu em direção do amigo para socorrê-lo.
— A-Al! — gritou ela surpresa, voltando seu olhar para o oponente — Quem é você?
— Meu nome é Beliel, e como eu havia dito, sou o carcereiro dos portões da perdição. Vocês chegaram alto, muito alto; talvez por conta daquela linda mocinha que os guiou.
— A Nidoran... — respondeu Monferno irritadíssima, lembrando-se o que o cão das trevas havia feito com a moça que não teve nem tempo de revidar. A macaquinha apertou os punhos e o encarou de forma severa — Você é um monstro! Como pode agir assim? Como pode atacar alguém indefeso?! Isso vai contra as regras de nossa raça!
— Eu não sou um monstro... — respondeu Beliel abaixando a cabeça entristecido, mas em seguida o homem ergueu sua feição de loucura e sorriu evidenciando seus caninos afiados — Eu sou um demônio.
Beliel correu em direção de Monferno para dar uma mordida capaz de deixar cicatrizes, era o seu golpe Crunch. Murkrow agarrou a perna de Lyndis e derrubou-a no chão de forma que o Houndoom fosse direto para uma máquina que explodiu com intensidade. Aquilo não iria derrotar o monstro, e eles sabiam que o fogo apenas o deixava mais forte. Murkrow segurou no braço de Monferno e começou a correr para longe, para o lugar mais longe que pudesse. Fugiu para proteger a vida de quem mais amava, mas ainda sentia que podia ouvir a voz de Beliel ecoar em sua cabeça dizendo com palavras ameaçadoras:
"Eu ainda estou te ouvindo."
Murkrow correu de volta para os andares inferiores com Monferno em seu colo até que percebesse que não haveria mais perigo. Foi parando aos poucos, encostando-se na parede ofegante e com o rosto ensaguentado. A mão que era muito marcada por feridas que nunca mais seriam curadas agora estava ainda mais cicatrizada pelo fogo que o consumira. Eram cicatrizes muito antigas que o acompanhavam como uma tormenta. Lyndis soltou a mão de Al e abaixou a fronte.
— Por que fugiu? — indagou ela frustrada.
— Ele consome fogo, nós dois temos golpes desse elemento, e qualquer movimento que utilizássemos ele usaria contra nós!
— Espere, espere! Nós? Al, eu não sou perita apenas em golpes do tipo fogo, também sou uma lutadora! Você ficou surpreso ao notar que seus movimentos noturnos e o Heat Wave não surtiam efeito, mas eu podia derrotá-lo!! Por que fugimos, Al?! Por que desistimos e deixamos o pai correr perigo?
— O Mestre Lukas não está correndo perigo, ele vai ficar bem... — respondeu Al um pouco ofegante, olhando para suas mãos queimadas e sentindo-as tremerem. Lyndis esboçou uma feição de fúria, e assim o encarou com rigor:
— Você fugiu, Al! Agiu como um covarde. Sabia que não podia vencer essa batalha!!
— Não consegue entender que eu a protegi? — respondeu ele tentando manter a calma.
— Pare de tomar conta de mim, e deixe-me protegê-lo da mesma forma. Sempre foi você quem me protegia com suas asas, mas já sou mulher o suficiente para fazer o mesmo por quem eu amo. Sei que não sou forte, mas eu também tinha vantagem contra aquele monstro.
Monferno desferiu um soco no ombro do corvo que mal sentia, fora mais um golpe de tristeza do que de raiva, e assim ela saiu correndo sussurrando palavras de dor e amargura.
— Por que você não consegue confiar em mim?
Al encarou sua menina com uma feição espantada. Algumas lágrimas escorreram do rosto de Monferno que corria de volta para o local onde enfrentara Beliel. Murkrow foi se afastando da mesma maneira, mas correu na direção oposta. Estava perdido, e sabia que naquelas condições não poderia proteger ninguém. Sentia suas mãos queimarem, a cicatriz em seu olho ardia como nunca, o peso de abandonar Lyndis o acompanharia até o fim de sua vida, e a voz maldosa daquele monstro ecoava insistente como uma ameaça:
"Eu ainda estou te ouvindo."
Vencedor: Beliel
O Setor tomado pelo General Duskull e por Froslass era guiado por vastos corredores que cada vez mais adentravam o subterrâneo. Àquela altura era possível dizer que eles já se localizavam abaixo do nível do mar, em uma área onde provavelmente os laboratórios dos humanos fora construído sob as águas para ocultar algum tipo de segredo que não poderia ser descoberto. O militar caminhava com pressa segurando em um dos braços de sua amada, tomava o máximo de cautela destruindo portas e certificando-se de que não haveriam oponentes que pudessem machucá-la. Chegou a derrubar uma série de soldados Pokémons que guardavam a área, mas nenhum deles podia erguer-se contra a autoridade do homem, que era conhecido por ser um dos mais poderosos integrantes de sua equipe. O General não precisava de uma evolução para tornar-se surpreendente, a força já estava presente em toda sua experiência de vida.
Froslass estava um pouco ofegante, muito provavelmente a localização abaixo do nível dos mares causava tonturas na moça que não estava muito acostumada ao clima pesado e à pressão que se formava nos corredores. Era como se as salas comprimissem sua cabeça, fazendo com que de vez em quando ela tropeçasse e quase viesse ao chão se o General não lhe desse apoio.
— Tenha cuidado, minha doce princesa, você pode machucar-se. — alertou ele.
— Eu estou bem, General. Obrigada por se preocupar... — ela respondeu ofegante.
— Não gostaria que eu a carregasse até que se recupere da fadiga? O cansaço pode atrapalhar a senhorita nessa viagem.
— N-Não há necessidade, vamos continuar seguindo nosso caminho, ainda não encontramos o Mestre Luke... — ela respondeu de forma acanhada.
— Garanto que logo retornaremos à base, e tudo isso não passará de uma simples sensação de tormenta.
O General concordou e voltou a abrir sua passagem por meio de portas trancadas e laboratórios abandonados. Há um dado momento alcançaram uma área conde as paredes se tornavam transparentes dando visão para o oceano do lado de fora. Era uma bela cena, transmitia uma sensação de aconchego e serenidade, mas o medo daquelas comportas se romperem também assustavam a dama de gelo. O militar aproximou-se dela, segurou em seus ombros trazendo-a para mais perto de si, assim esboçando uma feição de carinho e proteção.
— Nada tema, estou aqui por você.
Froslass corou, abaixou a fronte de forma sem graça agradecendo a preocupação do homem. Há um bom tempo ela já o conhecera, e desde que Castelo entrara na equipe ele passou a dar todos os cuidados necessários para protegê-la. Na realidade Froslass ainda não sabia se o amava na mesma intensidade, pois sabia que o militar seria capaz de dar tudo por ela, mas ela temia não chegar ao nível dele de comprometimento. Ainda não estava à altura de um homem renomado como o General.
Ambos seguiram seus caminhos pelos corredores até sentirem um cheiro horrendo vindo de algum lugar. Duskull atentou-se à uma porta que tinha um vazamento que escorria um líquido viscoso por suas frestas. Julgou destruí-la para descobrir o que havia por trás, e com um forte chute empurrou-a liberando uma descarga do mesmo líquido grosso e gosmento. O fantasma pediu para que a moça se afastasse, enquanto a dama de gelo tampou o nariz no mesmo instante.
— Q-Que cheiro horrendo... — comentou em voz baixa — Sinto como se eu fosse desmaiar.
— Perdoe-me, querida, vamos continuar a busca em outro lugar, é melhor você ficar longe disso.
Duskull estava para voltar a caminhar pelos corredores quando sentiu como se aquele mesmo líquido segurasse seus sapatos envernizados. O homem abaixou a visão e notou então que seus mesmos sapatos estavam corroídos nas bordas, como se tivessem sido desgastados por vários anos. Voltou-se para Froslass e notou que o mesmo líquido parecia escorregar em direção dos pés delicados da moça lentamente, como se tivessem vontade própria. Duskull correu em sua direção e apanhou-a no colo de forma que a moça se espantasse pelo ato súbito. O fantasma continuou a encarar o chão somente então chegando à conclusão do que se tratava.
— Ácido. — ele afirmou.
— G-General, o que está acontecendo neste lugar? Primeiro encontramos aqueles guerreiros que pareciam hipnotizadas, é como se tudo aqui fosse artificial, como aquela sala em que se fazem experimentos com os Pokémons... Isso é horrendo.
— Certamente, minha princesa, é melhor deixarmos estes domínios o quanto antes.
O General preparava-se para deixar os corredores com Froslass ainda em seu colo, foi então que notou aquela gosma viscosa erguer-se nas paredes de vidro corroendo-as e provocando aberturas que pouco a pouco começaram a vazar. Glaciallis soltou um grito de espanto, e Duskull não teria tempo de percorrer todo o caminho de ida para evitar o pior. A sensação de serenidade transmitida pelas paredes de vidro blindado desaparecia, aquele corredor seria coberto pelo mar se eles não saíssem dali o quanto antes. Correu para dentro da sala de onde o líquido escorrera, pois seu portão parecia ser feito do mais resistente aço, de modo que a água tardasse em passar por ela. O militar correu e adentrou a sala fechando-a no mesmo instante, notou uma pequena escotilha do outro lado que provavelmente trazia de volta para os andares superiores. O homem correu em sua direção, mas teve seus pés impedidos pelo mesmo líquido púrpuro que fluía.
— General, o que está acontecendo? — indagou Glaciallis.
Duskull parou e começou a observar a sala ao seu redor. Aquele líquido escorria por todas as partes, saía de máquinas que pareciam ter explodido e carbonizado tudo ao seu redor, sendo que formas de criaturas vivas ainda podiam ser vistas corroídas contra as paredes. O líquido agora escorria como se tivesse vida própria, parecia começar a subir pelo corpo do fantasma que era obrigado a fazer rápidos movimentos para que o fluído dispersasse, sendo que de maneira alguma ele permitira que sua amada Froslass sofresse com aquilo.
Então, a moça de gelo atentou-se à algo encostado na frente da escotilha, como se a protegesse. O General aproximou-se e notou tratar-se a forma de uma pessoa que parecia ter sido coberta, destruída, eliminada e carbonizada pela radiação. Froslass lamentou:
— É isso que acontece com quem se deixa dominar por esse líquido? G-General, temos de sair daqui depressa...
— Sim, minha senhorita, farei isto imediatamente.
O General caminhou em direção do corpo, e no momento em que ia tocar a abertura da escotilha para subir os andares superiores sentiu que a mão daquele corpo saltou para fora e segurou em seu braço corroendo-o como se fosse ácido. O General sentiu imensa dor, recuou com velocidade encarando aquilo que ele julgara estar morto há poucos instantes, e então pôde ouvir uma voz tenebrosa.
— A fumaça se levanta, e aprisionados no abismo do medo encontram-se as vítimas de meu desespero.
— A quem me refiro? — indagou Duskull.
— Atômico, o Muk das profundezas. Número 9 dA Grande Criação. Infortúnio nuclear daqueles que sofrem as alterações dos humanos, aqueles que se julgam capazes de dar e tirar a vida.
Aquela figura do que já foi um homem desgrudou-se da parede como se já tivesse acoplado à ela por várias décadas. Coçou a cabeça com as costas encurvadas e os braços tortos, pareceu tirar algo que assemelhava-se à seu cérebro, deixando a gosma cair no chão e continuamente juntar-se ao restante do seu copo que fluía aquele líquido borroso de cor púrpura. A criatura pareceu deslocar toda sua coluna até atingir o dobro do tamanho em uma posição majestosa com os braços cruzados e o peito erguido demonstrando imponência, mas nada mais do que lhe trazia traços de um guerreiros estava presente. Sua face era corroída, não tinha olhos, boca ou nariz; e a cabeça deformada era guiada por um único tronco que terminava com aquele líquido de cor roxa escorrendo de si e dando-lhe o formato que desejasse.
Froslass sentiu imensa ânsia, o cheiro daquilo era horrível, e os pensamentos de que aquilo um dia já fora algo vivo dava-lhe medo e angústia. Atômico encarou o General com os braços cruzados, e então deixou sua voz grossa ser ouvida:
— Deparei-me com um infortunado casal nas prisões de meus experimentos. É lastimável, morrerão por amor...! Mas de nada adianta, pois o veneno não escolhe suas vítimas que optam tomá-lo...
— Não, meu nobre guerreiro sem forma e desfigurado. Não é hoje que lamentaremos por mais uma morte nesse mundo, muito pelo contrário, cumprirei meu objetivo e deixarei esses lugares antes que tudo seja coberto pelas águas dos mares! — afirmou o General.
Duskull caminhou lentamente e deixou Froslass em uma área mais afastada onde aquele líquido não a alcançasse. Franziu o cenho e ergueu os punhos disposto a aniquilar seu adversário horrendo, pois odiava qualquer um que ameaçasse a vida de sua amada. Partiu para cima da monstruosidade, acertou-lhe um soco tão forte no rosto que sua cabeça deformou-se sendo resumida a uma explosão daquele líquido que dissipou-se por completo, porém, os fluídos se acoplaram e formaram uma nova cabeça que virou-se misteriosamente e encarou o miltar.
— Você caminha para sua própria queda, General.
As mãos do militar começaram a arder, obrigando Castelo a recuar no mesmo instante. Sentiu fortes picadas em seu braço que por um instante ficou dormente, assemelhando-se à mordidas de aranhas venosas; mas logo voltou a tentar assumir controle da batalha. Do outro lado o Muk permanecia de braços cruzados sem ter movido sequer um músculo, e então, a forma sinistra do monstro sem forma deixou uma voz estrondosa corroer-lhe as veias até desaparecer como um lamento.
— Acid Armoooooooooooooooooor....
O corpo do monstro se desfez, juntou uma maior quantidade do líquido na sala criando uma espécie de armadura ácida, aumentando assim suas defesas. Porém, ele nada fez, ficou parado de braços cruzados e provocando seu adversário, apenas intimando o general a repetir o golpe.
— Beba do veneno, e tenhas uma morte mais lenta e dolorosa.
— Pois bem, meu senhor, acha justo lutar contra minha pessoa sem se dar no direito de descruzar os braços? Então provoco-te da mesma maneira, enfrentarei-o com os braços voltados para trás, e o primeiro que se desfazer de sua posição, perderá.
Duskull posicionou-se com seus braços para trás conforme dito, como normalmente caminhava pela guilda em seus momentos de tranquilidade. Ambos provocavam seu oponente com audácia. Ele imediatamente avançou contra Atômico utilizando o Shadow Sneak que o fazia mover-se tão depressa quanto a escuridão se dissipa. O fantasma acertou o Muk com suas pernas, porém, sentiu-as serem dominadas por aquele ácido da mesma maneira que antes. Um terceiro braço surgiu do corpo do experimento, agarrou o pescoço do General e cobriu-o de um veneno tóxico com uma baforada de um cheiro ignóbil. General relutou, deu um golpe na cabeça do indivíduo e saiu dali ainda sem perder a compostura.
— Toxic. — afirmou Atômico reassumindo sua forma corpórea — Agora nada mais poderá lhe salvar, o senhor está fadado a tornar-se parte de meus experimentos até o fim da vida, sucumbirá perante os olhos de quem ama e sofrerá em seu silêncio profano.
— Meu nobre guerreiro, não será um veneno lastimável que derrubará o general dos exércitos adversários.
— Mas não é a ciência, a sabedoria ou a esperança que pode fazer frente a uma doença fatal, e até mesmo os reis e sábios podem sucumbir perante ela.
Duskull avançou com velocidade e aplicou outra série de chutes sequenciais no corpo de seu oponente. Atômico tinha sua cabeça arremessada para longe, mas logo os líquidos se juntavam assumindo um novo membro que fora arrancado. Os golpes se sucederam, mas cada vez que a criatura acertava o corpo de General parecia implantar-lhe uma nova espécie de veneno mortal.
— Sinta... Sinta... Sinta o veneno corroer-lhe as entranhas enquanto observas teu próprio corpo sucumbir aos meus poderes. O senhor já perdeu, General. Perdeu assim que entrou nessa batalha.
Duskull não estava muito disposto a ouvir desaforos, deu um chute lateral tão forte que fez com que o corpo inteiro de Atômico se dissolvesse. Então, quando o militar virou-se pôde notar que os líquidos se juntavam próximos de Froslass. A dama de gelo imediatamente notou, podendo apenas ouvir o grito de seu acompanhante:
— Glaciallis!!!!
Atômico formou-se em frente à delicada moça, e no momento em que o monstro ia lançar de seus venenos e cobri-la ela utilizou um Icy Wind que impediu os movimentos do oponente que caiu congelado no chão, espatifando em mil pedaços. Duskull correu em sua direção, abraçou-a aliviado soltando um suspiro de vitória.
— Minha querida, pensei que eu fosse perdê-la...
— Não, General, eu estou bem...
A moça confortou-se nos ombros do homem, mas de repente o veneno de Atômico tomou uma nova forma, pronto para a atacar ambos, mas Duskull fora mais rápido ao esquivar-se protegendo Glaciallis da mesma maneira. Atômico ergueu-se novamente, e com os braços cruzados encarou-os com rigor.
— A mulher. A mulher será tua sina, General. Tu sabes disso.
— Não, ela foi a salvação de minha vida, a força pelo qual desejo viver cada dia mais intensamente.
— Aquele que eu toco, eu devolvo à terra de onde veio. Mas ela é pura, vem de uma linda estrela... Tenho pena daqueles que enfrento, tão fracos e oprimidos nessa terra de granito. — ele fez uma pausa — Mas no fim você vai... Todos vão... Moooooooooooooooorrer.....
Uma enorme boca surgiu do corpo de Atômico, e então uma explosão de componentes químicos saíram do buraco escuro indo diretamente na direção do casal. Era um Gunk Shot, o golpe mais poderoso das criaturas venenosas. O ataque cobriu o corpo de General por completo, e deu-se a impressão de que naquele instante ele estaria derrotado. Glaciallis soltou um grito de preocupação, começando a chorar enquanto tentava abraçá-lo mas era impedida pelo impacto.
— G-General!! General!! Castelo!!! — ela gritou com todas as suas forças.
E então, quando o líquido se dissipou ela pôde ver o braço de General estendido completamente corroído pelo ácido. Froslass o abraçou, feliz pelo fato de que o militar conseguira concentrar sua força e impedir o movimento com apenas um abraço. Ela chorava em seus braços, ainda que aliviada por vê-lo com vida.
— Eu pensei que tinha te perdido... — afirmou Glaciallis.
— Minha querida, você... Está chorando? — ele indagou.
Os guerreiros ficaram em silêncio enquanto Atômico apenas os observava.
— Surpreendente, meu caro General. Devo dizer que a quantidade de veneno que o senhor já absorveste era o suficiente para tê-lo matado ao menos três vezes. Porém, vejo que movimentaste teu braço direito e saíste da posição inicial. Presumo que eu tenha vencido essa rodada.
Duskull calou-o no mesmo instante, acolheu Froslass em seus braços e enxugou as lágrimas de sua dama com ternura e delicadeza; esticou o braço direito queimado pelo ácido, transmitiu um olhar de ódio profundo para seu oponente, e por fim, pronunciou com rigor:
— De pouco me importa o vencedor, agora tenho uma nova proposta em andamento. Senhor, você fez minha vida, chorar. Agora terá de pagar com a sua.
Vencedor: Atômico.
Nossa,adorei muito esse cap. Acho que no próximo cap o General vai evoluir e ganhar a batalha, mas quanto ao Belial, bem, ele é forte assim como o Barão. Espero ansioso até a semana que vem
ReplyDeleteNo,the clones are winning the battle.
ReplyDeleteNossa Canas ta muito legal esse capitulo.O Beliel é tipo muito fodha, dessa vez eu achava que o Al Capone ia bater tanto nele que o depois que o cara morresse ele ainda ai continuar batendo, mas foi totalmente ao contrario.Não sei se voce se baseou na estrategia do Paul, do anime,para fazer esse negocio de absorver o ataque para encrementar o seu proprio, ja que ele fazia isso com o Elekid dele e depois com o Chimchar.
A batalha do Castelo e do Atomico tava bem balanceada, agora eu achava que depois de tanto veneno o General ia ficar envenado.E eu achei que faltou um pouco de participação da Glaciallis, msm que vibrei quando ela deu aquele Ice Wind.
Vei na boa, eu to com muita pena desse Atômico.Quando o General atacar ele, ele nem vai saber como morreu kkk e Lyndis ta se mostrando bem corajosa, mas acho que com o Mach Punch.
Bom fico por aqui, espero que essas equipes de resgate ao Luke consigam se fortalecer e vencer esses clones sem alma.
Let the battle continue!
ReplyDeleteOhayou Gozaimasu!
Que boa essa sensação de acordar e ter um capítulo fresquinho e delicioso prontinho pra mim! (sei que é pra mim pois sou especial kkkk).
Vamos aos fatos: o capítulo foi fodástico (tenho que arranjar expressões novas...kkk). As batalhas foram ótimas e a descrição delas melhor ainda!
First battle: WOW! O Beliel não é ruim não, quase nada...Já o odeio por trucidar (essa é a palavra) uma Nidoran fêmea, pois tenho um amor inabalável por Nidoqueens. Mas ok, admitamos, o foguinho lá até que é forte. O al vai voltar, I'm sure of it! I know it! Mas até ele chegar, presumo que a Lundis vai dar uma surra também (quem sabe evoluir? MWAHAHA!). Mas foi chique!
Second battle: Ah, veja bem, o General vai fazer o Mukzinho querer voltar pra Kanto (digo Kanto pois lá que eles começaram) depois que nosso Dusclops...ops, digo Duskull e nossa querida Glaciallis derem uma surra tão grande mas tão grande que vai derrubar outro campo. Torço pelo casalzinho 23 que os fantasminhas são!
Agora pro Canas: Sim! Coloque outro capítulo hoje! Hoje é dia das crianças (tá, já tô velho, mas criança é estado de espírito!) e os leitores merecem mais um capítulo bombástico e fodástico só de lembrancinha! Divirta-se na BGS e aprenda muito! Mas também se divirta!
Agora só no resta esperar por mais capítulo essa semana. Mas acho que uma semana é muito!kkkkk. Mas tá,né?
Eae Canas, blz? Presentinho de dia das crianças para nós já de manha, hein? Bom esse capítulo superou o outro. Está tendo aquela ação toda, mas os diálogos estão cada vez melhores, dar para sentirmos que se estivessemos no mesmo setor que eles com as descrições muito bem feitas. Cada capítulo me surpreende. Cara, admito que depois que tudo acabasse o Lukas ia ficar com a Nidoran, sei lá, achei que ela ia sair de seu transe e ser nova na equipe do coordenador. Mas vamos para a batalhas.
ReplyDeleteBom, Beliel é um personagem incrivel, toda sua maldade e as falas deles foram espetacular. Ele me lemborou muito o Zabuza. A batalhas entre os três foi boa, mas o que eu mais gostei foi o desfecho dela. Pow, como aquele corvo filho de uma corva vai fugir e além do mais deichar a pobre macaquina sozinha contra aquele demô... A nem quero citar o nome dele. Enfim, foi uma bela parte do capítulo.
Atomico? Nunca pensei que um nome desse acabaria caindo bem para um Muk. KKK Mas foi bacana. Bom, a batalhas desse três também foi show de bola. Achei que nosso General ia vencer, mas foi muito pelo o contrário. Também espero uma evolução dele, será? O desfecho dessa batalha também foi muito bom.
Canas, os vilões estão cada vez mais fortes. Pow, o 8 e 9 deu todo esse trabalho, não quero imaginar do que o 10 é capaz, mas quero imaginar qual Pokémon é ele. kkk É isso Canas, até mais!
Luta 1: WOW! Isso sim que é um houndoom! Deu um coro no Al e na Lyndis que eu senti dor por eles! Tomara que a Lyndis volte evolua e acabe com o Baliel usando um close combat!
ReplyDeleteLuta 2: Faço as minhas as palavras do General! Já imaginei mil formas de como matar aquele muk na minha cabeça!
Resumindo: FODASTICO!!! Ansioso pelo proximo! Sempre gostei de pokemons venenosos, mas se tinha venenosos que eu não gostava eram muk e weezing!!! Sempre imaginei um muk derretendo tudo que ele toca!
Obs: Eu sinceramente não sei por que eu coloco exclamação em todas as frases!
Obs: Continue assim ta perfeito!
Descupe a pergunta idiota mas, lê-se "Baliel" ou "Bariel"?
ReplyDeleteCARACAAAAAAAAAA! MALUCO, SE A PRIMEIRA PARTE DAS BATALHAS ENTRE FIRE TALES E OS CLONES TINHA SIDO FODA, ESSA FOI MAIS AINDA!
ReplyDeleteManolo, quer dizer que tem bombas por toda ilha?!
Os Rockets piraram de vez! Roark e Byron agora vão ter que dar um jeito nessa situação eim? E o pessoal tá chegando! Marshall se aproxima, e sinto que logo, logo o velho Walter também chegará com o resto da gangue. E ai sim a festa vai estar completa.
MANO! TADINHA DA NIDORAN! Tipo, a coitadinha morreu assim? Carbonizada? Morreu mesmo? Morreu do tipo... morrer? Cara, que crueldade! Manolo, esse Beliel é demais. Um vilão que toda história tem que ter! Alguém cruel mesmo cara. O Al e a Lindys foram premiados com um dos mais fortes, e cara, quem diria que eles acabariam apanhando assim? Não acredito! Al abandonou a Lindys? E agora? Ela vai voltar e enfrentar o Beliel sozinha? Cara! Tô doido pra ver o que acontecerá! Essa batalha não está acabada, e o Al tem que virar o jogo!
Castelo meu bom, o Atomico não veio pra brincar eim? Sabe que eu tenho uma "quedinha" por Pokémons venenosos né Canas? E esse Muk é muito demais! Lembro quando você me mostrou o esboço dele faz alguns meses, eu não imaginava que colorido ficaria ainda mais legal! Esse cara é altamente corrosivo, honra os tipo Poison! Essa batalha dele com o Castelo foi muito épica! Tipo, eu classificaria ela como uma batalha pela "honra". Dois grandiosos se enfrentando. Eu só senti um pouco de falta da Glaciallis batalhando, sabe? Poxa, ela podia dar uma reviravolta e mostrar seu poder feminino! Mas ela ainda vai ajudar o Castelo a derrotar o Atomico (foi mal cara, mas torço pros bonzinhos aqui). E mesmo com a derrota, o General levanta-se com pompa! Agora que a Glaciallis chorou, o lado mortal do Castelo vai fazer uma visita pro Atomico!
Agora, como poderão ser as próximas batalhas? Estou muito ansioso! Voltei a ver aquelas sombras do capítulo, e acho que já decifrei alguns Pokémons de lá. Agora é só esperar pra ver. Quero muito ver a Milena e o Mikau batalharem, na próxima tomara que apareçam!
Falow cara, tá de parabéns como sempre. See ya.
e ai canas blz?
ReplyDeleteesse feriado aproveitei p ver os mai de 10 caps eu tava atrasado aqui!kkk
e cara sua fanfiction esta cada vez melhor!ate me animando a zerar novamente o platinum so q começando c um gible!kkk
abçs canas
É, meu caro amigo. Parece que as coisas estão se complicando para os Fire Tales. Os integrantes da Grande Criação realmente fazem jus ao nome. São aqueles adversários que aparentam ser impossíveis de se derrotar, ainda que possuam alguma fraqueza não descoberta. Pelo que parece, até aqui só o Vista conseguiu vencer. Nem quero ver o que virá pela frente, visto que eu julgo que você guardou os mais poderosos para o final.
ReplyDeleteBom, de qualquer forma o que eu mais gostei até aqui foi o Atomico. Man, esse aí é o típico cara nojento! Entendeu a piada? Ele é nojento porque é coberto de lama tóxica... Tá, foi horrível. Eu não tenho senso de humor. De qualquer maneira ele foi o que eu mais gostei, e quero ver como o Castelo conseguirá derrotá-lo.
Até a próxima Canas!
Nossa... O_o Começa com o Roark e o Byron destruindo a bomba, depois temos o meu querido Marshall a caminho da Iron Island, e depois uma batalha (literalmente) infernal do Al e da Lyndis contra o Beliel. Gostei muito do Beliel, achei ele incrível. E sinto que ele foi um dos que mais sofreram dentro dA Grande Criação. "Eu ainda estou te ouvindo." Essa frase me deu arrepios! XD Beliel será um grande adversário! E não acredito que o Al fugiu T_T Eu gosto tanto dele, não pode simplesmente deixar que ele fuja assim, Canas! D:
ReplyDeleteAhem, continuando. Que fofo o General e a Glaciallis, oown. Sempre serão meu casal favorito u.u Eles são lindos! E agora, chega o vilão que mais me arrepiou, o Atomico. Gostei da gijinka dele, mas ele realmente me deixou com medo do que poderia acontecer. Eu creio que a Glaciallis seria capaz de derrotá-lo com um pouco de esforço, mas ela ainda é muito frágil. Isso me deixou meio irritada, deixando todo o trabalho pro General (que por sinal, é um dos meus favoritos também).
Parece que dessa vez, os vilões venceram total. Eu já esperava que o Atomico saísse vitorioso, mas a vitória do Beliel foi uma grande surpresa pra mim. Al, não fuja de novo! T__T'
Até mais, Canas ^^
Opa, outro ótimo capítulo, cara! Minha curiosidade está aumentando muito com esse suspense de cada capítulo!
ReplyDeleteRenuncio:
Cara, você já deve imaginar que se eu tivesse que escolher algum Pokémon que me deu pesadelos na infância seria o Houndoom, então ficou tudo bem tenso à partir de agora kkkkkkkk Quando vi a imagem dele pela primeira vez, imaginei que fosse aquele típico galã reservado, mas com força de sobra. Mas essa personalidade louca dele foi muito mais legal! Dá até um arrepio quando vemos ele falar algo assim, e a parte de ele ser cego e conseguir sentir onde estão os oponentes pelos outros sentidos é muito maneira! Se nem o Al foi o suficiente para ele, imagina só! Poxa, eu fiquei agora com medo desse Beliel, tenho certeza que eu depois de ver tudo aquilo ia voltar correndo pra mamãe kkkkkkk Muito foda esse cara, sem palavras!
Corroído até a alma:
Poxa, eu me lembro desse carinha também, e lembro que foi a partir dele que as ideias começaram a surgir sobre a Grande Criação, não foi? Olha, sendo bem sincero eu nunca apostei em um Muk. No anime ele era completamente sem sentido, bobo, e saia encoxando todo mundo como se fosse festa do caqui kkkkk WTF? Um Pokémon Poison, tóxico, e todo mundo adorando quando ele passa agarrando os desavisados. Voltando à ideia inicial... Esse Muk sim é foda! Comecei a curtir eles agora, man! Poxa, ele consegue corroer tudo, tem uma personalidade rigorosa e é daqueles que realmente bota medo nos outros quando começa a agir. Ele merece muito meu respeito! E aquele desenho no final... Cara, ficou profissional! Seu traço melhorou muito mesmo, me surpreendi com o avanço rápido! E como será um segundo round entre esses dois generais? Mal posso esperar! Vou indo para as próximas postagens, cara, mas está tudo fantástico!
Comecemos pela cena do Marshall na tranqüilidade do mar, encostado na proa e falando com o pai do seqüestrado. Foi uma cena simples, mas intensa, como aqueles pequenos pedaços de filmes extremamente importantes para o contexto.
ReplyDeleteNão sei o que você esta tramando, mas tenho certeza que terei a resposta dentro de 100 paginas. (agora estou lendo a sua história como um livrinho kkkkkk)
Afinal, ai esta a vantagem, de ser o ultimo comentarista.
RENUNCIO – SETOR 0
Fiquei bastante impressionado com a luta da Monferno e do Murkrow, e maravilhado com o jeito do Beliel. Acredito que toda a cena em que ele aparece foi muito bem estudada e estruturada, começando com o nome do Houndoom, que se eu não me engano soa que nem o nome de um dos príncipes do pandemônio, depois do lugar que lembra o tártaro e fortes traços de mitologia, assim como as próprias palavras utilizadas para descrever o lugar.
A cada linha que leio fico extremamente espantado em saber como você evoluiu.
Na real cara, as vezes parece que eu sou super bajulador, mas eu só elogio aqueles que realmente acho que tem um dom, e certamente você tem... não o desperdice.
A fala que o Murkrow proferiu para o Lukas caiu muito bem (“voe criança está na hora de salvar o seu irmão”), e eu pude sentir a emoção e a tensão... é como aquelas falas que os guerreiros dizem antes de morrerem.
Uma cena forte e importante foi à cremação da pequena Nidoran, que com certeza ela não pareceu ou morreu por besteira.
Uma coisa que foi extremamente inesperada para mim foi o fato que o Murkrow fugiu e abandonou a jovem Monferno na batalha. Nessa hora eu até comecei a falar em voz alta “você é louco, volta para lá”... bem, sorte que eu estava com um livro na mão, se não teria apanhado do sujeito que achou que eu estava falando com ele kkkkkk
CORROIDO ATÉ A ALMA – SETOR 5
Acredito que entre os FT, tirando o Mikau o meu preferido é o General (e agora o Vista também)... e isso ocorre devido a personalidade única dele e o modo de falar raro, mas mesmo gostando do General eu ainda guardo um certo rancor por ele ser o par da minha amada Glaciallis.
A luta do general foi fora de sério... ela foi bombástica... cada detalhe e a agilidade da escrita deram uma dinâmica muito boa... eu via sobre os meus olhos a gosma voar, e conseguia ver nitidamente cada golpe realizado por ambos lutadores, e praticamente escutava o grito agonizante da minha dama de gelo.
Canas, como você tirou toda esta descrição da sua cabeça? Desta vez você está inspirado hein cara kkkk
“Tenho pena daqueles que enfrento, tão fracos e espremidos nesta terra de granito”
Um momento de silencio por favor... Genial... Guri estou sem palavras, agora eu fico grifando no texto todas as cenas, palavras e gestos que eu gosto... Assim eu não perco nenhum detalhe no meu comentário, e olha que eu deixo muita coisa de lado kkkk – se você visse o meu livrinho iria rir, pois quase tudo esta sublinhado kkkkk
Agora meu... que fala final surpreendente, tipo o mocinho declarando morte pra o vilão “Você fez a minha vida chorar, agora vai ter que pagar com a sua” Ouuuunnnnn!!! Fodástico kkkkkk
Agora um último comentário que eu já estava quase me esquecendo, foi quando o Atômico disse que a mulher seria a sina do Castelo... é engraçado, mas achei esta cena semelhante com a bíblia, onde Eva foi a sina de Adão.
Mulheres, mulheres... elas sempre nos fodem no final... é quase impossível resistir aos cabelos longos e corpo sensual
Amo você mulheres, venham até mim... não me importo de vocês serem a minha sina kkkkk
Desculpa pela brincadeira Canas kkkk com um fundo de verdade é claro
Flw
Lótus, você por aqui? Sim, eu por aqui.
ReplyDeleteAntes de mais nada, devo dizer que demorei séculos para ler esse capítulo, mas finalmente aqui estou, e afirmo que essa foi uma batalha chocante! Beliel talvez seja um dos monstros mais interessantes e fortes que você já criou para o Fairy Tales, duvido que qualquer um consiga superá-lo tão cedo. A batalha dele contra o Al foi surpreendente, e a forma como ele conseguia sentir um dos Pokémons mais sorrateiros mesmo sem enxergar me deixou arrepiado. Acho que quando eu for dormir hoje ele ainda estará ressoando na minha cabeça, sinistro simplesmente. Sua intenção de criar um pokémon que parecesse um demônio foi concluída com êxito, é o que digo.
Lyndis realmente está se mostrando energética, mas torço para que ela e Al se entendam. Alguns podem achar que foi vacilo dele não deixá-la lutar, mas acho que o nosso corvo estava ciente de que esta seria uma batalha sem muitas chances, e para não arriscar sua "protegida", resolveu fugir. As vezes fugir não é sinônimo de ser derrotado, mas de ser sábio e aceitar as condições existentes.
Falando em protegidas, que Muk horrível. Cara, ele me lembrou muito de um filme que assisti na escola há anos, "Chernobyl - Sinta a Radiação", eita negócio macabro. Essa história de armas atômicas, pecado do cientista, radioatividade, etc, etc, etc, ainda será o que vai acabar com a humanidade (minha opinião). Agora imagine um monte de zumbis desfigurados e podres, exalando urânio e caminhando pelas ruas. Imagine pessoas gritando de dor enquanto são consumidas pelo ácido. Essa ideia terrível que assola a humanidade desde a segunda guerra se fez refletida nesse vilão, e talvez isso faça dele alguém tão traumatizante quanto Beliel. É, definitivamente não durmo hoje.
Quanto à batalha, confesso que cheguei a pensar que nosso General fosse acabar morrendo, mas vejo que como o Al ele foi sábio. Noto que ele é, antes de um guerreiro, um extremo cavalheiro, espécie esta que está se extinguindo nos dias de hoje. Shippo Glaciallis e Castelo sempre, um dos casais mais fofos da série. Que esse amor fantasmagórico perdure sempre *-*